01 de Novembro a 07 de

Lição 6 01 de Novembro a 07 de A Fé que Age Sábado à tarde LEITURA PARA O ESTUDO DA SEMANA: Tiago 2:14-26; Romanos 3:27 e 28; Tito 2:14; II Coríntios 4:2; Romanos 4:1-5; Josué 2:1-21. VERSO ÁUREO: Porque, assim como o corpo, sem o espírito está morto, assim, também, a fé, sem as obras, é morta. Tiago 2:26. ELE ERA UM MÉDICO DE SUCESSO e ancião numa conceituada igreja com várias centenas de membros. Era um dos maiores contribuintes de ofertas para os grandes projetos da igreja e a sua generosidade estimulava outros a serem também sacrificiais. O médico era igualmente um excelente pregador. Quando o pastor estava ausente, ele pregava, e toda a gente se mostrava desejosa de ouvir as suas mensagens, as quais eram teologicamente profundas, sinceras e espirituais. Então, um dia, surgiu a verdade. A ausência do médico na igreja, no Sábado anterior, não tinha sido por estar de férias, como muitos pensaram. Não, ele foi encontrado morto, no seu apartamento junto à praia, devido a uma overdose de drogas leves. Pior ainda foi a revelação chocante de que no seu quarto havia dúzias de vídeos e revistas pornográficos. A igreja ficou de rastos, sobretudo os jovens, que tinham olhado para ele como um exemplo a seguir. Embora devamos deixar com Deus qualquer julgamento, as ações do médico

põem realmente em dúvida a realidade da sua fé. A lição a tirar? Embora sejamos salvos pela fé, não podemos, na vida de um Cristão, separar a fé das obras, e isto é uma verdade fundamental e, muitas vezes, mal-entendida que vem explanada no livro de Tiago. Ano Bíblico: João 10 e 11. SOP: Educação (Livro), Educação Manual (Capítulo), (214)

UMA FÉ MORTA Domingo, 02 de Novembro. Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo? Tiago 2:14. Como se compreende este versículo no contexto da Salvação unicamente pela fé? Leia Tiago 2:15-17; compare com Rom. 3:27 e 28; Efé. 2:8 e 9. A fé sem as obras. Tiago apresenta uma ilustração vívida deste tipo de pretensa fé (Tiago 2:15 e 16). Como já vimos, a obediência no livro de Tiago é relacional. Por isso, como nos relacionamos com um irmão ou uma irmã da Igreja que está a passar necessidades? As palavras só não chegam. Não podemos simplesmente dizer: Ide em paz; Deus proverá, quando Deus já nos concedeu os meios para podermos ajudar esse irmão ou essa irmã. É claro que as necessidades podem ser ilimitadas, e nós não as conseguimos atender a todas. Há, porém, um princípio chamado o poder de um. Nós somos as mãos e os pés de Jesus e podemos ajudar outros, uma pessoa de cada vez. De facto, era essa a maneira como Jesus, normalmente, trabalhava. Em Marcos 5:22-34, um homem cuja filha estava à morte suplicou-lhe auxílio. No caminho, uma mulher aproximou-se d Ele por trás e tocou nas vestes de Jesus. Depois da cura, Jesus poderia ter continuado o Seu caminho e a mulher teria ficado jubilosa. Jesus, no entanto, sabia que esta mulher precisava mais do que cura física. Por isso, parou e dedicou tempo para que ela pudesse aprender a ser uma Sua testemunha, partilhando, bem como recebendo. A seguir, Ele disse as mesmas palavras que lemos em Tiago 2:16: Vai em paz (Marcos 5:34). Contudo, ao contrário das palavras em Tiago, neste caso as palavras queriam de facto dizer alguma coisa. Quando nos apercebemos de uma necessidade e não fazemos nada a

respeito disso, perdemos uma oportunidade de exercitar a fé. Ao procedermos assim, a nossa fé fica um pouco mais fraca e um pouco mais morta. É assim porque a fé sem as obras morre. Tiago na sua descrição até vai mais longe: tal fé já está morta. Se estivesse viva, as obras estariam lá. Se não estão, que proveito isso traz? No final do versículo 14, Tiago coloca uma questão sobre este tipo de fé sem obras e sem valor. A mensagem é muito mais direta em grego do que na maior parte das traduções: Essa fé não o consegue salvar, ou consegue? A resposta que Tiago espera de nós é claramente um Não. Como se aprende a expressar melhor a nossa fé mediante as nossas obras, ao mesmo tempo que nos protegemos do engano de que as nossas obras contribuem para a nossa salvação? Ano Bíblico: João 12 e 13.

FÉ REDENTORA Segunda, 03 de Novembro. Leia Tiago 2:18. Qual é o ponto principal que Tiago está a apresentar? De que maneira mostramos a nossa fé pelas nossas obras? Tiago recorre a uma técnica retórica vulgar, pela qual um potencial objetor se revela. Neste caso, o objetor tenta intrometer um argumento que separe a fé das obras, sugerindo que, desde que uma pessoa tenha uma das coisas, o resto está bem. No entanto, o ponto que Tiago está a tentar apresentar é que os Cristãos não podem ter a esperança de ser salvos pela fé, se não houver quaisquer obras correspondentes: Mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras (v. 18). A questão principal aqui é que não é simplesmente qualquer fé que nos vai salvar. A fé genuína, a fé redentora, é caracterizada por boas obras. De igual modo, as obras só são boas quando brotam da fé. A fé e as obras são inseparáveis. Como dois lados de uma moeda, uma não pode existir sem a outra. Também como uma moeda, um lado é cara e o outro é coroa. A fé vem em primeiro lugar e, depois, abre caminho para as obras correspondentes. Analise a atitude do apóstolo Paulo para com as obras em Efésios 2:10; I Tessalonicenses 1:3; I Timóteo 5:25; Tito 2:14. Que razão torna as obras assim tão importantes? Paulo não estava contra as boas obras em si. Ele opunha-se à ideia das

obras como um meio de Salvação (veja Gál. 2:16). De facto, Paulo dizia que aqueles que se fiam nas obras da Lei para ser salvos estão sob uma maldição, porque ninguém que tenta ser salvo pela guarda da Lei consegue, na realidade, guardá-la (Gál. 3:10). A obediência só é possível mediante o dom ou a dádiva do Espírito Santo. Se o homem não pode, por qualquer de suas boas obras, merecer a Salvação, então ela tem de ser inteiramente pela graça recebida pelo homem como pecador, porque ele aceita Jesus e crê n'ele. A Salvação é inteiramente um dom gratuito. A justificação pela fé está fora de controvérsia. E toda essa discussão estará terminada logo que seja estabelecida a questão de que os méritos do homem caído, em suas boas obras, jamais poderão obter a vida eterna para ele. Ellen G. White, Fé e Obras, p. 20. Que razão leva a que a grande boa-nova de que não podemos percorrer o nosso caminho para o Céu por meio das obras nos motive, por amor para com Deus, a fazer todas as boas obras que nos são possíveis? Ano Bíblico: João 14 e 15.

A FÉ DOS DEMÓNIOS Terça, 04 de Novembro. Se as obras não se manifestam, há apenas uma outra maneira de provar a genuinidade da nossa fé: por ortodoxia. Se acreditamos nas coisas certas, então é porque temos fé, certo? Leia II Coríntios 4:2; I Timóteo 2:4; Tiago 5:19 e 20; I Pedro 1:22; I João 3:18 e 19. O que nos dizem estes versículos sobre a importância que tem o conhecimento da verdade? Não há qualquer dúvida de que um conhecimento intelectual da verdade tem o seu lugar um lugar muito importante. Contudo, esse conhecimento, em si e por si mesmo, não é o suficiente para provar que uma pessoa tem fé redentora. Que aviso nos é feito em Tiago 2:19 sobre um falso conceito daquilo que é a verdadeira fé? A declaração mais fundamental da fé no Velho Testamento encontra-se em Deuteronómio 6:4: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Conhecido como o Shema (por ser essa a palavra hebraica com que o versículo se inicia), este versículo sintetiza adequadamente a crença num só Deus. Todos os outros ensinos bíblicos derivam desta verdade cardinal. Só que até os demónios creem nesta verdade. De facto, eles conhecem-

na bem! E, não obstante, que vantagem retiram disso? Tremem na presença de Deus, tal como fizeram quando confrontados por Jesus e lhes foi ordenado por Ele que deixassem as suas vítimas (Marcos 3:11; 5:7). Uma fé intelectual, que não tem qualquer efeito na forma como atuamos, é inútil; na verdade, é a mesma fé que têm os demónios demónios esses que estão ativamente empenhados em nos enganar com doutrinas falsas e mentiras. Tal como acontecia com Israel no tempo de Jesus, os demónios encorajarão as pessoas a crerem nos seus enganos com base no desejo que as suas vítimas têm de se manter na prática de comportamentos impuros e iníquos: Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demónios. I Timóteo 4:1. A fé tem de ser manifestada na nossa vida ou então não é fé redentora; é, em vez disso, a fé de demónios, e uma tal fé não tem mais possibilidade de nos salvar do que teria de os salvar. Ano Bíblico: João 16-18.

A FÉ DE ABRAÃO Quarta, 05 de Novembro. Leia Tiago 2:21-24 e compare o texto com Romanos 4:1-5, 22-24. Em que termos é descrita, nestes textos, a fé de Abraão, e em que se baseia, aí, a justificação? É interessante que tanto Tiago como Paulo citam Génesis 15:6, mas parecem chegar a conclusões opostas. De acordo com Tiago, Abraão foi justificado pelas obras, mas Paulo parece, em Romanos 4:2, negar explicitamente essa possibilidade (compare com o v. 24). Contudo, o contexto imediato de Romanos 4 tem a ver com a circuncisão ser ou não ser necessária para a justificação; isto é, tem a ver com a questão de se saber se os Gentios tinham de se tornar Judeus a fim de ser salvos (Rom. 3:28-30). Paulo mostra que a fé de Abraão, e não a sua obra de ser circuncidado, foi a base da sua justificação, porque Abraão creu ainda antes de ser circuncidado. Abraão foi circuncidado mais tarde como sinal exterior da sua fé interior (Rom. 4:9-11). Só que as obras apenas, mesmo a circuncisão, não são o suficiente para a justificação, porque só aqueles que andam nas pisadas daquela fé do nosso pai Abraão (Rom. 4:12) serão justificados. Será esta ênfase assim tão diferente da ênfase de Tiago? Paulo até vai ao ponto de usar a mesma prova da fé de Abraão que Tiago usa (veja Rom. 4:17-21). Abraão creu que Deus podia ressuscitar Isaque, porque ele vivifica os mortos, e chama as coisas que não são como se já fossem (v. 17); compare com Heb. 11:17-19. Paulo também define a fé redentora como estando certíssimo de que o que ele tinha prometido, também era poderoso para fazer (Rom. 4:21). Em resumo, a fé que acredita que Deus cumpre as Suas promessas e que obedientemente confia na Sua palavra é fé redentora. Estas obras não são obras da lei, mas são obras da fé. Ou, como Tiago o diz: Bem vês que a fé

cooperou com as suas obras, e que, pelas obras, a fé foi aperfeiçoada (Tia. 2:22). Há muitas pessoas que realçam a importância da fé e das obras, mas mesmo isso separa as duas coisas, pelo menos até certo ponto. A verdadeira fé é fé que opera por amor (Gál. 5:6). As boas obras não são apenas o sinal exterior de fé; são a manifestação da fé. A fé que Abraão tinha em Deus, que criou toda a vida, motivou-o a obedecer-lhe na oferta do seu único filho, Isaque. De acordo com Tiago, é pela obediência que a fé se aperfeiçoa. Qual é a sua experiência pessoal com a forma como as obras (ou a falta delas) influencia a sua fé? Ano Bíblico: João 19-21.

A FÉ DE RAABE Quinta, 06 de Novembro. E, de igual modo, Raabe, a meretriz, não foi, também, justificada pelas obras, quando recolheu os emissários e os despediu por outro caminho? Tiago 2:25. Leia Josué 2:1-21. Como compreendemos este exemplo, uma vez mais no contexto da Salvação unicamente pela fé? De acordo com Hebreus 11:31, os habitantes de Jericó não acreditaram. As traduções mais modernas descrevem-nos como sendo desobedientes. Os habitantes de Jericó sabiam das vitórias marcantes de Israel sobre os Medianitas e os Amorreus, pelo que estavam bem cientes do poder do Deus de Israel. O castigo de Deus sobre Israel em Baal-Peor deu ao povo de Jericó uma lição sobre a Sua santidade, bem como a Sua aversão à idolatria e à imoralidade: Os habitantes de Jericó conheciam todos estes factos e, muitos deles, partilhavam da convicção de Raabe, de que o Deus de Israel 'é Deus no Céu e na Terra', embora se recusassem a obedecer-lhe. Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 446, ed. P. SerVir. Raabe não foi salva devido à sua desonestidade, mas apesar dela. Ela acreditou no verdadeiro Deus e agiu com base nessa fé, protegendo os espias enviados por Josué. Havia também algumas condições: ela obedeceu às instruções dos mensageiros para que pendurasse um cordão escarlata na janela, o qual era uma reminiscência do sangue salpicado nos umbrais das portas nos lares israelitas aquando da libertação na Páscoa (veja Êxo. 12:21-24). Embora longe de ser perfeita, a vida de Raabe é um exemplo de fé que demonstra a realidade do perdão e da graça de Deus por todos os que estão dispostos a avançar pela fé e a confiar os resultados a Deus.

Leia Tiago 2:26. Em que termos este texto sintetiza a relação entre a fé e as obras? Assim como o corpo sem o fôlego da vida não é mais do que um cadáver, também a fé sem as obras é morta. Além disso, sem fé verdadeira qualquer obediência que tentássemos reproduzir não seria mais do que obras mortas (Heb. 6:1; 9:14), as quais não fazem qualquer sentido à vista de Deus. Uma prostituta salva pela fé? Se fosse esse o único exemplo de Salvação pela fé que tivéssemos, que conclusões falsas poderiam retirar-se disso? Não obstante, que esperança consegue retirar da história de Raabe para si mesmo? Ano Bíblico: Atos 1-3.

Sexta, 07 de Novembro. ESTUDO ADICIONAL: Quando o eu é totalmente posto de lado, então pode-se obter uma nova e rica experiência, discernem-se as nossas próprias imperfeições quando nos humilhamos aos pés da Cruz, e, ao contemplarmos as perfeições de Cristo, o eu reduz-se à insignificância. Cristo surgirá aos olhos discernentes com a perfeição da bondade atrativa; depois, o Seu molde atuará sobre a mente e o coração, e será revelado no caráter. A estampa da mente divina deverá ser gravada no coração e manifestada na vida. Venhamos a Jesus na nossa necessidade, oremos com fé viva, seguros firmemente na mão do poder divino, crendo, crendo somente, e veremos a Salvação de Deus. Se nos deixarmos ensinar, Deus ensinar-nos-á; se nos deixarmos ser guiados, Ele guiar-nos-á às fontes de água viva. Ellen G. White, Testimonies to Southern Africa (Testemunhos para a África Austral), p. 26. PERGUNTAS PARA REFLEXÃO: 1. Leia todo o capítulo 2 de Tiago de uma só vez. Qual é a mensagem essencial que aí se encontra para aqueles que confiam unicamente nos méritos da justiça de Cristo para a sua salvação? 2. Há quem argumente que Tiago fala da fé e das obras sem referência a Paulo, e que devemos interpretar Tiago com base nos seus méritos próprios. O que há de errado com este tipo de atitude? Por que razão, sobretudo neste caso, é importante ter em mente o que outros textos dizem sobre a fé e as obras? Na

realidade, no ardor da Reforma Protestante, os apologistas Católicos recorreram frequentemente ao livro de Tiago para defender a Igreja Romana contra os Protestantes. Por que razão isto nos mostra como é importante formar as nossas doutrinas com base em todos os textos que temos à disposição? 3. Diz-se com frequência que a fé e as obras devem ser mantidas em equilíbrio. À luz desta lição, concorda com esta afirmação? Compare a sua resposta com as restantes. 4. Por que razão não se encontra menção em Tiago (nem no resto do Novo Testamento) acerca do fracasso de fé por parte de Abraão em relação a Ismael ou acerca da mentira de Raabe? O que nos ensina este facto sobre o que significa ser coberto pela justiça de Cristo? Ano Bíblico: Atos 4-6.

Moderador Texto-Chave: Tiago 2:14-26. Com o Estudo desta Lição, o Membro da Classe Vai: Aprender: (1) A compreender que as boas obras são o resultado natural da fé genuína; (2) a perceber que crença não é o mesmo que fé; e (3) a reconhecer que a relação entre a fé e as obras é como a relação entre o corpo e o espírito integrados numa unidade só. Sentir: A certeza que resulta de confiar em Deus, o Qual cumpre as Suas promessas, e de obedientemente depender da Sua Palavra com uma fé redentora. Fazer: Aceitar o milagre do poder recriador de Deus, pelo qual Ele concede a fé e a obediência dirigida pelo Espírito para se fazer a Sua vontade. Esboço da Aprendizagem: I. Aprender: A compreender a Fé que Atua. A. Qual é a diferença entre obras como um sinal exterior de fé e a realização da fé? Dê exemplos de cada um dos casos. B. O que é o verdadeiro amor e de que modo se revela? C. É possível separar a fé das boas obras? O que é a fé sem boas obras? O que são as obras sem fé? II. Sentir: A Experiência da Certeza de Deus.

A. Verdadeiro ou Falso: Ninguém que tenha tentado ser salvo pela guarda da Lei foi, de facto, bem-sucedido em a guardar. (Ver Gál. 3:10.) Explique a sua resposta. B. Por que razão as boas obras surgem naturalmente daqueles que têm fé verdadeira? III. Fazer: A aceitar o Dom de Deus de uma Fé Ativa. A. De que modo pode alguém experimentar a diferença entre crença e fé? B. Explique de que modo fazer o bem é um exercício da fé. Sumário: A fé que atua pode ser um conceito, de certo modo, difícil de apreender. Há quem pretenda separar a fé das obras, mas a fé genuína e redentora caracteriza-se por boas obras. Nunca poderemos ser salvos pelas nossas boas obras, mas sem elas a nossa fé é morta. Palavras e atos andam juntos, e a fé revela-se nas obras. Uma fé intelectual, que não tem nenhum efeito no modo como atuamos, é inútil. As boas obras não são simplesmente o sinal exterior da fé; são a realização da fé. CICLO DA APRENDIZAGEM 1º PASSO MOTIVAR!

Realce da Escritura: Tiago 2:21-26. Conceito-Chave para Crescimento Espiritual: As boas obras estão focadas nos outros e brotam da realização da fé em vez de serem simplesmente um sinal exterior de fé. Só para o Dinamizador: Pelo menos desde os tempos do livro de Tiago que vemos os seres humanos a debaterem-se com a falsa dicotomia fé ou obras, amor ou lei, misericórdia ou justiça como sendo a via para a felicidade e a Salvação. Vamos ver, nesta Lição, como as boas obras brotam naturalmente daqueles que têm fé verdadeira. Debate Introdutório: Foi um dia revolucionário 25 de junho de 1967. Pela primeira vez desde sempre, 400 milhões de pessoas, em 31 países, uniram-se simultaneamente via satélite a assistir em direto à primeira ligação de televisão global. Intitulado Our World (O Nosso Mundo), o programa especial em direto, com uma duração de duas horas e meia, apresentou artistas musicais de todo o mundo, guardando o mais memorável para o ato de encerramento. Com base num estúdio londrino, o famoso quarteto britânico The Beatles sacudiu o mundo, ao dizer como todos os problemas podiam ser resolvidos: É fácil. Tudo o que é preciso é o amor O amor é tudo o que é preciso. Our World (um Programa Especial na TV), em http://en.wikipedia.org/wiki/our_world_(tv_special). Quase meio século mais tarde, as palavras ainda ecoam nas ondas da rádio e nas ondas cerebrais, e continuam a levantar ondas teológicas. Amor (e/ou fé) é tudo o que é preciso, dizem alguns. Outros contradizem: Então e as obras? Daí que continue acesa a secular

questão de como somos salvos. Pense Nisto: Há ocasiões na vida em que tudo o que é preciso é o amor? Se sim, quais são essas ocasiões, e de que maneira se revela o amor? Haverá ocasiões em que é preciso mais do que só o amor? Dê exemplos. E o que dizer da Salvação será o amor tudo do que precisamos, ou há mais envolvido do que isso? Explique a sua resposta. O que é o verdadeiro amor e como se revela ele? 2º PASSO ANALISAR! Só para o Dinamizador: Nos dias do apóstolo Paulo, muitos dos seus concidadãos alardeavam a circuncisão como o emblema da justiça. Servia como prova da crença do indivíduo em Deus e da sua posição como membro da comunidade do concerto de Israel (Gén. 17:10-14; Êxo. 12:48). Contudo, significava também que muitos não sentiam necessidade alguma de fé em Cristo ou de perdão mediante o Seu sangue, porque Deus provera os sacrifícios no Templo para a expiação do pecado (ver Lev. 1:4; 4:20, 26, 35; 5:6; 6:7; etc.). Pense, por outro lado, num comportamento similar que nos distingue como Adventistas do Sétimo Dia. Guardamos o Sábado do pôr do Sol de sexta-feira até ao pôr do Sol de sábado. Abstemo-nos de substâncias nocivas, como o tabaco, o álcool e as drogas perniciosas. Desde aquilo que comemos até àquilo que vestimos, damos um testemunho vivo da nossa fé. Poderão, no entanto, estas práticas, boas e importantes, fazer correr o risco também de se tornarem meramente emblemas da justiça? Como se pode evitar cair no logro de fazer disto meios de Salvação? Pergunte qual é a função da atitude na vida cristã. Haverá espaço para se sentir orgulho nas boas coisas que fazemos? Porquê?

(Ver Lucas 17:7-10.) COMENTÁRIO BÍBLICO I. A Fonte e o Objetivo da Justiça (Recapitule com a Unidade de Ação Tiago 2:20-26.) Abraão, como pai de Israel, foi o exemplo primordial da justiça. Sendo a pedreira ou a fonte de onde Israel saiu, ele era a autoridade natural a servir de modelo (Isa. 51:1 e 2) na aprendizagem sobre a obediência. Era natural pensar na circuncisão como a prova mais importante do seguir nos seus passos. Contudo, na realidade, a circuncisão surgiu como um resultado da obediência (Rom. 4:10 e 11). Tal como realçam Paulo e Tiago, a obediência, em si mesma, não foi o elemento mais importante, mas, sim, a fé de Abraão a fé de que Deus tornaria possível a Sara dar à luz o filho prometido (Rom. 4:19-21), fé pronta até a devolver como oferta sacrificial esse filho de um milagre (Tiago 2:21 e 22), crendo que Deus até o poderia ressuscitar dos mortos (Heb. 11:19). Tanto Tiago como Paulo citam o mesmo versículo em Génesis para provar este ponto (Gén. 15:6; comparar com Rom. 4:3; Tiago 2:23). (Contraste esta perspetiva bíblica com o entendimento que os Judeus tinham de Abraão como seu pai, em João 8:39.) A palavra grega usada para descrever o homem em Tiago 2:20 é kene, a qual, literalmente, quer dizer vazio. Estranhamente, a maior parte das versões traduzem-na em termos intelectuais ( vão ou insensato ), apesar do facto de Tiago estar a argumentar precisamente contra uma fé intelectual. A alusão mais provável é a um homem vazio do Espírito de Deus e pronto para o controlo demoníaco.

Jesus descreveu esta situação em Mateus 12:43-45. Quando uma pessoa decide mudar e abandonar o caminho pecaminoso da vida (simbolizado na parábola por um espírito imundo que abandona a pessoa), cria-se um vazio. Esse vazio tem de ser preenchido pelo Espírito de Deus, se a mudança se destina a ser, em última instância, para o melhor. De outra forma, como adverte Jesus, o resultado final pode até ser pior, tal como foi com aqueles que se recusaram a aceitar Jesus. Podíamos mesmo ser enganados por demónios a ajudarem-nos a dissimular piedade: O mesmo espírito mau que tentou Cristo no deserto e que possuiu o endemoninhado de Cafarnaum controlava os Judeus incrédulos. Mas com eles assumia ar de piedade, procurando enganá-los quanto aos seus motivos em rejeitar o Salvador. A sua condição era mais desesperada do que a do endemoninhado; porque não sentiam necessidade de Cristo, sendo assim mantidos amarrados sob o poder de Satanás. Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 205, ed. P. SerVir. A vida espiritual é um milagre do poder recriador de Deus, pelo qual Deus nos concede fé e obediência orientada pelo Espírito para fazermos a Sua vontade. A Bíblia indica que a fé se aperfeiçoa pelas obras de obediência. Foi verdade assim com Abraão, mas foi ainda mais verdade com Jesus (ver Heb. 2:10; 5:8 e 9), cujos passos devemos seguir (I Pedro 2:21-24; I João 2:6). De que maneiras as escolhas quanto ao estilo de vida, como sejam a guarda do Sábado e aquilo que comemos e bebemos, provam a genuinidade da nossa fé (ou a falta dela)? Em que aspeto é isto diferente de se ser salvo por se fazerem estas coisas? Perguntas para Reflexão: 1. Já alguma vez se sentiu espiritualmente vazio em resultado de ir contra a sua própria consciência? Que diferença faz o termos a doutrina correta, se o nosso estilo de vida não corresponde à nossa fé?

2. Por que razão a obediência só é possível por meio do dom e da atuação do Espírito Santo (Rom. 8:13 e 14; Tito 3:5-7 e 8)? 3. Analise com a Unidade de Ação a importância relativa da prática da verdade e do ser-se guiado pelo Espírito. Será uma das coisas mais importante do que a outra? Explique a resposta. O que acontece quando uma se torna demasiado dominante? 3º PASSO PRATICAR! Só para o Dinamizador: O saber é importante, mas a aplicação é fundamental; as duas coisas vão lado a lado, tal como a fé e as obras. Anime os membros a dedicarem tempo a analisar os versículos reveladores da verdade que se encontram abaixo e a cuidadosamente refletirem sobre as perguntas para reflexão. Perguntas para Reflexão: Qual é mais importante, a fé ou a obediência? Defenda a sua resposta. Pode uma pessoa ter fé sem obediência? Ou obediência sem fé? Verdadeiro ou Falso: A fé é a raiz de toda a verdadeira obediência. Explique a sua resposta. Na carta que dirigiu a Tito, um jovem crente grego, o apóstolo Paulo explicou a relação entre as boas obras ( atos ), a misericórdia e a Salvação, em Tito 3:5, 8.

Leia mais uma vez este texto e responda a estas perguntas: 1. Nós somos salvos não com base no que se pratica, mas de acordo com o quê? 2. Por que razão Paulo enfatiza que isto é uma fiel palavra? 3. Aqueles que creem em Deus (fé) serão cuidadosos em fazer o quê? 4. Nestes versículos, o que diz Paulo serem boas e proveitosas? 4º PASSO APLICAR! Só para o Dinamizador: A ideia que se segue funciona bem numa sessão de grupo aberta à emissão de diferentes opiniões. No entanto, algumas atividades individuais resultantes de opiniões emitidas podem ser atribuídas a indivíduos ou a pares. Realce que essas obras não são uma realização, ou uma finalização da nossa fé em Jesus. Atividade: Como vimos, fé-obras é algo orientado para os outros. Jesus convida-nos a exercermos a nossa fé mediante obras que serão uma bênção para os outros. Diz Ele: Caminhai Comigo. Ensinai Comigo. Dai de comer a outros Comigo. Lavai pés Comigo. Alimentai-me também a Mim. Dai-Me água. Vesti -Me. Visitai-Me. Segui-Me! Ordenou Ele. em If Jesus Flew Into Town Tomorrow (E Se Jesus Chegasse à Cidade Amanhã, em A Faith That Works.com (Uma Fé Que Atua.com), em http://afaiththatworks.com.

Por favor, note que estes são atos de fé, não são pensamentos ou sentimentos de fé. Deus está interessado numa fé que atue, não numa fé que simplesmente pense ou sinta, por muito que seja fortemente e com sinceridade. Dê oportunidade a que cada um dê livremente a sua opinião sobre a forma de poder colocar a fé em ação. Repare nos verbos abaixo e analise-os um a um com quem poderia caminhar esta semana? O que precisa de ser ensinado acerca de Jesus? Talvez uma Unidade da Escola Sabatina infantil ficasse grata por alguma ajuda recebida da sua parte. Haverá alguém esta semana a precisar que se lhe dê de comer? Quem é a pessoa a quem precisa de lavar os pés na próxima cerimónia de lava-pés? De que maneira pode, pessoalmente, e/ou a sua Unidade de Ação, ajudar a dar água limpa a alguém que dela necessita esta semana? Quando foi a última vez que visitou alguém que não tem estado, há já algum tempo, presente na igreja ou que esteja no hospital ou na cadeia? Jesus ordena-nos hoje: Segue-Me!