CPCJ Cantanhede COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS

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Transcrição:

CPCJ Cantanhede COMISSÃO DE PROTECÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS Cantanhede, janeiro, 2016

REGULAMENTO INTERNO Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1º Lei habilitante 1. A Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, n. º 147/99 de 1 de Setembro alterada e republicada pela Lei nº142/2015 de 8 de setembro, regula a criação, competência e funcionamento das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) em todos os concelhos do país, valendo como lei geral da república. 2. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Cantanhede constituída ao abrigo da portaria de reorganização n.º 1226-CO/2000 de 30/12/00 adiante designada por CPCJ, rege-se pelo presente Regulamento. Artigo 2º Objeto O presente regulamento tem por objeto a promoção dos direitos e a proteção das crianças e dos jovens em perigo, residentes na área do município, por forma a garantir o seu bem estar e desenvolvimento integral. Artigo 3º Natureza 1. De acordo com o disposto no n. º 1 do Art. 12º da Lei 142/2015 de 8 de setembro, a CPCJ é uma instituição oficial não judiciária, com autonomia funcional que visa promover os direitos da criança e do jovem e prevenir ou pôr termo a situações suscetíveis de afetar a sua segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral. 2. A CPCJ intervém subsidiariamente em relação às entidades com competência em matéria de infância e juventude, tal como definidas na Lei de Proteção. A CPCJ intervém, se necessário, após a intervenção das entidades vocacionadas para a resolução de problemas específicos, designadamente hospitais e polícias. 3. A CPCJ exerce as suas atribuições em conformidade com a lei e delibera com imparcialidade e independência. Artigo 4º Competência Territorial A CPCJ exerce a sua competência na área do município de Cantanhede. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 1

Capítulo II Composição e Funcionamento Artigo 5º Local de Funcionamento A CPCJ está instalada e funciona na Casa Francisco Pinto no Edifício da Câmara Municipal, em sala própria. Artigo 6º Modalidades de Funcionamento da CPCJ A CPCJ funciona em modalidade alargada e modalidade restrita, adiante designadas comissão alargada e comissão restrita. Artigo 7º Composição da Comissão Alargada 1. Nos termos do artigo 17º da Lei nº142/2015 de 8 de Setembro, a CPCJ é constituída pelos seguintes elementos: a) Um representante do município; b) Um representante da segurança social; c) Um representante dos serviços do Ministério da Educação; d) Um representante do Ministério da Saúde, preferencialmente, médico ou enfermeiro; e) Um representante das Instituições particulares de solidariedade social ou de outras organizações não governamentais que desenvolva respostas sociais de carácter não residencial dirigidas a crianças, jovens e famílias; f) Um representante do organismo público competente em matéria de emprego e formação profissional; g) Um representante das Instituições particulares de solidariedade social que desenvolve respostas sociais de carácter residencial dirigidas a crianças e jovens; h) Um representante das associações de pais; i) Um representante de associações ou outras organizações privadas que desenvolvam atividades desportivas, culturais ou recreativas destinadas a crianças e jovens; j) Um representante das Associações de jovens ou um dos serviços de juventude; k) Um representante das forças de segurança, GNR; l) Quatro cidadãos eleitores designadas pela assembleia municipal; m) Técnicos que venham a ser cooptados pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Cantanhede. Artigo 8º Articulação com o Ministério Público O representante do Ministério Público é convidado a estar presente nas reuniões, de acordo com o protocolo de cooperação, celebrado em 10 Janeiro de 2001, entre a Associação Nacional dos Municípios Portugueses, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade e o Ministério da Justiça. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 2

Artigo 9º Competências da Comissão Alargada 1. À Comissão Alargada compete desenvolver ações de promoção dos direitos e de prevenção das situações de perigo para a criança e jovem. 2. São competências da comissão alargada: a) Desenvolver ações de promoção dos direitos e de prevenção das situações de perigo para a criança e o jovem e respetivas famílias, que são genericamente a sensibilização da população para a problemática da criança e do jovem em perigo; o diagnóstico das necessidades e dos recursos existentes; o desenvolvimento de ações de prevenção do risco infantil e juvenil direcionadas para problemáticas específicas. b) Bem como, colaboração, quando solicitados para tal na Comissão Restrita, para ações complementares de acompanhamento de casos. 3. A comissão alargada delibera sobre a integração de técnicos cooptados, face às necessidades específicas em termos de valências técnicas, para as diferentes dimensões de intervenção da CPCJ, bem como a articulação com outras instituições que não integrem a CPCJ. 4. Promove a articulação com outras parcerias já existentes. 5. A comissão alargada calendariza as atividades da CPCJ e define os diversos procedimentos que regulamentam o seu funcionamento ordinário. 6. São ainda competências da comissão alargada: a) Informar a comunidade sobre os direitos da criança e do jovem e sensibilizá-la para os apoiar sempre que estes conheçam especiais dificuldades; b) Promover ações e colaborar com as entidades competentes tendo em vista a deteção dos factos e situações que, na área da sua competência territorial, afetem os direitos e interesses da criança e do jovem, ponham em perigo a sua segurança, saúde, formação ou educação ou se mostrem desfavoráveis ao seu desenvolvimento e inserção social; c) Informar e colaborar com as entidades competentes no levantamento das carências e na identificação e mobilização dos recursos necessários à promoção dos direitos, do bem-estar e do desenvolvimento integral da criança e do jovem; d) Colaborar com as entidades competentes no estudo e elaboração de projetos inovadores no domínio da prevenção primária dos fatores de risco e no apoio às crianças e jovens em perigo; e) Colaborar com as entidades competentes na constituição, funcionamento e formulação de projetos e iniciativas de desenvolvimento social local na área da infância e da juventude. f) Dinamizar e dar parecer sobre programas destinados às crianças e aos jovens em perigo; g) Analisar a informação semestral relativa aos processos iniciados e ao andamento dos pendentes na comissão restrita, sem prejuízo do disposto no artigo 88.º; h) Prestar o apoio e a colaboração que a Comissão restrita solicitar, nomeadamente no âmbito da disponibilização d0os recursos necessários ao exercício das suas funções; i) Elaborar e aprovar o Plano Anual de Atividades; j) Aprovar o relatório anual de atividades e avaliação e enviá-lo à Comissão Nacional, à Assembleia Municipal e ao Ministério Público; k) Colaborar com a Rede Social na elaboração do Plano de Desenvolvimento Social, na área da infância e Juventude. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 3

7. No exercício das competências previstas na alíneas b), c), d) e e) do número anterior, a Comissão deve articular com a Rede Social local. Artigo 10º Funcionamento da Comissão Alargada 1. A CPCJ reúne em plenário ou em grupos de trabalho para assuntos específicos, com carácter obrigatoriamente mensal, podendo reunir com periodicidade inferior àquela, quando o cumprimento das suas funções assim o exija. 2. Reuniões Plenárias. a) As convocatórias são sempre feitas pelo Presidente, ou pelo Secretário nos seus impedimentos, e são remetidas com, pelo menos 15 dias de antecedência, exceto nos casos de reuniões extraordinárias em que aquele prazo é reduzido a 48 horas. b) Sempre que uma reunião seja solicitada pela maioria dos membros da CPCJ, fica o Presidente obrigado a convocá-la. c) Das convocatórias das reuniões consta a ordem de trabalhos. d) A comissão alargada a reunir em plenário apenas poderá funcionar quando nas reuniões se encontrar presente o Presidente ou o Secretário e a maioria dos membros designados. e) Em caso de falta de quórum, a reunião realizar-se-á quinze minutos depois e funcionará com pelo menos um terço dos membros designados. f) A CPCJ delibera por maioria de votos, tendo o Presidente voto de qualidade. g) Para que uma decisão seja considerada válida, é necessária a presença do Presidente (ou do Secretário no seu impedimento) e da maioria dos membros da comissão alargada. 3. O exercício de funções na Comissão Alargada pressupõe a afetação dos Comissários ao trabalho efetivo na Comissão, por tempo não inferior a 8 horas mensais, a integrar o período normal de trabalho. 4. Grupos de Trabalho. a) Os grupos de trabalho são constituídos por decisão do plenário da CPCJ. b) Auto organizam-se em função do trabalho a desenvolver. c) Apresentam relatórios, a analisar em plenário da CPCJ. Artigo 11º Composição da Comissão Restrita 1. A comissão restrita é composta sempre por um número ímpar, nunca inferior a cinco, dos membros que integram a comissão alargada. 2. Segundo os n.º s 2 e 3 do Art. 20º da Lei de Proteção, são por inerência membros da comissão restrita: - O Presidente da CPCJ;mep - O representante do Município; - O representante da Segurança Social; - O representante da Saúde; - O representante da Educação; A indicação de pelo menos um dos restantes membros deverá ser feita de entre R E G U L A M E N T O I N T E R N O 4

representantes de instituições particulares de solidariedade social, ou organizações não governamentais. 3. Os membros da comissão restrita são escolhidos por forma a que esta tenha uma composição interdisciplinar e interinstitucional, incluindo pessoas com formação nas áreas de serviço social, psicologia, direito, educação, saúde, entre outras. 4. Não sendo possível obter a composição nos termos do nº anterior, a designação dos membros aí referidos é feita por cooptação, nomeadamente de entre os técnicos a que se refere a línea m) do artigo 17.º 5. Por deliberação da comissão alargada, poderá ser alargado o número de elementos na comissão restrita, respeitando sempre o previsto no n. º 1 do Art. 20º. Artigo 12º Competências da Comissão Restrita 1. A Comissão Restrita é o núcleo executivo da Comissão de Proteção de Criança e Jovens, composto por representantes dos serviços públicos, das instituições da comunidade e por membros cooptados, com competência para promover a intervenção na comunidade e técnica, sempre que uma criança e jovem esteja em perigo. 2. Os membros da Comissão Restrita designadamente os representantes do Estado responsabilizam-se pelo funcionamento da CPCJ, obrigando os serviços que representam, no âmbito das competências respetivas. 3. Compete à Comissão Restrita designadamente: a) Atender e informar as pessoas que se dirigem à CPCJ; b) Decidir da abertura e da instrução do processo de promoção e proteção; c) Apreciar liminarmente as situações de que a CPCJ tenha conhecimento, decidindo o arquivamento imediato do caso quando se verifique manifesta desnecessidade de intervenção ou a abertura de processo de promoção de direitos e de proteção; d) Proceder à instrução dos processos; e) Solicitar a participação dos membros da comissão alargada nos processos referidos na alínea anterior, sempre que se mostre necessário; f) Solicitar parecer e colaboração de técnicos ou de outras pessoas e entidades públicas ou privadas; g) Decidir sobre a aplicação, o acompanhamento e a revisão das medidas de promoção e proteção, com exceção da medida de confiança a pessoa selecionada para adoção, a família de acolhimento ou a instituição com vista a adoção; h) Praticar os atos de instrução e acompanhamento de medidas de promoção e proteção que lhe sejam solicitados no contexto de processos de colaboração com outras comissões de proteção; i) Informar semestralmente a comissão alargada, sem identificação das pessoas envolvidas, sobre os processos iniciados e o andamento dos processos pendentes. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 5

Artigo 13º Funcionamento da Comissão Restrita 1. A Comissão Restrita funciona em permanência. 2. O plenário da comissão restrita reúne sempre que convocado pelo Presidente no mínimo com periodicidade quinzenal e distribui entre os seus membros as diligências a efetuar nos processos de promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo. 3. Os membros da Comissão restrita exercem funções em regime de tempo completo ou de tempo parcial, em conformidade com os critérios de referência estabelecidos pela Comissão Nacional. 4. A Comissão restrita funcionará sempre que se verifique situação qualificada de emergência que o justifique. 5. Quando a entidade representada ou responsável por disponibilizar técnicos para a poio nos termos do nº6 do artigo 20.º, não cumprir os tempos de afetação definidos nos termos do nº3, deve o Presidente da Comissão de Proteção comunicar a referida irregularidade ao Ministério Público e à Comissão Nacional, nos trinta dias que se seguem à sua verificação, cabendo a esta última providenciar junto das entidades competentes pela sanação daquela irregularidade. 6. O Plenário da comissão Restrita reúne sempre que convocado pelo presidente, no mínimo com a periodicidade quinzenal, e distribui entre os seus Membros as diligências a efetuar nos processos de promoção dos direitos e proteção das crianças e jovens em perigo. 7. Os membros da Comissão Restrita exercem funções em regime de tempo completo ou de tempo parcial, em conformidade com os critérios da referência estabelecidos pela Comissão Nacional. 8. As convocatórias são sempre efetuadas pelo Presidente, ou pelo Secretário nos seus impedimentos, na reunião anterior, exceto nos casos dos membros ausentes, em que serão convocados via telefone. O representante do Ministério Público é convidado a estar presente nas reuniões, sendo remetido convite com a devida antecedência. 9. Sempre que uma reunião seja solicitada pela maioria dos membros da comissão, fica o Presidente obrigado a convocá-la. 10. Caso possa ser assegurado o regime de permanência/contactabilidade permanente, a comissão restrita funciona em permanência, sendo estabelecido um sistema de rotatividade, de forma a interferir o menos possível com as rotinas das instituições representadas na CPCJ. 11. De forma a assegurar o regime de contactabilidade permanente, delibera-se o seguinte:. - Períodos pós laboral, períodos noturnos, feriados e fins de semana contactar GNR Local 12. A comissão restrita apenas delibera quando nas reuniões se encontrar presente o Presidente, ou o Secretário, e a maioria dos seus membros. 13. A comissão restrita delibera por maioria de votos, tendo o Presidente voto de qualidade. 14. A Comissão restrita pode organizar-se por grupos de trabalho. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 6

a) Os grupos de Trabalho são constituídos por decisão da Comissão Alargada; b) Os grupos de Trabalho auto-organizam-se em função do trabalho a desenvolver, dos processos a acompanhar e têm competência territorial segundo a distribuição feita em reunião de Comissão restrita; c) A cada elemento da Comissão restrita caberá a responsabilidade pela correta instrução formal dos processos que lhe forem conferidos. 15. O acompanhamento dos grupos de trabalho é da responsabilidade da Comissão restrita. Artigo 14º Estatuto dos Membros da Comissão de Proteção Os membros da comissão de proteção apresentam e obrigam os serviços e as entidades que os designam sendo responsáveis pelo cumprimento dos objetivos contidos no plano anual de ação do serviço respetivo para a proteção da criança, designadamente no que respeita às responsabilidades destes serviços no âmbito das comissões de proteção de crianças e jovens. Artigo 15º Justificação de faltas Se, não obstante o carácter prioritário das funções de membros da CPCJ, o dirigente do organismo ou serviço representado invocar razões para justificar a falta de um membro a qualquer reunião da Comissão, na sua modalidade restrita ou alargada, compete ao Presidente apreciar a referida justificação. Artigo 16º Atas 1. De cada reunião da comissão alargada é obrigatoriamente lavrada a ata. 2. A ata contém a identificação dos membros presentes e indica se as deliberações foram tomadas por maioria ou por unanimidade, fazendo ainda menção aos pareceres emitidos nos termos do nº2 do artigo 20.º - A. 3. De cada reunião da comissão restrita é lavrada ata, com salvaguarda dos dados de identificação dos processos. 3. A ata contém a identificação dos membros presentes, e a indicação das deliberações tomadas por maioria ou por unanimidade, fazendo ainda menção aos pareceres emitidos pelo apoio técnico, em caso de existência. Artigo 17º Deliberações 1. As comissões de proteção, alargada e restrita deliberam por maioria de votos, tendo o Presidente voto de qualidade. 2. Para deliberar validamente é necessária a presença do presidente ou do seu substituto e da maioria dos membros da comissão de proteção. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 7

Artigo 18º Vinculação das deliberações 1. As deliberações da comissão de proteção são vinculativas e de execução obrigatória para os serviços e entidades nela representados, salvo oposição devidamente fundamentada. 2. A comissão de proteção comunica ao Ministério Público as situações em que um serviço ou entidade se oponha à execução das suas deliberações. Artigo 19º Duração do Mandato 1. O Presidente da Comissão é eleito pelo período de três anos renovável por uma única. 2. Os membros da CPCJ são designados por um período de três anos, renovável por duas vezes. 3. Decorrido o período de 9 anos consecutivos de exercício de funções, só pode ocorrer designação do mesmo membro para o referido exercício, decorrido que seja o período completo de duração de um mandato. 4. Os mandatos dos membros da CPCJ não podem ser interrompidos, quando a entidade que representam deliberar a sua substituição por outro elemento. Excecionalmente o exercício de funções destes membros pode prolongar-se para além do prazo estabelecido no nº2, nos casos de impossibilidade de substituição, desde que haja acordo entre o membro e a entidade representada, e parecer favorável da Comissão Nacional. Artigo 20º Acompanhamento dos processos 1. O funcionamento da Comissão de Proteção na modalidade restrita encontra-se organizado por grupos de trabalho, podendo ser o critério de distribuição processual efetuado por área geográfica ou temática. 2. Em situações que se justifique, o acompanhamento será efetuado pelos técnicos, segundo a sua disponibilidade e/ou valência técnica. Artigo 21º Obrigação a sigilo Todos os elementos que compõem a CPCJ, e demais técnicos afetos aos processos, estão obrigados a sigilo relativamente às crianças e jovens envolvidos, às suas famílias, e a tudo o que diz respeito ao acompanhamento dos seus processos. Artigo 22º Presidência da CPCJ 1. O Presidente da CPCJ é eleito pelo plenário da comissão alargada, de entre todos os seus membros. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 8

2. O Presidente designa um membro da CPCJ para desempenhar as funções de Secretário. 3. O Secretário substitui o Presidente nas suas faltas e impedimentos. 4. O exercício efetivo da presidência é obrigatório para o membro eleito e vincula, nos casos aplicáveis a entidade representada. 5. O presidente da comissão exerce as suas funções a tempo inteiro, sempre que a população residente na área de competência territorial da respetiva comissão for, pelo menos, igual a cinco mil habitantes com idade igual ou inferior a 18 anos. 6. O exercício das funções do presidente da comissão de proteção é obrigatoriamente considerado e valorizado, quer para efeitos da avaliação do desempenho pela entidade de origem, quer para progressão na carreira, quer ainda em procedimentos concursais a que se candidata. 7. Para efeitos da vinculação a que se refere o nº4, a comissão emite e disponibiliza à entidade de origem certidão da ata da reunião que elegeu o presidente. Capítulo III Apoio ao Funcionamento Artigo 23º Fundo de Maneio 1. O apoio ao funcionamento das comissões de proteção, designadamente, nas vertentes logísticas, financeira e administrativa, é assegurado pelo município, podendo, para o efeito, ser celebrados protocolos de cooperação com os serviços e organismos do Estado representados na Comissão Nacional. 2. O apoio logístico abrange os meios, equipamentos, e recursos necessários ao bom funcionamento das comissões de proteção, designadamente, instalações, informática, comunicação e transportes, de acordo com os termos de referência a definir pela Comissão Nacional. 3. O apoio financeiro consiste na disponibilização: a) De um fundo de maneio, destinado a suportar despesas ocasionais e de pequeno montante resultantes da ação das comissões de proteção junto das crianças e jovens, suas famílias ou pessoas que têm a sua guarda de facto, de acordo com os termos de referência a definir pela Comissão Nacional; (vacatio legis, em transição pelo que se propõe o montante, até aqui dado pela segurança social, de 153 euros até nova orientação pela Comissão Nacional). Esta verba passa a ser gerida pelo Município, em concordância com o n.º 2 da alínea a) do artigo 14.º, em articulação com o Presidente da CPCJ. Mensalmente, mediante a apresentação dos comprovativos formais das despesas realizadas, é reposto o montante global atribuído à CPCJ de Cantanhede. O registo das despesas comportadas pelo Fundo Maneio, será efetuado através de uma folha de registo de saída das despesas e das faturas /recibos devidamente preenchidos com o NIPC do Município. b) De verba para contratação de seguro que cubra os riscos que possam ocorrer no âmbito do exercício das funções dos comissários previstos do n.º 1 do artigo 17.º nas alíneas: h) Um representante das associações de pais existentes na área de competência da comissão de proteção; R E G U L A M E N T O I N T E R N O 9

i) Um representante das associações ou outras organizações privadas que desenvolvam, na área de competência da comissão de proteção, atividades desportivas, culturais ou recreativas destinadas a crianças e jovens; j) Um representante das associações de jovens existentes na área de competência da comissão de proteção ou um representante dos serviços de juventude; l) Quatro cidadãos eleitores, preferencialmente com especiais conhecimentos ou capacidades para intervir na área das crianças e jovens em perigo, designados pela assembleia municipal, ou pelas assembleias municipais ou assembleia de freguesia, nos casos previstos, respetivamente, nas alíneas b) e a) do no n.º 2 do artigo 15.º; m) Os técnicos que venham a ser cooptados pela comissão, com formação, designadamente, em serviço social, psicologia, saúde ou direito, ou cidadãos com especial interesse pelos problemas da infância e juventude 4.O apoio administrativo consiste na cedência de funcionário administrativo, de acordo com os termos de referência a definir pela Comissão Nacional. 5. Excecionalmente, precedendo parecer favorável da Comissão Nacional, os municípios podem protocolar com os outros serviços representados nas comissões de proteção que lhes proporcione melhores condições de apoio logístico. 6. Os critérios de atribuição do apoio ao funcionamento das comissões de proteção devem ser fixados tendo em consideração a população residente com idade inferior a 18 anos, o volume processual da comissão e a adequada estabilidade da intervenção protetiva, nos termos a definir pela Comissão Nacional. Capítulo IV Disposições do Regulamento Interno Artigo 24º Entrada em Vigor do Regulamento Interno O Regulamento Interno da CPCJ do concelho de Cantanhede entra em vigor logo que aprovado em reunião da comissão alargada. Artigo 25º Revisão do Regulamento Interno 1. Pode ser solicitada uma revisão do regulamento, pelo Presidente ou pela maioria dos membros designados da CPCJ. R E G U L A M E N T O I N T E R N O 10

2. Qualquer alteração bem como os casos omissos não contemplados neste Regulamento deverão ser aprovados em reunião da comissão alargada, por maioria. Reunião de Comissão Alargada Cantanhede, 27 de janeiro de 2016 R E G U L A M E N T O I N T E R N O 11