LEI Nº 15.276, DE 2 DE JANEIRO DE 2014



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Comunicado DETRAN nº 07/2014 A Diretora Vice-Presidente, respondendo pelo expediente da Presidência do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo e considerando a proximidade do prazo de adequação dos estabelecimentos de desmontagem e reciclagem de veículos aos requisitos impostos pela Lei 15.276, de 02/01/2014, Comunica aos leiloeiros oficiais do Estado de São Paulo e a quem mais possa interessar, que nos leilões, públicos ou privados, realizados a partir de 01-07-2014, somente poderão arrematar veículos em fim de vida útil e sucata veicular, assim definidos pela portaria DETRAN 1.215, de 26/06/2014, as empresas de desmontagem ou reciclagem de veículos credenciadas ou autorizadas pelo DETRAN-SP, conforme rol a ser disponibilizado no portal eletrônico desta autarquia e nos termos do artigo 1º, 1º, da Lei 15.276, de 02-01-2014, e do artigo 5º do Decreto 60.150, de 13/02/2014. A empresa de desmontagem ou reciclagem cujo status no referido rol seja em análise poderá, em caráter temporário e até futuro comunicado, arrematar veículos em fim de vida útil e sucata veicular, ficando obrigada, de qualquer forma, a obter o credenciamento de que trata a portaria DETRAN 947, de 06/05/2014, sob pena de sujeitar-se às penas e sanções legais. LEI Nº 15.276, DE 2 DE JANEIRO DE 2014 Dispõe sobre a destinação de veículos em fim de vida útil e dá outras providências O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO: Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1º - Esta lei dispõe sobre a destinação de veículos terrestres em fim de vida útil, assim considerados: I - os apreendidos por ato administrativo ou de polícia judiciária, quando inviável seu retorno à circulação, por meio de leilão, sem direito a documentação, e depois de cumpridas as formalidades legais; II - os sinistrados classificados como irrecuperáveis, apreendidos ou indenizados por empresa seguradora; III - os alienados pelos seus respectivos proprietários, em quaisquer condições, para fins de desmontagem e reutilização de partes e peças. 1º - Os veículos em fim de vida útil definidos nos incisos I a III deste artigo somente poderão ser destinados aos estabelecimentos credenciados pelo DETRAN-SP, nos termos do artigo 2º desta lei. 2º - Por ato do DETRAN-SP, serão destinados à alienação por meio de leilão, obrigatoriamente como sucata, os veículos incendiados, totalmente enferrujados, repartidos e os demais em péssimas condições, como tais definidos em portaria, vedada a reutilização de partes e peças e respeitados os procedimentos administrativos e a legislação ambiental. 3º - Na hipótese do parágrafo 2º, somente poderão participar do leilão os estabelecimentos que atuem na reciclagem de sucata veicular, devidamente credenciados pelo DETRAN-SP nos termos do inciso II do artigo 2º desta lei, observada a legislação ambiental em vigor.

Artigo 2º - Para os fins do artigo 1º, terão obrigatoriamente que solicitar credenciamento junto ao DETRAN-SP as seguintes pessoas jurídicas: I - empresas estabelecidas no ramo de desmontagem de veículos e de comercialização das respectivas partes e peças; II - empresas estabelecidas no ramo de reciclagem de veículos totalmente irrecuperáveis ou de materiais não suscetíveis de reutilização, descartados no processo de desmontagem de veículos. 1º - Para o credenciamento referido no caput, deverá ser apresentada a seguinte documentação: 1 - contrato social do estabelecimento, que tenha como objeto social as atividades indicadas nos respectivos incisos; 2 - inscrição como contribuinte do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; 3 - atestado de antecedentes criminais e certidão de distribuições criminais dos sóciosproprietários; 4 - alvará municipal de funcionamento; 5 - declaração de inexistência de assentamento no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de órgãos e entidades estaduais - CADIN ESTADUAL, do estabelecimento e de seus respectivos sócios. 2º - Além dos requisitos previstos nesta lei ou em regulamento, as empresas de desmontagem referidas no inciso I deste artigo deverão: 1 - possuir instalações e equipamentos que permitam a remoção e manipulação, de forma criteriosa, observada a legislação e a regulamentação pertinentes, dos materiais com potencial lesivo ao meio ambiente, tais como fluidos, gases, baterias e catalisadores; 2 - possuir piso 100% (cem por cento) impermeável nas áreas de descontaminação e desmontagem do veículo, bem como na de estoque de partes e peças; 3 - possuir área de descontaminação isolada, contendo caixa separadora de água e óleo, bem como canaletas de contenção de fluidos; 4 - ser assistidas por responsável técnico com capacitação para a execução das atividades de desmontagem de veículos e de recuperação das respectivas partes e peças; 5 - obter certificado de capacitação técnica fornecido por órgão oficial ou entidade especializada, conforme disciplina estabelecida pelo DETRAN-SP; 6 - apresentar atestado de antecedentes criminais e certidão de distribuições criminais do responsável técnico; 7 - apresentar relação de empregados e ajudantes, em caráter permanente ou eventual, devidamente qualificados. 3º - O credenciamento referido neste artigo será anual, renovável por sucessivos períodos, ao final dos quais será reexaminado o atendimento das exigências desta lei. 4º - O início do exercício das atividades previstas nesta lei somente estará autorizado a partir da publicação no Diário Oficial do Estado do ato formal de credenciamento expedido pelo DETRAN-SP. 5º - É vedado às empresas referidas no inciso II deste artigo: 1 - destinar para qualquer finalidade diversa da reciclagem os veículos adquiridos na forma do 2º do artigo 1º, as partes e peças de veículos não passíveis de reutilização, bem como o material inservível que restar da desmontagem, encaminhados nos termos do 3º do artigo 4º;2 - exercer, integral ou parcialmente, por qualquer meio ou forma, as atividades próprias das empresas referidas no inciso I deste artigo. Artigo 3º - As empresas referidas no inciso I do artigo 2º deverão: I - comunicar ao DETRAN-SP, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, a entrada de veículo em seu estabelecimento para fins de desmontagem, observando-se a disciplina estabelecida pelo referido órgão, bem assim a legislação federal atinente aos procedimentos de baixa do registro do veículo;

II - implementar sistema de controle operacional informatizado que permita a rastreabilidade de todas as etapas do processo de desmontagem, desde a origem das partes e peças, incluindo a movimentação do estoque, até a sua saída, assim como dos resíduos, de forma a garantir toda segurança ao consumidor final e permitir o controle e a fiscalização pelos órgãos públicos competentes; III - elaborar laudo técnico imediatamente após a desmontagem de cada veículo, que deverá ser instruído, no mínimo, com os comprovantes: a) de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNPJ, endereço e nome do proprietário do veículo objeto da desmontagem; b) do número do Registro Nacional de Veículos Automotores RENAVAM, marca, modelo, cor, ano de fabricação e ano do modelo do veículo; c) do número de certidão de baixa do veículo junto ao Sistema de Cadastro de Veículos do DETRAN-SP; d) de outros documentos exigidos em regulamento. 1º - No laudo técnico referido no inciso III deste artigo deverão ser relacionadas individualmente as partes e peças que, sob o aspecto de segurança veicular, sejam consideradas: 1 - reutilizáveis, sem necessidade de descontaminação, restauração ou recondicionamento; 2 - passíveis de reutilização após descontaminação, restauração ou recondicionamento; 3 - não suscetíveis de reutilização, descartadas no processo de desmontagem de veículos, que serão destinadas à reciclagem, nos termos do 3º do artigo 4º. 2º - As partes e peças restauradas ou recondicionadas, pela própria empresa desmontadora ou por terceiros por ela contratados, serão relacionadas em laudo técnico complementar, vinculado ao primeiro. 3º - Todas as partes e peças desmontadas, inclusive as restauradas ou recondicionadas, serão objeto de identificação, por meio de gravação indelével, de forma a permitir a rastreabilidade de todas as etapas do processo de desmontagem desde a sua origem, observando-se a disciplina estabelecida pelo DETRAN-SP. 4º - O Poder Executivo poderá exigir que o laudo técnico a que se refere o inciso III deste artigo: 1 - seja elaborado e mantido em sistema informatizado; 2 - tenha seus arquivos digitais transmitidos eletronicamente ao DETRAN-SP e à Secretaria da Fazenda, nos termos de disciplina própria. Artigo 4º - As empresas credenciadas nos termos do inciso I do artigo 2º somente poderão comercializar as partes e peças resultantes da desmontagem de veículos com destino a: I - consumidor ou usuário final, devidamente identificado na Nota Fiscal eletrônica a que se refere o artigo 5º; II - outra empresa igualmente credenciada. 1º - Fica vedada a comercialização de partes e peças resultantes da desmontagem de veículos por empresas não credenciadas pelo DETRAN-SP, na forma do inciso I do artigo 2º. 2º - Partes, peças ou itens de segurança, assim considerados o sistema de freios e seus subcomponentes, o sistema de controle de estabilidade, as peças de suspensão, o sistema de airbags em geral e seus subcomponentes, os cintos de segurança em geral e seus subsistemas e o sistema de direção eseus subcomponentes, não poderão ser objeto de comercialização com o consumidor final, sendo sua destinação restrita aospróprios fabricantes ou empresas especializadas em recondicionamento, garantida a rastreabilidade prevista nesta lei. 3º - As partes e peças de veículos não passíveis de reutilização, bem como o material inservível que restar da desmontagem, deverão ser encaminhados a empresas referidas no inciso II do artigo 2º, para fins de reciclagem. 4º - Na hipótese de desmontagem de veículo realizada sob encomenda do proprietário,

as partes e peças reutilizáveis, devidamente identificadas nos termos do 3º do artigo 3º, deverão ser entregues ao encomendante exclusivamente para utilização própria. Artigo 5º - Toda a movimentação de veículos e das respectivas partes e peças resultantes da desmontagem será objeto de emissão de Nota Fiscal eletrônica, desde o leilão ou alienação do veículo em fim de vida útil até a destinação final das referidas partes e peças nos termos desta lei, conforme disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda. Parágrafo único - Em todas as Notas Fiscais eletrônicas que ampararem a movimentação de partes e peças deverá ser indicada a identificação para fins da rastreabilidade prevista no 3º do artigo 3º. Artigo 6º - As empresas credenciadas referidas no inciso I do artigo 2º deverão efetuar o registro da entrada e da saída de veículos e das respectivas partes e peças em livro contendo: I - data de entrada do veículo no estabelecimento e o número da Nota Fiscal eletrônica de aquisição do veículo; II - nome, endereço e identificação do proprietário ou vendedor; III - data da saída e descrição das partes e peças no estabelecimento, com identificação do veículo ao qual pertenciam, e o número da Nota Fiscal eletrônica de venda; IV - nome, endereço e identificação do comprador ou encomendante; V - número do RENAVAM, marca, modelo, cor, ano de fabricação e ano do modelo do veículo; VI - número da certidão de baixa do veículo junto ao Sistema de Cadastro de Veículos do DETRAN-SP. 1º - A fiscalização do livro a que refere este artigo será realizada pelo DETRAN-SP. 2º - O livro poderá ser substituído por registro em sistema eletrônico de controle de entrada e saída, de acordo com disciplina estabelecida pelo DETRAN-SP. Artigo 7º - A fiscalização do cumprimento do disposto nesta lei será realizada pelo DETRAN-SP, ressalvada a competência da Secretaria da Fazenda no que se refere à legislação tributária. 1º - O DETRAN-SP poderá atuar em parceria com a Secretaria da Segurança Pública e outros órgãos e entidades públicas para fiscalização conjunta, incluindo desde a expedição do credenciamento até a lacração dos estabelecimentos que descumprirem as normas contidas nesta lei. 2º - Na hipótese de resistência do proprietário, do administrador, do responsável técnico ou qualquer empregado do estabelecimento, será requisitado o auxílio de força policial. Artigo 8º - O estabelecimento que incorrer nas infrações administrativas previstas no artigo 10 desta lei, sem prejuízo das demais sanções legais, estará sujeito: I - à cassação do credenciamento referido no artigo 2º; II - à cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS; III - à interdição administrativa e à lacração do estabelecimento quando não for credenciado; IV - ao perdimento do bem em desacordo com o previsto nesta lei; V - à multa de 500 (quinhentas) a 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs. 1º - Observado o contraditório e a ampla defesa, as penalidades previstas neste artigo serão aplicadas: 1 - a do inciso II, pela Secretaria da Fazenda, que poderá determinar, liminarmente, a suspensão da eficácia da inscrição estadual; 2 - as dos incisos I, III, IV e V, pelo DETRAN-SP, que poderá determinar, liminarmente, a suspensão do credenciamento e do exercício da atividade do estabelecimento, por 180 (cento e oitenta) dias, renováveis por igual período, se

necessário, mediante decisão fundamentada. 2º - Uma vez aplicada a pena de perdimento, o bem será incorporado ao patrimônio do Estado, nos termos de disciplina estabelecida pelo DETRAN-SP. 3º - O DETRAN-SP poderá determinar cautelarmente a interdição administrativa e a lacração de estabelecimento que opere irregularmente, bem como a apreensão e o recolhimento de veículos, partes e peças. 4º - A gradação das penalidades a que se refere este artigo deverá considerar a gravidade da infração e a reiteração de conduta infracional. 5º - As penalidades previstas nos incisos I a IV: 1 - serão aplicadas isolada ou cumulativamente; 2 - implicarão a aplicação cumulativa da multa prevista no inciso V. Artigo 9º - A cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, prevista no inciso II do artigo 8º desta lei, implicará aos sócios, pessoas físicas ou jurídicas, em comum ou separadamente: I - o impedimento de exercerem o mesmo ramo de atividade, ainda que em estabelecimento distinto; II - a proibição de apresentarem pedido de inscrição de nova empresa, no mesmo ramo de atividade. 1º - A cassação referida no caput deste artigo será aplicada aos estabelecimentos que incorrerem nas infrações previstas: 1 - nos incisos I, II e VI do artigo 10, por uma única vez; 2 - nos incisos III a V, VII e VIII do artigo 10, na terceira infração. 2º - Para aplicação da penalidade prevista neste artigo, o DETRAN-SP deverá encaminhar cópia do procedimento administrativo e da decisão definitiva relativa às penalidades previstas nos incisos I, III, IV e V do artigo 8º, conforme o caso, à Secretaria da Fazenda, para fins de instauração de procedimento administrativo de cassação da inscrição. 3º - As restrições previstas nos incisos I e II do caput deste artigo prevalecerão pelo prazo de cinco anos, contados da data de cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS. Artigo 10 - Para os fins desta lei, são infrações administrativas as adiante indicadas, cujo infrator ficará sujeito às penalidades previstas no artigo 8º: I - desmontar ou reciclar veículo, comercializar ou manter em estoque no estabelecimento partes ou peças, restauradas ou recondicionadas, ou produtos resultantes da reciclagem, sem estar credenciado nos termos desta lei; II - desmontar ou reciclar veículo, comercializar ou manter em estoque no estabelecimento partes ou peças, usadas ou restauradas ou recondicionadas, ou produtos resultantes da reciclagem, sem origem comprovada; III - desmontar ou reciclar veículo, comercializar ou manter em estoque no estabelecimento partes ou peças, usadas ou restauradas ou recondicionadas, ou produtos resultantes da reciclagem, sem a regular comunicação prevista no inciso I do artigo 3º; IV - desmontar veículo, comercializar ou manter em estoque no estabelecimento partes ou peças, usadas ou restauradas ou recondicionadas, sem a identificação que permita rastreabilidade, nos termos do 3º do artigo 3º; V - comercializar ou manter em estoque no estabelecimento partes ou peças, usadas ou restauradas ou recondicionadas, em desacordo com o disposto nesta lei e em hipótese não abrangida pelos incisos I a IV; VI - comercializar ou utilizar veículo adquirido para desmontagem ou reciclagem; VII - manter veículo no estabelecimento, por mais de 5 (cinco) dias, sem a comunicação a que se refere o inciso I do artigo 3º; VIII - deixar de apresentar ou de transmitir, ou apresentar ou transmitir com irregularidade, os arquivos digitais das obrigações acessórias previstas nesta lei ou em disciplina estabelecida em ato do DETRAN-SP ou da Secretaria da Fazenda, na forma e

prazo respectivos; IX - deixar de manter no estabelecimento ou de apresentar à autoridade incumbida da fiscalização, no prazo por ela fixado, documentos que comprovem, nos termos desta lei, a origem, movimentação e regularidade dos veículos, partes ou peças, usadas ou restauradas ou recondicionadas, mantidas em estoque ou comercializadas pelo estabelecimento; X - deixar de manter no estabelecimento ou de apresentar à autoridade incumbida da fiscalização, no prazo por ela fixado, livro de entrada e saída de veículos e de partes ou peças, laudo técnico de desmontagem ou dos correspondentes sistemas eletrônicos de controle, nos termos desta lei ou da disciplina estabelecida em ato do DETRAN-SP ou da Secretaria da Fazenda; XI - deixar de prestar informações relativas às operações próprias ou de terceiros à autoridade incumbida pela fiscalização, no prazo por ela fixado; XII - deixar de franquear ou impossibilitar o acesso irrestrito da autoridade incumbida da fiscalização às dependências do estabelecimento, documentos, registros e controles das atividades. Artigo 11 - Os estabelecimentos que exercem atividades de desmontagem e reciclagem terão prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de publicação desta lei para se adequarem às exigências nela previstas. Artigo 12 - O DETRAN-SP publicará, no Diário Oficial, a relação dos estabelecimentos credenciados e também a relação dos que sofreram punição com base no disposto nesta lei, fazendo constar os números de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas CNPJ e os respectivos endereços. Artigo 13 - O disposto nesta lei aplica-se aos veículos em fim de vida útil oriundos de outras unidades da federação, inclusive às respectivas partes e peças. Artigo 14 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Lei nº 12.521, de 2 de janeiro de 2007. Palácio dos Bandeirantes, 2 de janeiro de 2014. PORTARIA DETRAN Nº 1.215 DE 24 DE JUNHO DE 2014 Versão para impressão Publicado no DOE em 26 de junho de 2014. O Diretor Vice Presidente, respondendo pelo expediente da Presidência, do Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN-SP, de acordo com o artigo 22 da Lei 9.503, de 23.09.1997, que institui o Código Nacional de Trânsito, Considerando as disposições da Lei Federal 12.977, de 20.05.2014, que Regula e disciplina a atividade de desmontagem de veículos automotores terrestres; altera o art. 126 da Lei 9.503, de 23.09.1997 - Código de Trânsito Brasileiro e dá outras providências, da Lei Estadual 15.276, de 02.01.2014, que Dispõe sobre a destinação de veículos terrestres em fim de vida útil e dá outras providências, do Decreto 60.150, de 13.02.2014, que Regulamenta a Lei 15.276, de 2 de janeiro de 2014, que dispõe sobre a destinação de veículos em fim de vida útil e as da Resolução 331, de 14.08.2009, do Conselho Nacional de Trânsito, do Departamento Nacional de Trânsito,

Resolve: Art. 1º Os veículos, suas partes e suas peças a serem vendidos em leilões públicos ou privados, respeitados os critérios estabelecidos nesta Portaria, serão classificados em: I - veículo com direito a documentação; II - veículo em fim de vida útil; III - sucata. Art. 2º São requisitos para a classificação de que trata o artigo 1º desta Portaria: I - em veículo com direito a documentação: a) aprovação em vistoria de identificação veicular; b) não possuir restrição cadastral impeditiva de transferência; c) ser classificado como recuperável; d) possuir data de fabricação de: 1. até 10 (dez) anos para motocicletas; 2. até 20 (vinte) anos para automóveis; 3. até 25 (vinte e cinco) anos para veículos pesados; II - em veículo em fim de vida útil sem direito à documentação e destinado para desmonte: a) ser classificado como irrecuperável ou sinistrado de grande monta nos termos da regulamentação específica; b) possuir data de fabricação de: 1. mais de 10 (dez) anos para motocicletas; 2. mais de 20 (vinte) anos para automóveis; 3. mais de 25 (vinte e cinco) anos para veículos pesados; III - em sucata veicular sem direito a documentação e destinado para reciclagem: a) estar total ou parcialmente incendiado, enferrujado ou amassado, de modo a ser inviável o reaproveitamento das principais peças; b) estar repartido; c) ser considerado pelo avaliador do leilão em péssimas condições; d) estar definitivamente desmontado, incluindo suas partes e peças; e) não restar demonstrada a autenticidade de identificação ou a legitimidade da propriedade.

1º O disposto no inciso I deste artigo não se aplica aos veículos importados, aos considerados raros e aos com grande valor de mercado. 2º Os veículos de que trata o inciso II deste artigo deverão possuir peças aproveitáveis em bom estado e ter valor comercial para desmonte. Art. 3º O bem leiloado como sucata veicular sem direito a documentação e destinado para reciclagem somente poderá ser transportado após ser devidamente descontaminado e compactado. Parágrafo único. O não cumprimento do estabelecido no "caput" deste artigo ensejará a instauração de procedimento administrativo e a aplicação das penalidades previstas em lei. Art. 4º De acordo com a Lei 15.276, de 2 de janeiro de 2014, e os prazos por ela determinados, o veículo classificado como: I - veículo em fim de vida útil sem direito à documentação e destinado para desmonte somente poderá ser adquirido em leilão por empresa de desmonte ou de reciclagem devidamente credenciada pelo DETRAN-SP; II - sucata veicular sem direito à documentação e destinado para reciclagem somente poderá ser adquirido em leilão por empresa de reciclagem devidamente credenciada pelo DETRANSP. 1º A empresa de desmonte ou de reciclagem de outro Estado da Federação que pretenda arrematar bem classificado como veículo em fim de vida útil sem direito à documentação e destinado para desmonte ou sucata veicular sem direito à documentação e destinado para reciclagem deverá comprovar prévio registro perante o órgão executivo de trânsito do Estado ou do Distrito Federal em que atuar e estar cadastrada perante o DETRAN-SP, nos termos de portaria específica que discipline o assunto. 2º Para os leilões realizados pelo DETRAN-SP de veículo em fim de vida útil destinado a outro Estado da Federação, deverá ser realizada a comunicação de venda em nome do arrematante antes de ser efetuada a baixa permanente do veículo. Art. 5º Para a arrematação de qualquer bem posto em leilão público ou privado, os arrematantes deverão estar previamente cadastrados perante o leiloeiro oficial, cujo cadastro deverá conter, no mínimo, as seguintes informações: I - nome completo; II - número de inscrição perante o Cadastro de Pessoas Físicas ou Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica; III - número do Registro Geral, quando se tratar de pessoa física; IV - endereço de domicílio; V - número(s) de telefone(s); VI - endereço eletrônico; VI - indicação das empresas de desmontagem ou reciclagem representadas, em caso de representação.

1º Caso o arrematante represente mais de uma empresa de desmontagem ou reciclagem, deverá ser indicada ao leiloeiro oficial, em até 3 (três) dias úteis a contar da realização do leilão, a empresa destinatária de cada bem arrematado. 2º O leiloeiro oficial deverá comunicar ao DETRAN-SP, em até 5 (cinco) dias úteis a contar da realização do leilão, o destino de cada bem arrematado como veículo em fim de vida útil e sucata veicular, por intermédio de sistema a ser desenvolvido e disponibilizado pelo DETRAN-SP. 3º A retirada de bem classificado como veículo em fim de vida útil ou sucata veicular de pátio de recolha, por empresa de desmonte ou reciclagem, está condicionada, no mínimo, à apresentação de documento que comprove o cadastramento de que tratam os incisos I e II e parágrafo único do artigo 4º desta Portaria. Art. 6º O leiloeiro oficial deverá comunicar, por escrito, à Diretoria de Educação para o Trânsito e Fiscalização do DETRANSP, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias a data de realização de cada leilão público ou privado, bem relacionar os veículos a serem leiloados. Parágrafo único. O cancelamento ou o adiamento de leilão de que trata o "caput" deste artigo deverá ser informado ao DETRAN-SP, tão logo assim decidido. Art. 7º Sem prejuízo das atribuições da Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP, a fiscalização do cumprimento pelos leiloeiros oficiais do disposto na Lei 15.276, de 2 de janeiro de 2014, e no Decreto 60.150, de 13.02.2014, caberá à Diretoria de Veículos e à Diretoria de Educação para o Trânsito e Fiscalização. Parágrafo único. Em caso de descumprimento das normas estabelecidas, o DETRAN-SP encaminhará relatório circunstanciado à JUCESP, que adotará as medidas cabíveis previstas na legislação pertinente. Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. DECRETO Nº 60.150, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2014 Versão para impressão Regulamenta a Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, que dispõe sobre a destinação de veículos em fim de vida útil GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais, Decreta: Artigo 1º - Este decreto regulamenta a Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, que dispõe sobre a destinação de veículos em fim de vida útil. CAPÍTULO I Da Classificação dos Veículos em Fim de Vida Útil Artigo 2º - Para classificação de veículo sinistrado como irrecuperável, nos termos do inciso II do artigo 1º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, serão observadas as normas do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo - DETRAN-SP referentes à classificação de danos de

veículos envolvidos em acidentes. Artigo 3º - O proprietário de veículo sinistrado e classificado como irrecuperável nos termos das normas do CONTRAN e do DETRAN-SP será notificado pelo DETRAN-SP para, no prazo de 7 (sete) dias, adotar as providências relativas à baixa permanente do veículo, oportunidade em que será informado acerca de sua correta destinação, nos termos do 1º do artigo 1º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. Parágrafo único - A notificação prevista no "caput" deste artigo será dispensada na hipótese de o veículo ser indenizado e transferido para empresa seguradora. Artigo 4º - Os critérios para classificação dos veículos previstos no 2º do artigo 1º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, serão definidos mediante portaria do DETRAN- SP. CAPÍTULO II Da Comercialização de Partes e Peças Artigo 5º - Os veículos em fim de vida útil somente poderão ser adquiridos, diretamente ou por meio de leilão, público ou privado, por empresa credenciada nos termos do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. Artigo 6º - A comercialização de partes e peças oriundas da desmontagem de veículos somente poderá ser realizada por empresa credenciada, facultado a esta manter estabelecimentos, do mesmo titular, dedicados somente à comercialização, independentes do local de desmontagem. 1º - O disposto no "caput" deste artigo não impede a celebração, pelas empresas credenciadas a que alude o inciso I do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, de contrato de distribuição que estipule a comercialização de partes e peças por empresas expressamente autorizadas pela contratante, sob controle e responsabilidade desta última no tocante à observância, pela contratada, do disposto na Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, e neste decreto. 2º - As empresas contratadas a que alude o 1º deste artigo deverão: 1. solicitar credenciamento junto ao DETRAN-SP; 2. possuir objeto social compatível com as atividades de que trata o 1º deste artigo, bem assim atender ao disposto nos itens 2 a 5 do 1º do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014; 3. ostentar em seus estabelecimentos, com visibilidade suficiente à célere identificação pelo público consumidor, a logomarca e demais sinais distintivos da empresa contratante. Artigo 7º - O prazo de garantia alusivo às partes e peças comercializadas após o processo de desmontagem de veículos observará o disposto no inciso II do artigo 26 da Lei federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 - Código de Defesa do Consumidor. Artigo 8º - A empresa credenciada deverá comunicar ao DETRAN-SP a ocorrência do evento previsto no 4º do artigo 4º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. CAPÍTULO III Do Credenciamento Artigo 9º - Sem prejuízo dos requisitos previstos nos 1º e 2º do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, as empresas referidas nos incisos I e II desse mesmo artigo deverão obter, ainda: I - manifestação favorável da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB quanto ao atendimento da legislação ambiental; II - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), nos termos do Decreto nº 56.819, de 10 de março de 2011. Parágrafo único - O disposto nos incisos I e II deste artigo: 1. aplica-se às empresas de reciclagem referidas no inciso II do artigo 2º da Lei nº

15.276, de 2 de janeiro de 2014, no que couber, o disposto nos itens 1 a 3 do 2º do mesmo artigo; 2. não se aplica às empresas a que aludem os 1º e 2º do artigo 6º deste decreto. Artigo 10 - Para fins de destinação de partes e peças de veículos não suscetíveis de reutilização, bem como de material inservível que restar da desmontagem, o DETRAN- SP exigirá das empresas a que aludem os incisos I e II do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, a apresentação do CADRI - Certificado de Movimentação de Resíduo de Interesse Ambiental, emitido pela CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. 1º - Para os estabelecimentos em operação na data de entrada em vigor da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, o CADRI será exigido pelo DETRAN-SP ao final do prazo de 180 (cento e oitenta) dias a que se refere seu artigo 11. 2º - Para estabelecimentos que venham a entrar em operação após a edição deste decreto, o CADRI será exigido pelo DETRAN-SP quando da primeira renovação anual de credenciamento, nos termos do 3º do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. 3º - O disposto neste artigo não se aplica às empresas a que aludem os 1º e 2º do artigo 6º deste decreto. Artigo 11 - O alvará municipal de funcionamento a que alude o item 4 do 1º do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, poderá ser substituído pelo prazo de 180 (cento e oitenta) dias e mediante justificativa do solicitante, por certidão expedida pelo respectivo Município que ateste a conformidade da instalação do estabelecimento às leis e regulamentos locais. Parágrafo único - Findo o prazo a que se refere o "caput" deste artigo, o estabelecimento deverá apresentar o alvará municipal de funcionamento, sob pena de cancelamento do credenciamento. Artigo 12 - O DETRAN-SP poderá celebrar convênios com entidades públicas ou privadas com o objetivo de oferecer cursos compatíveis com as atividades previstas na Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, observado o disposto no Decreto nº 59.215, de 21 de maio de 2013. Artigo 13 - O DETRAN-SP, mediante portaria, especificará os requisitos atinentes à capacitação do responsável técnico a que alude o item 4 do 2º do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. Parágrafo único - O responsável técnico a que se refere o "caput" deste artigo deverá exercer essa atribuição, exclusivamente, para apenas uma empresa credenciada. Artigo 14 - As empresas credenciadas receberão um número de inscrição e deverão ostentá-lo em local visível ao público, nos termos de portaria a ser editada pelo DETRAN-SP. Artigo 15 - O credenciamento será negado na hipótese de que qualquer dos sócios ou proprietários, bem assim o responsável técnico, possua condenação, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, pelos crimes previstos na alínea "e" do artigo 1º da Lei Complementar federal nº 64, de 18 de maio de 1990. Parágrafo único - Na hipótese de condenação nos termos a que alude o "caput" deste artigo: 1 - será indeferido o pedido de credenciamento; 2 - será cassado o credenciamento anteriormente concedido, observado o direito a ampla defesa e ao contraditório. CAPÍTULO IV Do Sistema de Rastreabilidade Artigo 16 - O sistema de rastreabilidade a que alude o 3º do artigo 3º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, deverá possibilitar o registro do trânsito do veículo e de determinada parte ou peça ao longo do processo de desmontagem, desde a entrada do item no estabelecimento até sua destinação ao consumidor final. 1º - O rastreamento se efetivará por gravação indelével nas partes e peças e pelo

registro eletrônico de sua passagem por cada etapa do processo de desmontagem e estocagem, nos termos de portaria a ser editada pelo DETRAN-SP. 2º - A utilização de sistema próprio de rastreabilidade não exime a empresa credenciada de fornecer ao DETRAN-SP o acesso ao registro de rastreio das partes e peças e de inserir esse mesmo registro em sistema eletrônico disponibilizado pelo DETRAN-SP. Artigo 17 - A Nota Fiscal eletrônica relativa à movimentação de veículos e das respectivas partes e peças resultantes da desmontagem deverá ser emitida pelas empresas credenciadas nos termos dos incisos I e II do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, incluídas as empresas distribuidoras autorizadas a que aludem os 1º e 2º do artigo 6º deste decreto, bem como pelos fabricantes e empresas especializadas em restauração ou recondicionamento a que se referem o 2º do artigo 3º e o 2º do artigo 4º da referida lei, tanto na entrada dos produtos em seu estabelecimento, quanto na saída destes, inclusive quando o remetente ou destinatário for pessoa física, consumidor final ou não, observado o disposto no artigo 6º deste decreto. 1º - Na emissão da Nota Fiscal eletrônica a que se refere o "caput" deste artigo deverá ser observado o disposto em legislação própria, em especial a disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda. 2º - Em todas as Notas Fiscais eletrônicas deverá ser indicada, no campo "Código do Produto ou Serviço" (TAG 101 - cprod), a identificação do produto para fins da rastreabilidade prevista no 3º do artigo 3º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. 3º - Na comercialização de determinadas partes e peças resultantes do processo de desmontagem de veículos para consumidor ou usuário final será obrigatório constar, no campo "Dados Adicionais do Produto" (TAG 325 - infadprod) da Nota Fiscal eletrônica, dados do veículo em que serão utilizadas, conforme disciplina a ser editada pelo DETRAN-SP. CAPÍTULO V Da Fiscalização e Penalidades Artigo 18 - Para os fins de fiscalização do cumprimento do disposto na Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, o DETRAN-SP celebrará convênios e termos de cooperação, com as Secretarias da Fazenda e da Segurança Pública, bem assim com outros órgãos e entidades, observado o disposto no Decreto nº 59.215, de 31 de maio de 2013. 1º - Os convênios e os termos de cooperação a que alude o "caput" deste artigo deverão estabelecer obrigatoriamente o intercâmbio das informações e demais recursos necessários para a fiscalização e o adequado cumprimento da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. 2º - No caso de notícia ou suspeita de cometimento de infração ao disposto na Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, ou neste decreto, as diligências para averiguação obedecerão ao estipulado nos ajustes a que alude o "caput" deste artigo, devendo solicitar-se apoio para fins de policiamento ostensivo e preservação da ordem pública. 3º - Havendo denúncia, suspeita ou constatação de infração penal, o DETRAN-SP comunicará o fato ao órgão competente para tomada das medidas cabíveis de polícia judiciária e respectiva apuração. Artigo 19 - O DETRAN-SP possibilitará às Secretarias da Segurança Pública e da Fazenda acesso aos bancos de dados informatizados das empresas credenciadas, de forma a permitir a rastreabilidade de todas as etapas do processo de desmontagem de veículos, desde sua origem, e das partes e peças desmontadas, inclusive aquelas restauradas ou recondicionadas, decorrentes daquele processo. Artigo 20 - Uma vez aplicada a pena de perdimento do bem prevista no inciso IV do artigo 8º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014: I - o DETRAN-SP adotará as providências necessárias à remoção, transporte, depósito, guarda e alienação do bem a que se refere o "caput" deste artigo; II - os resultados financeiros provenientes da aplicação do disposto no inciso I deste artigo serão destinados ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo -

FUSSESP, deduzidos os custos de remoção, transporte, depósito, guarda e alienação. Artigo 21 - Às infrações descritas no artigo 10 da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, aplicar-se-ão, cumulativamente, as seguintes penalidades: I - em relação ao inciso I: a) cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS; b) interdição administrativa e lacração do estabelecimento; c) perdimento do bem; d) multa de 1.000 (mil) UFESPs por veículo, no caso de desmonte; e) multa de 1.000 (mil) UFESPs, no caso de venda de partes e peças; II - em relação ao inciso II: a) cassação do credenciamento e da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS; b) perdimento do bem; c) multa de 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs por veículo, no caso de desmonte; d) multa de 1.500 (mil e quinhentas) UFESPs, no caso de venda de partes e peças; III - em relação ao inciso III: a) cassação do credenciamento e da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, ambas na terceira infração; b) multa de 500 (quinhentas) UFESPs por veículo, no caso de desmonte, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; c) multa de 500 (quinhentas) UFESPs, no caso de venda de partes e peças, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; IV - em relação ao inciso V: a) cassação do credenciamento e da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, ambas na terceira infração; b) multa de 750 (setecentas e cinquenta) UFESPs, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; V - em relação ao inciso VI: a) cassação do credenciamento e da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS; b) perdimento do bem; c) multa de 1.000 (mil) UFESPs por veículo; VI - em relação ao inciso VII: a) cassação do credenciamento e da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, ambas na terceira infração; b) multa de 500 (quinhentas) UFESPs por veículo, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; VII - em relação ao inciso XI: a) cassação do credenciamento, na terceira infração; b) multa de 600 (seiscentas) UFESPs, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; VIII - em relação ao inciso XII: a) cassação do credenciamento, na terceira infração; b) multa de 750 (setecentas e cinquenta) UFESPs, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; IX - em relação aos incisos IV e VIII: a) cassação do credenciamento e da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS, ambas na terceira infração; b) multa de 500 (quinhentas) UFESPs, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração; X - em relação aos incisos IX e X: a) cassação de credenciamento, na terceira infração; b) multa de 500 (quinhentas) UFESPs, que será aplicada em dobro a partir da segunda infração. 1º - Para fins do disposto no inciso II do artigo 10 da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, consideram-se veículos, partes, peças ou produtos sem origem comprovada aqueles cuja origem lícita o proprietário, no prazo de 7 (sete) dias, não a demonstre. 2º - Caracterizar-se-á reincidência, para fins do disposto neste artigo, mesmo quando a nova infração possua natureza diversa daquela anteriormente praticada. 3º - A decisão final do processo administrativo que impuser penalidade produzirá

efeitos, para fins específicos de reincidência, pelo prazo de 2 (dois) anos, contados da data da respectiva publicação. 4º - A empresa que sofrer a pena de cassação de credenciamento, bem como seus sócios, somente poderá beneficiar-se de novo credenciamento após o transcurso de 5 (cinco) anos, contados da decisão final do respectivo processo administrativo. 5º - O disposto na alínea "b" do inciso I deste artigo não impede a interdição administrativa e a lacração dos estabelecimentos, a título exclusivamente cautelar, no tocante às demais infrações relacionadas nos incisos II a XII do artigo 10 da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014. Artigo 22 - O processo sancionatório destinado a aplicar as infrações previstas no artigo 21 deste decreto observará o disposto na Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998, notadamente seus artigos 62 a 64. 1º - O DETRAN-SP, mediante portaria, poderá editar normas complementares para os fins de que trata este artigo. 2º - Para aplicação da penalidade prevista no artigo 9º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, o DETRAN-SP deverá encaminhar cópia do procedimento administrativo e da decisão definitiva relativa às penalidades previstas nos incisos I, III, IV e V do artigo 8º da referida lei, conforme o caso, à Secretaria da Fazenda, para fins de instauração de procedimento administrativo de cassação da inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS. CAPÍTULO VI Dos Leilões de Veículos Artigo 23 - Os leiloeiros oficiais que realizarem leilões de veículos deverão observar o disposto na Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, e no artigo 5º deste decreto, permitindo somente a participação, em hasta pública, de empresas credenciadas. 1º - Sem prejuízo das exigências contidas em legislação específica, os leiloeiros oficiais deverão manter livro de registro de todos os veículos levados a hasta pública, contendo: 1. placa e RENAVAM do veículo; 2. nome e CPF ou CNPJ do proprietário; 3. nome e CPF ou CNPJ do arrematante; 4. número da Nota Fiscal de venda em leilão; 5. informação sobre a condição do veículo, constando se foi vendido com direito a documentação e, neste último caso, se o Certificado de Registro do Veículo - CRV foi entregue ao arrematante. 2º - O livro de registro poderá ser substituído por sistema eletrônico a ser disponibilizado pelo DETRAN-SP, devendo o leiloeiro oficial, neste último caso, cadastrar-se para obter acesso ao sistema. Artigo 24 - Sem prejuízo da competência da Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP, a fiscalização do cumprimento pelos leiloeiros oficiais do disposto na Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, e neste decreto será de responsabilidade do DETRAN- SP, por meio da Diretoria de Veículos e da Diretoria de Fiscalização e Educação para o Trânsito, sem prejuízo do disposto no "caput" do artigo 18 deste decreto. Parágrafo único - Em caso de descumprimento das normas estabelecidas, o DETRAN- SP encaminhará relatório circunstanciado à JUCESP, que adotará as medidas cabíveis previstas em legislação pertinente. Artigo 25 - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 13 de fevereiro de 2014 PORTARIA DETRAN Nº 942, DE 6 DE MAIO DE 2014 (DOE EM 07/05/2014)

Versão para impressão A Diretora Vice-Presidente do Departamento Estadual de Trânsito do Estado de São Paulo, CONSIDERANDO as competências contidas no artigo 22, do Código de Trânsito Brasileiro e no artigo 10, da Lei Complementar 1.195, de 17 de janeiro de 2013; CONSIDERANDO o disposto da Lei nº 15.276, de 2 de Janeiro de 2014 e do Decreto nº 60.150, de 13 de fevereiro de 2014, RESOLVE: CAPÍTULO I - DO CREDENCIAMENTO Artigo 1º - As empresas que pretenderem atuar nas atividades previstas no art. 2º, incisos I e II da Lei nº 15.276 de 2 de janeiro de 2014 deverão submeter-se ao processo de credenciamento contido nesta portaria. Artigo 2º - A documentação exigida deverá ser apresentada no Protocolo Geral do DETRAN-SP. Artigo 3º - A pessoa jurídica interessada em obter o credenciamento deverá apresentar requerimento dirigido à Diretoria de Veículos, com a indicação do local em que a empresa está instalada, descrição pormenorizada da infraestrutura física do imóvel, que deverá atender às exigências contidas no artigo 18 desta portaria, acompanhado dos seguintes documentos: I - termo de compromisso, nos moldes previstos no Anexo I dessa Portaria, em duas vias, assinado pelos sócios-proprietários ou representantes legais da empresa e instruído com cópias de seus documentos de identificação pessoal (RG e CPF), indicando apenas uma das seguintes atividades que pretende realizar: a) desmontagem de veículos e de comercialização das respectivas partes e peças; b) comercialização de partes e peças; e

c) reciclagem de veículos totalmente irrecuperáveis ou de materiais não suscetíveis de reutilização, descartados no processo de desmontagem de veículos; II - cópia do Contrato de Locação ou da Certidão de Propriedade do Imóvel cujo endereço conste no alvará municipal apresentado para credenciamento; III cópia do alvará de funcionamento atualizado expedido pelo Município ou, na falta desse, certidão a que alude o art. 11 do Decreto nº 60.150, de 13 de fevereiro de 2014, ficando, nesse caso, vinculada à apresentação do alvará no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de cancelamento do credenciamento; IV cópia do contrato social da empresa, que tenha como objeto social uma das atividades indicadas no inciso I, alíneas "a" a "c", desse artigo, acompanhado das alterações posteriores ou da última consolidação e alterações posteriores a esta, devidamente registrados perante o órgão competente; V inscrição como contribuinte do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações ICMS; VI - declaração de inexistência de assentamento no Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados de órgão e entidades estaduais CADIN ESTADUAL, da empresa e de seus respectivos sócios-proprietários; VII - declaração subscrita pelos sócios-proprietários demonstrando capacidade para interligação com sistema a ser disponibilizado pelo DETRAN-SP; VIII - atestado de antecedentes criminais e certidões de distribuição criminais, das justiças estadual e federal, de todos os sócios-proprietários, emitidas na jurisdição de seus respectivos domicílios; IX - comprovante de recolhimento da taxa de alvará anual pertinente ao ramo de atividade para o qual pretende se credenciar. 1º - Os documentos poderão ser apresentados em cópia simples, à exceção das certidões, atestados e das declarações firmadas pelo representante legal da empresa que deverão ser apresentados no original.

2º - Na hipótese de não constar prazo de validade nas certidões apresentadas, a administração aceitará como válidas as expedidas até 90 (noventa) dias imediatamente anteriores à data de apresentação do requerimento de credenciamento, desde que corretamente instruído com todos os documentos exigidos. 3º - O credenciamento será negado sempre que qualquer dos sócios ou responsável técnico possuir condenação penal, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, pelos crimes previstos na alínea "e" do artigo 1º da Lei Complementar federal nº 64, de 18 de maio de 1990. 4º - Quando as certidões exigidas forem positivas, deverão estar acompanhadas das certidões de objeto e pé atualizadas de cada um dos processos indicados. Artigo 4º - As empresas que pleitearem o credenciamento nos termos da alínea a do inciso I do artigo 3º dessa Portaria deverão apresentar ainda: I - indicação do responsável técnico, assinada pelos sócios- proprietários ou representantes legais da empresa, bem como cópias do RG, CPF, comprovante de endereço e diploma ou certificado de conclusão de curso, nos termos do 1º deste artigo. II - atestado de antecedentes criminais e certidões de distribuição criminais, da justiça estadual e federal, do responsável técnico, emitidas na jurisdição de seu domicílio; III - Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) do ano em curso; IV - manifestação favorável da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB, quanto ao atendimento à legislação ambiental; V - Certificado de Movimentação de Resíduo de Interesse Ambiental (CADRI). 1º - Nos termos do disposto no art. 13 do Decreto nº 60.150 de 13 de fevereiro de 2014, o responsável técnico pela desmontagem de veículos e avaliação do estado e recuperação das partes e peças a que se referem os itens 4 e 6 do 2º do artigo 2º da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, deverá possuir formação em algum dos cursos previstos no anexo II dessa Portaria.

Artigo 5º - As empresas que pleitearem o credenciamento nos termos da alínea c do inciso I do artigo 3º dessa Portaria deverão apresentar os mesmos documentos previstos nos incisos III a V do seu artigo 4º. Artigo 6º - O DETRAN-SP realizará vistoria no estabelecimento que pleitear o credenciamento, após análise da documentação apresentada. Parágrafo único - Constatada a inadequação física do local, o responsável será notificado para adotar as medidas saneadoras no prazo de 120 (cento e vinte) dias, sob pena de indeferimento e arquivamento do pedido, não podendo neste período realizar quaisquer das atividades regulamentadas pela Lei nº 15.276 de 2 de janeiro de 2014. Artigo 7º - Se, por qualquer razão, não for concluído o credenciamento da empresa, o Município e o órgão ambiental responsável serão notificados pela Diretoria de Veículos para cancelar ou revogar as licenças já emitidas referentes à localização e funcionamento das atividades que necessitam de credenciamento do DETRAN-SP. Artigo 8º - As atividades de desmontagem de veículo, comercialização de partes e peças e reciclagem deverão ser realizadas apenas nas instalações localizadas no endereço aprovado no credenciamento, sendo intransferível. Parágrafo único - Havendo interesse em possuir mais de um local, o requerente deverá credenciar separadamente cada filial, que receberá um número de credenciamento próprio. Artigo 9º - O requerimento de credenciamento ou de renovação de credenciamento será analisado pela Diretoria de Veículos, à qual competirá: I - verificar a regularidade da documentação exigida; II - deliberar sobre questões e pedidos incidentais formulados pela pessoa jurídica que busca o credenciamento; III - determinar a complementação dos documentos exigidos nesta portaria, se necessário;

IV - opinar conclusivamente quanto à viabilidade do requerimento de credenciamento, de renovação do credenciamento e regularidade do programa informatizado, quando da interligação com o DETRAN-SP, consultada, nesse caso, a Diretoria de Sistemas; e V - cadastrar e controlar todos os requerimentos de credenciamento. Parágrafo único - O requerimento de credenciamento ou de renovação do credenciamento será arquivado se o representante legal, devidamente notificado para o cumprimento de exigência prevista nesta portaria, deixar de cumpri-la no prazo de 30 (trinta dias), com exceção dos casos em que estiver previsto prazo diverso. Artigo 10 - Após a análise e aprovação do requerimento de credenciamento ou de renovação do credenciamento, caberá à Diretoria de Veículos: I - expedir a portaria de credenciamento e funcionamento da empresa, nos termos do artigo 13; ou II - indeferir o pedido, notificando a empresa requerente por escrito e apontando os motivos do indeferimento. Artigo 11 - O credenciamento será atribuído a título precário, não implicando qualquer ônus para o Estado. 1º - As alterações do controle societário deverão ser previamente comunicadas à Diretoria de Veículos do DETRAN-SP para análise, encaminhando a documentação prevista nos incisos I e VIII do artigo 3º com relação ao sócio ingressante. 2º - Aprovada a documentação, a empresa credenciada poderá efetuar a alteração, encaminhando cópia atualizada do contrato social. 3º - A mudança de endereço das empresas credenciadas estará sujeita a prévia autorização do DETRAN-SP, que será concedida após a verificação do cumprimento dos requisitos previstos nesta portaria para o deferimento do credenciamento pertinente à espécie em que se enquadra. Artigo 12 - O credenciamento será conferido pelo prazo de 12 (doze) meses, renovável sucessivamente por iguais períodos, desde que regularmente satisfeitas todas as exigências previstas nesta portaria.

Artigo 13 - As portarias de credenciamento e de renovação do credenciamento serão expedidas pelo Diretor de Veículos e contemplarão: I - a identificação completa da empresa credenciada; II - o prazo da validade; III - o número do credenciamento; IV - as empresas credenciadas deverão exibir, em local de fácil visibilidade ao público, certificado de credenciamento a ser fornecido pelo DETRAN-SP após a expedição da portaria de credenciamento ou de sua renovação. 1º O credenciamento, descredenciamento e a renovação do credenciamento serão publicados no Diário Oficial do Estado. 2º Após a publicação do credenciamento a empresa deverá apresentar, no prazo de 30 (trinta) dias, a relação de empregados e ajudantes, em caráter permanente ou eventual, devidamente qualificados, sob pena de bloqueio das atividades. Art. 14 - A empresa já atuante no ramo de desmontagem de veículos e/ou comercialização de peças deverá apresentar, até o dia 01 de julho de 2014, declaração firmada contendo inventário completo de seu estoque de veículos e de partes e peças sujeitas a rastreabilidade, e compromisso formal de não manter no estabelecimento quaisquer outras peças que não tenham sido submetidas ao procedimento deste artigo. 1º - O inventário será analisado e, se homologado, deverão as partes e peças passar pelo processo de rastreabilidade de que trata a Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, na forma fixada em Portaria a ser publicada pelo DETRAN-SP. 2º - As peças cuja origem não se consiga demonstrar serão consideradas sucata e deverão ser encaminhadas às empresas referidas no inciso II do artigo 2º, da Lei nº 15.276, de 2 de janeiro de 2014, em até 30 (trinta) dias, contados da ciência da sua não homologação pelo DETRAN-SP. 3º - A relação das partes e peças sujeitas a rastreabilidade e que, portanto, deverão ser inventariadas será divulgada em portaria a ser publicada pelo DETRAN-SP.