Preâmbulo CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS



Documentos relacionados
C Â M A R A M U N I C I P A L D E M O U R A. Regulamento de Saneamento do Concelho de Moura

PREÂMBULO CAPÍTULO I ABASTECIMENTO

Regulamento de Abastecimento de Água

CÂMARA MUNICIPAL DA CALHETA MADEIRA

REGULAMENTO DE DESCARGA DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS NO SISTEMA DE DRENAGEM MUNICIPAL

Município de Vieira do Minho

REGULAMENTO DE COMPENSAÇÕES POR NÃO CEDÊNCIA DE TERRENOS PARA EQUIPAMENTOS E ESPAÇOS VERDES PÚBLICOS DECORRENTE DA APROVAÇÃO DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

Regulamento do Serviço de Saneamento. do Concelho de Castelo Branco

Artigo 1.º. Alterações. Os artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, 5.º e 6.º passam a ter a seguinte redação: «Artigo 1.º [...]

Regulamento relativo ao lançamento, liquidação e cobrança de taxas e tarifas devidas pela realização de serviços prestados na área de saneamento

REGULAMENTO MUNICIPAL DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

MUNICÍPIO DE S. PEDRO DO SUL CÂMARA MUNICIPAL

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

Regulamento de Utilização de Habitações Sociais de Gestão ou Promoção Municipal

Regulamento de Manutenção e Inspecção de Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes

Decreto n.º 24/01 De 12 de Abril

OBJETO 1 DO CONTRATO 2 Prestação dos serviços de abastecimento de água, recolha de águas residuais e gestão de resíduos.

M U N I C Í P I O D E B R A G A

CAPÍTULO II REQUISITOS DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO SECÇÃO I REGIME GERAL

Regula a instalação e utilização de sistemas de videovigilância em táxis

MUNICÍPIO DE OLEIROS. Câmara Municipal

DECRETO-LEI Nº 207/94 DE 6 DE AGOSTO

Assembleia Popular Nacional

REGULAMENTO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

REGULAMENTO MUNICIPAL DE EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE DE ARRUMADOR DE AUTOMÓVEIS

MUNICÍPIO DE MACHICO REGULAMENTO DO LICENCIAMENTO ZERO 1

TARIFÁRIO PARA 2013 CARTAGUA, ÁGUAS DO CARTAXO, S.A.

REGULAMENTO MUNICIPAL DO SERVIÇO DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DO CONCELHO DE MURÇA. Preâmbulo

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

MUNICÍPIO DE VILA REAL

Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Despacho n.º /2007 de 30 de Agosto

CÂMARA MUNICIPAL DE VILA VELHA DE RÓDÃO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Decreto-Lei n.º 255/99 de 7 de Julho- Versão Texto consolidado com as alterações introduzidas pela Lei 5/2013 (texto sublinhado a amarelo)

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

REGULAMENTO DO PROCESSO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DA TAXA POR RESSARCIMENTO DOS PREJUÍZOS CAUSADOS AO MUNICÍPIO PELA EXPLORAÇÃO DE INERTES

Regulamento relativo à manutenção e inspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes da Câmara Municipal da Trofa

REGULAMENTO MUNICIPAL SOBRE INSTALAÇÕES E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTO PÚBLICOS

REGULAMENTO DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM. Nota justificativa: Cfr. art.º 116 do C.P.A.

Regulamento geral das zonas de estacionamento privativo para veículos automóveis em domínio público PREÂMBULO

REGIME E TABELA DE EMOLUME TOS DO TRIBU AL DE CO TAS. CAPÍTULO I Disposições Gerais. ARTIGO 1. (Emolumentos e encargos)

REGULAMENTO MUNICIPAL DE CAMPOS DE FÉRIAS DE MANTEIGAS

REGULAMENTO MUNICIPAL

REGULAMENTO DE QUOTAS DA ORDEM DOS ARQUITECTOS

10 de Setembro 2013 Contencioso de Cobrança

DE QUOTAS DA ORDEM DOS ARQUITECTOS

PROCEDIMENTO POR NEGOCIAÇÃO, COM PUBLICAÇÃO PRÉVIA DE ANÚNCIO, PARA ARRENDAMENTO PARA A ACTIVIDADE DE RESTAURAÇÃO CADERNO DE ENCARGOS

PREÂMBULO. Artigo 1.º Competências para o tratamento da rede de efluentes

REGULAMENTO DO FUNDO DE GREVE E SOLIDARIEDADE

Regulamento das Praias Fluviais do Concelho da Sertã

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSPECÇÃO DE ASCENSORES, MONTA- CARGAS, ESCADAS MECÂNICAS E TAPETES ROLANTES

LEGISLAÇÃO BÁSICA. Portaria nº 867/89, de 7 de Outubro Determina quais devem ser os parâmetros para caracterizar os gases combustíveis

NORMAS PARA CONCESSÃO DO DIREITO DE OCUPAÇÃO DAS SETE LOJAS DO MERCADO MUNICIPAL DE REGUENGOS DE MONSARAZ SEGUNDA FASE DA OBRA DE REQUALIFICAÇÃO

Regulamento Municipal de Inspecção e Manutenção de Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes

Município de Alcácer do Sal

Ministério dos Petróleos

Município de Vieira do Minho

REGULAMENTO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DO MUNICÍPIO DE ESPOSENDE

CÂMARA MUNICIPAL DE PESO DA RÉGUA

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSPECÇÃO DE ASCENSORES, MONTA-CARGAS, ESCADAS MECÂNICAS E TAPETES ROLANTES. Preâmbulo

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Decreto-Lei n.º 213/92 de 12 de Outubro Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março (Reserva Ecológica Nacional).

Artigo 2º Cedência de instalações

Proposta de Alteração Normas Municipais de Apoio Social para Melhorias Habitacionais

A iniciativa i i Licenciamento i Zero

REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO DE ZONAS DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA CONTROLADAS POR MEIOS MECÂNICOS (PARCÓMETROS).

REGULAMENTO DO CONSELHO DA COMUNIDADE DO ACES ALENTEJO CENTRAL 2

Ligações às redes de energia eléctrica. Setembro de 2011

MUNICÍPIO DE CASTRO VERDE CÂMARA MUNICIPAL

REGULAMENTO MUNICIPAL DOS REQUISITOS DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM

REGULAMENTO MUNICIPAL DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

REGULAMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E DE SANEAMENTO DO CONCELHO DE VILA DO CONDE

Tarifário para Tarifário para 2013

FUNDO DE COMPENSAÇÃO DO TRABALHO (FCT) MECANISMO EQUIVALENTE (ME) FUNDO DE GARANTIA DA COMPENSAÇÃO DO TRABALHO (FGCT)

CÂMARA MUNICIPAL DE SESIMBRA APRECIAÇÃO PÚBLICA PUBLICAÇÃO ENTRADA EM VIGOR REVOGAÇÕES ALTERAÇÕES

REGULAMENTO MUNICIPAL SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Classificação DOS EMPREENDIMENTOS DE TURISMO NO ESPAÇO RURAL:

CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGANÇA

Portaria n.º 827/2005, de 14 de Setembro Estabelece as condições de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM)

RERD. Regime Excecional de Regularização de Dívidas Fiscais e à Segurança Social FAQS

Publicado no Diário da República n.º 22, I série, de 2 de Fevereiro. Decreto Presidencial n.º 28/11 de 2 de Fevereiro

REGULAMENTO DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

Parque Tecnológico de Óbidos

Concurso público para a aquisição de redes remotas por links wireless para o Município do Funchal

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING DE LISBOA. Regulamento de provas de avaliação da capacidade para a frequência dos maiores de 23 anos

Abastecimento de Água

I seja aprovado o projeto arquitetônico;

DESPEDIMENTO POR EXTINÇÃO DE POSTO DE TRABALHO

CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DE XIRA

Regulamento de ocupação e utilização de vias públicas por motivo de obras. Artº 1º Do licenciamento

Alteração ao Regulamento de Água e Águas Residuais de Coimbra, (RAARC) Preâmbulo

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL DO FUNDO DE APOSENTADORIA E PENSÃO DO SERVIDOR- FAPS

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

LIVRO X REGULAMENTO MUNICIPAL SOBRE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS. Nota Justificativa

Quinta-feira, 26 de Abril de 2007 Ano XIII - Edição N.: 2834 Diário Oficial do Município Poder Executivo Secretaria Municipal de Governo

VENDAS Á DISTÂNCIA. Decreto-Lei n.º 7/2004 de 07 01: Comércio Electrónico. Decreto-Lei n.º 24/2014 de 14-02: Vendas à Distância

Município de Gouveia. Programa de apoio à criação de emprego no Concelho de Gouveia

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS GABINETE DO MINISTRO. Art. 1" (Período de dupla circulação monetária)

Decreto-Lei n.º 125/2008, de 21 de Julho

Transcrição:

REGULAMENTO DE SERVIÇOS DE SANEAMENTO Preâmbulo A Câmara Municipal de Manteigas não possui Regulamento sobre o Saneamento no Concelho. A legislação entretanto publicada pelo Governo - Decreto-Lei nº 207/94, de 6 de Agosto e Decreto Regulamentar nº23/95, de 23 de Agosto -, assim como o seu ajustamento aos tempos actuais exigem a regulamentação municipal de Serviços de Saneamento. O presente Regulamento foi elaborado e aprovado com fundamento no disposto no nº 8 do artº 112º e no artº 241º, ambos da Constituição da República Portuguesa e na alínea a) dos nºs 1 e 2 do artº 12º da Lei nº 1/87, de 6 de Janeiro. Foi utilizada a competência prevista na alínea a) do nº 3 do artº 51º do Decreto-Lei nº 100/84, de 29 de Março, na redacção da Lei nº 18/91, de 12 de Junho, para a elaboração do projecto de Regulamento que foi aprovado em reunião ordinária da Câmara Municipal de 9 de Setembro de 1998. Por uma questão de simplificação e unificação de matérias as tabelas de taxas e tarifas a cobrar nesta matéria são regulamentadas em capítulo e secção próprios do Regulamento de Liquidação e Cobrança das Taxas e Tarifas da Câmara Municipal de Manteigas. Considerando o disposto no nº 2 do artº 3º do Decreto Regulamentar nº 23/95, de 23 de Agosto, que aprova o Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Água e de Drenagem de Águas Residuais, o Município de Manteigas adapta o seu Regulamento nos seguintes termos: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Aprovação Para os efeitos do disposto no nº 8 do artº 112º e ao abrigo do disposto no artº 241º, ambos da Constituição da República Portuguesa, e com fundamento no disposto nas alíneas a) e l) do nº 2 do artº 39º do Decreto-Lei nº 100/84, com a nova redacção pela Lei nº 8/91, de 12 de Junho, é aprovado o Regulamento do Serviço de Saneamento do Concelho de Manteigas. Artigo 2º Entidade gestora À Câmara Municipal de Manteigas, ou quem suas vezes fizer, neste Regulamento designada por entidade gestora (EG), compete em exclusivo o estabelecimento das canalizações exteriores da rede pública de esgotos e dos ramais de ligação, que ficam sendo propriedade sua. Mod.28/1 Pág. 1 de 6

Artigo 3º Conceito Neste Regulamento designam-se por canalizações exteriores a rede pública de esgotos, por ramais de ligação as canalizações que ligam os prédios à rede geral e por canalizações interiores as que são feitas nos interiores dos prédios, ligando os diversos dispositivos de utilização até ao início do ramal de ligação. Artigo 4º Obrigações dos proprietários Em todos os prédios urbanos, construídos ou a construir, quer à margem, quer afastados de vias públicas servidas por colectores municipais de esgotos, é obrigatório estabelecer as canalizações e dispositivos interiores necessários a recolha, isolamento e completa evacuação das águas residuais e pluviais e ainda ligar essas instalações à rede pública de esgotos. 1. Esta obrigação impende sobre os proprietários ou usufrutuários dos prédios. CAPÍTULO II CANALIZAÇÕES Artigo 5º Obras de saneamento As obras de saneamento a que se refere o artigo anterior compreendem: a) Instalações interiores do prédio, abrangendo aparelhos sanitários (bacias de retrete, urinóis, etc.), seus ramais de descarga, tubo ou tubos de queda e de ventilação e canalização até à via pública para condução das águas residuais e pluviais; b) Instalações interiores do prédio, compreendidas entre o seu limite e os colectores públicos de esgotos, abrangendo uma câmara de inspecção e os ramais de ligação àqueles colectores. 2. As instalações deverão respeitar o disposto no Regulamento Geral das Edificações Urbanas, no Regulamento Geral das Canalizações de Esgotos e na legislação em vigor para cada tipo de utilização de edificações. Artigo 6º Responsabilidade pelas instalações 1. O estabelecimento das instalações sanitárias interiores, incluindo as canalizações interiores para o bom funcionamento daquelas, será realizado pelos proprietários ou usufrutuários dos prédios. 2. O estabelecimento dos ramais de ligação será levado a efeito pela EG, a qual cobrará dos proprietários as despesas efectuadas. 3. Quando as reparações das canalizações sanitárias exteriores resultarem dos danos causados por qualquer pessoa ou entidade estranha ao serviço da EG, os respectivos encargos serão de conta dessa pessoa ou entidade. Mod.28/1 Pág. 2 de 6

4. A reparação e conservação corrente dos ramais de ligação competem à EG. Artigo 7º Extensão da rede Para os prédios situados fora das ruas ou zonas abrangidas pela rede geral de esgotos, a EG fixará as condições em que poderá ser estabelecida a ligação à mesma, tendo em atenção os seus recursos orçamentais e os aspectos técnicos e financeiros da obra. 1. As canalizações exteriores estabelecidas nos termos deste artigo serão propriedade da EG, mesmo no caso de a sua instalação ter sido feita a expensas dos interessados. 2. Se forem vários proprietários que, nas condições deste artigo, requerem determinada extensão de rede, o curso da nova conduta será, na parte que não for paga pela EG, distribuído por todos os requerentes, na proporção da sua utilização. 3. No caso de essa extensão à rede geral vir a ser utilizada por outro ou outros proprietários, a EG regulará a indemnização a conceder aos requerentes aos que custearem a sua instalação, se a requererem. Artigo 8º Obrigatoriedade de projecto Não será aprovado pela EG qualquer projecto de nova construção, reconstrução ou ampliação de prédios situados na área abrangida pela rede pública de esgotos ou de obras a que se referem os artigos 4ºe 6º que não inclua as respectivas instalações sanitárias interiores. Artigo 9º Projecto O projecto, apresentado em triplicado, conterá as peças escritas e desenhadas necessárias à perfeita compreensão das obras de saneamento a executar, no qual deverá ser indicada a localização das caixas e secção das manilhas ou tubos e especificando: a) Tubos de queda e ventilação... centímetros; b) Tubos de ventilação... centímetros; c) Tubos de ligação ao contador... centímetros. 1. Para elaboração desta parte do projecto deverão os interessados solicitar à EG a posição do colector e as respectivas cotas de nível. 2. No mesmo projecto deverão ser indicados os traçados das canalizações de água destinadas a alimentar os aparelhos sanitários, bem como as respectivas secções. 3. Depois de apreciado o projecto, será enviado ao proprietário um exemplar completo do que tiver sido aprovado. Na falta de aprovação, será este notificado, por escrito, das alterações julgadas necessárias, a fim de as mandar introduzir no projecto ou apresentar no estudo. 4. O exemplar do projecto aprovado e devolvido ao proprietário do prédio deverá estar, no local da obra e durante a construção, à disposição dos agentes de fiscalização da EG. Mod.28/1 Pág. 3 de 6

Artigo 10º Fiscalização 1. A execução das canalizações interiores fica sempre sujeita a fiscalização da EG, que verificará se a obra decorre de acordo com o traçado aprovado e as normas em vigor. 2. O técnico responsável pela execução da obra deverá comunicar, por escrito, o seu início e fim, para efeitos de fiscalização, inspecção e ensaio. 1. A comunicação do início da obra deverá ser feita com a antecedência mínima de três dias úteis. 2. A inspecção e ensaio das canalizações serão executadas no prazo de oito dias úteis após a recepção da comunicação do fim da obra, na presença do seu técnico responsável. 3. Depois de efectuados a inspecção e ensaio a que se refere o número anterior, será comunicada, no prazo de três dias, a aprovação da obra, ou não. 3. Quer durante a construção quer após o acto de inspecção e ensaio a que se refere o número anterior, a EG notificará, por escrito, o técnico responsável pela obra, sempre que se verifique a falta de cumprimento das condições do traçado ou insuficiências no ensaio, indicando as correcções a fazer. 4. Nenhuma canalização interior poderá ser coberta sem que tenha sido previamente inspeccionada, ensaiada e aprovada nos termos deste Regulamento. 1. No caso de qualquer sistema de canalizações de esgotos ter sido coberto, no todo ou em parte, antes de inspeccionado, ensaiado e aprovado nos termos deste Regulamento, será o técnico responsável intimado para descobrir as canalizações. 5. A licença de utilização só poderá ser concedida pela EG depois de instalados os respectivos ramais de ligação. Artigo 11º Vistoria Para realização das obras de saneamento, sua inspecção e fiscalização, poderão os agentes dos serviços da EG entrar durante o dia, mediante aviso prévio, nos prédios a beneficiar ou beneficiados. CAPÍTULO III TARIFAS E COBRANÇAS Artigo 12º 1. Compete aos proprietários ou usufrutuários dos imóveis o pagamento das importâncias respeitantes: a) Às despesas efectuadas nas instalações do ramal de ligação; b) À taxa fixa devida pela ligação, prevista no capítulo próprio do Regulamento de Liquidação e Cobrança de Taxas e Tarifas da Câmara Municipal. 2. A cobrança da despesa referida na alínea a) do número anterior será acrescida de 15% para administração, e será feita, após notificação escrita da EG, dentro do prazo de 30 Mod.28/1 Pág. 4 de 6

dias a contar da notificação. Para além deste prazo pode ser pago na tesouraria, durante o prazo para pagamento voluntário, vencendo juros de mora, após o que se procederá a relaxe. Artigo 13º Tarifas de conservação 1. Todos os munícipes servidos pela rede de saneamento da respectiva localidade ficam obrigados ao pagamento de uma tarifa mensal de conservação da rede, designada por tarifa de conservação. 2. A tarifa de conservação é paga nos moldes, termos e montante previstos no capítulo próprio do Regulamento de Liquidação de Taxas e Tarifas da Câmara Municipal. CAPÍTULO IV CONTRA-ORDENAÇÕES Artigo 14º Constitui contra-ordenação punível com coima a violação do presente Regulamento nos seguintes casos: a) A danificação e qualquer instalação das canalizações das redes gerais de esgotos; b) A execução de canalizações interiores sem que o projecto tenha sido aprovado nos termos regulamentares, ou introdução de modificações em instalações ou projectos de interiores já estabelecidos e aprovados, sem prévia autorização da EG; c) Quando os técnicos responsáveis pelas obras de instalação ou reparação das canalizações transgredirem as normas deste Regulamento; d) A introdução na rede de saneamento de materiais explosivos ou inflamáveis; e) A introdução na rede de saneamento de entulhos, areias ou cinza; f) A introdução na rede de saneamento de quaisquer substâncias que, de uma maneira ou de outra, possam obstruir ou danificar as canalizações e seus acessórios. Artigo 15º Deveres quanto a obras À contra-ordenação prevista na alínea b) do artigo anterior é aplicável a coima prevista no artigo 54º do Decreto-Lei nº 445/91, de 20 de Novembro. Artigo 16º Coimas Às restantes contra-ordenações serão aplicadas as seguintes coimas: a) Pessoas singulares: Montante mínimo...17,30 Montante máximo...3.397,60 b) Pessoas colectivas: Em casos de dolo até...40.768,90 Em casos de negligência até...20.384,60 Artigo 17º Mod.28/1 Pág. 5 de 6

Punibilidade A tentativa e a negligência são sempre puníveis. Artigo 18º Produto das Coimas O produto das coimas consignadas neste Regulamento constitui receita da EG, na sua totalidade. Artigo 19º Responsabilidade civil O pagamento da coima não isenta o transgressor da responsabilidade civil por perdas e danos. Artigo 20º Reposição e embargo Às infracções ao presente Regulamento é aplicável o disposto nos artigos 57º e 58º do Decreto-Lei nº 445/91, de 20 de Novembro. Artigo 21º Fossas Dentro da área abrangida pela rede de saneamento não poderão, de futuro, construirse sumidouros, depósitos ou fossas de despejo de matérias fecais ou águas sujas domésticas. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 22º Âmbito de aplicação A partir da entrada em vigor deste Regulamento por ele serão reguladas todas as instalações públicas de esgotos e dos ramais de ligação respectivos. Artigo 23º Remissão Em tudo em que este Regulamento for omisso será aplicável a demais legislação em vigor, designadamente, no Decreto-Lei nº 207/94, de 6 de Agosto e Decreto Regulamentar nº23/95, de 23 de Agosto. Artigo 24º Entrada em vigor Este Regulamento entra em vigor no 20º dia após a sua publicação, definitiva no Diário da República, 2ª série. Mod.28/1 Pág. 6 de 6