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Transcrição:

2015. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação aos direitos autorais (Lei n 9.610). Informações e contatos Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Sebrae Unidade de Gestão Estratégica UGE SGAS 605 Conj. A Asa Sul Brasília/DF CEP: 70200-645. Telefone: (61) 3348-7180 Site: www.sebrae.com.br Presidente do Conselho Deliberativo Robson Braga de Andrade Diretor Presidente Luiz Barretto Diretora Técnica Heloísa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças José Cláudio dos Santos Unidade de Gestão Estratégica Gerente Pio Cortizo Gerente Adjunta Elizis Maria de Faria Equipe técnica Rafael de Farias Costa Moreira (Coordenação) Alexandre Vasconcelos Lima Carlos Eduardo Pinto Santiago Marco Aurélio Bedê Karina Santos de Souza Ramon de Almeida Bispo

Sumário 1. INTRODUÇÃO 5 2. DEFINIÇÕES 6 2.1. Pequenos negócios 7 2.1.1. Microempreendedor individual (MEI) 7 2.1.2. Microempresa (ME) 7 2.1.3. Empresa de pequeno porte (EPP) 8 2.1.4. Produtor rural 8 2.2. Potencial empresário 8 2.3. Potencial empreendedor 8 3. PERFIL COMPARATIVO DOS DONOS DE NEGÓCIO 9 3.1. Evolução recente 9 3.2. Sexo 10 3.3. Faixa etária 11 3.4. Escolaridade 12 3.5. Rendimento médio mensal 13 3.6. Uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) 14 4. O PÚBLICO DO SEBRAE EM NÚMEROS 16 4.1. Pequenos negócios empresariais 16 4.1.1. Distribuição por porte 16 4.1.2. Distribuição por região 17 4.1.3. Distribuição por Unidade da Federação 18 4.1.4. Distribuição por município 20 4.1.5. Distribuição por setor econômico 21 4.1.6. Distribuição por segmento econômico 22 4.1.7. Microempreendedor individual MEI 23 4.1.7.1. Distribuição por região 23 4.1.7.2. Distribuição por Unidade da Federação 25 4.1.7.3. Distribuição por município 26 4.1.7.4. Distribuição por setor econômico 27 4.1.7.5. Distribuição por segmento econômico 28 4.1.7.6. Análise de densidade e atratividade 30 4.1.8. Microempresa ME 35 4.1.8.1. Distribuição por região 35 4.1.8.2. Distribuição por Unidade da Federação 36 3

4.1.8.3. Distribuição por município 37 4.1.8.4. Distribuição por setor econômico 39 4.1.8.5. Distribuição por segmento econômico 40 4.1.8.6. Análise de densidade e atratividade 41 4.1.9. Empresa de pequeno porte EPP 46 4.1.9.1. Distribuição por região 46 4.1.9.2. Distribuição por Unidade da Federação 47 4.1.9.3. Distribuição por município 48 4.1.9.4. Distribuição por setor econômico 49 4.1.9.5. Distribuição por segmento econômico 50 4.1.9.6. Análise de densidade e atratividade 51 4.2. Produtor rural 56 4.2.1. Distribuição por região 56 4.2.2. Distribuição por Unidade da Federação 56 4.2.3. Distribuição por segmento econômico 58 4.3. Potencial empresário 59 4.3.1. Distribuição por região 59 4.3.2. Distribuição por Unidade da Federação 60 4.3.3. Distribuição por setor econômico 62 4.3.4. Distribuição por tipo de atividade 62 4.4. Potencial empreendedor 64 5. PROJEÇÕES ATÉ 2022 67 5.1. Projeção do número de pequenos negócios empresariais, segundo porte e UF 70 5.2. Metodologia 75 5.3. Comparação com a projeção do universo de empresas optantes pelo Simples Nacional 76 5.4. Potencial de crescimento do número de pequenos negócios optantes pelo Simples Nacional 77 4

1. Introdução Em seu Direcionamento Estratégico 2013 2022, o Sebrae formulou como visão de futuro ter excelência no desenvolvimento dos pequenos negócios, contribuindo para a construção de um país mais justo, competitivo e sustentável. Perseguir a excelência no desenvolvimento dos pequenos negócios requer conhecer sua distribuição, sua evolução recente e formular projeções sobre seu futuro. O presente trabalho tem como objetivo suprir lacunas de conhecimento dessa ordem. Com relação ao último estudo sobre o público do Sebrae, este apresenta algumas inovações. Seguindo o processo de melhor conhecimento dos pequenos negócios e empreendedores brasileiros, apresentamos nesta edição projeções mais refinadas, além de análises mais aprofundadas acerca dos segmentos de público. Neste trabalho, são utilizados dados da Receita Federal do Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego, do próprio Sebrae, do IBGE e da Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Para dar melhor subsídio ao atendimento e à efetiva formulação da estratégia do Sebrae, excluímos da análise empresas que estão nos cadastros oficiais, mas declaram faturamento zero. Apresentamos informações e dados detalhados acerca tanto dos empreendedores à frente de pequenos negócios, quanto dos pequenos negócios em si. Dessa forma, provemos insumos para um desenho de estratégias segmentadas e focadas para melhor atender o heterogêneo público do Sebrae. Elaboramos, também, análises de densidade e atratividade das atividades dos pequenos negócios brasileiros, divididas por porte e setor. Tais análises poderão servir como instrumento de apoio no processo de planejamento. Por fim, este documento dispõe de informações acerca do público de potenciais empreendedores, a partir de informações retiradas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios e da pesquisa GEM. Seguindo esta introdução, este documento está dividido da seguinte maneira: na próxima seção, são apresentadas as definições dos segmentos dos nossos públicos; em seguida, apresenta-se uma análise dos donos de pequenos negócios do Brasil; então, são expostos dados e análises sobre cada um dos segmentos de público do Sebrae; por fim, apresentamos projeções dos segmentos de pequenos negócios até 2022. 5

2. Definições A missão institucional do Sebrae sinaliza o público da sua atuação, que é formado por 3 grupos: os pequenos negócios e seus proprietários (empresários e produtores rurais), as pessoas que já desenvolveram ações no sentido de abrir um negócio (potenciais empresários), e o público no qual o Sebrae busca desenvolver a cultura empreendedora (potenciais empreendedores). Os pequenos negócios já constituídos como tal são classificados em dois grupos, conforme estejam ou não regularmentee registrados no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Os que possuem tal registro compõem o universo dos pequenos negócios empresariais. O outro grupo é formado por pequenos negócios que atuam essencialmente em atividades rurais e também são devidamente regularizados perante o poder público, porém por meio de outros registros oficiais. Os pequenos negócios que formam esse grupo são denominados produtores rurais. A Figura 1 apresenta a divisão do público do Sebrae em segmentos de acordo com sua natureza. Em seguida, são apresentadass as definições de cada um desses públicos 1. FIGURA 1 O PÚBLICO DO SEBRAE 1 Para efeitos de atendimento, o Sebrae também utiliza outras segmentações, como aquela por setor ou por maturidade de gestão. Entretanto, neste documento, o foco da segmentação é a apresentada. 6

2.1. Pequenos negócios Até o fim de 2015, estima-se que o público do Sebrae apresente a distribuição abaixo (Tabela 1). Em seguida, serão apresentadas as definições de cada um desses segmentos de público. TABELA 1 DISTRIBUIÇÃO DOS SEGMENTOS DE PÚBLICO DO SEBRAE. BRASIL. Público Total Data de referência Fonte Microempreendedores individuais 5.328.067 31/12/2015 (est.) Sebrae/RFB Microempresas 3.664.335 31/12/2015 (est.) Sebrae/RFB Empresas de pequeno porte 1.095.909 31/12/2015 (est.) Sebrae/RFB Produtores rurais 4.229.155* 30/09/2013 Sebrae/IBGE *Inclui produtores rurais sem registro. 2.1.1. Microempreendedor individual (MEI) O Microempreendedor Individual (MEI) é o empresário optante pelo Simples Nacional e enquadrado no SIMEI. Seguindo a Lei Complementar nº 128/2008, alterada pela Lei Complementar nº 139/2011, o MEI tem faturamento anual bruto de no máximo R$ 60.000,00 (sessenta mil reais); não tem participação em outra empresa como sócio ou titular; possui no máximo um único empregado que recebe um salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional; exerce uma das atividades regulamentadas elencadas no Anexo XIII da Resolução CGSN nº 94/2011, alterado pela Resolução CGSN nº 104/2012 e pela Resolução CGSN nº 111/2013, podendo desempenhar suas atividades empresariais em sua própria residência ou até mesmo sem local fixo. 2.1.2. Microempresa (ME) Para fins de atendimento do Sebrae, são consideradas microempresas as empresas brasileiras que possuam natureza jurídica compatível com as atividades mercantis 2, não desempenhem primariamente atividades associativas ou de administração pública 3, possuam faturamento bruto anual de no máximo R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e não sejam microempreendedores individuais. O valor teto de faturamento tem como base os valores estipulados para adesão ao Simples Nacional (regime de tributação simplificado), conforme Lei Complementar nº 123/2006, alterada pela Lei Complementar nº 139/2011. Vale ressaltar que compõem o público do Sebrae todas as microempresas, optantes ou não pelo Simples Nacional. 2 Sociedade anônima aberta (204-6); Sociedade anônima fechada (205-4); Sociedade empresária limitada (206-2); Empresário (individual) (213-5); Sociedade simples pura (223-2); Sociedade simples limitada (224-0); Empresário Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Empresária) (230-5); ou Empresário Individual de Responsabilidade Limitada (de Natureza Simples) (231-3). 3 Atividade econômica primária diferente de Administração pública, defesa e seguridade social (divisão CNAE 84); Atividades de organizações associativas (divisão CNAE 94); ou Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais (divisão CNAE 99). 7

2.1.3. Empresa de pequeno porte (EPP) Para fins de atendimento do Sebrae, são consideradas empresas de pequeno porte as empresas brasileiras que possuam natureza jurídica compatível com as atividades mercantis 4, não desempenhem primariamente atividades associativas ou de administração pública 5 e possuam faturamento bruto anual maior que R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e menor ou igual a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), somadas às empresas exportadoras aderentes ao Simples Nacional com faturamento anual de até R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) no exterior 6. Os limites inferior e superior da faixa de faturamento têm como base os valores estipulados para adesão ao Simples Nacional. Vale ressaltar que compõem o público do Sebrae todas as empresas de pequeno porte, optantes ou não pelo Simples Nacional. 2.1.4. Produtor rural Para fins de atendimento do Sebrae, são considerados produtores rurais as pessoas físicas que explorem atividades agrícolas e/ou pecuárias, nas quais não sejam alteradas a composição e as características do produto in natura, faturem até R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) por ano e possuam inscrição estadual de produtor ou declaração de aptidão ao PRONAF (DAP). Soma-se a esse grupo o dos pescadores com registro no Ministério da Pesca. 7 2.2. Potencial empresário São considerados potenciais empresários os indivíduos que possuem negócio próprio sem registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); DAP, inscrição estadual ou registro de pescador (no caso dos produtores rurais); e os indivíduos que ainda não possuem negócio próprio, mas que estão efetivamente envolvidos na sua estruturação. 2.3. Potencial empreendedor São considerados potenciais empreendedores os indivíduos que ainda não possuem um negócio e nem estão efetivamente envolvidos na estruturação de um negócio, e nos quais o Sebrae pode contribuir para despertar seu espírito empreendedor e desenvolver capacidades empreendedoras. 4 Idem à nota 1. 5 Idem à nota 2. 6 De acordo com a LC n.º139/2011, empresas que faturem até R$ 3,6 milhões no mercado interno e mais R$ 3,6 milhões no mercado externo podem ser optantes pelo Simples Nacional na categoria de empresas de pequeno porte (EPP). 7 É permitida a utilização do Número do Imóvel Rural na Receita Federal (NIRF) para a contabilização do atendimento a produtores rurais, nos casos em que o produtor seja o dono da propriedade, não possua nenhum dos registros descritos acima e seja isento da inscrição na Secretaria da Fazenda Estadual, mediante solicitação formal feita pelo Sebrae/UF ao Sebrae/NA. 8

3. Perfil Comparativo dos Donos de Negócio Segundo a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar (PNAD), do IBGE, em 2013, havia 23,5 milhões de indivíduos que possuíam um negócio próprio, com ou sem registro, na indústria, no comércio, em serviços e na agropecuária. Nesta seção são apresentadas algumas das principais características desses indivíduos, classificados conforme três das principais categorias de público do Sebrae: empresários (com CNPJ) que são os donos de negócio empresariais, potenciais empresários com negócio (sem CNPJ) e produtores rurais 8. A pesquisa do IBGE, no entanto, não identifica o porte daqueles que já possuem um empreendimento. 3.1. Evolução recente De acordo com o IBGE, entree 2009 e 2013, o número de empresários no país cresceu quase 20%, passando de 5,1 milhões para 6,1 milhões de pessoas. No mesmo período, o número de Potenciais Empresários com negócio decresceu 1% e o de Produtores Rurais caiu 6% (Figura 2). O aumento da proporção de empresários e a queda dos potenciais empresários estão associados à melhora no ambiente dos pequenos negócios em especial, a criação da figura do MEI. Por sua vez, a queda do número de produtores rurais está associada ao êxodo rural e à modernização do setor agropecuário. FIGURA 2 EVOLUÇÃO DOS DONOS DE NEGÓCIO NO BRASIL (2009-2013) Milhões de pessoas 15,0 10,0 5,0 0,0 13,4 12,9 13,2 13,3 5,1 5,2 5,7 6,1 4,5 4,7 4,2 4,2 Empresários Potenciais Empresários Produtores Rurais 2009 2011 2012 2013 Fonte: IBGE Notas: O levantamento do número de donos de negócio com CNPJ só foi realizado na PNAD a partir de 2009. Em 2010 não foi realizada PNAD, por tratar-se de ano em que foi feito Censo. A categoria produtor rural foi aqui agregada, independentemente se com ou sem CNPJ. 8 Em função da falta de informação sobre os potenciais empresários sem negócio, nesta publicação, são apresentadas apenas as informações sobre os potenciais empresários com negócio. Um detalhamento maior das características dos três tipos de clientes aqui analisados pode ser encontrado na publicação Empresários, Potenciais Empresários e Produtores Rurais no Brasil, Edições SEBRAE, março 2015. 9

Vale observar que o número de empresários não corresponde ao número de empresas em atividade 9. Observa-se também que, para efeito de simplificação da análise, a categoria de produtores rurais aqui utilizada envolve a agregação de todos os produtores, independentemente de possuírem registro formal. Isto porque as alternativas para o registro formal desta atividade são diversas (inscrição estadual de produtor, DAP e registro no Ministério da Pesca) e não contabilizadas pela PNAD. Não obstante isso, os dados do IBGE sobre donos de negócio, aqui apresentados, permitem obter uma comparação apurada dos perfis das três categorias de clientes analisadas. 3.2. Sexo Dos 23,5 milhões de donos de negócio existentes no país, em 2013, 69% eram homens (16,2 milhões de pessoas) e 31% mulheres (7,3 milhões de pessoas). FIGURA 3 DISTRIBUIÇÃO POR SEXO (2013) 69% 31% homens mulheres 0% 20% 40% 60% 80% 100% Donos de Negócio Fonte: IBGE Por categoria de público, a proporção de mulheres é mais alta no grupo de potenciais empresários com negócio (35%), seguida pelo grupo de empresários (34%) e é mais modesta no grupo dos produtores rurais, no qual a participação das mulheres chega a apenas 14% (Figura 4). 9 O número de donos de negócios empresariais da PNAD de determinado ano difere do número de empreendimentos com CNPJ do Cadastro Sebrae de Empresas (CSE), para o mesmo ano, pelas seguintes razões: empresas e donos são unidades de medidas distintas; um Empresário pode ter um ou mais empreendimentos com CNPJ e um empreendimento com CNPJ pode ter um ou mais sócios proprietários; e as fontes e os métodos de cálculo são diferentes (p. ex. mês/ano de referência: a PNAD estima os donos do ano de 2013 em set/13, já o CSE registra empresas em dez/13). 10

FIGURA 4 DISTRIBUIÇÃO POR SEXO E POR CATEGORIA DE PÚBLICO (2013) 0% 20% 40% 60% 80% 100% Potenciais Empresários 65% 35% homens Empresários 66% 34% mulheres Produtores Rurais 86% 14% Fonte: IBGE 3.3. Faixa etária Na análise por faixa etária, verifica-se que 50% dos donos de negócio encontram-se na faixa etária compreendida entre 35 e 54 anos, 26% têm até 34 anos e 24% têm 55 anos ou mais (Figura 5). FIGURA 5 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA (2013) 30% 25% 25% Donos de Negócio 20% 10% 0% 7% 19% 17% 7% Até 24 anos De 25 a 34 anos De 35 a 44 anos De 45 a 54 anos De 55 a 64 anos De 65 anos ou mais Fonte: IBGE Por categoria de público, destaca-se que os produtores rurais são proporcionalmente mais velhos, quando comparado aos demais grupos. Trinta e cinco por cento dos produtores rurais têm 55 anos ou mais, contra 22% no caso dos potenciais empresários e 20% no caso dos empresários. Empresários apresentam maior concentração na faixa de 35 a 54 anos (55%) e potenciais empresários apresentam uma distribuição mais próxima da média geral (Figura 6). 11

FIGURA 6 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA ETÁRIA E POR CATEGORIA DE PÚBLICO (2013) 30% 28% 27% 25% 26% 25% 20% 21% 20% 14% 21% 16% 15% 21% 14% 10% 4% 8% 5% 6% 5% 0% Até 24 anos De 25 a 34 anos De 35 a 44 anos De 45 a 54 anos De 55 a 64 anos De 65 anos ou mais Empresários Potenciais Empresários Produtores Rurais Fonte: IBGE 3.4. Escolaridade Quarenta e quatro por cento dos donos de negócio têm até o fundamental incompleto, 11% têm o fundamental completo, 29% têm ensino médio (completo ou incompleto), 3% superior incompleto e 12% têm superior completo ou mais (Figura 7). FIGURA 7 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE ESCOLARIDADE (2013) 50% 44% Donos de Negócio 40% 30% 20% 10% 11% 29% 3% 12% 0% Até fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio completo ou incompleto Ensino superior incompleto Ensino superior completo ou mais Fonte: IBGE Dos três públicos, os produtores rurais são os que possuem menor grau de escolaridade: 76% têm até o fundamental incompleto, contra 46% dos potenciais empresários e 18% dos empresários. No outro extremo, os empresários são os que possuem maior grau de escolaridade: 34% possuem nível superior incompleto ou mais, contra 9% dos potenciais empresários e 3% dos produtores rurais (Figura 8). 12

FIGURA 8 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE ESCOLARIDADE E POR CATEGORIA DE PÚBLICO (2013) 100% 80% 76% 60% 40% 20% 0% 18% 46% Até fundamental incompleto 10% 13% 8% Ensino fundamental completo 38% 31% 13% Ensino médio completo ou incompleto 6% 2% Ensino superior incompleto 28% 7% 1% 2% Ensino superior completo ou mais Empresários Potenciais Empresários Produtores Rurais Fonte: IBGE 3.5. Rendimento médio mensal Sessenta e um por cento dos donos de negócio recebem até 2 salários mínimos (S.M.) como rendimento médio mensal, 27% recebem mais de 2 S.M. e até 5 S.M. e 12% recebem mais de 5 S.M. (Figura 9). FIGURA 9 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE RENDIMENTO MÉDIO MENSAL (2013) 100% Donos de Negócio 80% 60% 40% 20% 0% 61% 27% 12% Até 2 S.M. Mais de 2 a 5 S.M. Mais de 5 S.M. Fonte: IBGE Os produtores rurais são proporcionalmente os que ganham os menores rendimentos. Entre este público, 81% ganham até 2 S.M., contra 70% dos potenciais empresários e 26% dos empresários. No outro extremo, os empresários são os que ganham os maiores rendimentos, sendo que 34% ganham mais de 5 S.M., contra 6% dos produtores rurais e 5% dos potenciais empresários (Figura 10). 13

FIGURA 10 DISTRIBUIÇÃO POR FAIXA DE RENDIMENTO MÉDIO MENSAL E POR CATEGORIA DE PÚBLICO (2013) 100% 80% 60% 70% 81% 40% 20% 0% 41% 34% 26% 25% 13% 5% 6% Até 2 S.M. Mais de 2 a 5 S.M. Mais de 5 S.M. Empresários Potencial Empresário Produtor Rural Fonte: IBGE 3.6. Uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) Quanto ao uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC), 40% dos donos de negócio possuem telefone fixo, 81% têm telefone celular pessoal, 92% têm celular no domicílio e 93% possuem telefone fixo ou celular. Quarenta e três por cento utilizaram internet em algum local nos últimos três meses, 47% possuem internet em casa e 54% possuem computador em casa (Figura 11). FIGURA 11 USO DE TIC (2013) Tem telefone fixo no domicílio Nos últimos 3 meses usou internet em algum local Possui internet no domicílio Possui micro no domicílio 40% 43% 47% 54% Tem telefone celular pessoal 81% Tem telefone celular no domicílio Tem telefone fixo e/ou celular no domicílio 92% 93% 0% 50% 100% Donos de negócio Fonte: IBGE Dentre as categorias de público, os empresários são os que possuem as maiores proporções de uso de todos os itens de TIC. Destaca-se também o baixo grau de uso de computadores no 14

grupo dos produtores rurais (79% não possuem PC em casa), seguido pelos potenciais empresários (49%), ao passo que apenas 17% dos empresários não possuem computador no domicílio (Figura 12). FIGURA 12 USO DE TIC POR CATEGORIA DE PÚBLICO (2013) 100% 80% 60% 40% 20% 0% 99% 95% 99% 94% 95% 79% 84% 77% Tem telefone fixo e/ou celular no domicílio Tem telefone celular no domicílio 54% Tem telefone celular pessoal 83% 51% 21% Possui micro no domicílio 77% 75% 67% 43% 40% 37% 15% Possui internet no domicílio Nos últimos 3 meses usou internet em algum local 9% 11% Tem telefone fixo no domicílio Empresários Potenciais Empresariais Produtores Rurais 17% 49% 79% Não possui micro Fonte: IBGE 15

4. O público do Sebrae em Números 4.1. Pequenos negócios empresariais Os pequenos negócios empresariais, na definição do Sebrae, são a soma dos microempreendedores individuais, das microempresas e das empresas de pequeno porte. Nesta seção, apresentamos informações sobre este público, baseadas em dados da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN) e do portal de Estatísticas do Simples Nacional (SINAC), todos fornecidos pela Receita Federal. Após apresentadas as informações sobre o público total de pequenos negócios, são disponibilizadas também análises específicas acerca de cada um dos três segmentos que o compõem. 4.1.1. Distribuição por porte Com a introdução da figura do microempreendedor individual, em 2009, a distribuição dos pequenos negócios tem mudado profundamente. Na Figura 13 abaixo, é possível ver que, desde 2013, o MEI já representa a maior parcela do público de pequenos negócios empresariais. Na seção 5, são apresentadas projeções mais detalhadas desse público até 2022. FIGURA 13 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR PORTE 2009 A 2015. 11 10,3 Milhões 10 9 8 7 6 5 4,8 5,9 7,1 8,3 9,4 4,7 5,3 MEI ME EPP MEI+ME+EPP 4 3 3,5 2,8 3,3 3,4 3,5 2,7 3,7 3,6 3,7 3,8 2 1 0 1,7 0,8 0,9 0,9 1,0 1,0 1,1 0,7 0,0 0,8 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Fonte: Sebrae, a partir de bases da Receita Federal. Como apresentado na Figura 14 e na Tabela 2, para o final de 2015, estima-se que os microempreendedores individuais representarão 51,9% dos pequenos negócios empresariais; 16

seguidos das microempresas, que deverão representar 37,5%; e das empresas de pequeno porte, representando 10,7%. FIGURA 14 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR PORTE. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. EPP 10,7% ME 37,5% MEI 51,9% Fonte: Sebrae, a partir de bases da Receita Federal. TABELA 2 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR PORTE. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Região Pequenos negócios empresariais Nº % Microempreendedores individuais 5.328.067 51,9% Microempresas 3.849.228 37,5% Empresas de pequeno porte 1.095.909 10,7% Total 10.273.204 100,0% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.2. Distribuição por região Os pequenos negócios empresariais encontram-se principalmente na região Sudeste (ver Figura 15 e Tabela 3). Esta região responde por pouco mais da metade desse público (50,6%). Na sequência, Nordeste e Sul aparecem praticamente com a mesma participação: 18,1% e 17,9%, respectivamente. As regiões Centro-Oeste e Norte representam 8,5% e 5% dos pequenos negócios empresariais, cada. 17

FIGURA 15 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR PORTE. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Sul 17,9% Norte 5,0% Nordeste 18,1% Centro-Oeste 8,5% Sudeste 50,6% Fonte: Sebrae, a partir de bases da Receita Federal. TABELA 3 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Região Pequenos negócios empresariais Nº % Norte 509.572 5,0% Nordeste 1.862.618 18,1% Centro-Oeste 871.297 8,5% Sudeste 5.193.367 50,6% Sul 1.836.350 17,9% BRASIL 10.273.204 100,0% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.3. Distribuição por Unidade da Federação Os três maiores estados em número de pequenos negócios empresariais São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro encontram-se na região Sudeste e respondem por 48% do total desse público. Apenas São Paulo, com quase 3 milhões desses pequenos negócios, responde por 28% do total do Brasil (ver Figura 16 e Tabela 4). Das dez unidades da federação com maior concentração de pequenos negócios empresariais, além das três já mencionadas do Sudeste, outras três encontram-se na região Sul, três no Nordeste (Bahia, Ceará e Pernambuco) e uma no Centro-Oeste (Goiás). 18

FIGURA 16 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 - SP MG RJ RS PR BA SC GO CE PE ES PA DF MT MA MS RN PB AL AM PI RO TO SE AC AP RR Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 19

TABELA 4 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. UF Pequenos negócios empresariais Nº % AC 24.678 0,2% AL 101.372 1,0% AM 93.165 0,9% AP 22.817 0,2% BA 583.075 5,7% CE 321.974 3,1% DF 187.483 1,8% ES 231.057 2,2% GO 362.274 3,5% MA 144.939 1,4% MG 1.099.229 10,7% MS 136.425 1,3% MT 185.115 1,8% PA 211.822 2,1% PB 124.414 1,2% PE 312.348 3,0% PI 87.915 0,9% PR 673.552 6,6% RJ 982.745 9,6% RN 124.819 1,2% RO 71.260 0,7% RR 17.868 0,2% RS 739.338 7,2% SC 423.460 4,1% SE 61.762 0,6% SP 2.880.336 28,0% TO 67.962 0,7% BRASIL 10.273.204 100,0% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.4. Distribuição por município Os pequenos negócios empresariais concentram-se nos grandes centros urbanos. A Tabela 5 mostra que os 20 municípios com maior número desses negócios respondem por 30,4% do total do universo brasileiro. Treze desses municípios são capitais. 20

TABELA 5 20 MUNICÍPIOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS. BRASIL, PROJEÇÃO PARA 31/12/2015. Município Pequenos negócios empresariais Nº % 1 São Paulo-SP 967.779 9,4% 2 Rio de Janeiro-RJ 420.272 4,1% 3 Belo Horizonte-MG 200.524 2,0% 4 Brasília-DF 184.451 1,8% 5 Salvador-BA 174.623 1,7% 6 Curitiba-PR 148.036 1,4% 7 Fortaleza-CE 145.751 1,4% 8 Porto Alegre-RS 124.997 1,2% 9 Goiânia-GO 107.500 1,0% 10 Recife-PE 83.775 0,8% 11 Campinas-SP 83.250 0,8% 12 Guarulhos-SP 69.223 0,7% 13 Belém-PA 58.185 0,6% 14 Ribeirão Preto-SP 56.868 0,6% 15 Manaus-AM 56.752 0,6% 16 Campo Grande-MS 55.192 0,5% 17 Duque de Caxias-RJ 47.326 0,5% 18 São Gonçalo-RJ 47.124 0,5% 19 Uberlândia-MG 46.842 0,5% 20 São Bernardo do Campo-SP 46.762 0,5% TODOS OS 20 MUNICÍPIOS 3.125.232 30,4% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.5. Distribuição por setor econômico Os pequenos negócios empresariais se concentram principalmente nos setores de comércio e serviços. Comércio responde por 43,2% e serviços por 35,7% dessas empresas. Na sequência, indústria, construção civil e agropecuária representam 14%, 6,6% e 0,6% dos pequenos negócios empresariais brasileiros, respectivamente (ver Figura 17 e Tabela 6). 21

FIGURA 17 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Agropecuária Construção Civil 0,6% 6,6% Indústria 14,0% Comércio 43,2% Serviços 35,7% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. TABELA 6 DISTRIBUIÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Setor Pequenos negócios empresariais Nº % Comércio 4.433.801 43,2% Serviços 3.664.335 35,7% Indústria 1.433.247 14,0% Construção Civil 679.303 6,6% Agropecuária 62.518 0,6% TOTAL 10.273.204 100% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.6. Distribuição por segmento econômico Como mostrado acima, os pequenos negócios empresariais atuam principalmente em ramos de comércio e serviços. Analisando-se os vinte segmentos com maior concentração desses negócios (Tabela 7), observa-se a presença de dez atividades de comércio, seis de serviços, duas da indústria e duas de construção civil. Os dois segmentos de maior concentração, Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e Cabeleireiros, respondem, sozinhos, por mais de 12% do total dos pequenos negócios empresariais brasileiros. 22

TABELA 7 20 SEGMENTOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Segmento Pequenos negócios empresariais Nº % 1 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 858.800 8,4% 2 Cabeleireiros 427.440 4,2% 3 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 395.254 3,8% 4 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 307.797 3,0% 5 Obras de alvenaria 218.800 2,1% 6 Restaurantes e similares 174.643 1,7% 7 Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 161.685 1,6% 8 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 150.985 1,5% 9 Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 142.901 1,4% 10 Comércio varejista de bebidas 142.688 1,4% 11 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 139.462 1,4% 12 Outras atividades de tratamento de beleza 138.261 1,3% 13 Instalação e manutenção elétrica 126.157 1,2% 14 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida 117.779 1,1% 15 Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 117.237 1,1% 16 Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática 115.992 1,1% 17 Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar 114.576 1,1% 18 19 Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente 114.242 1,1% 108.892 1,1% 20 Comércio varejista de materiais de construção em geral 100.130 1,0% TODOS OS 20 SEGMENTOS 4.173.721 40,6% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.7. Microempreendedor individual MEI 4.1.7.1. Distribuição por região Os microempreendedores individuais são o segmento dos pequenos negócios em mais franca expansão, com uma taxa média de crescimento de 41% ao ano no período de 2011 a 2014, cifra significativa se comparada aos 3,7% a.a. das microempresas e os 5,5% a.a. das empresas de pequeno porte. Para o período entre 2015 e 2018, projeta-se um crescimento mais suave, mas ainda assim forte, de cerca de 9% ao ano, o que representará em torno de 560 mil novos MEI por ano. Assim como as microempresas e as empresas de pequeno porte, os microempreendedores individuais se concentram na região Sudeste, que responde por 50% do total. Entretanto, 23

diferentemente dos públicos de maior porte, o Nordeste e não o Sul concentra o segundo maior grupo de MEI, com 20% do total. As regiões Sul, Centro-Oeste e Norte respondem por 15%, 9% e 6% do total de MEI, respectivamente, conforme mostrado na Figura 18 e na Tabela 8. FIGURA 18 DISTRIBUIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Sul 15% Norte 6% Nordeste 20% Centro-Oeste 9% Sudeste 50% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. TABELA 8 DISTRIBUIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Região Microempreendedores individuais Nº % Norte 305.709 5,7% Nordeste 1.062.258 19,9% Centro-Oeste 481.024 9,0% Sudeste 2.696.599 50,6% Sul 782.477 14,7% BRASIL 5.328.067 100% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 24

4.1.7.2. Distribuição por Unidade da Federação O estado com maior concentração de microempreendedores individuais é São Paulo, com 1.345.384 MEI, seguido do Rio de Janeiro (634.204) e Minas Gerais (577.504). Das dez unidades da federação com maior número de MEI, três se encontram no Sudeste, três no Sul, três no Nordeste (BA, PE e CE) e uma no Centro-Oeste (GO) ver Figura 19 e Tabela 9. FIGURA 19 DISTRIBUIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. 1.600.000 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 - SP RJ MGBA RS PR GO SC PE CE ES PA MT DF MSMA PB RN AL AM PI TO RO SE AC AP RR Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 25

TABELA 9 DISTRIBUIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. UF Microempreendedores individuais Nº % AC 14.887 0,3% AL 63.661 1,2% AM 51.152 1,0% AP 11.875 0,2% BA 339.484 6,4% CE 178.132 3,3% DF 99.481 1,9% ES 139.507 2,6% GO 200.551 3,8% MA 74.638 1,4% MG 577.504 10,8% MS 79.292 1,5% MT 101.700 1,9% PA 137.573 2,6% PB 74.140 1,4% PE 179.131 3,4% PI 46.617 0,9% PR 289.705 5,4% RJ 634.204 11,9% RN 71.557 1,3% RO 37.647 0,7% RR 10.430 0,2% RS 309.649 5,8% SC 183.123 3,4% SE 34.898 0,7% SP 1.345.384 25,3% TO 42.145 0,8% BRASIL 5.328.067 100,0% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.7.3. Distribuição por município Os microempreendedores individuais concentram-se nos grandes centros urbanos. A Tabela 10 mostra que os 20 municípios com maior número de microempreendedores individuais respondem por 30,4% do total do universo brasileiro. Catorze desses municípios são capitais e cinco fazem parte de regiões metropolitanas de capitais (Guarulhos, São Gonçalo, Duque de 26

Caxias, Nova Iguaçu e Contagem). Apenas Campinas, o município com o 13º maior número de MEI, não é capital ou está na região metropolitana de uma capital. TABELA 10 20 MUNICÍPIOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS. BRASIL, PROJEÇÃO PARA 31/12/2015. Município Microempreendedores individuais Nº % 1 São Paulo-SP 424.619 8,0% 2 Rio de Janeiro-RJ 255.270 4,8% 3 Salvador-BA 118.082 2,2% 4 Belo Horizonte-MG 105.172 2,0% 5 Brasília-DF 98.021 1,8% 6 Fortaleza-CE 80.215 1,5% 7 Goiânia-GO 55.429 1,0% 8 Curitiba-PR 54.541 1,0% 9 Recife-PE 47.659 0,9% 10 Belém-PA 40.460 0,8% 11 Porto Alegre-RS 40.220 0,8% 12 Guarulhos-SP 39.151 0,7% 13 Campinas-SP 37.709 0,7% 14 São Gonçalo-RJ 35.012 0,7% 15 Campo Grande-MS 34.291 0,6% 16 Duque de Caxias-RJ 34.151 0,6% 17 Maceió-AL 31.658 0,6% 18 Nova Iguaçu-RJ 30.802 0,6% 19 Manaus-AM 29.768 0,6% 20 Contagem-MG 26.238 0,5% TODOS OS 20 MUNICÍPIOS 1.618.468 30,4% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.7.4. Distribuição por setor econômico A Figura 20 e a Tabela 11 mostram que 37,5% dos microempreendedores individuais atuam primariamente em atividades de comércio, percentual próximo do segundo maior setor, serviços, com 36,6%. Indústria, construção civil e agropecuária respondem por 15,9%, 9,3% e 0,6% do total de MEI, respectivamente. 27

FIGURA 20 DISTRIBUIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Agropecuária 0,6% Serviços 36,6% Comércio 37,5% Indústria 15,9% Construção Civil 9,3% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. TABELA 11 DISTRIBUIÇÃO DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Setor Microempreendedores individuais Nº % Comércio 1.997.503 37,5% Serviços 1.952.180 36,6% Indústria 849.780 15,9% Construção Civil 497.758 9,3% Agropecuária 30.846 0,6% TOTAL 5.328.067 100% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.7.5. Distribuição por segmento econômico A Tabela 12 mostra que os 20 segmentos com maior concentração de microempreendedores individuais respondem por 52,8% do total, um valor superior ao observado entre as ME (37,6%) e EPP (38,1%), o que evidencia uma menor variabilidade nas atividades desempenhadas pelo MEI, talvez decorrente da própria natureza das atividades permitidas, limitada a cerca de 650. A primeira colocada sozinha representa 10,6% do total e trata-se de atividade do setor de comércio (Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios). A predominância das atividades está nos setores do comércio e de serviços, mas a construção civil aparece já na 3ª 28

colocação, com o segmento de Obras de alvenaria, em contraste com a Construção de edifícios, que é o segmento da construção civil que aparece entre os 20 principais no universo de ME e EPP. A indústria aparece na 9ª colocação, com o segmento de Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar, diferentemente do universo de ME e EPP, que apresentam a indústria têxtil como o segmento industrial que figura entre as primeiras 20 colocações. O setor agropecuário não é contemplado entre os 20 segmentos de maior densidade. Vale ressaltar, também, a natureza próxima de serviços de algumas das atividades de indústria e da construção civil mais frequentes entre os microempreendedores individuais. É o caso de atividades como Instalação e manutenção e Confecção, sob medida, de peças de vestuário, nas quais há uma relação direta entre comprador e fornecedor e o produto ofertado é intangível e inseparável do prestador. TABELA 12 20 SEGMENTOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Segmento Microempreendedores individuais Nº % 1 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 565.934 10,6% 2 Cabeleireiros 401.186 7,5% 3 Obras de alvenaria 209.545 3,9% 4 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 157.716 3,0% 5 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 139.480 2,6% 6 Outras atividades de tratamento de beleza 128.689 2,4% 7 Bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas 124.571 2,3% 8 Instalação e manutenção elétrica 109.099 2,0% 9 Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar 107.883 2,0% 10 Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal 101.635 1,9% 11 Serviços ambulantes de alimentação 93.531 1,8% 12 Comércio varejista de bebidas 93.433 1,8% 13 Serviços de pintura de edifícios em geral 83.635 1,6% 14 Serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas 78.476 1,5% 15 Promoção de vendas 78.047 1,5% 16 Reparação e manutenção de computadores e de equipamentos periféricos 75.355 1,4% 17 Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 69.782 1,3% 18 19 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em produtos alimentícios não especificados anteriormente 65.595 1,2% 64.635 1,2% 20 Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 64.103 1,2% TODOS OS 20 SEGMENTOS 2.812.330 52,8% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 29

4.1.7.6. Análise de densidade e atratividade A análise dos dados históricos permite avaliar o ritmo de crescimento dos microempreendedores individuais nos principais segmentos da economia. Avaliamos o crescimento e o estoque de MEI por grande setor e atividade econômica (CNAE 7 dígitos), na perspectiva de atratividade e densidade. Entende-se como atratividade o crescimento anual médio no número de MEI em uma atividade no período de 2011 a 2014. Já como densidade, entende-se a participação de uma atividade no total de MEI do setor. Aquelas atividades com atratividade e densidade acima da média de seu setor devem ser olhadas com atenção. Nas figuras abaixo, apresentamos diagramas de atratividade e densidade para cada atividade do MEI dos quatro grandes setores Comércio, Serviços, Indústria e Construção Civil. A divisão por esses quatro setores permite análises mais segmentadas do público em estudo, o que provê também uma observação mais detalhada das atividades mais atrativas e densas do microempreendedor individual. Cada ponto azul representa uma atividade, de acordo com os seus graus de densidade e atratividade. As linhas vermelhas representam as médias de densidade (linha vertical) e atratividade (horizontal) do setor. Ou seja, se a densidade média das atividades de um setor for de 2%, a linha vertical vermelha passará em cima desse ponto. Igualmente, se a atratividade média das atividades de um setor for de 50%, a linha vermelha horizontal passará por cima desse ponto. Logo, as atividades acima e à direita das linhas vermelhas são aquelas com atratividade e densidade acima da média. 30

FIGURA 21 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS DO SETOR DE COMÉRCIO. BRASIL, 2011-2014. 90% 80% 70% Atratividade 60% 50% 40% Comércio de equipamento de TI Cosméticos e higiene pessoal Materiais de construção Comércio de alimentos Comércio de bebidas Vestuário 30% 20% 10% 0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 31

FIGURA 22 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS DO SETOR DE SERVIÇOS. BRASIL, 2011-2014. 120% 100% Marketing direto Atratividade 80% 60% 40% Treinamento profissional e gerencial Transporte de cargas Professores particulares Taxistas Promoção de vendas Lanchonetes Cabelereiros 20% 0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 32

FIGURA 23 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS DO SETOR DE INDÚSTRIA. BRASIL, 2011-2014. 140% 120% 100% Pós-produção cinematográfica Atratividade 80% 60% 40% Edição gráfica Usinagem e solda Edição de revistas Instalação de máquinas industriais Acabamento em tecidos Fabricação de pães para revenda Fabricação de produtos diversos Confecção de roupas Fornecimento de marmitas e comida congelada Confecção de roupas sob medida 20% 0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 33

FIGURA 24 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DOS MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL. BRASIL, 2011-2014. 80% 70% 60% Obras de alvenaria 50% Instalação e manutenção Pintura de edifícios elétrica Atratividade 40% 30% 20% 10% 0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 34

4.1.8. Microempresa ME 4.1.8.1. Distribuição por região As regiões geográficas que mais concentram microempresas são as que mais concentram empresas em geral: Sudeste (50%), com metade do total, seguido pela região Sul (21%), com um quinto do total, Nordeste (17%), Centro-Oeste (8%) e Norte (4%) (Figura 25 e Tabela 13). FIGURA 25 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROEMPRESAS POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Sul 21% Norte 4% Nordeste 17% Centro-Oeste 8% Sudeste 50% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. TABELA 13 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROEMPRESAS POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Região Microempresas Nº % Norte 166.193 4,3% Nordeste 655.617 17,0% Centro-Oeste 301.778 7,8% Sudeste 1.914.930 49,7% Sul 810.710 21,1% BRASIL 3.849.228 100% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 35

4.1.8.2. Distribuição por Unidade da Federação As microempresas apresentam-se em maior número nas Unidades Federativas da região Sudeste. O grupo das 10 UF com maior número de microempresas concentram 83,6% do total e abrangem todas as UF da região Sul e Sudeste, exceto Espírito Santo, que fica na 12ª colocação (Figura 26 e Tabela 14). As UF de outras regiões que figuram nesse grupo são Bahia, Goiás, Ceará e Pernambuco. FIGURA 26 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROEMPRESAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Milhares 1.200 1.000 800 600 400 200 0 SP MG RS PR RJ BA SC GO CE PE DF ES MT PA MA MS RN PB AM PI AL RO TO SE AP AC RR Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 36

TABELA 14 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROEMPRESAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. UF Microempresas Nº % AC 8.498 0,2% AL 31.150 0,8% AM 35.441 0,9% AP 9.713 0,3% BA 200.171 5,2% CE 119.551 3,1% DF 67.557 1,8% ES 66.111 1,7% GO 124.141 3,2% MA 59.098 1,5% MG 409.540 10,6% MS 44.587 1,2% MT 65.493 1,7% PA 59.425 1,5% PB 39.151 1,0% PE 107.993 2,8% PI 34.983 0,9% PR 297.061 7,7% RJ 255.312 6,6% RN 42.640 1,1% RO 26.429 0,7% RR 6.236 0,2% RS 336.674 8,7% SC 176.975 4,6% SE 20.880 0,5% SP 1.183.967 30,8% TO 20.451 0,5% BRASIL 3.849.228 100,0% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 4.1.8.3. Distribuição por município De maneira geral, as microempresas se concentram nos grandes centros urbanos. A Tabela 15 mostra que os 20 municípios com maior número de microempresas (11 capitais e outras 9 outras cidades, sendo 6 em São Paulo, uma em Minas Gerais e uma no Paraná e uma no Rio Grande do Sul) concentram 30,4% do total do universo brasileiro. 37

TABELA 15 20 MUNICÍPIOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE MICROEMPRESAS. BRASIL, PROJEÇÃO PARA 31/12/2015. Município Microempresas Nº % 1 São Paulo-SP 409.751 10,6% 2 Rio de Janeiro-RJ 114.450 3,0% 3 Curitiba-PR 71.379 1,9% 4 Belo Horizonte-MG 69.623 1,8% 5 Porto Alegre-RS 66.480 1,7% 6 Brasília-DF 66.332 1,7% 7 Fortaleza-CE 53.313 1,4% 8 Salvador-BA 42.833 1,1% 9 Goiânia-GO 38.307 1,0% 10 Campinas-SP 33.553 0,9% 11 Recife-PE 26.481 0,7% 12 Ribeirão Preto-SP 23.888 0,6% 13 Guarulhos-SP 23.197 0,6% 14 Manaus-AM 21.145 0,5% 15 São Bernardo do Campo-SP 19.413 0,5% 16 Santo André-SP 18.963 0,5% 17 Uberlândia-MG 18.043 0,5% 18 Londrina-PR 17.754 0,5% 19 Sorocaba-SP 17.440 0,5% 20 Caxias do Sul-RS 17.221 0,4% TODOS OS 20 MUNICÍPIOS 1.169.566 30,4% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 38

4.1.8.4. Distribuição por setor econômico A Figura 27 e a Tabela 16 mostram que praticamente metade das microempresas brasileiras (49%) atua principalmente em atividades de comércio. O setor de serviços ocupa a segunda colocação, com 35,7%, seguido pela indústria, com 11% das microempresas. Em comparação com as empresas de pequeno porte, nota-se uma prevalência do setor de serviços (36% contra 31% entre as EPP) em relação ao da indústria (11% contra 15% entre as EPP). FIGURA 27 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROEMPRESAS POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Agropecuária Construção Civil 0,6% 3,6% Indústria 11,0% Comércio 49,1% Serviços 35,7% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. TABELA 16 DISTRIBUIÇÃO DAS MICROEMPRESAS POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Setor Microempresas Nº % Comércio 1.889.144 49,1% Serviços 1.374.074 35,7% Indústria 423.073 11,0% Construção Civil 138.293 3,7% Agropecuária 24.644 0,6% TOTAL 3.849.228 100% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 39

4.1.8.5. Distribuição por segmento econômico Os 20 segmentos com maior concentração de microempresas respondem por 36,7% do total. As duas primeiras colocadas, sozinhas, representam 11,8% do total e são atividades do setor do comércio (Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns). A maioria das atividades está nos setores do comércio e de serviços. A construção civil aparece somente na 13ª colocação (Construção de edifícios) e a indústria na 15ª (Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida). TABELA 17 20 SEGMENTOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE MICROEMPRESAS. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Segmento Microempresas Nº % 1 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 243.921 6,3% 2 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 212.783 5,5% 3 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 134.655 3,5% 4 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 90.475 2,4% 5 Restaurantes e similares 84.057 2,2% 6 Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 71.673 1,9% 7 Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional 65.530 1,7% 8 Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática 57.759 1,5% 9 Comércio varejista de materiais de construção em geral 48.999 1,3% Outras atividades de serviços prestados principalmente às empresas não 10 especificadas anteriormente 46.707 1,2% 11 Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 46.007 1,2% 12 Comércio varejista de bebidas 44.764 1,2% 13 Construção de edifícios 42.276 1,1% 14 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas 41.724 1,1% Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas 15 sob medida 37.772 1,0% Representantes comerciais e agentes do comércio de mercadorias em geral 16 não especializado 37.259 1,0% Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica 17 específica 35.802 0,9% 18 Comercio varejista de artigos de armarinho 35.598 0,9% Comércio varejista de produtos alimentícios em geral ou especializado em 19 produtos alimentícios não especificados anteriormente 35.524 0,9% Comércio varejista de materiais de construção não especificados 20 anteriormente 34.986 0,9% TODOS OS 20 SEGMENTOS 1.448.271 37,6% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 40

4.1.8.6. Análise de densidade e atratividade Assim como fizemos com o MEI, apresentamos também diagramas de atratividade e densidade para as microempresas. Entende-se como atratividade o crescimento anual médio no número de microempresas em uma atividade no período de 2005 a 2011. Já como densidade, entende-se a participação de uma atividade (CNAE 7 dígitos) no total de ME do setor. Cada ponto azul representa uma atividade, de acordo com os seus graus de densidade e atratividade. As linhas vermelhas representam as médias de densidade (linha vertical) e atratividade (horizontal) do setor. Ou seja, se a densidade média das atividades de um setor for de 2%, a linha vertical vermelha passará em cima desse ponto. Igualmente, se a atratividade média das atividades de um setor for de 50%, a linha vermelha horizontal passará por cima desse ponto. Logo, as atividades acima e à direita das linhas vermelhas são aquelas com atratividade e densidade acima da média. 41

FIGURA 28 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS MICROEMPRESAS DO SETOR DE COMÉRCIO. BRASIL, 2005-2011. 50% 40% 30% Atratividade 20% Lava-jatos Materiais de construção 10% Peças de motos Pet shops Vestuário Mercearias 0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% -10% -20% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 42

FIGURA 29 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS MICROEMPRESAS DO SETOR DE SERVIÇOS. BRASIL, 2005-2011. 80% 70% 60% 50% 40% Atratividade 30% 20% Consultoria especializada Compra e venda de imóveis Administração de imóveis Serviços de apoio e secretariado Serviços administrativos Bares 10% Restaurantes Transporte de carga intermunicipal Lanchonetes 0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% -10% -20% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 43

FIGURA 30 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS MICROEMPRESAS DO SETOR DE INDÚSTRIA. BRASIL, 2005-2011. 80% 70% 60% 50% Atratividade 40% 30% 20% 10% Facção de peças de roupas Instalação de máquinas industriais Impressão de material publicitário Fabricação de marmitas e comida congelada Produção cinematográfica Usinagem e solda Padarias Fabricação de pão para Confecção de roupas sob 0% revenda medida 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0% 10,0% -10% -20% -30% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 44

FIGURA 31 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS MICROEMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL. BRASIL, 2005-2011. 45% 40% Serviços especializados p/ construção 35% Atratividade 30% 25% 20% Obras de alvenaria Pintura de edifícios Instalação de móveis embutidos Instalação e manutenção de Instalação e manutenção sistemas de refrigeração elétrica 15% Construção de edifícos 10% 5% 0% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 45

4.1.9. Empresa de pequeno porte EPP 4.1.9.1. Distribuição por região A Figura 32 e a Tabela 18 mostram que a distribuição das empresas de pequeno porte, entre as regiões geográficas, apresenta diferenças com relação à das microempresas. A região Sudeste se sobressai com 53,1% do total de EPP (contra 49,7% das ME), seguida pela região Sul, com uma participação de 22,2%, pouco superior àquela observada junto às ME (21,1%). As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte respondem por 13,2%, 8,1% e 3,4% cada, respectivamente (versus 17%, 7,8% e 4,3%, entre as ME). FIGURA 32 DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Norte 3,4% Sul 22,2% Nordeste 13,2% Centro-Oeste 8,1% Sudeste 53,1% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. TABELA 18 DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE POR REGIÃO GEOGRÁFICA. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Região Empresas de Pequeno Porte Nº % Norte 37.670 3,4% Nordeste 144.743 13,2% Centro-Oeste 88.495 8,1% Sudeste 581.838 53,1% Sul 243.163 22,2% BRASIL 1.095.909 100% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 46

4.1.9.2. Distribuição por Unidade da Federação Tal como as microempresas, as empresas de pequeno porte se apresentam em maior número nas Unidades Federativas da região Sudeste. O grupo das nove UF com maior número de EPP responde por 83% do total e abrange todas as UF da região Sul e Sudeste (Figura 33 e Tabela 19). Nesse grupo, as únicas UF de outras regiões são Bahia e Goiás. FIGURA 33 DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. 360.000 340.000 320.000 300.000 280.000 260.000 240.000 220.000 200.000 180.000 160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 SP MG RJ RS PR SC BA GO ES PE CE DF MT PA MS MA PB RN RO AM AL PI SE TO AC AP RR Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 47

TABELA 19 DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. UF Empresas de pequeno porte Nº % AC 1.293 0,1% AL 6.561 0,6% AM 6.572 0,6% AP 1.229 0,1% BA 43.420 4,0% CE 24.291 2,2% DF 20.445 1,9% ES 25.439 2,3% GO 37.582 3,4% MA 11.203 1,0% MG 112.185 10,2% MS 12.546 1,1% MT 17.922 1,6% PA 14.824 1,4% PB 11.123 1,0% PE 25.224 2,3% PI 6.315 0,6% PR 86.786 7,9% RJ 93.229 8,5% RN 10.622 1,0% RO 7.184 0,7% RR 1.202 0,1% RS 93.015 8,5% SC 63.362 5,8% SE 5.984 0,5% SP 350.985 32,0% TO 5.366 0,5% BRASIL 1.095.909 100,0% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 4.1.9.3. Distribuição por município Assim como ocorre com os MEI e as ME, as empresas de pequeno porte também se concentram em grandes centros urbanos. A Tabela 20 mostra que os 20 municípios com maior número de empresas de pequeno porte concentram 35,5% do total do universo brasileiro. 48

TABELA 20 20 MUNICÍPIOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. BRASIL, PROJEÇÃO PARA 31/12/2015. Município Empresas de pequeno porte Nº % 1 São Paulo-SP 133.409 12,2% 2 Rio de Janeiro-RJ 50.552 4,6% 3 Belo Horizonte-MG 25.729 2,3% 4 Curitiba-PR 22.116 2,0% 5 Brasília-DF 20.098 1,8% 6 Porto Alegre-RS 18.297 1,7% 7 Goiânia-GO 13.764 1,3% 8 Salvador-BA 13.708 1,3% 9 Fortaleza-CE 12.223 1,1% 10 Campinas-SP 11.988 1,1% 11 Recife-PE 9.635 0,9% 12 Ribeirão Preto-SP 7.597 0,7% 13 Guarulhos-SP 6.875 0,6% 14 São Bernardo do Campo-SP 6.799 0,6% 15 Caxias do Sul-RS 6.771 0,6% 16 Santo André-SP 6.300 0,6% 17 Manaus-AM 5.888 0,5% 18 Florianópolis-SC 5.839 0,5% 19 Joinville-SC 5.650 0,5% 20 Londrina-PR 5.639 0,5% TODOS OS 20 MUNICÍPIOS 388.877 35,5% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 4.1.9.4. Distribuição por setor econômico A Figura 34 e a Tabela 21 mostram que, da mesma forma que as microempresas, as empresas de pequeno porte brasileiras atuam primariamente em atividades de comércio. O setor de serviços ocupa a 2ª colocação, em ordem de prevalência, com 31%, seguido pela indústria, com 15% das EPP. Em comparação com as microempresas, nota-se uma prevalência do setor industrial (15% contra 11% entre as ME) em relação ao de serviços (31% contra 36% entre as ME). 49

FIGURA 34 DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Agropecuária Construção Civil 0,6% 3,9% Indústria 14,6% Comércio 49,9% Serviços 30,8% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. TABELA 21 DISTRIBUIÇÃO DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE POR SETOR ECONÔMICO. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Setor Empresas de pequeno porte Nº % Comércio 547.154 49,9% Serviços 338.081 30,8% Indústria 160.394 14,6% Construção Civil 43.252 3,9% Agropecuária 7.028 0,6% TOTAL 1.095.909 100% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 4.1.9.5. Distribuição por segmento econômico Os 20 segmentos com maior concentração de empresas de pequeno porte respondem por 38,1% do total. As três primeiras colocadas, sozinhas, representam 11,1% do total e são atividades do setor do comércio (Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios; Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns; e Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores). Além dos segmentos de comércio, há, entre as EPP, grande predominância de atividades de serviços. A construção civil aparece somente na 10ª colocação (Construção de edifícios) e a indústria na 13ª (Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida). 50

Segmento TABELA 22 20 SEGMENTOS COM MAIOR CONCENTRAÇÃO DE EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. BRASIL, VALORES PROJETADOS PARA 31/12/2015. Empresas de pequeno porte Nº % 1 Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 48.945 4,5% 2 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - minimercados, mercearias e armazéns 42.991 3,9% 3 Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 30.156 2,8% 4 Transporte rodoviário de carga, exceto produtos perigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual e internacional 28.670 2,6% 5 Restaurantes e similares 28.515 2,6% 6 Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas 24.879 2,3% 7 Comércio varejista de outros produtos não especificados anteriormente 23.536 2,1% 8 Comércio varejista de materiais de construção em geral 21.295 1,9% 9 Comércio varejista de materiais de construção não especificados anteriormente 19.214 1,8% 10 Construção de edifícios 19.179 1,8% 11 Comércio varejista de móveis 17.370 1,6% 12 Lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares 15.426 1,4% 13 Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida 14.412 1,3% 14 Comércio varejista de calçados 13.387 1,2% 15 Comércio varejista especializado de equipamentos e suprimentos de informática 12.995 1,2% 16 Atividade médica ambulatorial restrita a consultas 12.254 1,1% 17 Comércio varejista de ferragens e ferramentas 11.684 1,1% 18 Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - supermercados 11.527 1,1% 19 Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica 10.772 1,0% 20 Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores 10.032 0,9% TODOS OS 20 SEGMENTOS 417.239 38,1% Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 4.1.9.6. Análise de densidade e atratividade Assim como fizemos com o MEI e a ME, apresentamos também diagramas de atratividade e densidade para as empresas de pequeno porte. Entende-se como atratividade o crescimento anual médio no número de microempresas em uma atividade no período de 2005 a 2011. Já como densidade, entende-se a participação de uma atividade (CNAE 7 dígitos) no total de EPP do setor. Cada ponto azul representa uma atividade, de acordo com os seus graus de densidade e atratividade. As linhas vermelhas representam as médias de densidade (linha vertical) e atratividade (horizontal) do setor. Ou seja, se a densidade média das atividades de um setor for de 2%, a linha vertical vermelha passará em cima desse ponto. Igualmente, se a atratividade média das atividades de um setor for de 50%, a linha vermelha horizontal passará por cima desse ponto. Logo, as atividades acima e à direita das linhas vermelhas são aquelas com atratividade e densidade acima da média. 51

FIGURA 35 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DO SETOR DE COMÉRCIO. BRASIL, 2005-2011. 60% 50% 40% Atratividade 30% 20% Pet shops Peças de motos Açougues Comércio de bebidas Comércio de artesanato Ópticas Comércio de alimentos Calçados Móveis Materiais de construção Farmácias Peças automotivas Mercearias Vestuário 10% 0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0% 10,0% -10% -20% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 52

FIGURA 36 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DO SETOR DE SERVIÇOS. BRASIL, 2005-2011. 80% 60% Lotéricas Atratividade 40% Serviços de apoio a edifícios Bares Serviços de apoio e secretariado Lanchonetes 20% Serviços administrativos Escritórios de contabilidade Transporte de carga Clínicas médicas Restaurantes Transporte de carga intermunicipal 0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0% -20% -40% -60% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 53

FIGURA 37 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE DO SETOR DE INDÚSTRIA. BRASIL, 2005-2011. 60% 50% 40% Fornecimento de marmitas e comida congelada Atratividade 30% 20% 10% Facção de peças de roupa Docerias Fabricação de estruturas Padarias metálicas Fabricação de artefatos de cimento Fabricação de esquadrias Fabricação de tijolos Usinagem e solda Fabricação de móveis Fabricação de pão para revenda Confecção de roupas sob medida 0% 0,0% 1,0% 2,0% 3,0% 4,0% 5,0% 6,0% 7,0% 8,0% 9,0% -10% -20% -30% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 54

FIGURA 38 ATRATIVIDADE E DENSIDADE DAS MICROEMPRESAS DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL. BRASIL, 2005-2011. 60% 50% 40% Obras de alvenaria Atratividade 30% 20% Pintura de edifícios Instalação e manutenção elétrica 10% Construção de edifícios 0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 40,0% 45,0% 50,0% Densidade Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 55

4.2. Produtor rural No Brasil, o monitoramento do número de produtores rurais é feito pelo IBGE, por meio do Censo Agropecuário e por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD). O último Censo Agropecuário foi realizado em 2006. Por sua vez, a PNAD é realizada todos os anos, exceto nos anos em que há Censo Demográfico (2000 e 2010). A última PNAD realizada pelo IBGE apresenta dados para o ano de 2013, quando foram registrados 4,2 milhões de Produtores Rurais 10, montante que vem decaindo nos últimos anos. Para a elaboração deste documento, foram utilizadas as informações geradas na PNAD 2013, já que esta proporciona dados mais recentes que os do Censo Agropecuário de 2006. 4.2.1. Distribuição por região Devido à extensa estrutura fundiária da região Nordeste (que responde por ¼ do número de municípios do país, de caráter predominantemente rural e de agricultura familiar), esta região responde por 41% dos produtores rurais do país (Figura 39). Na sequência, aparecem as regiões Sul e Sudeste, ambas com 19%, seguidas pelas regiões Norte (15%) e Centro-Oeste (6%). FIGURA 39 DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS POR REGIÕES DO PAÍS (2013). Sul 19% Norte 15% Sudeste 19% Centro-Oeste 6% Nordeste 41% Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 4.2.2. Distribuição por Unidade da Federação Os estados com maior número de produtores rurais (Figura 40 e Tabela 23) são os da Bahia (13%), Minas Gerais (11%), Rio Grande do Sul (10%), Pará (7%), Maranhão (7%), Ceará (6%), Paraná (5%), Pernambuco (5%), Piauí (5%) e Santa Catarina (4%). Juntos, estes dez estados respondem por mais de 70% do total de produtores rurais do país. Uma característica comum a essas UF é a elevada proporção do agronegócio na economia estadual e o elevado número de municípios. Nos estados do Nordeste e em Minas Gerais, por exemplo, predomina uma 10 Como ressaltado anteriormente, para efeitos de atendimento do Sebrae, o produtor rural deve ter DAP, registro no MPA ou inscrição estadual. Porém, não há base que contenha dados apenas sobre esses produtores rurais. Portanto, aqui utilizamos os dados da PNAD, que possui dados sobre todos os produtores rurais, independente de registro formal. Logo, os números aqui apresentados devem ser vistos como um teto do total de produtores rurais, incluindo formais e informais. 56

estrutura fundiária extensiva e a agricultura familiar e de subsistência (MG e BA também estão entre os estados com maior número de municípios). Já nos estados do Sul (RS, PR e SC), embora também estejam entre os estados com maior número de produtores rurais e municípios, convivem neles a agricultura familiar e o agronegócio voltado para a exportação. FIGURA 40 DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO (2013). 15% 13% 11% 10% Produtores Rurais 10% 5% 7% 7% 6% 5% 5% 5% 4% 4% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 0,5% 0,4% 0,2% 0% BA MG RS PA MA CE PR PE PI SC SP AM ES RO GO MT SE RN PB AL TO RJ MS AC RR AP DF Fonte: PNAD 2013 (IBGE). TABELA 23 DISTRIBUIÇÃO DOS PRODUTORES RURAIS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, 2013. UF Produtores rurais Nº % AC 23.693 0,6% AL 62.350 1,5% AM 134.753 3,2% AP 18.162 0,4% BA 537.285 12,7% CE 232.735 5,5% DF 9.270 0,2% ES 104.542 2,5% GO 99.762 2,4% MA 279.549 6,6% MG 482.132 11,4% MS 35.274 0,8% MT 94.651 2,2% PA 300.071 7,1% PB 69.669 1,6% PE 212.664 5,0% PI 192.613 4,6% PR 213.000 5,0% RJ 40.189 1,0% RN 70.075 1,7% RO 100.063 2,4% RR 20.419 0,5% RS 422.731 10,0% SC 181.815 4,3% SE 75.568 1,8% SP 160.085 3,8% TO 56.035 1,3% BRASIL 4.229.155 100,0% Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 57

4.2.3. Distribuição por segmento econômico Quase 50% dos produtores rurais estão envolvidos em quatro atividades: criação de gado bovino (19%), cultivo de mandioca (11%), milho (11%), e produção mista lavoura/pecuária (8%) (ver Tabela 24). São todas atividades típicas de pequenos negócios. No caso da criação de gado, em geral, predomina a criação extensiva. A produção de milho, em muitos casos, está associada à produção de ração ou outra atividade agropecuária. A produção de mandioca é mais comum em pequenas propriedades e a produção mista lavoura/pecuária é típica de propriedades que trabalham com baixa escala de produção. TABELA 24 PRODUTORES RURAIS: PRINCIPAIS SEGMENTOS DE ATIVIDADE EM 2013. Segmentos Pessoas % Gado bovino 821.049 19% Mandioca 460.345 11% Milho 456.743 11% Produção mista (lavoura/pecuária) 329.568 8% Pesca 295.240 7% Hortifrutigrangeiros 268.383 6% Capim, tubérculos e grãos 229.868 5% Serviços agropecuários 215.746 5% Café 192.605 5% Soja 139.925 3% Outros 819.683 19% TOTAL 4.229.155 100% Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 58

4.3. Potencial empresário Os potenciais empresários podem ser divididos em dois subgrupos: (i) potencial empresário com negócio: indivíduos que possuem negócio próprio, sem registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ou inscrição estadual, DAP, ou registro no Ministério da Pesca e Aquicultura (no caso do produtor rural). Este grupo equivale à soma dos Empregadores e os Conta Própria sem CNPJ, grupo estimado pelo IBGE em 13,3 milhões de pessoas (PNAD, 2013). (ii) potencial empresário sem negócio: indivíduos que ainda não possuem negócio próprio, mas que estão efetivamente envolvidos na estruturação de um negócio do qual serão proprietários. Conceitualmente, este grupo se aproxima do conjunto de empreendedores nascentes, estimado pela Pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor) em 4,8 milhões de pessoas, podendo esta estimativa ser utilizada como uma proxy do total de potenciais empresários sem negócio. Dessa forma, estima-se que o total de Potenciais Empresários no Brasil seja próximo a 18,1 milhões de indivíduos, dos quais 73% (13,3 milhões) são classificados como com negócio e 27% (4,8 milhões de pessoas) são potenciais empresários sem negócio (ver Figura 41). FIGURA 41 POTENCIAIS EMPRESÁRIOS NO BRASIL (2013). 27% 73% Potenciais Empresários com negócio Potenciais Empresários sem negócio Potenciais Empresários (em milhões de pessoas) 15 10 5 0 13,3 Potenciais Empresários com negócio 4,8 Potenciais Empresários sem negócio Fonte: Sebrae a partir da PNAD 2013 (IBGE) e GEM (2014). Nota: O campo da PNAD 2013 foi realizado no 3º trimestre de 2013. O campo da GEM (2014) foi realizado entre abril e julho de 2014. Ainda não estão disponíveis as informações sobre o perfil do potencial empresário sem negócio. Em função disso, nesta publicação são apresentados apenas dados dos potenciais empresários com negócio. 4.3.1. Distribuição por região Por regiões (Figura 42), verifica-se que a maior parte dos potenciais empresários com negócio localiza-se nos estados e regiões que concentram as principais regiões metropolitanas do país. A informalidade é um fenômeno fortemente urbano. Quarenta e um por cento dos potenciais 59

empresários com negócio estão no Sudeste, 30% no Nordeste, 12% no Sul, 10% no Norte e 7% no Centro-Oeste. FIGURA 42 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPRESÁRIOS COM NEGÓCIO POR REGIÕES DO PAÍS (2013). 50% 41% Potenciais Empresários 25% 0% 30% 10% 12% 7% Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 4.3.2. Distribuição por Unidade da Federação Por estados (ver Figura 43), São Paulo (20%), Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (10%), Bahia (9%) e Pará (5%) detêm mais da metade dos potenciais empresários com negócio do país. Estes tendem a se concentrar mais nas principais aglomerações urbanas e onde a informalidade (de empresas e do trabalho) é maior. FIGURA 43 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPRESÁRIOS COM NEGÓCIO POR UNIDADES DA FEDERAÇÃO (2013). 20% 20% Potenciais Empresários 15% 10% 5% 0% 10% 10% 9% 5% 5% 5% 5% 4% 4% 3% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 0,4% 0,3% 0,2% SP RJ MG BA PA PR CE PE RS GO MA SC PB AM RN ES PI MT MS SE AL DF TO RO AP AC RR Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 60

TABELA 25 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPRESÁRIOS COM NEGÓCIO POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO. BRASIL, 2013. Fonte: PNAD 2013 (IBGE). UF Potenciais empresários com negócio Nº % AC 45.992 0,3% AL 162.849 1,2% AM 277.145 2,1% AP 51.673 0,4% BA 1.196.226 9,0% CE 643.467 4,9% DF 153.504 1,2% ES 243.377 1,8% GO 474.589 3,6% MA 411.619 3,1% MG 1.288.505 9,7% MS 169.003 1,3% MT 171.907 1,3% PA 726.071 5,5% PB 291.387 2,2% PE 630.315 4,8% PI 217.694 1,6% PR 646.296 4,9% RJ 1.304.399 9,8% RN 266.939 2,0% RO 98.575 0,7% RR 28.768 0,2% RS 568.506 4,3% SC 334.024 2,5% SE 168.131 1,3% SP 2.589.755 19,5% TO 99.204 0,7% BRASIL 13.259.920 100,0% 61

4.3.3. Distribuição por setor econômico Por setores de atividade (ver Figura 44), verifica-se que 34% dos potenciais empresários com negócio estão no setor de serviços, 27% na construção, 25% no comércio e 14% na indústria. FIGURA 44 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPRESÁRIOS COM NEGÓCIO POR SETOR DE ATIVIDADE (2013). Serviços 34% Indústria 14% Construção 27% Comércio 25% Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 4.3.4. Distribuição por tipo de atividade O setor da construção, sozinho, concentra 3,6 milhões de potenciais empresários (ver Tabela 26). Esses são indivíduos que em sua maioria trabalham em atividades simples de construção e reparação/reforma de instalações urbana (ex. conserto e reforma de moradias). Os ambulantes do comércio e os cabeleireiros no setor de serviços também são segmentos com expressivo contingente de potenciais empresários, cada um com algo próximo a um milhão de profissionais em atuação. Na indústria, além da construção, verifica-se grande contingente de pessoas que trabalha na área de vestuário (Confecção de vestuário, malharia/bordados e roupa sob medida). No comércio, além dos ambulantes, também são expressivos em termos de potenciais empresários o comércio de alimentos, reparação de veículos e vestuário. E no setor de serviços, além dos cabeleireiros, destacam-se bares e lanchonetes e transporte de passageiros e carga. Percebe-se uma similaridade entre as principais atividades do potencial empresário com negócio e o microempreendedor individual. 62

TABELA 26 POTENCIAIS EMPRESÁRIOS COM NEGÓCIO: PRINCIPAIS SEGMENTOS DE ATIVIDADE EM 2013. Indústria Pessoas % Construção 3.601.805 66% Confecção de vestuário 369.585 7% Malharia/Bordados 307.640 6% Alimentos 247.841 5% Roupa sob medida 216.709 4% Diversos (Bijuterias, Jóias, Bolas, Brinquedos, etc) 115.074 2% Produtos de Madeira 103.047 2% Móveis 80.008 1% Produtos de Metal 76.944 1% Derivados do Leite 30.333 1% Outros 286.107 5% TOTAL 5.435.093 100% Comércio Pessoas % Ambulante 952.671 29% Alimentos 558.313 17% Reparação de veículos 388.226 12% Vestuário 288.945 9% Farmácia e perfumaria 164.173 5% Resíduos e sucatas 130.836 4% Venda por catálogo, TV e internet 113.628 3% Reparação de eletrônicos 107.778 3% Atacado (diversos) 102.491 3% Diversos (Bijuterias, brinquedos, etc) 90.796 3% Outros 364.406 11% TOTAL 3.262.263 100% Serviços Pessoas % Cabeleireiros 994.715 22% Bares e lanchonetes 697.246 15% Transporte de passageiros 565.335 12% Transporte de carga (frete) 458.180 10% Serviços às empresas 234.272 5% Ambulante de alimentação 225.836 5% Ensino (curso, aula particular) 162.391 4% Entretenimento (música, dança, etc) 161.154 4% Serviços de saúde 153.216 3% Imobiliária 103.045 2% Outros 807.174 18% TOTAL 4.562.564 100% Fonte: PNAD 2013 (IBGE). 63

4.4. Potencial empreendedor Em função da própria definição, a identificação dos potenciais empreendedores é mais complexa, sendo difícil chegar à sua quantificação total. Teoricamente, todos os indivíduos que não são donos de negócio, nem estão envolvidos na criação de um, podem ser objeto de programas de estímulo ao empreendedorismo. São exemplos de ações de fomento à cultura empreendedora junto à rede de ensino nos níveis fundamental, médio e superior. Segundo o IBGE, em 2013, havia cerca de 48 milhões de estudantes, nos níveis fundamental, médio e superior (Tabela 20). Outro exemplo são os indivíduos que podem ser objeto de programas de empreendedorismo na terceira idade. Segundo o IBGE, em 2013, havia cerca de 26 milhões de pessoas com mais de 60 anos no país (ver Tabela 27). TABELA 27 EXEMPLOS DE SEGMENTOS DE POTENCIAIS EMPREENDEDORES. Conjunto Característica principal Estimativa Fonte 1 2 Estudantes Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior 3ª idade 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 anos ou mais Fonte: IBGE (PNAD 2013). 31,2 milhões 9,5 milhões 7,3 milhões 8,4 milhões 6,3 milhões 11,6 milhões PNAD 2013 PNAD 2013 Para delimitar o universo de potenciais empreendedores, em 2014, o Sebrae realizou um estudo específico para quantificar e identificar o perfil daqueles que têm maior chance de iniciar uma atividade empreendedora nos próximos anos. O trabalho, intitulado Estudo Potenciais Empreendedores no Brasil (2014), parte da definição de que são considerados potenciais empreendedores os indivíduos adultos que declaram ter intenção de iniciar um negócio próprio nos próximos três anos. Esta informação é obtida por meio de pergunta realizada na Pesquisa GEM, excluindo aqueles indivíduos que já tenham negócio ou estejam envolvidos na estruturação de um. Assim, o conceito aqui utilizado seria o de potenciais empreendedores imediatos, com perspectiva de constituir seu negócio em até três anos. O estudo citado estimou esse público em 18 milhões de pessoas no Brasil. Desse total, 54% estão ocupados atualmente como empregados, 22% são donos de casa, 18% desempregados, 17% estudantes, 5% são aposentados e 2% são trabalhadores domésticos (ver Figura 45). 64

FIGURA 45 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPREENDEDORES POR TIPO DE OCUPAÇÃO ATUAL. Potenciais Empreendedores 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Empregados 54% Donos de casa Desempregados Estudantes 18% 17% 22% Aposentados 5% Trabalhadores Domésticos 2% Fonte: SEBRAE a partir do GEM 2014. A análise do perfil destes indivíduos por sexo, idade e escolaridade indica que são públicos muito distintos entre si. Por exemplo, quando considerado o sexo, a proporção de mulheres é de 99% na categoria de donos de casa, 89% entre trabalhadores domésticos, 59% na categoria de desempregados, 49% nos aposentados, 43% nos estudantes e 29% nos empregados (ver Figura 46). FIGURA 46 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPREENDEDORES IMEDIATOS POR SEXO. 100% 80% 59% 49% 43% 29% Feminino Masculino 60% 99% 89% 40% 20% 41% 51% 57% 71% 0% 1% Donos de casa 11% Trabalhadores Domésticos Desempregados Aposentados Estudantes Empregados Fonte: SEBRAE a partir do GEM 2014. Quanto à faixa etária, observa-se também uma grande disparidade de perfis entre os grupos de potenciais empreendedores. A proporção de jovens com até 24 anos, por exemplo, é de 67% na categoria dos estudantes, 48% no grupo dos desempregados, 35% nos trabalhadores domésticos, 28% na categoria de donos de casa, 28% nos empregados e 5% nos aposentados 65

(Figura 47), neste último caso, possivelmente aposentados por algum tipo de acidente e/ou invalidez. FIGURA 47 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPREENDEDORES IMEDIATOS POR FAIXA ETÁRIA. 100% 80% 60% 40% 20% 2% 2% 0% 4% 6% 8% 7% 11% 16% 20% 67% 34% 48% 41% 35% 7% 4% 14% 14% 19% 22% 32% 32% 28% 28% 34% 32% 14% 15% 55-64 anos 45-54 anos 35-44 anos 25-34 anos 18-24 anos 0% Estudantes Desempregados Trabalhadores Domésticos 5% Donos de casa Empregados Aposentados Fonte: SEBRAE a partir do GEM 2014. A escolaridade também é heterogênea entre as categorias que compõem os potenciais empreendedores. No grupo dos estudantes, por exemplo, 53% têm superior incompleto ou mais. No outro extremo, no grupo de trabalhadores domésticos, quase não há pessoas com ensino superior incompleto ou mais (Figura 48). FIGURA 48 DISTRIBUIÇÃO DOS POTENCIAIS EMPREENDEDORES IMEDIATOS POR ESCOLARIDADE. 100% 80% 60% 40% 20% 0% 1% 0% 0% 3% 0% 2% 9% 4% 11% 0% 19% 42% 54% 13% 35% 13% 29% 59% 12% 53% 18% 15% 69% 10% 22% Aposentados Donos de casa Desempregados Empregados Trabalhadores Domésticos 51% 36% 3% 9% 8% Estudantes Pós-Graduação Ensino superior (completo ou incompleto) Ensino médio (completo ou incompleto) Fundamental completo Fundamental incompleto (ou menos) Fonte: SEBRAE a partir do GEM 2014. 66

5. Projeções até 2022 As projeções aqui apresentadas se basearam em dados da Receita Federal, a partir das informações da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN). Além dessa fonte de informação, foram utilizados os dados disponíveis por meio do portal Estatísticas do Simples Nacional (SINAC). Este fato possibilitou uma análise de todo o universo de empresas brasileiro, diferentemente das projeções anteriores, baseadas somente na análise das estatísticas de empresas optantes pelo Simples Nacional. Mesmo a participação de médias e grandes empresas foi analisada a fim de compreender a dinâmica do crescimento de empresas no Brasil desde 2005. A projeção do número de pequenos negócios empresariais foi feita separadamente para cada porte de empresa, a fim de respeitar as características de tendência e proporcionalidade de cada um deles no universo das empresas brasileiras. Após a análise do banco de dados, verificou-se um número considerável de empresas que declararam faturamento zero à Receita Federal. Devido às dificuldades encontradas para encerrar formalmente as atividades de um negócio no país, é possível que alguns empresários prefiram declarar que a empresa não teve faturamento a solicitar sua baixa. É provável que esse cenário mude com a implementação do Programa Bem Mais Simples, que, entre outras medidas, tem o objetivo de facilitar o procedimento de baixa de empresas. Considerando a possibilidade das empresas de faturamento zero não estarem efetivamente ativas e de até mesmo saírem do cadastro por conta das melhorias do Programa, julgou-se mais prudente basear nossas estimativas de público excluindo esses negócios, tornando-as mais conservadoras que as anteriores. Segundo os resultados das estimativas, o universo de pequenos negócios empresariais projetado para o final de 2015 é composto por 10.273.204 empresas, sendo 5.328.067 microempreendedores individuais, 3.849.228 microempresas e 1.095.909 empresas de pequeno porte. Até 2022, estima-se que esse total alcance 14.204.020 pequenos negócios. O universo de microempreendedores individuais está em franca expansão desde o surgimento dessa figura jurídica em 2009. O número de microempresas e empresas de pequeno porte, por sua vez, apresenta crescimento mais modesto no mesmo período. A evolução de cada porte dos pequenos negócios empresariais projetada até 2022 está apresentada na Figura 49. A Tabela 28, por sua vez, apresenta a evolução do universo de empresas, segundo porte e a participação dos pequenos negócios nesse universo. Esta tabela indica uma tendência de crescimento constante das empresas de todos os portes, mas aponta para uma participação cada vez maior dos pequenos negócios no universo de empresas brasileiro, saindo de uma taxa de 96,45% em 2009 e alcançando a cifra de 98,44% em 2022. 67

FIGURA 49 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS, COM VALORES PROJETADOS PARA O PERÍODO DE 2013 A 2022. BRASIL, 2010-2022. 16 Milhões 14 12 10 8 6 4,8 5,9 7,1 8,3 9,4 4,7 10,3 5,3 11,0 5,9 11,7 6,5 12,3 6,9 12,8 7,3 13,3 7,7 13,8 8,1 14,2 8,5 MEI ME EPP MEI+ME+EPP 4 2 0 3,7 3,3 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 4,0 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,4 1,7 2,7 0,8 1,0 1,0 1,1 1,1 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,3 0,8 0,9 0,9 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 FONTE: Sebrae, a partir das bases de dados da Receita Federal. 68

TABELA 28 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EMPRESAS, SEGUNDO ANO E PORTE, E PARTICIPAÇÃO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS NO TOTAL. BRASIL, 2009-2022. Porte Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 ME 2.763.160 3.284.128 3.359.282 3.512.524 3.629.924 3.741.875 3.849.228 3.951.136 4.046.789 4.135.381 4.216.162 4.288.425 4.351.520 4.404.861 EPP 660.594 791.073 891.659 945.070 997.168 1.047.574 1.095.909 1.141.800 1.184.865 1.224.757 1.261.134 1.293.667 1.322.075 1.346.093 MPE 3.423.754 4.075.201 4.250.941 4.457.594 4.627.092 4.789.449 4.945.137 5.092.936 5.231.654 5.360.138 5.477.296 5.582.092 5.673.595 5.750.954 MEI 44.188 771.715 1.656.953 2.665.605 3.659.781 4.653.080 5.328.067 5.928.068 6.453.067 6.903.067 7.328.066 7.728.067 8.103.066 8.453.066 Pequenos negócios empresariais Médias e grandes empresas Total de empresas 3.467.942 4.846.916 5.907.894 7.123.199 8.286.873 9.442.529 10.273.204 11.021.004 11.684.721 12.263.205 12.805.362 13.310.159 13.776.661 14.204.020 127.781 148.977 159.908 167.593 175.090 182.343 189.298 195.901 202.098 207.837 213.071 217.753 221.840 225.297 3.595.723 4.995.893 6.067.802 7.290.792 8.461.963 9.624.872 10.462.502 11.216.905 11.886.819 12.471.042 13.018.433 13.527.912 13.998.501 14.429.317 % dos peq. negócios no total 96,45% 97,02% 97,36% 97,70% 97,93% 98,11% 98,19% 98,25% 98,30% 98,33% 98,36% 98,39% 98,42% 98,44% Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal. 69

5.1. Projeção do número de pequenos negócios empresariais, segundo porte e UF A seguir, apresenta-se o desdobramento do universo de pequenos negócios empresariais, projetado ano a ano até 2022, nos três portes que o compõem: microempreendedores individuais (Tabela 30), microempresas (Tabela 31) e empresas de pequeno porte (Tabela 32). Finalmente, a Tabela 33 apresenta o universo total de pequenos negócios empresariais. 70

TABELA 30 NÚMERO DE MICROEMPREENDEDORES INDIVIDUAIS (MEI), SEGUNDO UF, COM VALORES PROJETADOS PARA O PERÍODO DE 2015 A 2022. BRASIL, 2009-2022. UF 71 Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 AC 1 3.433 6.472 9.168 11.484 13.190 14.887 16.395 17.715 18.846 19.914 20.920 21.863 22.742 AL - 10.083 22.135 35.600 46.234 55.724 63.661 70.717 76.890 82.182 87.179 91.883 96.292 100.408 AM - 10.912 19.036 28.954 37.520 45.191 51.152 56.451 61.088 65.062 68.816 72.348 75.660 78.751 AP - 2.870 5.814 7.793 9.242 10.541 11.875 13.061 14.098 14.988 15.828 16.618 17.359 18.051 BA 3 74.039 133.949 192.924 246.910 300.160 339.484 374.438 405.024 431.240 456.000 479.303 501.150 521.540 CE 1.289 20.633 48.252 82.968 120.362 154.800 178.132 198.872 217.020 232.575 247.266 261.093 274.056 286.154 DF 2.684 15.095 31.023 50.815 68.614 86.980 99.481 110.593 120.317 128.651 136.522 143.930 150.876 157.358 ES 2.453 20.244 42.656 68.806 95.023 121.839 139.507 155.212 168.954 180.733 191.857 202.327 212.143 221.304 GO 9 29.704 61.629 98.644 138.517 175.241 200.551 223.048 242.734 259.607 275.543 290.542 304.603 317.727 MA - 12.710 25.175 37.778 51.492 65.464 74.638 82.793 89.929 96.045 101.821 107.258 112.355 117.112 MG 8.950 72.720 163.027 274.550 388.497 502.724 577.504 643.976 702.139 751.993 799.077 843.392 884.937 923.712 MS - 14.592 27.876 42.906 56.252 69.707 79.292 87.812 95.267 101.657 107.692 113.372 118.696 123.666 MT - 15.234 33.781 52.718 71.795 88.891 101.700 113.087 123.049 131.589 139.654 147.245 154.362 161.004 PA - 21.569 45.275 73.485 97.730 120.388 137.573 152.849 166.215 177.672 188.493 198.677 208.224 217.135 PB 1 10.612 22.863 36.950 49.715 64.729 74.140 82.506 89.826 96.100 102.026 107.603 112.831 117.711 PE - 28.586 58.437 91.316 124.313 156.829 179.131 198.956 216.302 231.170 245.212 258.429 270.819 282.383 PI 1 5.333 13.904 23.339 32.269 40.501 46.617 52.053 56.810 60.888 64.738 68.363 71.760 74.932 PR 3.382 39.547 83.396 136.848 193.670 252.646 289.705 322.647 351.471 376.177 399.511 421.472 442.061 461.277 RJ 6.774 105.299 213.280 327.206 438.478 555.851 634.204 703.853 764.795 817.031 866.366 912.798 956.328 996.957 RN 3 10.496 23.730 37.204 50.133 62.511 71.557 79.597 86.633 92.664 98.359 103.720 108.745 113.435 RO 2 7.188 13.821 21.320 27.760 33.135 37.647 41.658 45.168 48.176 51.017 53.691 56.198 58.538 RR - 1.754 3.785 5.815 7.707 9.145 10.430 11.573 12.573 13.429 14.239 15.000 15.715 16.381 RS 3.773 41.924 90.897 152.152 212.350 269.988 309.649 344.905 375.753 402.194 427.167 450.670 472.705 493.270 SC 1.595 24.889 52.536 88.155 123.861 159.682 183.123 203.960 222.192 237.820 252.580 266.471 279.494 291.649 SE - 6.837 12.745 19.268 24.926 30.741 34.898 38.593 41.826 44.598 47.215 49.679 51.988 54.144 SP 13.268 156.261 386.160 647.064 905.043 1.169.225 1.345.384 1.501.973 1.638.988 1.756.430 1.867.347 1.971.739 2.069.607 2.160.951 TO - 9.151 15.299 21.859 29.884 37.257 42.145 46.490 50.291 53.550 56.627 59.524 62.239 64.774 BRASIL 44.188 771.715 1.656.953 2.665.605 3.659.781 4.653.080 5.328.067 5.928.068 6.453.067 6.903.067 7.328.066 7.728.067 8.103.066 8.453.066 Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal.

TABELA 31 NÚMERO DE MICROEMPRESAS (ME), SEGUNDO UF, COM VALORES PROJETADOS PARA O PERÍODO DE 2013 A 2022. BRASIL, 2009-2022. UF Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 AC 5.244 6.978 7.030 7.489 7.841 8.176 8.498 8.803 9.090 9.355 9.597 9.814 10.003 10.163 AL 22.215 26.502 27.119 28.380 29.345 30.266 31.150 31.988 32.775 33.504 34.168 34.763 35.282 35.720 AM 20.545 27.193 28.721 30.823 32.433 33.968 35.441 36.838 38.150 39.365 40.473 41.464 42.330 43.061 AP 5.814 7.280 7.954 8.504 8.926 9.327 9.713 10.079 10.422 10.740 11.030 11.290 11.516 11.707 BA 129.420 164.327 168.254 178.237 185.885 193.178 200.171 206.810 213.041 218.813 224.075 228.782 232.893 236.368 CE 86.513 104.123 104.647 109.309 112.880 116.285 119.551 122.651 125.561 128.256 130.713 132.911 134.831 136.453 DF 46.126 54.135 57.889 60.913 63.229 65.439 67.557 69.568 71.455 73.203 74.797 76.223 77.468 78.521 ES 49.470 57.774 58.604 60.952 62.751 64.466 66.111 67.673 69.138 70.496 71.733 72.841 73.807 74.625 GO 88.301 106.814 107.973 113.030 116.904 120.599 124.141 127.504 130.661 133.584 136.250 138.635 140.717 142.477 MA 34.178 45.727 47.856 51.372 54.066 56.635 59.098 61.436 63.631 65.664 67.517 69.175 70.623 71.847 MG 314.498 363.427 366.665 380.075 390.349 400.146 409.540 418.459 426.829 434.582 441.651 447.975 453.496 458.164 MS 30.722 37.381 38.332 40.288 41.787 43.216 44.587 45.888 47.109 48.240 49.271 50.193 50.999 51.680 MT 40.274 53.285 54.116 57.674 60.400 63.000 65.493 67.859 70.080 72.137 74.013 75.691 77.156 78.394 PA 34.261 45.664 48.073 51.624 54.344 56.938 59.425 61.786 64.002 66.055 67.927 69.601 71.063 72.299 PB 28.493 33.900 34.343 35.847 36.999 38.098 39.151 40.151 41.090 41.959 42.752 43.461 44.080 44.604 PE 65.793 87.296 88.956 94.910 99.472 103.822 107.993 111.953 115.670 119.112 122.251 125.059 127.510 129.583 PI 21.592 27.396 28.942 30.831 32.279 33.659 34.983 36.239 37.419 38.511 39.507 40.398 41.176 41.834 PR 216.335 259.595 260.644 272.034 280.760 289.082 297.061 304.636 311.745 318.331 324.335 329.706 334.396 338.361 RJ 178.811 213.047 220.801 231.595 239.865 247.750 255.312 262.490 269.228 275.468 281.159 286.249 290.693 294.450 RN 25.645 33.747 34.973 37.371 39.208 40.960 42.640 44.234 45.731 47.117 48.381 49.512 50.499 51.334 RO 17.946 21.434 22.602 23.799 24.716 25.590 26.429 27.225 27.972 28.664 29.295 29.859 30.352 30.768 RR 4.159 5.119 5.299 5.592 5.817 6.031 6.236 6.431 6.614 6.783 6.938 7.076 7.197 7.299 RS 275.428 310.359 309.045 317.687 324.307 330.620 336.674 342.421 347.815 352.811 357.367 361.442 365.000 368.008 SC 146.198 160.591 163.091 167.434 170.760 173.933 176.975 179.863 182.574 185.084 187.373 189.421 191.209 192.721 SE 13.494 17.070 17.548 18.590 19.389 20.150 20.880 21.573 22.223 22.826 23.375 23.867 24.296 24.659 SP 848.252 997.186 1.032.520 1.079.889 1.116.178 1.150.784 1.183.967 1.215.469 1.245.036 1.272.421 1.297.392 1.319.728 1.339.231 1.355.720 TO 13.433 16.778 17.285 18.275 19.034 19.757 20.451 21.109 21.728 22.300 22.822 23.289 23.697 24.041 BRASIL 2.763.160 3.284.128 3.359.282 3.512.524 3.629.924 3.741.875 3.849.228 3.951.136 4.046.789 4.135.381 4.216.162 4.288.425 4.351.520 4.404.861 Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 72

TABELA 32 NÚMERO DE EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (EPP), SEGUNDO UF, COM VALORES PROJETADOS PARA O PERÍODO DE 2013 A 2022. BRASIL, 2009-2022. UF Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 AC 826 971 1.074 1.131 1.187 1.241 1.293 1.342 1.389 1.432 1.471 1.505 1.536 1.562 AL 3.609 4.524 5.244 5.588 5.924 6.250 6.561 6.857 7.135 7.392 7.627 7.837 8.020 8.175 AM 4.016 4.746 5.448 5.742 6.029 6.306 6.572 6.825 7.062 7.281 7.482 7.661 7.817 7.949 AP 689 856 1.001 1.061 1.119 1.175 1.229 1.281 1.329 1.373 1.414 1.450 1.482 1.509 BA 25.998 31.382 35.271 37.402 39.480 41.492 43.420 45.251 46.969 48.561 50.012 51.310 52.443 53.401 CE 13.761 16.982 19.057 20.426 21.761 23.052 24.291 25.467 26.570 27.593 28.525 29.358 30.086 30.702 DF 12.248 14.825 16.352 17.422 18.466 19.476 20.445 21.365 22.228 23.027 23.756 24.408 24.977 25.458 ES 14.827 17.773 20.298 21.642 22.954 24.223 25.439 26.594 27.678 28.682 29.598 30.417 31.132 31.736 GO 21.216 25.724 29.639 31.716 33.742 35.702 37.582 39.367 41.041 42.593 44.007 45.273 46.377 47.311 MA 5.614 7.539 8.613 9.290 9.951 10.590 11.203 11.785 12.331 12.837 13.299 13.711 14.072 14.376 MG 66.418 79.985 91.479 96.894 102.175 107.285 112.185 116.837 121.203 125.247 128.935 132.233 135.113 137.548 MS 7.176 8.709 10.034 10.691 11.332 11.951 12.546 13.110 13.640 14.130 14.578 14.978 15.327 15.623 MT 9.810 12.065 14.049 15.062 16.050 17.006 17.922 18.793 19.609 20.366 21.055 21.672 22.211 22.667 PA 8.156 10.070 11.792 12.585 13.358 14.106 14.824 15.505 16.144 16.736 17.276 17.759 18.180 18.537 PB 6.138 7.637 8.693 9.328 9.948 10.548 11.123 11.669 12.181 12.656 13.089 13.476 13.814 14.100 PE 14.057 17.656 20.341 21.618 22.864 24.069 25.224 26.322 27.351 28.305 29.175 29.952 30.632 31.206 PI 3.785 4.598 5.031 5.367 5.694 6.011 6.315 6.603 6.873 7.124 7.353 7.557 7.736 7.887 PR 52.218 61.926 70.280 74.596 78.806 82.880 86.786 90.495 93.975 97.199 100.138 102.768 105.063 107.004 RJ 54.921 67.356 76.223 80.670 85.008 89.205 93.229 97.050 100.636 103.957 106.985 109.694 112.060 114.059 RN 6.088 7.588 8.451 9.019 9.573 10.109 10.622 11.110 11.568 11.992 12.379 12.725 13.027 13.282 RO 4.243 5.040 5.711 6.096 6.472 6.835 7.184 7.515 7.825 8.113 8.375 8.610 8.815 8.988 RR 770 939 1.007 1.058 1.108 1.156 1.202 1.246 1.287 1.325 1.360 1.391 1.418 1.441 RS 59.171 68.935 76.480 80.804 85.021 89.102 93.015 96.730 100.217 103.446 106.391 109.025 111.324 113.269 SC 39.395 46.487 52.046 55.005 57.891 60.684 63.362 65.904 68.291 70.501 72.516 74.318 75.892 77.223 SE 3.363 4.161 4.811 5.118 5.417 5.706 5.984 6.247 6.494 6.723 6.932 7.119 7.282 7.420 SP 218.979 258.782 288.896 305.132 320.969 336.291 350.985 364.933 378.025 390.151 401.208 411.098 419.734 427.035 TO 3.102 3.817 4.338 4.607 4.869 5.123 5.366 5.597 5.814 6.015 6.198 6.362 6.505 6.625 BRASIL 660.594 791.073 891.659 945.070 997.168 1.047.574 1.095.909 1.141.800 1.184.865 1.224.757 1.261.134 1.293.667 1.322.075 1.346.093 Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 73

TABELA 33 NÚMERO DE PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS, SEGUNDO UF, COM VALORES PROJETADOS PARA O PERÍODO DE 2013 A 2022. BRASIL, 2009-2022. UF Ano 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 AC 6.071 11.382 14.576 17.788 20.512 22.607 24.678 26.540 28.194 29.633 30.982 32.239 33.402 34.467 AL 25.824 41.109 54.498 69.568 81.503 92.240 101.372 109.562 116.800 123.078 128.974 134.483 139.594 144.303 AM 24.561 42.851 53.205 65.519 75.982 85.465 93.165 100.114 106.300 111.708 116.771 121.473 125.807 129.761 AP 6.503 11.006 14.769 17.358 19.287 21.043 22.817 24.421 25.849 27.101 28.272 29.358 30.357 31.267 BA 155.421 269.748 337.474 408.563 472.275 534.830 583.075 626.499 665.034 698.614 730.087 759.395 786.486 811.309 CE 101.563 141.738 171.956 212.703 255.003 294.137 321.974 346.990 369.151 388.424 406.504 423.362 438.973 453.309 DF 61.058 84.055 105.264 129.150 150.309 171.895 187.483 201.526 214.000 224.881 235.075 244.561 253.321 261.337 ES 66.750 95.791 121.558 151.400 180.728 210.528 231.057 249.479 265.770 279.911 293.188 305.585 317.082 327.665 GO 109.526 162.242 199.241 243.390 289.163 331.542 362.274 389.919 414.436 435.784 455.800 474.450 491.697 507.515 MA 39.792 65.976 81.644 98.440 115.509 132.689 144.939 156.014 165.891 174.546 182.637 190.144 197.050 203.335 MG 389.866 516.132 621.171 751.519 881.021 1.010.155 1.099.229 1.179.272 1.250.171 1.311.822 1.369.663 1.423.600 1.473.546 1.519.424 MS 37.898 60.682 76.242 93.885 109.371 124.874 136.425 146.810 156.016 164.027 171.541 178.543 185.022 190.969 MT 50.084 80.584 101.946 125.454 148.245 168.897 185.115 199.739 212.738 224.092 234.722 244.608 253.729 262.065 PA 42.417 77.303 105.140 137.694 165.432 191.432 211.822 230.140 246.361 260.463 273.696 286.037 297.467 307.971 PB 34.632 52.149 65.899 82.125 96.662 113.375 124.414 134.326 143.097 150.715 157.867 164.540 170.725 176.415 PE 79.850 133.538 167.734 207.844 246.649 284.720 312.348 337.231 359.323 378.587 396.638 413.440 428.961 443.172 PI 25.378 37.327 47.877 59.537 70.242 80.171 87.915 94.895 101.102 106.523 111.598 116.318 120.672 124.653 PR 271.935 361.068 414.320 483.478 553.236 624.608 673.552 717.778 757.191 791.707 823.984 853.946 881.520 906.642 RJ 240.506 385.702 510.304 639.471 763.351 892.806 982.745 1.063.393 1.134.659 1.196.456 1.254.510 1.308.741 1.359.081 1.405.466 RN 31.736 51.831 67.154 83.594 98.914 113.580 124.819 134.941 143.932 151.773 159.119 165.957 172.271 178.051 RO 22.191 33.662 42.134 51.215 58.948 65.560 71.260 76.398 80.965 84.953 88.687 92.160 95.365 98.294 RR 4.929 7.812 10.091 12.465 14.632 16.332 17.868 19.250 20.474 21.537 22.537 23.467 24.330 25.121 RS 338.372 421.218 476.422 550.643 621.678 689.710 739.338 784.056 823.785 858.451 890.925 921.137 949.029 974.547 SC 187.188 231.967 267.673 310.594 352.512 394.299 423.460 449.727 473.057 493.405 512.469 530.210 546.595 561.593 SE 16.857 28.068 35.104 42.976 49.732 56.597 61.762 66.413 70.543 74.147 77.522 80.665 83.566 86.223 SP 1.080.499 1.412.229 1.707.576 2.032.085 2.342.190 2.656.300 2.880.336 3.082.375 3.262.049 3.419.002 3.565.947 3.702.565 3.828.572 3.943.706 TO 16.535 29.746 36.922 44.741 53.787 62.137 67.962 73.196 77.833 81.865 85.647 89.175 92.441 95.440 BRASIL 3.467.942 4.846.916 5.907.894 7.123.199 8.286.873 9.442.529 10.273.204 11.021.004 11.684.721 12.263.205 12.805.362 13.310.159 13.776.661 14.204.020 Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 74

5.2. Metodologia As escolhas metodológicas utilizadas nas projeções aqui expostas, conforme porte e ano projetado, estão descritas na Tabela 29 abaixo. TABELA 29 METODOLOGIA PARA PROJEÇÃO DO NÚMERO DE PEQUENOS NEGÓCIOS EMPRESARIAIS, SEGUNDO PORTE E ANO. Porte MEI ME EPP Abrangência Brasil Anos projetados Anos considerados 2015 2011 a 2014 2016 a 2018 2015 a 2017 2019 a 2022 2018 a 2021 UF 2015 a 2022 2010 a 2014 Brasil 2012* 2006 e 2011 UF 2012* 2006 e 2011 Brasil 2013 a 2022 2011 e 2012 UF 2013 a 2022 2006 e 2011 Metodologia O valor de 2015 foi obtido pelo acréscimo, no valor de 2014, de 70% da média do saldo de MEI observado entre os anos 2011 e 2014. Os valores futuros foram obtidos pela suavização dos saldos passados. Dessa forma, o saldo do ano a (S a ) é dado pela fórmula S a = S a-1 75.000. Os valores futuros foram obtidos pela suavização dos saldos passados. Dessa forma, o saldo do ano a (S a ) é dado pela fórmula S a = S a-1 25.000 Na estimação dos valores por UF, os totais projetados foram distribuídos pelo método A i B i, obedecendo à participação e tendência de evolução de cada UF, observadas de 2010 a 2014. Foram excluídas as empresas que declararam faturamento zero à Receita Federal devido estarem, provavelmente, inativas. Dado o expressivo número de empresas com porte não informado em 2012, houve redistribuição do número total de empresas observado em 2012 (exceto MEI) entre os portes ME, EPP, média empresa e grande empresa. Na estimação dos valores por porte e UF, os totais projetados foram distribuídos pelo método A i B i, obedecendo à participação e tendência de evolução de cada porte, observadas de 2006 a 2011. Na estimação dos valores por UF, os totais projetados foram distribuídos pelo método A i B i, obedecendo à participação e tendência de evolução de cada UF, observadas de 2006 a 2011. A taxa de crescimento anual do universo de empresas (exceto MEI) foi calculada por interpolação linear entre 2012 e 2022, sendo de 4,6% a taxa observada no primeiro ano e assumindo-se a taxa de 1,5% para o ano final. Obteve-se taxa média de 2,9% ao ano. Na estimação dos valores por UF, os totais projetados foram distribuídos pelo método A i B i, obedecendo à participação e tendência de evolução de cada UF, observadas de 2006 a 2011. * Não se trata de projeção, mas de ajuste efetuado a fim de proporcionar estimativas futuras mais fidedignas. Foi eliminada a influência do aumento de empresas com porte não informado em 2012, decorrente da indisponibilidade, na data de publicação do presente estudo, de informação sobre o porte das empresas constituídas em 2012. 75

5.3. Comparação com a projeção do universo de empresas optantes pelo Simples Nacional Nos últimos anos, o Sistema Sebrae vem utilizando o universo de optantes pelo Simples Nacional como estimativa do público de pequenos negócios empresariais. Tal escolha baseia-se, sobretudo, na confiabilidade desses dados, amplamente divulgados pela Receita Federal do Brasil, além da vasta cobertura que os optantes pelo Simples representam no público em questão. A utilização dos dados do Simples, entretanto, apresenta algumas limitações, sendo a mais óbvia delas a não cobertura dos pequenos negócios empresariais que não são optantes pelo Simples Nacional. Relacionado a esse aspecto, o Simples configura um regime tributário específico, que condiciona a possibilidade de adesão a uma série de requisitos que podem variar entre as UF, criando vieses na análise do número de optantes em uma UF em comparação com os de outra. Ainda, por se tratar de um regime tributário, está sujeito a alteração no conjunto de atividades econômicas que estão autorizadas a optar pelo regime. Ademais, mesmo para aquelas atividades já permitidas, a entrada no Simples Nacional é opcional, ou seja, é dependente da escolha do empresário. Sendo assim, ao utilizar somente dados de optantes, estaríamos ignorando as micro e pequenas empresas que preferem outro regime tributário. A Figura 50 abaixo compara a projeção atual de optantes e não optantes pelo Simples Nacional com a utilizada até 2014, só com os optantes do Simples. Apesar de se tratarem de projeções de universos distintos, observam-se semelhanças entre as tendências projetadas, além da proximidade entre as estimativas totais. Cabe ressaltar que a projeção para o Simples Nacional baseia-se no total de optantes divulgado pela Receita Federal, que não exclui do total as empresas que declaram faturamento zero. FIGURA 50 COMPARAÇÃO DAS PROJEÇÕES ATUAL (DE OPTANTES E NÃO OPTANTES, SEM EMPRESAS DE FATURAMENTO ZERO) E DA ANTERIOR, DO SIMPLES NACIONAL, POR PORTE. BRASIL, 2010 A 2022. 16 Milhões 14 12 10 8 6 4 2 0 14,2 13,8 13,3 12,8 12,3 13,7 13,4 11,7 13,0 11,0 12,6 12,0 10,3 11,5 9,4 10,9 10,1 8,3 8,5 9,3 8,1 7,7 7,1 7,3 8,2 6,9 6,5 5,9 5,9 7,4 7,6 7,9 7,1 7,1 5,3 6,6 4,8 4,7 5,8 6,2 5,6 3,7 5,2 3,9 4,0 4,2 4,3 4,4 4,5 4,5 4,6 4,6 4,7 4,8 4,3 3,3 3,5 3,4 3,5 3,6 3,7 3,8 4,0 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,4 3,2 2,7 1,7 0,8 0,9 0,9 1,0 1,0 1,1 1,1 1,2 1,2 1,3 1,3 1,3 1,3 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,7 0,7 0,8 0,9 0,9 1,0 1,1 1,1 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 MEI (proj. atual) ME (proj. atual) EPP (proj. atual) Total (proj. atual) MEI (proj. antiga) ME (proj. Simples Antiga) EPP (proj. Simples antiga) Total (proj. Simples antiga) Fonte: Sebrae, a partir de dados da Receita Federal. 76

5.4. Potencial de crescimento do número de pequenos negócios optantes pelo Simples Nacional Conforme explicado no item anterior, o Simples Nacional apresenta algumas limitações para inferências a partir de cenários projetivos. Isso decorre do fato da possibilidade de quebra de tendências, como a mudança de requisitos para adesão ao regime tributário. Em 2014, foi aprovada a Lei Complementar nº 144, que permite a adesão de empresas de diversas atividades ao Simples. Essa Lei, que entrou em vigor em 2015, poderá alterar significativamente o número de empresas optantes pelo Simples Nacional. A fim de avaliar possíveis quebras de tendências, é analisado, na Tabela 34, o impacto de empresas hoje existentes mas não optantes pelo Simples entrarem para o regime. Os motivos para a não opção são três: escolha da empresa; vedação por conta da natureza da atividade exercida; ou vedação pelo nível de faturamento. Apresenta-se a seguir, então, a possibilidade de (i) mais empresas que já podem optar pelo Simples fazê-lo (considerando as permitidas antes e depois da LC 144/2014); (ii) empresas optarem pelo Simples caso suas atividades passem a ser permitidas no regime; e (iii) empresas optarem pelo Simples caso o teto de faturamento bruto anual seja elevado dos atuais R$3,6 milhões para R$7,2 ou R$ 14,4 milhões, como vem sendo discutido no Congresso Nacional. A Tabela 34 apresenta um estudo acerca do potencial de crescimento no número de micro e pequenas empresas optantes pelo Simples Nacional decorrente de mudanças acima citadas. Para isso, são apresentados os números de empresas optantes e não optantes pelo Simples em cada uma das situações mencionadas. Nas estimativas abaixo foram incluídas as empresas que declaram faturamento zero. Adotou-se esse critério pois, caso o regime torne-se mais atrativo, há uma possibilidade de parte dessas empresas retomarem suas atividades e aderirem ao Simples Nacional. Como é possível ver na tabela, o maior potencial de crescimento do sistema vem de empresas que se encontram em atividades já permitidas pelo Simples Nacional. Somando-se as empresas não optantes em atividades permitidas a partir da LC 144/2014 (493.061) às já permitidas anteriormente (1.396.326), temse um total de 1,9 mi. de empresas que já poderiam aderir ao Simples atualmente caso desejassem. Por fim, há 137.896 empresas em atividades hoje vedadas pelo Simples Nacional, e mais 59.601 com faturamento anual entre R$ 3,6 mi. e R$ 7,2 mi. e outras 11.439 que faturam anualmente entre R$ 7,2 mi. e R$ 14,4 mi. No total, essas mudanças poderiam causar um crescimento de até 20% no total de optantes pelo Simples Nacional. TABELA 34 ANÁLISE DE IMPACTO DA ENTRADA DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO SIMPLES NACIONAL, POR CATEGORIA. Categorias 77 Já optantes pelo Simples* Empresas em 2015 Não optantes Total** Cobertura atual Empresas em atividades permitidas a partir da LC 144/2014 155.260 493.061 648.321 24% Empresas em atividades já permitidas pelo Simples 4.954.081 1.396.326 6.350.407 78% Empresas em atividades vedadas pelo Simples 0 137.896 137.896 0% Empresas com faturamento entre R$ 3,6 e R$ 7,2 mi./ano 0 59.601 59.601 0% Empresas com faturamento entre R$ 7,2 e R$ 14,4 mi./ano 0 11.439 11.439 0% Total 5.109.341 2.098.323 7.207.664 71% Possível impacto no total de ME e EPP no Simples 41% Possível impacto no total de optantes (incluindo MEI) 20% * Projeção para 31/12/2015. **Inclui empresas que declaram faturamento zero. Fonte: Sebrae, com base em dados da Receita Federal e FGV.

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