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Transcrição:

Camadas de Protocolos Redes são complexas muitos componentes: hospedeiros roteadores enlaces de vários tipos aplicações protocolos hardware, software Questão: É possível organizar a arquitetura de uma rede? Ou pelo menos nossa discussão sobre redes?

Camadas de Protocolos Location A Location B 3 I like rabbits Message Philosopher J'aime bien les lapins 3 2 L: Dutch Ik vind konijnen leuk Information for the remote translator Translator L: Dutch Ik vind konijnen leuk 2 1 Fax #--- L: Dutch Ik vind konijnen leuk Information for the remote secretary Secretary Fax #--- L: Dutch Ik vind konijnen leuk 1 A arquitetura fílósofo-tradutor-secretária. TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

Porque camadas? Lidando com sistemas complexos: estrutura explícita permite a identificação e o relacionamento das partes de um sistema complexo modelo de referencia em camadas permite a discussão da arquitetura modularização facilita a manutenção, atualização do sistema as mudanças na implementação de uma camada são transparentes para o resto do sistema problemas?

Hierarquias de protocolos Redes são estruturadas em camadas ou níveis Uma camada oferece serviços à camada superior A camada n de uma máquina estabelece um diálogo com a camada n de outra máquina. as regras e convenções usadas no diálogo são conhecidas como o protocolo do nível n. as entidades que constituem os níveis correspondentes em máquinas diferentes são denominadas pares. entidades pares comunicam-se usando um protocolo. Arquitetura de rede: conjunto de camadas e protocolos

Camadas, protocolos e interfaces TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

Exemplo de Sistema em Camadas STALLINGS, W. Data and Computer Communications. 7th ed. Prentice-Hall, 2003

Aspectos de Projeto das Camadas Endereçamento de destinatários Regras para transferência de dados comunicação simplex, half-duplex e full-duplex; número de canais lógicos por conexão e prioridades Controle de erros Seqüenciamento de mensagens. Controle de fluxo Mensagens muito longas ou muito curtas. Multiplexação e demultiplexação. Roteamento de mensagens/pacotes.

Endereçamento na Internet STALLINGS, W. Data and Computer Communications. 7th ed. Prentice-Hall, 2003

Serviços Orientados a Conexão STALLINGS, W. Data and Computer Communications. 7th ed. Prentice-Hall, 2003

Serviços Orientados a Conexão Modelo do sistema telefônico Para usar um serviço o usuário (entidade) (1) estabelece uma conexão, (2) usa a conexão e (3) libera a conexão. A conexão funciona como um tubo: O emissor coloca os objetos (bits) num extremo e o receptor retira-os no outro extremo, na mesma ordem.

Serviços sem conexão Modelo do sistema postal; Cada mensagem carrega o endereço de destino; Cada mensagem é roteada independentemente das outras (podem chegar fora de ordem);

Qualidade de Serviço (QoS) Serviços confiáveis (reliable) Serviços não confiáveis. Parâmetros de QoS: atraso fim-a-fim, variação do atraso (jitter), vazão (throughput), etc.

Primitivas de Serviço Five service primitives for implementing a simple connectionoriented service. Cinco primitivas de serviço para implementar um serviço orientado a conexão TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

Primitivas de Serviço Pacotes enviados uma interação cliente-servidor simples, numa rede orientada a conexão TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

Relação entre serviço e protocolo The relationship between a service and a protocol. TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

A Relação entre Serviços e Protocolos Um serviço é um conjunto de primitivas (operações) que um nível (camada) fornece ao nível acima dele. Um serviço não especifica como as operações são implementadas. Um protocolo é um conjunto de regras governando o formato e o significado dos quadros, pacotes ou mensagens trocados por entidades pares de uma camada. Entidades usam protocolos a fim de implementar as suas definições de serviços. Entidades podem mudar seus protocolos à vontade, desde que não mudem os serviços oferecidos.

Modelo de Referência OSI/ISO TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

O Modelo de Referência TCP/IP TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

Pilha de protocolos da Internet aplicação: suporta as aplicações de rede ftp, smtp, http transporte: transferência de dados hospedeiro-hospedeiro tcp, udp rede: roteamento de datagramas da origem ao destino ip, protocolos de roteamento enlace: transferência de dados entre elementos vizinhos da rede ppp, ethernet física: bits nos fios dos canais

Divisão em camadas: comunicação lógica Cada camada: distribuída entidades implementam as funções da camada em cada nó entidades realizam ações, trocam mensagens com os pares

Divisão em camadas: comunicação lógica Ex.: transporte apanha dados da aplicação acrescenta endereço e informação de verificação de erros para montar um datagrama envia o datagrama ao par espera pelo reconhecimento do par analogia: correio

Divisão em camadas: comunicação física

Camadas de Protocolos e dados Cada camada recebe dados de cima acrescenta um cabeçalho de informação para criar uma nova unidade de dados passa a nova unidade de dados para a camada abaixo

Alguns Protocolos da Arquitetura TCP/IP STALLINGS, W. Data and Computer Communications. 7th ed. Prentice-Hall, 2003

Estrutura da Internet: rede de redes grosseiramente hierárquica provedores de backbones nacionais e internacionais (NBPs) interconectam-se (peer) entre si privadamente, ou em um Network Access Point (NAPs) público ISPs regionais conectam-se aos NBPs ISPs locais conectam-se nos ISPs regionais

Provedor de Backbone Nacional!"" #

Comparação dos MR OSI e TCP/IP os protocolos estão melhor encapsulados no OSI que no TCP/IP O OSI/RM foi concebido antes dos protocolos tornou-o bastante geral não era evidente que funcionalidade colocar em cada camada TCP/IP: os protocolos vieram antes do modelo os protocolos aderem perfeitamente ao modelo; o modelo não casa com outras pilhas de protocolos não é muito útil para descrever redes que não usam o TCP/IP.

Crítica ao Modelo e Protocolos OSI No final da década de 80 acreditava-se que o modelo OSI e seus protocolos iriam se impor. Isto não ocorreu. Motivos: Momento inadequado Tecnologia inadequada Implementações deficientes

Crítica ao Modelo TCP/IP Não distingue claramente os conceitos de serviço, interface e protocolo Não é um modelo geral: pouco adequado para qualquer outra pilha de protocolos A camada hospedeiro-rede, não é de fato uma camada, ela é na verdade uma interface Não distingue (ou mesmo menciona) as camadas física e de enlace de dados

Modelo Híbrido TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice-Hall, 2003.

Padrões Vantagens Garantem um grande mercado para equipamentos e software Permitem que produtos de diferentes vendedores se comuniquem Desvantagens Congelam a tecnologia Pode haver vários padrões para a mesma coisa, duplicação de funções em camadas

Organizações de Padronização Internet Society (IETF,..) IEEE W3C ISO ITU-T (antiga CCITT) Fórum ATM...

Exemplos de Redes A Internet Redes orientadas a conexão: X.25, Frame Relay, ATM Ethernet LANs sem fio : 802:11

História da Internet 1961-1972: primeiros princípios da comutação de pacotes 1961: Kleinrock - teoria das filas mostra a efetividade da comutação de pacotes 1964: Baran - comutação de pacotes em redes militares 1967: ARPAnet concebida pela Advanced Research Projects Agency 1969: primeiro nó da ARPAnet operacional 1972: ARPAnet é demonstrada publicamente NCP (Network Control Protocol) primeiro protocolo host-host primeiro programa de e- mail ARPAnet cresce para 15 nós

História da Internet 1972-1980: Inter-redes, e redes proprietárias 1970: ALOHAnet rede via satelite no Hawai 1973: tese de PhD de Metcalfe propõe a rede Ethernet 1974: Cerf and Kahn - arquitetura para interconexão de redes final dos anos 70: arquiteturas proprietárias: DECnet, SNA, XNA final dos anos 70: comutação com pacotes de tamanho fixo (precursor do ATM ) 1979: ARPAnet cresce para 200 nós Cerf and Kahn s princípios de interconexão de redes: minimalismo, autonomia - não se exigem mudanças internas para interconexão de redes modelo de serviço: melhor esforço roteadores sem estado controle descentralizado define a arquitetura da Internet de hoje

História da Internet 1980-1990: novos protocolos, proliferação de redes 1983: desenvolvimento do TCP/IP 1982: smtp é definido 1983: DNS definido para tradução de nomes em endereços IP 1985: ftp é definido 1988: Controle de congestionamento do TCP novas redes nacionais: Csnet, BITnet, NSFnet, Minitel 100.000 hospedeiros conectados à confederação de redes

História da Internet anos 90: explosão da Internet e a WWW Início dos anos 90: ARPAnet desativada 1991: NSF retira restrições sobre o uso comercial da NSFnet (desativada em 1995) Início dos anos 90: WWW hypertext [Bush 1945, Nelson 1960 s] HTML, http: Berners-Lee 1994: Mosaic, depois Netscape Final dos anos 90: est. 50 milhões de computadores na Internet est. 100 milhões de usuários enlaces de backbone operando a 1 Gbits/s Comercialização da web Novas aplicações

Introdução: Sumário Cobriu uma tonelada de material! Visão geral da Internet o que é um protocolo? borda da rede, núcleo, rede de acesso comutação de pacotes versus comutação de circuitos performance: perda, atraso camadas e modelos de serviços backbones, NAPs, ISPs história Você agora tem: contexto, visão geral, sentimento das redes mais profundidade e detalhes virão mais tarde no curso

Bibliografia KUROSE, J. F.; ROSS, K. W.; Redes de Computadores e a Internet. Tradução da 1ª. ed. em inglês. Pearson Education, 2003. TANENBAUM, A. S., Computer Networks, 4rd. Ed., Prentice- Hall, 2003. STALLINGS, W. Data and Computer Communications. 7th ed. Prentice-Hall, 2003 Peterson, L. L. & Davie, B. S. Computer Networks: a systems approach. 2nd. ed. Morgan Kaufmann, 2000.