Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor



Documentos relacionados
CELEBRAÇÕES NA COMUNIDADE ORIENTAÇÕES PARA AS CELEBRAÇÕES

2ºDOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO ANO B - (04/12/11)

PARA AJUDAR: Semana Santa: Domingo de Ramos: Por que usamos os ramos na Celebração que abre a Semana Santa?

Orações Eucarísticas para as Missas Com Crianças

CANTOS DA PRIMEIRA EUCARISTIA

CATEDRAL DIOCESANA DE CAMPINA GRANDE PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO

PROGRAMA DE CANTO. Escola de Música Paroquial de Avintes

F e s t a d a V i d a

01. Paz na Terra, Glória a Deus nas Aturas - Glória a Deus nas alturas/ E paz na terra aos homens por Ele amados! (bis)

DOMINGO DA OITAVA DA PÁSCOA (DOMINGO II DA PÁSCOA) Vésperas I Hi n o. Sa l m o d i a: Antífonas, salmos e cântico como no Domingo da Ressurreição.

Encontro de Formação Litúrgica. A Música Litúrgica

PLANIFICAÇÃO ANUAL DE RELIGIÃO DO 1º CICLO 1º ANO

O Grande Milagre A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa Oração da qual dispõe o católico!

01. O Senhor É Santo 02. Hosana no Alto dos Céus Hosana, hosana/ hosana, hosana/ hosana no alto dos céus. (2x) 03. Santo é o Senhor Deus do Universo

Campinas do Sul 12 de março de 2016

LITURGIA FAMILIAR PRIMEIRO DOMINGO DE ADVENTO. 29 de novembro

Missal Romano. Grupo de Acólitos São João da Madeira

Leitura dos Actos dos Apóstolos. Actos 1, 1-11

RITO DE ABERTURA PORTA DA MISERICÓRDIA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA

Organização da Campanha

ASCENSÃO DO SENHOR. «Elevou-Se à vista deles»

FESTA DE CORPUS CRISTI. LUIZ ANTONIO BURIM Professor de Ensino Religioso.

FEVEREIRO 1 Quarta - Início das inscrições para o mutirão de casamentos (encerra-se em maio) 2 Quinta 3 Sexta

NOVENA. Santa Rita de Cássia

A Ação do Espírito Santo. no Apostolado da Oração (AO) - Movimento Eucarístico Jovem (MEJ)

O Nascimento de Jesus nosso Salvador

Nº 32 ANO DA FÉ SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE

D. José da Cruz Policarpo. Actualidade da Palavra de Deus

A LITURGIA NO TEMPO COMUM

Nº 52 VIGÉSIMO OITAVO DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO DA FÉ

Nº 58 NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO, SOLENIDADE.

MUNDIAL DAS MISSÕES E DA SANTA INFÂNCIA MISSIONÁRIA 29º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO DA FÉ 21 DE OUTUBRO DE 2012 RITO INICIAL

RITOS INICIAIS LITURGIA DA PALAVRA

Culto de Natal em Casa 2006

EXÉQUIAS DOS ADULTOS EXÉQUIAS EXÉQUIAS DOS ADULTOS

SUGESTÃO DE LITURGIA PARA O DOMINGO DE RAMOS E O DIA DO/A PASTOR/A 2014.

Festa do Acolhimento. 1º Ano 2008/2009 Missionários Passionistas

Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Não fiquem aflitos, nem tenham medo. (Jo 14.

4 O Encontro: A Eucaristia Dominical: expressão maior de espiritualidade

Catedral Diocesana de Campina Grande. II Domingo da Páscoa Ano C Domingo da Divina Misericórdia. ANO DA FÉ Rito Inicial

Conhecendo Deus pessoalmente

Hora Santa Vocacional Dia de Oração pela Santificação do Clero

DOM BOSCO E SUA FÉ: ESCOLA DE SANTIDADE

ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA ANIVERSÁRIO DA DEDICAÇÃO DA CATEDRAL METROPOLITANA 30 DE MAIO DE 2016

1. De novo reunidos ( / / ) 1. De novo reunidos ( / / ) Jesus está no meio de Nós! Jesus está no meio de Nós!

O POVO DE DEUS FOLHA SEMANAL DA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA Ano L - Brasília, 14 de junho de Nº 35 XI DOMINGO DO TEMPO COMUM Cor Litúrgica: Verde

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

CELEBRAÇÃO DA FESTA DA PALAVRA

Paróquia São Cristóvão Somos uma família de comunidades. Novena virtual em Louvor a São Miguel Arcanjo

Papa Francisco Regina Coeli: II Domingo de Páscoa Vatican.va

Nº 25 SEGUNDO DOMINGO DA PÁSCOA DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA

Nº 46 VIGÉSIMO PRIMEIRO DOMINGO DO TEMPO COMUM

MARANATA. O Senhor Jesus Vem! Aleluia e Glória ao Rei. Coletânea Completa CIA Louvores Avulsos CIA

QUARTA FEIRA SANTA PROCISSÃO DO ENCONTRO NOSSO SENHOR DOS PASSOS E NOSSA SENHORA DAS DORES

INTENÇÕES DA ORAÇÃO DOS FIÉIS PARA O ANO SACERDOTAL

Cantos Complementares da Missa

ABRO A PORTA À BONDADE DE DEUS. Caminhada do Advento e Natal 2015 DIOCESE DE AVEIRO

ASCENSÃO DO SENHOR. «Elevou-Se à vista deles»

Formação de Acólitos GAPRT

Já estudamos que, assim como Abrão, podemos temer:

Catequese 2º ano Ensina-nos a rezar (Revisões fim de ano)

CULTO EUCARÍSTICO-FACULDADES EST-07/11/2012. Liturgia de Entrada

A palavra louvar significa: Enaltecer com palavras, falar bem, elogiar declarar digno de aprovação, aplaudir, aprovar, exaltar, declarar como bendito,

ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO

DIOCESE DE CRATO BASÍLICA N. Sra. das DORES FESTA DA PADROEIRA JUAZEIRO DO NORTE CE. MISSA (Francisco Silva)

LITURGIA DA PALAVRA. 6. 1ª LEITURA (At 15, ) Leitura dos Atos dos Apóstolos.

MISSA - A COMUNIDADE SE REÚNE PARA CELEBRAR A VIDA

ENCONTRO VOCACIONAL PARA CATEQUESE

Classificação de hinos do HPD e cânones por assuntos

ORDENANÇAS DA IGREJA Temas Principais

Viva a Palavra PROGRAMA 01

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

Plano Anual Catequético (Infância)

9º Domingo do Tempo Comum 10º Domingo do Tempo Comum 11º Domingo do Tempo Comum ANO C

O No encerramento do estudo sobre a escatologia, analisaremos a questão do destino final dos mortos.

- Não tem como ter a graça se ainda estamos debaixo do pecado. Ou você morreu para o pecado; ou ainda não se converteu de fato.

Entrada: Hino da CF 2019

Folheto da Diocese de Divinópolis-MG HOJE É DOMINGO. Planilha de Músicas MARÇO 2016 ANO C

LIÇÃO 8 - A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM. Prof. Lucas Neto

O POVO DE DEUS FOLHA SEMANAL DA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

O POVO DE DEUS FOLHA SEMANAL DA ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA

D - Senhor, que nos mandastes perdoar mutuamente A antes de nos aproximarmos do vosso altar. D A/C# D Gmaj7 A D Senhor, tende piedade de nós!

EVANGELHO DO DIA E HOMILIA (LECTIO DIVINA) REFLEXÕES DE FREI CARLOS MESTERS,, O. CARM REFLEXÕES E ILUSTRAÇÕES DE PE. LUCAS DE PAULA ALMEIDA, CM

O POVO DE DEUS ARQUIDIOCESE DE BRASÍLIA Brasília, 07 de junho de 2012 SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO Cor Litúrgica: Branco

Catequista: Crianças: Festa do Acolhimento

Missa vespertina da Ceia do Senhor

Celebração tirada do livro Eucaristia com Crianças Tempos Fortes Pedrosa Ferreira Edições Salesianas. ocantinhodasao.com.pt/public_html.

OS ESTADOS DE CRISTO A EXALTAÇÃO. vivendopelapalavra.com. Por: Helio Clemente

MISSA DE SANTO ANTÔNIO DE SANT ANA GALVÃO No Calendário Litúrgico da Igreja Católica, celebrado no dia 25 de Outubro

Ser discípulo de Jesus, A quem deverei enviar? Aqui estou Senhor, Envia-me

Nº 24 DOMINGO DA PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR

FONTE ESTUDOS Semana 13 Jesus no Antigo Testamento - Profecias

Deus espera algo de nós

Monições para a Celebração do Domingo de Páscoa C 2010

Reunidos aqui rezando o terço com amor C7 F C7 Novamente aqui, Em união. F F7 Bb Algo bom vai acontecer algo bom Deus tem pra nós,

RITOS INICIAIS. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Síntese do Novo Testamento (Curso de Formação Ministerial, 2014) Prof. Marco Aurélio Correa

ÍNDICE CAMPANHA DA FRATERNIDADE ATÉ ANO

Transcrição:

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor Hosana ao Filho de Davi! Hosana no mais alto dos céus!

O que celebramos? N o Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, a Igreja faz memória, desde o século IV, da entrada gloriosa de Jesus em Jerusalém, a Cidade Santa, para realizar o seu mistério pascal. O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava Rei dos Judeus, Hosana ao Filho de Davi, Salve o Messias... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz. Seu sangue redentor derramado é lembrado na cor vermelha dos paramentos litúrgicos, e a Igreja entra em estado de vigília mais intensa, manifestando o clima tenso da prisão e sofrimento de Jesus naquela cidade, mas sempre sob a leitura da Páscoa do Senhor, sem separar ou fragmentar sua morte da sua ressurreição no decurso das celebrações litúrgicas. O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos. Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte. A celebração desse domingo está organizada em dois momentos integrados entre si: o primeiro é composto pela comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém com a proclamação do Evangelho, pela bênção dos ramos com os quais o povo acolheu Jesus como rei na periferia de Jerusalém e, em seguida, a procissão dos ramos. O segundo momento é a celebração na igreja, onde, depois das primeiras leituras, é proclamada de forma completa (em forma de jogral) a Paixão do Senhor, preludiando o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, e depois segue a liturgia eucarística. Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz. O Domingo de Ramos pode ser chamado também de Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz São Paulo: Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Fl 2, 11). A atitude das pessoas contemporâneas de Jesus, que o festejaram na sua entrada em Jerusalém e depois o abandonaram à mercê de seus algozes, se assemelha, muitas vezes, a atitudes de cada um de nós que louvamos a Cristo e nos enchemos de boas intenções para seguir os seus ensinamentos e, ao primeiro obstáculo, nos deixamos levar pelo desânimo, ou pelo egoísmo, ou pela falta de solidariedade e, mais uma vez, alimentamos o sofrimento de Jesus.

A Festa de Ramos com hosanas e saudações, prefigura a vitória de Cristo sobre a morte e o pecado, mas a hora definitiva ainda chegará. Jesus vai ao encontro da paixão com plena consciência e aceitação livre. Tem o poder de solicitar legiões de anjos que venham em seu auxílio, mas renuncia ao uso deste poder. Ele veio trazer a paz ao mundo, escolhe o caminho da humildade, a vontade do Pai se realizando. Jesus entra em Jerusalém em clima de festa. Parece que Ele quer mesmo isso porque esta cena reproduz a profecia de Zacarias (o rei dos judeus virá como rei pacífico, montado num jumentinho, não numa montaria de guerra). É aquela aclamação. O povo festejava na expectativa de ter finalmente o prometido descendente de Davi, que ia reconduzir Israel a uma situação de vitória até maior do que as glórias idealizadas do passado. "Hosana ao filho de Davi", clamavam. E a lembrança das promessas feitas à dinastia de Davi alimentava certa imagem do Messias. O problema é que essa imagem de Messias poderoso, invencível, não ia combinar bem com o que aguardava Jesus pouco tempo depois. Entre a entrada festiva como rei em Jerusalém e o deboche da flagelação, da coroação de espinhos e da inscrição na cruz (Jesus de Nazaré, rei dos Judeus), somos levados a pensar: Que tipo de rei o povo queria? E que tipo de rei Jesus de fato foi? O povo ansiava por um Messias, mas cada um o imaginava de um jeito: poderia ser um rei, um guerreiro forte que expulsasse os romanos, um ungido de Deus capaz de resolver tudo com grandes milagres... É verdade que havia também textos que falavam no Messias sofredor, que iria carregar os pecados do povo. Mas essa idéia tão estranha não tinha assim muito apelo. Talvez o povo pensasse como muita gente de hoje: de sofredor, já basta eu, quero alguém que saiba vencer. Deus, como de costume, exagera na surpresa. O Messias, além de não vir alardeando poder, entra na fila dos condenados. Para quem não olhasse a história com os olhos de hoje, não haveria muita diferença entre as três cruzes no alto do monte Calvário. Domingo de Ramos é o portal de entrada da Semana Santa. Para as comunidades cristãs, esta semana maior sempre será um confronto com o problema do mal no mundo. Muito sofrimento. Além das catástrofes naturais, há no mundo muita opção de morte, desde a violência da guerra, o terrorismo, a violência urbana, a morte pela fome e as deficiências até a violência contra a própria natureza.qual a saída? A guerra preventiva para vencer o terrorismo com o terrorismo? A imposição da idolatria do capital contra o império do mal?ou a saída, certamente a mais difícil, não será a da proposta do Evangelho, que passa pelo mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor? Muitas vezes Jesus caminha ao nosso encontro e nós não o reconhecemos. Tenhamos a coragem de viver estes dias da Paixão meditando os sofrimentos de Cristo, que são os nossos sofrimentos para vencermos a morte na alegria da Ressurreição. Seguir a Jesus na alegria e na dor A multidão que o aclama somos nós. Cabe-nos reconhecer e testemunhar os prodígios que o Senhor opera em nossa vida e na vida das pessoas de nossas comunidades. Não podemos ficar calados (cf. Mt 19,39-10). Mas precisamos estar prontos a seguir o Cristo também em seu despojamento (cf. Fl 2,6-11).

Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor Orientações: Trata-se de um dia Santo e importante na vida da igreja, por isso devemos convidar com antecedência todas as pessoas e pastorais que irão ajudar na celebração. Lembrar ao povo um domingo antes, para trazer Ramos e o envelope da coleta. Cor litúrgica: VERMELHO, cor da realeza. Prever e preparar com antecedência o percurso da procissão (duração média de 15 a 20 minutos). Ensaiar com antecedência os cantos da procissão (escolher a pessoa mais indicada para isso, de voz clara e forte). Fora da Igreja, no lugar onde iniciará a procissão, preparar: Cruz, mesinha para colocar os ramos, caldeirinha com água benta ou raminho para o presidente da celebração dar a bênção aos Ramos. Se possível: som, folhetos de canto da Campanha da Fraternidade (CF). Não é preciso levar o Lecionário nem o Missal. Levar ou preparar faixas e cartazes com o tema da CF. O mais importante não é a bênção, mas a procissão com os ramos. A bênção é feita devido a procissão. Por isso, não tem sentido fazer primeiro a procissão e depois a oração sobre os ramos. Em caso de chuva, o bom senso orientará a melhor decisão à procissão. Durante a procissão, cantem-se de preferência músicas de acordo com aquilo que estamos celebrando, como por exemplo: Os filhos dos hebreus..., HIN 2, p. 26; Cristo vence, Cristo reina..., HIN2, p. 129; Hosana e viva..., ODC, p. 321; Hosana hey..., ODC, p. 439; Na Igreja ornamentação com Ramos verdes, sem flores. Ao entrar na igreja, cantem o Sl 24(23) com o refrão próprio para este dia: Os filhos dos hebreus..., HIN2, pp. 24-26; ODC, p.43, refrão 4. Para a Liturgia da Palavra: Sl 22(21), cantado: HIN2, pp. 62-70, ou ODC, pp. 38-40 Canto de Aclamação ao Evangelho: Salve, ó Cristo obediente..., HIN2, p. 189; ODC, p. 440 A leitura da Paixão merece uma boa preparação, com bastante antecedência, repartindo os diversos papéis, em forma de jogral, para tornar mais dinâmica a participação. Quem preside, diz as palavras de Jesus.(sem velas, sem incenso, sem a saudação O Senhor esteja convosco... ; sem fazer o sinal da cruz sobre si mesmo nem sobre o livro; no final, não se beija o livro nem se diz Palavra da salvação... ). Sugestão para o canto de comunhão: Prova de amor maior não há.., HIN2, p. 183; Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos..., HIN2, p. 28. RITOS INICIAIS Comentário Inicial: Hoje somos convidados a seguir os passos de Jesus, que entra em Jerusalém. Iniciamos com esta solene liturgia a Semana Santa, centro do grande acontecimento da nossa fé: o mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Ele vem a nós como rei humilde e servidor. Vamos acompanhá-lo em sua trajetória rumo à cruz. Ramos nas mãos, a assembleia entoa o canto de abertura. Acolhida e Exortação Celebrante: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém Celebrante: Meus irmãos e minhas irmãs, durante as cinco semanas da Quaresma, preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. Hoje aqui nos reunimos e vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de Nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida.

Bênção dos Ramos Oremos: Deus eterno e todo poderoso, abençoai estes ramos, para que, seguindo com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por Ele à eterna Jerusalém. Por Cristo, Nosso Senhor. Neste momento o celebrante asperge os ramos depois faz a proclamação do Evangelho. Evangelho: Lucas 19,28-40 Fazer uma breve exortação sobre: O Sentido dos Ramos, o início da Semana Santa, o compromisso da Campanha da Fraternidade. Celebrante: Meus irmãos e minhas irmãs, imitando o povo que aclamou Jesus, iniciemos com alegria nossa procissão. Após a procissão, o celebrante faz a Oração do dia. Se não houver procissão, a missa começa como de costume Oremos: Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Liturgia da Palavra Comentarista: Vamos acolher a palavra de Deus, a qual nos apresenta importantes aspectos da pessoa e da missão de Jesus: ele é o servo sofredor, aquele que se esvaziou a sim mesmo, o justo, o Filho de Deus. Primeira Leitura: Isaías 50,4-7 Salmo Responsorial: 21 (22) Segunda Leitura: Filipenses 2,6-11 Evangelho: Lucas 23,1-49 (breve) Homilia / Reza-se o Creio / Preces dos Fiéis (Pode-se rezar também a Oração da CF) Comentário das Oferendas: Hoje é o dia de devolver o envelope da Campanha da Fraternidade. Manifestemos a nossa sincera gratidão. Cantemos. Oração pós-comunhão: Saciados pelo vosso sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como, pela morte do vosso Filho, nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua ressurreição, alcançar o que buscamos. Por Cristo nosso Senhor. Benção Final Celebração da Palavra depois do ofertório o presidente da celebração diz: Dir.: Senhor Deus, nós te louvamos e bendizemos por tudo o que criastes nos garantindo a Vida Plena. Acolhe as ofertas que os teus fiéis reunidos te apresentaram como sinal de ação de graças e reconhecimento pela sua misericórdia e bondade. Por Cristo nosso Senhor. Amém Dir.: O Senhor esteja conosco Todos: Ele está no meio de nós Dir.: Demos graças ao Senhor nosso Deus Todos: É nosso dever e nossa salvação. Louvação

Dir.: É um prazer para nós te louvar e te adorar, Deus de bondade, neste dia em que Jesus entrou na cidade santa como profeta da paz. De todos os pobres da terra sobe a ele um clamoroso Hosana para a glória do teu amor. Todos: Glória, louvor e honra a ti / Cristo Rei Redentor Dir.: O universo inteiro te adora e nós, com todos os seres que habitam as terras, te louvamos e para a tua honra, aclamamos aquele que vem em teu nome, Jesus Cristo, Senhor do cosmo e rei da paz. Todos: Glória, louvor e honra a ti / Cristo Rei Redentor Dir.: Lembra-te, ó nosso Deus, de toda humanidade por Cristo ressuscitado. Confiamos a ti as necessidades de todo o povo desse lugar e do mundo inteiro. Todos: Bendito e louvado seja: glória ao Senhor! Dir.: Para que haja entre as igrejas e as diversas religiões unidade para que a paz no mundo seja construída. Todos: Bendito e louvado seja, glória ao Senhor! Dir.: Pelo papa..., nosso bispo Dom Joaquim, e por todas as pessoas que têm a missão de evangelizar, que se reúnem neste dia. Todos: Bendito seja o teu nome, glória ao Senhor! Reza-se o Pai Nosso Momento da Comunhão: O dirigente coloca o Santíssimo no altar e diz: O Cristo ressuscitado, presente em nosso meio, é nosso alimento que desceu do céu. Dir.: Graças e louvores se Dêem a todo momento... e o povo responde: Ao Santíssimo... Dir.: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo... Assim como era no princípio... Todos: Senhor Jesus, Deus vivo e vencedor (2x) O dirigente faz a genuflexão e diz: felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Canto de comunhão Oração após a comunhão Dir.: Ó Deus, derramai em nós o vosso espírito de caridade, para que saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso amor. Por Cristo Nosso Senhor Bênção Final Dir.: O Senhor esteja conosco Todos: Ele está no meio de nós Dir.: O Senhor Deus que ressuscitou Jesus, nos abençoe: Ele que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém. Dir.: Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe Pesquisa e Organização: Fernando Neves de Jesus fernandoparoquia@ig.com.br Paróquia de Santo Alberto Magno Diocese de Guarulhos/SP Ano Santo do Senhor de 2013 Bibliografia: www.koinonialivros.com.br O caminho pascal da Quaresma Paulinas Celebrações para a Semana Santa Paulus Preparando a Páscoa: Quaresma, Tríduo Pascal, T.Pascal Ione Buyst Paulinas O Significado do Domingo de Ramos D. Eurico S. Veloso CNBB Liturgia Diária Março de 2013 Paulinas e Paulus