M A N U A L T É C N I C O



Documentos relacionados
01 Identificação do produto e da Empresa. 02 Composição e informações sobre os ingredientes. 03 Identificação de perigos

Produto: PREVENT N.º do FISPQ: CC 04 Data/Atualizada em: 30/01/08

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) SAPÓLIO RADIUM PÓ (Limão, Pinho, Clássico, Lavanda, Bouquet e Laranja)

FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS

FISPQ. FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO NBR NOME DO PRODUTO: Solução Titulante

SPANTA POMBO PASTILHA

Rebrilhar Classic Alto Tráfego

FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO AMACIANTE DE ROUPAS 1) IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA

Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos VEDAPREN FAST - TERRACOTA

Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos REVISÃO 03 DATA DA REVISÃO: 26/06/2011 ACABAMENTO EPÓXI PARTE B FISPQ ACABAMENTO

NEENMAX JARDIM CÓDIGO: 559 PAGINA 1/ 6

Cupins Subterrâneos: Métodos de Controle

Produtos - Saúde Pública / Raticidas / Klerat

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) SAPÓLIO RADIUM CREMOSO (Bouquet, Clássico, Laranja, Lavanda, Limão e Pinho)

INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA SOBRE PRODUTOS (FISPQ)

Nome do produto: BIOAGLOPAR

FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos RATOKILL PÓ DE CONTATO

FISPQ (FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS.) LIMPA VIDROS MARANSO 1. IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA:

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

CUPINS DA CANA-DE- AÇÚCAR

MULTI USO TRADICIONAL

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) NO AR ONE TOUCH Lavanda, Jardim e Pomar, Conforto do Lar e Amor de Mãe.

1- IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA 2- COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES 3- IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS

FISPQ (FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS.) DETERGENTE EUCALIPTO GEL 1- IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA:

F.I.S.P.Q. FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO TIPO DE PRODUTO : DESINFETANTE HOSPITALAR PARA SUPERFICIES FIXAS

Econômico no uso Supersol LG é composto com alto teor de tensoativos, que permite sua utilização em altas diluições para uma limpeza perfeita.

Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos FISPQ NBR 14725

Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico

FISPQ. Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico ACELERADOR MOR ACELERADOR MOR ACELERADOR MOR. Acelerador de vulcanização

Tensoativos aniônicos, Tripolifosfato de Sódio, Sequestrante, Amida de ácido graxo, Espessante, Corante, Essência e Àgua.

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA 2 COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÃO SOBRE OS INGREDIENTES

FISPQ FICHA DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUIMICOS

Nome do produto: BIOCOMPOSTO BLF. Data da última revisão: 22/06/07 Pagina 1/5

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos)

PRODUTO: PEROX BECKER Limpador concentrado

Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico FISPQ: /2016

Versão 1.0 Numero da FISPQ: Data da revisão: Sika Silicone W : PROQUÍMICA: SIKA (DDG):

FISPQ. Extremamente inflamável e irritante para a pele. Nocivo: risco de efeitos graves para a saúde em caso de exposição prolongada por inalação.

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos

FISPQ. Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico ACELERADOR DE VULCANIZAÇÃO MBTS-80 ACELERADOR DE VULCANIZAÇÃO MBTS-80

Nome do Produto: Inseticida Granulado LANDREX PLUS FISPQ N-: 17 Página 1/5 Data da última revisão:

FISPQ. Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. ELEVADOR DE ph MALTEX 2. COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES

2- Composição e informações Sobre Ingredientes:

ESTA FISPQ FOI PREPARADA PELO FABRICANTE. AS INFORMAÇÕES AQUI CONTIDAS SÃO NECESSÁRIAS PARA UTILIZAÇÃO SEGURA DO MATERIAL NO LOCAL DE TRABALHO.

FICHA TÉCNICA - MASSA LEVE -

FISPQ - Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos em acordo com a NBR-14725

Grill. Detergente desincrustante alcalino para remoção de gordura carbonizada.

FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS. STAR - Impermeabilizante

Ficha de informação de segurança de produto químico (FISPQ) DESENGORDURANTE MALTEX.

Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. Produto CHOICE

Nome do produto: Botafix EPPL (Comp. B) Data da última revisão: 03/10/ Nome da empresa: MC-Bauchemie Brasil Indústria e Comércio Ltda

FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO

Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ ADESIVO PISOFIX - OBRAFIX

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE FISPQ N PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ PASTA DESENGRAXANTE GEL

Ficha de segurança DDVP ROGAMA 1000 CE

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO (FISPQ) NOME DO PRODUTO: BIOFLOC A 5030

Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico

Número de página: 1/5. Data da última revisão: 14 de maio de 2009

FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS. TRIS M.JOB Shampoo Automotivo

Comércio de Produtos Químicos

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos)

1 - IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA 2 - IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS 3 - COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES. Nome: MASSA PARA MADEIRA

Simone de Souza Prado, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente

Mantém cores originais A aplicação de TASKI Tapi 101 não altera as cores originais das superfícies.

BACTER PLUS LAVANDA DESINFETANTE BACTERICIDA - CONCENTRADO USO PROFISSIONAL

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO (FISPQ) NOME DO PRODUTO: BIOFLOC 1601

Acido Crômico Anidro FISPQ nº: 0007 Ultima Revisão: 08/11/2014

Nome do produto: MC Injekt 2300 Top (A) Data da última revisão: 22/07/ Nome da empresa: MC-Bauchemie Brasil Indústria e Comércio Ltda

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA

FICHADE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUíMICO. Jimo Dedetizador

1. Identificação do Produto e da Empresa. 2. Composição e informações sobre os ingredientes. Página 1 de 6

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos em acordo com a NBR :2009

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA

CAS Nome Químico Concentração (%) Solvente de Petróleo < 50,00 Gás Propelente < 50,00

Ordem Isoptera. Alunos: Carlos Felippe Nicoleit; Celso Junior; Charles Magnus da Rosa; Daniella Delavechia.

Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico - FISPQ

FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ

07/06/2010 PRODUTO: PLATINUM NEO

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico. Rua Manoel Joaquim Filho, 303, CEP Paulínia / SP.

Desinfetante Bak Ypê Lavanda

MILLE PRODUTOS DE LIMPEZA E HIGIENE LTDA. FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS

Dupla ação Além de limpador é um excelente renovador de brilho, em especial de ceras lustráveis.

INDUFIX FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS FISPQ 014 REVISÃO: 30/03/2014 PÁGINA 1/6 1 IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO E DA EMPRESA

FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos)

Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico DENTROL-N FISPQ: 006 Revisão: 001 Data: 08/02/2016 Página 1 de 6

Carlos Massaru Watanabe/ Marcos Gennaro Engenheiros Agrônomos

FICHA DE DADOS DE SEGURANÇA

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos em acordo com a NBR-14725

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS

FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO Produto: GLIATO Revisão: 01 Data: 16/08/2011 Páginas: 1/7

Entupimento em Bicos Queimadores O produto SAFE 405 mantém os bicos queimadores sempre limpos, evitando entupimentos indesejados.

Ideal Qualificação Profissional

Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico Conforme NBR14725, de julho/2005 e 1907/2006/EC

Versão 1.1 Numero da FISPQ: Data da revisão: Separol BIO : PROQUÍMICA: SIKA (DDG): : Não conhecido.

Rota de Aprendizagem 2015/16 5.º Ano

Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos Tinta pó Branco Evereste -Pág. 01/06 Este produto atende a classificação para Cal de pintura

FISPQ A Em conformidade com a NBR 14725: ed.

FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos em acordo com a NBR Data da revisão: 14/01/08 Data da impressão: 12/8/2013

Ficha de Informações de Segurança do Produto Químico

RELATÓRIO TÉCNICO. Característico, irritante ph ( Puro ) 0,45 0,65 Densidade 0,980 1,040 ( 25ºC )

Transcrição:

M A N U A L TÉCNICO

Apresentação...3 Biologia de cupins e formigas...4 Propriedades físico-químicas...9 Testes de eficácia...12 Recomendações de uso e estratégias de controle...15 Segurança...21 Precauções de uso...23 MANUAL TÉCNICO

1. APRESENTAÇÃO OPTIGARD LT contém Thiamethoxam em sua composição, um inseticida neonicotinóide não repelente, altamente seguro e eficaz, que age por contato e ingestão em cupins e formigas. A nomenclatura LT refere-se ao termo em inglês Liquid Termiticide (cupinicida líquido). Thiamethoxam foi descoberto em 1991 pela Syngenta e foi o primeiro representante da segunda geração de neonicotinóides, e pertence à subclasse thianicotinyl. Thiamethoxam tem demonstrado alta atividade no controle de pragas urbanas, como cupins e formigas, assim como outros insetos nocivos. Inúmeros estudos científicos demonstram a eficácia do Thiamethoxam no controle de cupins subterrâneos e formigas. A embalagem hidrossolúvel de OPTIGARD LT proporciona diversos benefícios, como economia, segurança e respeito ao meio ambiente, uma vez que a embalagem não deixa resíduos, ou seja, se dissolve totalmente na água, é biodegradável e atóxica. OPTIGARD LT garante segurança e economia, pois é embalado na dose certa, diminuindo a exposição do aplicador ao produto e evitando possíveis erros na dosagem: adicionar 1 sachê hidrossolúvel diretamente na água e aplicar conforme instruções do rótulo. OPTIGARD LT não mancha, não é corrosivo e não tem cheiro. O produto deve ser diluído somente em água, devendo-se observar os efeitos que o líquido pode provocar nas superfícies, madeiras e pinturas antes de proceder ao tratamento. OPTIGARD LT não apresenta restrições para aplicações internas e externas de residências e outras edificações. Outra característica importante de OPTIGARD LT é a ação não repelente. Estudos realizados no Japão evidenciam a não percepção pelos cupins que entram em contato com o produto, conforme apresentado neste manual técnico. MANUAL TÉCNICO 3

2. BIOLOGIA DE CUPINS E FORMIGAS Cupins e formigas, assim como outros insetos sociais, apresentam sobreposição de gerações, cuidado com a prole e divisão de trabalho entre indivíduos de diferentes morfologias (castas). Os insetos sociais estão entre as pragas urbanas que apresentam o controle mais difícil e possivelmente os que causam os maiores prejuízos. Isso se deve à alta vantagem competitiva e adaptativa que a vida em sociedade proporciona. O controle de cupins e formigas requer tratamento específico e diferenciado através da associação de produtos não repelentes e de conhecimento da biologia desses insetos. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE FORMIGAS E CUPINS Formigas Apresentam cintura 4 asas, as anteriores maiores que as posteriores Cupins Ausência de cintura (o abdome dos cupins liga-se largamente ao tórax) 4 asas de mesmo tamanho Antenas em forma de cotovelo Antenas retas 2.1. Cupins Os cupins pertencem ao Filo Arthropoda, Classe Insecta e Ordem Isoptera. Existem cerca de 2.860 espécies distribuídas principalmente em regiões tropicais e subtropicais, sendo que destas aproximadamente 290 são encontradas no Brasil. De modo geral, uma colônia de cupins é constituída pelo casal real (rei e rainha) que são os reprodutores; operários, que são morfologicamente uniformes e responsáveis pelo trabalho da colônia e soldados, que são responsáveis pela defesa da colônia, através de defesas químicas e/ou mecânicas. MANUAL TÉCNICO 4

Castas Esquema simplificado do ciclo de vida dos cupins. Operários A casta de operários é geralmente a mais numerosa da colônia, formada por indivíduos não diferenciados, cegos e estéreis. Eles desempenham funções importantes, como obtenção de alimento, construção, reparação e saneamento da colônia, expansão e limpeza do ninho e túneis, cuidados com a prole, soldados e reprodutores. Soldados Os soldados são responsáveis pela guarda do ninho e proteção da colônia. Desempenham importante papel na taxonomia (identificação) da espécie, entretanto eles podem estar ausentes em alguns gêneros. De modo geral, os soldados possuem armas físicas e/ou químicas. Entre as armas físicas estão mandíbulas poderosas e cabeça resistente e volumosa (fragmose). E entre as armas químicas estão as secreções de natureza tóxica, viscosa e grudenta. MANUAL TÉCNICO 5

Alados Os alados são responsáveis pela reprodução e aparecem sazonalmente. Eles são dotados de dois pares de delicadas asas membranosas para a realização da revoada ou enxameamento (siriris ou aleluias). Após curto vôo, juntam-se em pares (macho e fêmea) e procuram local adequado para a fundação de nova colônia. Uma vez instalados em local seguro, ocorrerá a cópula e, em poucos dias, a fêmea iniciará a oviposição, fundando uma nova colônia, tornando-se estes o casal real. De acordo com o habitat e a espécie, os cupins podem formar seus ninhos com diferentes formatos e tamanhos e em diferentes locais, como árvores, edificações (em caixões perdidos, vãos de escadas, interior de paredes e caixas de força) e no solo. Ilustração de ninhos interconectados Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. Os cupins têm papel importante no meio ambiente através da reciclagem de material orgânico (celulose e lignocelulose), entretanto alguns gêneros são considerados pragas em áreas urbanas, causando elevados prejuízos em virtude da procura por alimento: madeira e derivados celulósicos. Em áreas urbanas, os gêneros Coptotermes spp., Heterotermes spp. e Nasutitermes spp. são os cupins subterrâneos de maior importância econômica no Brasil. Danos causados por cupins subterrâneos em edificações Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. MANUAL TÉCNICO 6

2.2. Formigas As formigas pertencem ao Filo Arthropoda, Classe Insecta e Ordem Hymenoptera, mesmo grupo das abelhas e vespas. Mundialmente, existem cerca de 11.000 espécies de formigas, das quais aproximadamente 2.000 espécies possuem representantes no Brasil. A população adulta de uma colônia de formigas é formada basicamente por duas castas: rainha e operária. Os alados (machos e fêmeas) surgem em determinadas épocas do ano. Operárias São fêmeas estéreis, desprovidas de asas e representam a maior parte dos indivíduos da colônia. Elas podem viver de 2 a 3 meses ou até 1 ano, e realizam funções como escavação e limpeza do ninho, procura de alimento (também chamada de forrageamento), alimentação de indivíduos de outro estágio, defesa da colônia, etc. Detalhe do forrageamento das formigas (busca de alimento) Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. Machos Os machos são indivíduos alados e têm função unicamente reprodutiva. Mas ao contrário do que ocorre com os cupins, onde o macho permanece com a rainha dentro da colônia, os machos de formigas possuem vida curta (14-30 dias) e morrem após a cópula ou são mortos pelas operárias. MANUAL TÉCNICO 7

Rainhas As rainhas são os maiores indivíduos da colônia e são responsáveis pela postura dos ovos. São aladas, mas as asas caem após vôo nupcial, que ocorre somente uma vez, a rainha pode ser fecundada por vários machos diferentes e armazena os espermatozóides na espermateca por toda a sua vida. Após a cópula, procuram um local para fazer o ninho e depositar seus ovos. De acordo com a espécie, podem viver por muitos anos, ou apenas poucos meses. Em certas épocas do ano ocorre a revoada, quando machos e fêmeas (alados) saem para efetuar o acasalamento e formar novas colônias. Entretanto, algumas espécies urbanas se reproduzem através da fragmentação da colônia, onde uma rainha migra para outro local com um grupo de operárias fundando um novo ninho. A fragmentação é um processo natural, mas pode ser influenciada pelo uso de inseticidas repelentes, causando o aumento da dispersão e infestação. O hábito alimentar das formigas é bastante diversificado e pode variar desde produtos açucarados, gordura animal até fungos. Os ninhos podem estar presentes diretamente no solo, em batentes de portas, armários, no interior de aparelhos eletrônicos, frestas de azulejos, etc. É comum entre as espécies urbanas a formação de ninhos-satélites ligados ao ninho principal, onde estão as rainhas. O número de rainhas por colônia é variável de acordo com a espécie. As formigas, assim como os outros organismos vivos, têm grande importância para o meio ambiente, mas algumas espécies causam danos. No ambiente urbano, as formigas podem causar sérios problemas de saúde pública ao agirem como vetores de microrganismos patogênicos, causando desde a contaminação de alimentos até infecção hospitalar. Podem também estar presentes no interior de aparelhos eletrônicos, ocasionando danos. MANUAL TÉCNICO 8

3. PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS OPTIGARD LT é um produto com características químicas, físicas e biológicas inovadoras. O desenvolvimento de inseticidas para o controle de pragas está voltado para a descoberta de novos ingredientes ativos ou moléculas, formulações menos tóxicas, embalagens biodegradáveis e seguras para os aplicadores e organismos não alvos. OPTIGARD LT reúne todas essas características, agregando tecnologia, segurança, eficiência e economia. 3.1. Ficha técnica Nome comercial: OPTIGARD LT Nome comum do ingrediente ativo: Thiamethoxam Fórmula estrutural: Número CAS: 153719-23-4 Classe: inseticida neonicotinóide de segunda geração Subclasse: thianicotinyl Registro no Ministério da Saúde: 3.0119.6637 AUP: 1240/2006 Formulação: grânulos dispersíveis em água Composição química: 3-(2-chloro-1,3-thiazol-5-ylmethyl)-5-methyl-1,3,5-oxadiazinan-4- ylidene-(nitro)amine Proporção: 250 gramas de ingrediente ativo por kg (25%) Apresentação: sachês hidrossolúveis de 20 g Fórmula empírica: C 8 H 10 CIN 5 O 3 S Classificação toxicológica: classe III Aparência: sólido granulado, cor marrom Densidade: 0,42-0,52 kg/l Características físicas: não apresenta odor, não mancha e não é corrosivo Solubilidade em água 25ºC: 4 100 mg/l Pressão de vapor 25ºC: 6,6 x 10-9 Pa (não volátil) Ação tóxica: atua nos receptores nicotínicos da acetilcolina nas sinapses Compatibilidade: compatível com a maioria dos inseticidas MANUAL TÉCNICO 9

3.2. Modo de ação (inovação) Thiamethoxam tem ação de contato e ingestão e age no sistema nervoso dos insetos, ou seja, nos receptores nicotinérgicos das células. No cérebro dos insetos, milhões de células nervosas são interligadas e participam da transmissão de sinais elétricos. Este processo é essencial para que os insetos realizem funções vitais para a sua sobrevivência como, por exemplo, o ato de se alimentar. Quando um inseto está com fome, seu cérebro envia um comando para que ele se alimente. Este comando é enviado em forma de impulso elétrico de uma célula (pré-sinapse) para outra (pós-sinapse). De modo geral, a sinapse é a união de duas células nervosas e desempenha um importante papel nesse processo. O impulso elétrico recebido faz com que seja liberada uma substância química e a célula nervosa vizinha reage ao produzir o seu próprio impulso. OPTIGARD LT interrompe essa reação ao imitar o neurotransmissor excitatório (acetilcolina) competindo pelos receptores nicotinérgicos presentes na membrana pós-sináptica. A enzima acetilcolinesterase, que degrada moléculas de acetilcolina, não consegue degradar as moléculas de Thiamethoxam, que são insensíveis à ação dessa enzima. Como conseqüência, ocorre uma ativação prolongada dos receptores de acetilcolina, ocasionando hiperexcitabilidade do sistema nervoso central devido à transmissão desordenada de impulsos nervosos. A substância química que havia sido liberada fica sem efeito e os impulsos nervosos são bloqueados. Dessa forma, o inseto deixa de realizar funções como a alimentação, o vôo e os movimentos. A ilustração abaixo mostra um esquema simplificado da sinapse de um inseto e sítios de ação dos principais grupos químicos. Pré-sinapse Fenda sináptica Pós-sinapse Receptor Nicotínico Neonicotinóides: thiamethoxam Canais de sódio: Piretróides Acetilcolinesterase: Carbamatos, organofosforados Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. OPTIGARD LT tem um modo de ação diferente de outras classes de inseticida, como fosforados e piretróides tradicionalmente usados no controle de pragas urbanas. Thiamethoxam não é repelente e pode em muitos casos ser transferido dos insetos expostos para os não expostos ao produto, inclusive os cupins. MANUAL TÉCNICO 10

3.3. Formulação e embalagem (conveniência e economia) A formulação WG - grânulos dispersíveis (termo proveniente do inglês, water dispersible granule ) se dissolve rapidamente na água contribuindo para uma rápida preparação da calda. OPTIGARD LT é embalado em sachês hidrossolúveis, proporcionando dosagem correta, sem desperdícios e sem a exposição dos aplicadores ao produto. Essa inovação favorece o meio ambiente, uma vez que ao se dissolver completamente na água dispensa a preocupação com o descarte de embalagens. A matéria-prima utilizada na fabricação do sachê hidrossolúvel, o PVA (álcool poli-vinílico), é atóxico para humanos, não emprega nenhum solvente orgânico ou CFC em sua produção e utiliza água como solvente. Outra vantagem do sachê é que o PVA pode ser degradado por bactérias. Para utilizar o sachê no controle de cupins e formigas, basta colocá-lo em um recipiente com água seguindo as orientações do item instruções de uso deste manual. Diluição do sachê hidrossolúvel Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. 3.4. Comportamento no solo Em estudos de laboratório sob condições aeróbicas, Thiamethoxam apresentou um padrão bifásico de degradação. A degradação inicial é atribuída à disponibilidade do produto na solução do solo seguido de uma meia-vida secundária maior e de lenta liberação e degradação. Uma vez que o Thiamethoxam é adsorvido (fixado) no solo, a degradação torna-se limitada e lenta, sendo que a cinética de dessorção (liberação) exibe baixa mobilidade no solo e baixo potencial de lixiviação. A solubilidade na água permite que o Thiamethoxam se mova rapidamente, preenchendo possíveis falhas na aplicação no solo, que podem ocorrer com produtos menos solúveis. Portanto, Thiamethoxam é uniformemente distribuído no solo, mesmo em locais com alta lixiviação ou irrigação. Quando a área tratada seca, Thiamethoxam adsorve fortemente as partículas do solo, promovendo um bom efeito residual. MANUAL TÉCNICO 11

4. TESTES DE EFICÁCIA Alta eficiência no tratamento de cupins e formigas com OPTIGARD LT Diversos testes de eficácia foram realizados no Brasil, Estados Unidos, Japão e em outros países, onde demonstraram a eficiência do Thiamethoxam no controle de pragas urbanas. Alguns dos experimentos realizados no controle de cupins e formigas serão descritos resumidamente, os quais podem servir de fonte de informação aos controladores de pragas. 4.1. Testes realizados no Brasil Veja abaixo um rápido resumo dos testes realizados que demonstram a eficácia do OPTIGARD LT no controle de cupins. 4.1.1. Testes realizados em laboratório Testes de eficácia foram realizados nos laboratórios do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Vegetal do Instituto Biológico/SP (2002). Cupins dos gêneros Coptotermes gestroi e Nasutitermes sp. foram confinados em solo tratado com OPTIGARD LT. Após 6 horas de confinamento com o solo tratado, os cupins das duas espécies apresentavam apenas movimento das pernas. Após 24 horas foi constatada a mortalidade total. 4.1.2. Testes realizados no campo a) Entre março e abril de 2000, as empresas Granovsky Associates, PPV e Pioneira realizaram testes de campo com OPTIGARD LT em residências da cidade de São Paulo altamente infestadas por cupins subterrâneos da espécie Coptotermes gestroi. Em avaliações realizadas no ano de 2005, não se observou ocorrência ou reporte de reinfestação mesmo após cinco anos de avaliação. Observações mencionadas pelos avaliadores foram que o Thiamethoxam mostrou um forte impacto nas infestações de cupins subterrâneos da espécie Coptotermes gestroi em todos os imóveis tratados. A forma de apresentação em grânulos dispersíveis se mostrou interessante do ponto de vista operacional, diminuindo o volume de produto a ser transportado e aumentando a segurança das operações de controle. Além disso, a calda não apresentou cheiro, o que reduz um dos inconvenientes mais comuns nos tratamentos contra cupins. (imagens abaixo dos tratamentos realizados) Perfuração para aplicação da calda cupinicida Fonte: Granovsky Associates, PPV e Pioneira - 2005 MANUAL TÉCNICO 12

b) Outro tratamento foi realizado pela empresa Tecprag Controle de Pragas Ltda. em Campinas SP (2004). A aplicação foi realizada em uma residência com alta infestação de cupins de madeira seca (Cryptotermes spp.) e subterrâneo (Coptotermes spp.). Foram aplicados 200 litros de calda em aproximadamente 45 m lineares na dose de 20 g de produto para 10 litros de água. Utilizou-se um pulverizador manual Guarany Plus de 16 litros para a aplicação. O tratamento foi localizado, realizado no perímetro interno da sala, do quarto e no perímetro externo da casa. A distância entre os furos foi de 30-40 cm, a 10 cm da parede, com profundidade aproximada de 25 cm, aplicando, em média, 2 litros de calda por furo (4,5 L/ m linear). Em avaliação realizada em 2007 não foram observadas reinfestações ou qualquer sinal de atividade de cupins. c) Imóveis foram tratados pela empresa Definset no Rio de Janeiro nos anos de 2004 e 2005, entre eles edificações comerciais, residenciais e ambientes hospitalares infestados por cupins da espécie Coptotermes gestroi. Avaliações realizadas até 2007 evidenciaram a eficácia do produto. Não foram observadas reinfestações ou qualquer sinal de atividade de cupins. 4.2. Testes realizados em outros países 4.2.1. Transferência de OPTIGARD LT para o ninho - Testes realizados no Japão Muitos cupinicidas existentes no mercado possuem atividade repelente e, ao serem percebidos, passam a ser evitados pelos cupins, fazendo com que o inseto apenas mude de local dentro da edificação, não ocorrendo o controle. Trabalhos realizados no Japão mostraram que OPTIGARD LT não apresenta atividade repelente, conforme descrito a seguir. Operários do gênero Coptotermes sp foram alimentados com celulose impregnada com corante violeta para que seus intestinos ficassem marcados, facilitando identificação posterior. Parcelas de solo foram tratadas com OPTIGARD LT e os cupins marcados (grupo A) foram confinados por 1 hora. Em seguida, estes cupins foram colocados em um outro recipiente com terra não tratada juntamente com 90 operários e 6 soldados do mesmo gênero (grupo B). Solo sem tratamento químico Solo tratado com OPTIGARD LT Grupo A em contato com solo tratado Grupo que foi confinado com solo tratado (grupo A) Grupo que NÃO foi confinado com solo tratado (grupo B) MANUAL TÉCNICO 13

As mortalidades foram avaliadas durante 7 dias, e a performance de OPTIGARD LT sobre o grupo B (cupins que não tiveram contato direto com o OPTIGARD LT) encontra-se no gráfico abaixo. Os resultados evidenciam a transferência de OPTIGARD LT dos cupins previamente confinados com solo tratado (grupo A) para os não confinados com solo tratado (grupo B). Esse efeito deve-se ao fato de OPTIGARD LT não apresentar repelência e por conta do comportamento social destes insetos, como a trofalaxia e o contato físico. Estes resultados corroboram com os obtidos por Remmen & Su (2005), quando foi observado o efeito não repelente do inseticida em cupins do gênero Coptotermes sp., onde os cupins penetraram nas áreas tratadas com Thiamethoxam (0 a 800 ppm). 4.2.2. Testes com OPTIGARD LT no controle de formigas Lovelady & Granovsky (1999) testaram Thiamethoxam no Texas, Estados Unidos, no controle de 4 espécies de formigas presentes em residências (Solenopis invicta, Monomorium pharaonis, M. minimum e Pheidole sp). O controle foi obtido em três dias após o tratamento na área externa (perímetro), em aplicação de barreira. Em outro estudo em Fresno, Califórnia, Thiamethoxam controlou efetivamente a formiga argentina (Iridomyrmex sp) e outras espécies de insetos nas doses recomendadas no rótulo. Inúmeros testes de placa realizados em diferentes espécies de formigas domésticas demonstraram que o inseticida Thiamethoxam é altamente eficiente no controle de formigas. No controle de formiga lava-pés (Solenopis invicta), o controle dos ninhos (montículos) foi obtido entre 3 e 7 dias após o tratamento, o que demonstra a ação lenta do produto quando comparado com outras classes inseticidas, favorecendo o controle destes insetos. MANUAL TÉCNICO 14

4.3. Estudos em andamento Diversos estudos estão em andamento com várias pragas urbanas, onde Thiamethoxam tem demonstrado ser importante ferramenta para os controladores de pragas: testes de eficácia para controle de cupim de madeira seca, efeito residual em solos tropicais, controle de pragas urbanas resistentes a outros inseticidas, iscas e novas formulações, entre outros. 5. RECOMENDAÇÕES DE USO E ESTRATÉGIAS DE CONTROLE 5.1 Cupins DOSE RECOMENDADA PARA O CONTROLE DE CUPINS SUBTERRÂNEOS Alvo biológico Ingrediente ativo/ Área (g i.a./m2) Dose de Optigard LT g por 10 litros de água Área tratada m linear/ 10 litros de calda Cupins subterrâneos 2,5 g 20 g (1 sachê) 2a4m 5.1.1. Controle de cupins subterrâneos: Tratamento pré-construção Conduítes e rede hidráulica Ninho em vão entre paredes ou entre andares Caixão Perdido Restos de madeira da obra Cupins subterrâneos Tratamento em áreas internas e externas M A N U A L T É C N I C O 15 Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. Recomenda-se o tratamento antes da pavimentação, diretamente sobre o solo. Diluir 1 sachê hidrossolúvel (20 g) em um recipiente com 10 litros de água, agitar até obter uma calda homogênea e aplicar 5 litros da calda por m² sobre o solo. Após a construção da estrutura, fazer trincheira ao longo da mesma, com 15 cm de largura (iniciando na parede) e 30 cm de profundidade. Aplicar 5 litros de calda por metro linear. Realizar o tratamento preventivo na maior área possível, com o objetivo de obter uma barreira protetora contínua. Recomenda-se monitoramento do local das áreas tratadas para verificar possíveis reinfestações e alterações na barreira de proteção, uma vez que pode haver reformas na edificação que retirem o solo tratado do local e/ou novas construções podem prejudicar o tratamento.

Primeiramente deve-se realizar uma inspeção minuciosa no local com o objetivo de levantar o máximo de informações possível a respeito das áreas infestadas, do grau de infestação (leve, média ou alta) e da espécie de cupim e sua biologia (que pode ser coletada e enviada a um especialista para identificação). É aconselhável a elaboração de um croqui do local com o registro de todas as informações do ataque e de medidas a serem adotadas. Sempre que possível, deve-se coletar informações com o responsável pelo imóvel sobre as características da edificação. Com as informações em mãos, deve-se realizar o plano inicial do controle e definir as medidas a serem tomadas, como os locais que receberão os tratamentos e os tipos de tratamento. Baseando-se no plano estabelecido, iniciar a preparação dos locais. Definir as áreas a serem tratadas e registrar todas as ações no croqui elaborado durante a inspeção. Essa prática fornecerá informações preciosas para o tratamento. Remover os materiais intensamente danificados, quando presentes, e promover a limpeza nas estruturas infestadas. Começar a perfuração do piso ao longo do perímetro das paredes e estruturas com furos a cada 30 cm. Em paredes de blocos ocos, perfure-os a cada 15 cm, formando uma barreira, iniciando a uma altura de 10 a 20 cm do solo. Preparação para furos da barreira química Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. MANUAL TÉCNICO 16

Recomenda-se a remoção dos resíduos (pós) deixados pelas furações com um aspirador comum, visando uma melhor visualização e aplicação. Somente após a realização dos passos anteriores, iniciar a preparação da calda e planejar a quantidade que será utilizada, evitando assim a preparação de calda em excesso. Deve-se diluir 1 sachê (20 g) de OPTIGARD LT em um recipiente com 10 litros de água e agitar até a calda ficar homogênea. Lembrar que o sachê se dissolverá completamente na água, não sendo necessário abri-lo. Aplicar aproximadamente 2,5 litros de calda por metro linear nesses orifícios. Para facilitar o processo e evitar erros de quantidade de calda, recomenda-se determinar o tempo médio necessário para que ocorra a vazão do volume antes da aplicação. Após a aplicação, deve-se tapar os furos feitos e, se necessário, realizar o acabamento no piso. Um controle efetivo de cupins não acaba no dia da aplicação. Deve-se realizar visitas posteriores com rigorosas inspeções a fim de observar se a estratégia adotada foi eficaz e se correções serão necessárias. Aplicação em área externa: barreira química Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. MANUAL TÉCNICO 17

Pontos susceptíveis a instalação e tratamento de cupins: 1) Entradas de ar, ventilação e outros 2) Alicerce, vigas e colunas 3) Rachaduras e pontos de umidade que podem exigir retratamento 4) Reduzir fontes de alimento em áreas externas, como restos de madeira, galhos e outros 5) Identificar túneis e sinais de atividade 6) Juntas de dilatação das paredes e piso 7) Móveis e outras fontes de celulose e derivados 8) Árvores 9) Ralos, pontos de entrada e outras fontes de umidade 10) Piso de madeira, carpete de madeira e outros 11) Canos externos no pavimento 12) Restos de madeira deixados durante a construção 13) Rede elétrica e conduítes 14) Porão e outros locais escuros e com umidade 15) Paredes em contato com terra e fontes de alimento 16) Telhado 17) Caixão perdido, vãos estruturais, etc. 18) Jardins próximos a edificações 19) Restos de material orgânico (fontes de alimento) 20) Fonte de celulose, umidade e lixo MANUAL TÉCNICO 18

5.2. Formigas urbanas Praga Ingrediente ativo/ área (aproximadamente) (mg i.a./m 2 ) Dose de Optigard LT g por 10 litros Área tratada (m 2 ) / 10 litros Formigas 25 mg 20 g 200 m² Para combater as formigas, diluir 20 g de OPTIGARD LT em 10 litros de água e aplicar uniformemente onde as formigas ocorrem principalmente em pisos, gramados, frestas e cantos, formando uma barreira nas superfícies tratadas em áreas externas. Na aplicação interna das instalações, não aplicar em barreira. Deve-se realizar uma aplicação localizada e dirigida nos cantos, ninhos, frestas e rachaduras. A reaplicação deve ser realizada após um intervalo mínimo de 7 dias, devendo-se realizar no máximo 6 aplicações por ano no mesmo local. Detalhe da aplicação em pontos de entrada para as formigas. Fonte: Syngenta Proteção de Cultivos Ltda. MANUAL TÉCNICO 19

5.2.1. Estratégias para o controle de formigas Devido a sua habilidade de se locomover a distâncias consideráveis entre as áreas externas e internas nos mais variados tipos de edificações, e de nidificar em pequenos espaços, a atividade de controle torna-se um grande desafio para as empresas controladoras de pragas. Portanto, deve-se seguir os 4 passos básicos que poderão ajudar no sucesso do controle: a) Inspeção detalhada dos pontos de infestação b) Tratamento interno c) Tratamento externo d) Implementação de um programa de manutenção periódica de controle-monitoramento a) Inspeção detalhada dos pontos de infestação O sucesso no controle de formigas depende da identificação da espécie, conhecimento sobre a biologia e avaliação cuidadosa do local a ser tratado. O conhecimento da biologia das espécies infestantes poderá fornecer importantes dicas de onde e como aplicar o produto corretamente. Recomenda-se consultar o pôster Syngenta de identificação de espécies de formigas. Durante o processo de inspeção externa, verificar as plantas e arbustos que podem ter contato com o edifício. Vegetações em contato com as edificações são vias de entrada para as formigas, mesmo que o perímetro tenha sido tratado com inseticida. Portanto é importante verificar rachaduras, buracos, canos, janelas e portas. No interior das instalações, as formigas tendem a emergir de buracos na parede, azulejos, portas, batentes, tomadas e pias, na busca por água e alimento. Procurar em todos esses locais por trilhas e segui-las até o ninho e ponto de entrada. b) Tratamento interno Uma vez identificada a espécie e mapeadas as áreas de alimentação e entrada, pode-se desenvolver uma estratégia adequada de tratamento. As colônias de formigas localizadas em vãos, rachaduras e buracos devem ser tratadas preferencialmente com um inseticida não repelente (OPTIGARD LT). Algumas vezes é necessário tratar as trilhas de formigas que estão buscando comida, como cantos, paredes e janelas. c) Tratamento externo Uma vez localizadas as colônias de formigas nas áreas externas, embaixo de pedras, vasos de plantas, montículos, calçadas, àrvores, etc., realizar o tratamento nesses locais. O volume de solução inseticida poderá variar de acordo com o tipo de superfície a ser tratado, de modo geral recomenda-se 10 litros de calda para 200 m 2. MANUAL TÉCNICO 20

d) Implementação de um programa de manutenção periódica de controlemonitoramento. Após a realização do tratamento, recomenda-se um monitoramento freqüente tanto pelo cliente quanto pela empresa contratada para obter um controle eficiente a longo prazo. Essas medidas reduzem o número de chamadas e reclamações de falha no controle. 5.3 Restrições de uso Uso exclusivo por empresas especializadas. Quando aplicado nas doses e formas recomendadas, o produto não apresenta restrições de uso. 6. SEGURANÇA 6.1. Segurança ao meio ambiente OPTIGARD LT é favorável para organismos aquáticos, com exceção de insetos aquáticos. É praticamente não tóxico para peixes, invertebrados de água dose (Daphinia sp.) e moluscos. Não apresenta toxicidade para algas e minhocas e toxicidade moderada para invertebrados de água salgada (Mysid shrimp). O produto não apresenta potencial de bioacumulação. Na água, a degradação ocorre principalmente pela fotólise. Indicadores Aves DL 50 (oral) Peixe de água doce CL 50 (28 dias) Peixe de água salgada CL 50 (96h) Invertebrados de água doce CE 50 (48h) Invertebrados água salgada CE 50 (96h) Algas CE 50 (72h) Espécies Codornas Patos Trutas Sheepshead minnow Daphinia magna Mysid shrimp Eastern oyster Algas verdes Proporção 1.552 mg/kg 576 mg/kg > 100 mg/l > 100 mg/l > 100 mg/l 6,9 mg/l >100 mg/l > 100 mg/l Minhocas CE 50 (14 dias) Insetos benéficos DL 50 (48h) Eisenia foetida Abelhas > 1.000 mg/kg solo 0,024 µg/abelha MANUAL TÉCNICO 21