Ciências Humanas e Suas Tecnologias - Geografia Ensino Médio, 2º Ano Conflitos Armados Prof. Claudimar Fontinele
PRINCIPAIS MOTIVOS DOS CONFLITOS Étnicos Políticos Ideológicos Territoriais Econômicos Recursos naturais Reivindicações nacionalistas; Contestações de fronteiras; Instabilidade política; Disputas de áreas de influência; Religião; Diferenças socioeconômicas; Ações terroristas; Arsenais bélicos;
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS Perdas humanas; Danos econômicos; Desequilíbrios acentuados; Culturas destruídas; Medo e fome espalhados; Aumento do número de órfãos; Surgimento de um exército de refugiados.
Tipos de Conflito Guerra entre Estados Embate entre exércitos nacionais regulares. Até o final de 2000, o mais sério deles é a disputa entre Índia e Paquistão, duas potências nucleares, pela posse da região da Caxemira. Vários países do centro e do sul da África também intervêm na guerra civil em curso na República Democrática do Congo (RDC). Guerra civil ou guerrilha Conflito em que grupos armados ambicionam derrubar o governo de um determinado país. Um dos mais expressivos são as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que controlam uma área desmilitarizada de 42 mil km2 na nação. Em Angola e Serra Leoa, os guerrilheiros da União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) e da Frente Revolucionária Unida (FRU) intensificam, respectivamente, a luta contra o governo desses países.
Tipos de Conflito Separatismo por ocupação estrangeira Confronto provocado por uma invasão militar externa. Nessa categoria, merece destaque a reivindicação dos palestinos pelo reconhecimento de um Estado independente nos territórios ocupados por Israel em 1967 Faixa de Gaza e Cisjordânia. O conflito separatista em Timor Leste chega ao fim em 1999, com o reconhecimento da independência desta excolônia portuguesa pela Indonésia. Separatismo no interior de um Estado Choque entre forças oficiais e movimentos internos em geral ligados a minorias étnicas ou religiosas que tem como objetivo a formação de Estados independentes. É o caso da guerrilha separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade), partidária da soberania do País Basco, região encravada entre a Espanha e a França.
GUERRILHA Se caracteriza por ser um conflito que opõe formações irregulares de combatentes e forças armadas regulares de um Estado. É típica de países onde há profundas injustiças sociais e, portanto, parte da população esta disposta a lutar por mudanças ou apoiar o grupo que se propuser a isso. Em geral grupos guerrilheiros atacam alvos militares e pontos estratégicos do Estado contra o qual lutam. Preocupam-se em fazer o mínimo de vitimas civis e em conquistar a simpatia e o apoio dos populares.
TERRORISMO De acordo com o dicionário político, é a prática de que recorre sistematicamente à violência contra pessoas ou as coisas provocando terror. Quando uma organização qualquer faz algum atentado terrorista, seja instalando uma bomba em algum local ou utilizando um homem-bomba, está querendo intimidar, disseminar o medo em uma comunidade ou país para atingir algum fim, que pode ser a difusão de uma ideologia, autonomia politica-territorial, a autoafirmação étnica ou religiosa, etc. Procuram fazer o máximo de vitimas civis, com o intuito de causar pânico, e não se interessam em dialogar com a população nem obter o seu apoio.
Guerrilha vs Terrorismo Se autodefinem de tal modo. Aparecem em situações de conflito ou instabilidade presentes. Além disso, centram suas ações armadas especificamente contra a quem se opõem. Tem uma orientação politica fortemente centrada, geralmente interessados em uma experiência revolucionaria que possa de consolidar com o apoio de outros setores da sociedade. A definição de terrorista costuma partir de veículos de comunicação, analistas e opositores à existência do grupo armado. Costumam atuar em contexto onde não há um conflito formalizado e atingem pessoas que não tem relação direta com seus inimigos. Possuem um discurso de natureza revanchista, não se pautam por algum tipo de ideologia politica definida e nem se interessam em buscar apoio amplo da população.
GUERRILHA - FARC Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc), que lutam contra o Estado colombiano pelo controle de parte de seu território. Fundada em 1964 por Manuel Marulanda, no inicio era uma guerrilha rural de inspiração revolucionária (tinha ligações com o partido comunista da Colômbia) que lutava contra as injustiças sociais. Entretanto, muitos afirmam que as Farc se tornaram um grupo terroristas por causa de seus métodos violentos que incluem sequestro de civis, além de envolvimento com o narcotráfico, hoje sua principal fonte de renda. A partir de 2002 o governo colombiano passou a combatê-lo mais intensamente com recursos e armas fornecidos pelos EUA por meio de um acordo batizado de Plano Colômbia. Em 2008, as Farc sofreram um duro golpe: numa operação das forças armadas colombianas na selva, três de seus mais importantes líderes, entre os quais Marulanda, foram mortos; em outra operação, 15 reféns que estavam em poder do grupo foram resgatados.
Há grupos guerrilheiros que adotam táticas terroristas contra um Estado nacional tentando separar parte do território ou expulsar tropas de ocupação. Nesse sentido, podemos destacar o ETA (Pátria Basca e Liberdade), no norte da Espanha, os grupos chechenos na Rússia e os curdos na Turquia. É o caso também dos atuais grupos palestinos, como o Hamas, o Jihad Islâmica que reivindicam territórios ocupados por Israel. Existem grupos que espalham o terror como afirmação de seu fundamentalismo religioso. É esse o caso da rede terrorista Al Qaeda (a base em árabe).
TERRORISMO Há grupos que espalham o terror como afirmação de seu fundamentalismo religioso contra a hegemonia da sociedade cristã ocidental, representada pelos Estados Unidos. É esse o caso da rede terrorista Al Qaeda ("a base", em árabe), que teve como fundador e líder o milionário saudita Osama Bin Laden - morto em maio de 2011 no Paquistão pelas tropas norteamericanas.
TERRORISMO O terrorismo também pode ser praticado pelo Estado. Nos anos 1920 na URSS, Josef Stalin perseguiu seus opositores e os mandou para campo de concentração. Na Alemanha nos anos 1930, com a ascensão do nazismo sob a liderança de Hitler, o Estado alemão deu inicio a um processo de genocídio contra judeus, ciganos e comunistas. Na África do Sul, grande parte do século XX foi marcada pelo Apartheid (separação), onde o governo sul-africano oficializou um regime de distinção entre brancos e negros. O terrorismo de Estado também foi comum na América Latina durante as várias ditaduras militares que se instalaram durante a Guerra Fria (1964-1985) no Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Bolívia, Peru, entre outros. Nesse período milhares de pessoas foram presas, torturadas e condenadas sem julgamento, além de várias terem sido assassinadas pelas forças do Estado, apenas porque faziam oposição ao governo vigente. Em reação ao fechamento político e a ausência de diálogo surgiram grupos armados que passaram a fazer guerrilha ou adotar práticas terroristas contra os governos ditatoriais, acirrando o conflito e a violência.
PAQUISTÃO vs ÍNDIA Os dois países são ex-colônias britânicas. Em 1947 conseguiram independência. Os ingleses repartiram a região de acordo com a religião das maiorias. Assim surgiu a Índia, de maioria HINDU, e o Paquistão, de maioria MUÇULMANA. O controle sobre a região da Caxemira foi causa de duas das três guerras (1948-1949, 1965 e 1971) já travadas entre Índia e Paquistão desde 1947 ano em que ambos os países se tornaram independentes do Reino Unido Caxemira região localizada no norte da Índia, mas de maioria muçulmana, que luta pela anexação ao Paquistão.
INTIFADA É um termo que pode ser traduzido como "revolta". É frequentemente empregado para designar uma insurreição contra um regime opressor ou um inimigo estrangeiro, mas tem sido especialmente utilizado para designar dois fortes movimentos da população civil da palestina contra a presença israelense nos territórios ocupados e em certas áreas teoricamente devolvidas à autoridades palestinas (Faixa de Gaza e Cisjordânia).
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www.piazzaliberazione.it ORIGEM HISTÓRICA DO CONFLITO Partilha da Palestina (ONU) em 1948: criação do Estado de Israel. Os palestinos não concordaram com a partilha e entraram em guerra com Israel (criaram a OLP/ANP para representá-los) Palestinos perderam a guerra e lutam até hoje para formar um Estado-Nação (país)