FICHA TÉCNICA DE LEGISLAÇÃO GERAL



Documentos relacionados
Lei n.º 22/97 de 27 de Junho

REGULAMENTO DA FEIRA DE ANTIGUIDADES E VELHARIAS DO MUNICÍPIO DE SETÚBAL

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA

PROJETO DE REGULAMENTO DO PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO NORMA JUSTIFICATIVA

Regulamento Municipal de Inspecção e Manutenção de Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes

REGULAMENTO DAS ZONAS DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA

REGULAMENTO DO CARTÃO MUNICIPAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (versão alterada em Dezembro 2011)

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações)

PARECER N.º 103/CITE/2010

APROVADO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SINTRA EM 24 DE JUNHO DE

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 14 do art. 29º; 36º. Assunto:

Nota informativa CÓDIGO DE PROCESSO PENAL - alterações

O RGIT no Orçamento do Estado para Audit Tax Advisory Consulting

Postura Geral das Zonas de Estacionamento Automóvel Reservado. a Moradores no Município do Funchal

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007.

MUNICÍPIO DO BARREIRO ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Regulamento. Registo, Licenciamento e taxas de Cães e Gatos. Freguesia de Santa Cruz. Rua 12 de Março Santa Cruz Armamar NIF

Autoriza o Governo a alterar o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro

REGULAMENTO DO ARQUIVO MUNICIPAL DE GOUVEIA. Capítulo 1. Constituição e Funções do Arquivo Municipal. Artigo 1º. Artigo 2º. Capítulo II Da Recolha

DECRETO N.º 70/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

B) Projecto de Proposta de Lei Regime fiscal das sociedades desportivas. Projecto de Proposta de Lei

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo

REGULAMENTO DE COMBATE À VIOLÊNCIA NOS ESPECTÁCULOS DESPORTIVOS

Portaria n.º 932/2006 de 8 de Setembro Publicado no DR 174, Série I de

AVISO (20/GAOA/2015)

Licenças para transferência, importação e exportação de produtos militares

Programa de Formação para Profissionais

DECRETO N.º 57/X. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE DANÇA DESPORTIVA REGULAMENTO DE SEGURANÇA E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE ACESSO PÚBLICO

REGULAMENTO MUNICIPAL DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA DE RÓDÃO

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

PROPOSTA ALTERNATIVA

Regulamento de Taxas da Freguesia de Santo António

Convocação de intérpretes e tradutores para prestação de serviços junto dos tribunais portugueses no âmbito de processos penais

Regulamento de Gestão de Reclamações

RESOLUÇÃO N.º 148/2015

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

Decreto do Governo n.º 1/85 Convenção n.º 155, relativa à segurança, à saúde dos trabalhadores e ao ambiente de trabalho

ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO º ANO 2º SEMESTRE

Estado de Minas Gerais Município de Santa Bárbara EDITAL DE SELEÇÃO PARA ADMISSÃO EM CARÁTER TEMPORÁRIO ACT Nº. 026 /2015, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2015.

Junta de Freguesia de Valongo do Vouga

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO

CONSIDERAÇÕES SOBRE ATESTADOS MÉDICOS. Caxias do Sul, 23 de julho de 2015

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

SEGURO DE ACIDENTES PESSOAIS DE ATLETAS E AGENTES DESPORTIVOS

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

PROPOSTA DE LEI N.º 60/IX

CONCORRÊNCIA Nº. 001/2010/SENAR-AR/RO

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

REGULAMENTO PARA A CONCESSÃO NA FREGUESIA DA MISERICÓRDIA

Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO

REGIME E TABELA DE EMOLUME TOS DO TRIBU AL DE CO TAS. CAPÍTULO I Disposições Gerais. ARTIGO 1. (Emolumentos e encargos)

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, Lisboa Tel.: Fax:

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

Educação Profissional Cursos Técnicos. Regulamento de Estágio Supervisionado

ARTIGO 1.º DEFINIÇÕES ARTIGO 2.º OBJECTO DO CONTRATO ARTIGO 3.º INÍCIO E DURAÇÃO DO CONTRATO. SEGURO REAL VIDA Condições Gerais

FREGUESIA DE CANAVIAIS Concelho de Évora PROJECTO DE REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS FREGUESIA DE CANAVIAIS

REGULAMENTO DO CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM

RESOLUÇÃO N. 114/2013/TCE-RO

Faz os seguintes questionamentos:


REGULAMENTO DE INSTALAÇÃO, EXPLORAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS DE HOSPEDAGEM

Bens em Circulação. DL 45/89 - Código do IVA - Legislação

Ato nº 99/GP/TRT 19ª, de 16 de junho de 2015.

REGULAMENTO E PREÇOS DE LICENÇAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

INFORMAÇÃO PRÉ-CONTRATUAL SEGURO OBRIGATÓRIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL DOS PORTADORES DE ARMAS (nos termos do Dec.-Lei n.º 72/2008, de 16 de Abril)

I - nos crimes punidos com reclusão em que a pena mínima cominada for superior a 2 (dois) anos; (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.

JUNTA DE FREGUESIA DE BAGUIM DO MONTE

Regulamento de Actividade de Comércio a Retalho exercida pelos Feirantes na Área do Município do Sabugal

Regulamento de Apoio à Mobilidade e Intercâmbio Cultural

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais,

REGULAMENTO DE ALTA COMPETIÇÃO

CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOBAÇA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS

CAPÍTULO I. Objectivos e Definição. Artigo 1º. Objectivos

PARECER N.º 23/CITE/2005

CADERNO DE ENCARGOS CONCESSÃO DE USO PRIVADO DE ESPAÇO DO DOMÍNIO PÚBLICO NO JARDIM MUNICIPAL PARA INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE DIVERSÕES

Ministério da Saúde LEI Nº /99 DE DE. A Lei nº /99,de de,visa, essencialmente, reprimir a produção, o tráfico e o uso ilícito de droga.

APROVADO. Na sessão da Assembleia de Freguesia 11/12/2008. O Presidente: O 1º Secretário: O 2º Secretário:

REGULAMENTO DA AGMVM N.º 3/2012 NORMALIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

REGULAMENTO DE CEDÊNCIA E UTILIZAÇÃO DA VIATURA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DO COMITÉ OLIMPICO DE PORTUGAL CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

JUNTA DE FREGUESIA DE BAGUIM DO MONTE. Regulamento de Utilização dos Espaços Colectivos

Porto de Leixões. Capítulo I. Princípios Gerais. Artigo 1.º. (Funções do Provedor)

Transcrição:

FICHA TÉCNICA DE LEGISLAÇÃO GERAL Guarda Nacional Republicana TÍTULO ARMAS E MUNIÇÕES ASSUNTO FISCALIZAÇÃO DE ARMAS E MUNIÇÕES FICHA N.º 2.1 DATA OUT10 REVISÃO CLASS. SEG. N/CLASS 1. ENQUADRAMENTO JURIDICO/LEGAL CONCEITOS E DEFINIÇÕES As armas e as munições classificam-se por classes, de A, B, B1 até G, em função do seu grau de perigosidade, do fim a que se destinam e do tipo de utilização que lhes é permitido. Definem-se como armas da classe A, um elenco de armas, acessórios e munições proibidas. Agrupam-se nas classes C e D as armas usualmente utilizadas na prática de actos venatórios e na prática de tiro desportivo. Cria-se uma nova classe de armas, a classe E, cuja utilização permitida na defesa de pessoas e bens, sem que daí decorra, pela sua utilização normal, qualquer perigo de lesão permanente para a vida ou integridade física do agressor. Altera-se o critério seguido para as armas eléctricas, limitando-se a capacidade a 200 mil volts. O presente diploma criou diversas licenças com base na classificação das armas, os fins a que as mesmas se destinam, bem como a justificação da sua necessidade, podendo ser concedidas licenças de uso e porte ou detenção do tipo B, B1, C, D, E, F, licença de detenção de arma no domicílio e licença especial. São estabelecidas regras claras de comportamento e normas de conduta a todos os possuidores e portadores de arma, com a consequente previsão de infracções. Cria-se um regime contra-ordenacional para punição de comportamentos ilícitos que se entenda não merecer reacção criminal. Legislação: Maio Código Penal Código Processo Penal Regime Geral das Contra-ordenações 1 de 8

2. QUADRO RESUMO DE INFRACÇÕES Situação Tipificação Pena Al. d) do nº 1 do art.º 86º da Lei 17/2009 de 06 de O arguido detinha a(s) arma(s) x, classificada(s) como arma(s) da Classe E, nos termos do n.º7 do art.º 3.º ou arma(s) da Classe A, nos termos da al. d) e) f) g) h) i) j) do n.º2 do art.º 3º da Lei 17/2009 de 06 de Maio, sendo proibida a sua detenção, transporte, importação, guarda, compra, aquisição por qualquer titulo ou por qualquer meio ou a obtiver por fabrico transformação importação ou exportação usar ou trouxer consigo, sem se encontrar autorizado, fora das condições legais ou em contrário das prescrições da autoridade competente. prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, nos termos da al. d) do n.º1 do art.º 86º da O arguido detinha a(s) arma(s) x, classificada(s) como arma(s) da Classe B, B1, C, D, nos termos do n.º(s) 3,4,5 e 6, do art.º 3.ºou arma(s) da Classe A nos termos da al. l) m) o) p) do n.º 2 do art.º 3º da Lei Maio, sendo proibida a sua detenção, transporte, importação, guarda, compra, aquisição por qualquer titulo ou por qualquer meio ou a obtiver por fabrico transformação importação ou exportação usar ou trouxer consigo, sem se encontrar autorizado, fora das condições legais ou em contrário das prescrições da autoridade competente. O arguido detinha a(s) arma(s) x, classificada(s) como arma(s) da Classe A, nos termos al. a) b) c) s) t) do n.º 2 do art.º 3.º da Lei 17/2009 de 06 de Maio, sendo proibida a sua venda, aquisição, a cedência, a detenção, o uso e o porte de armas, acessórios e munições da classe A, nos termos do n.º1 do art.º 4.º da mesma Lei. O arguido detinha munição (s) de arma de fogo, a seguir indicadas: Definição (s) constante (s) do n.º3 do art.º 2.º Al. c) do nº 1 do art.º 86º da Lei 17/2009 de 06 de N.º 1 do art.º 4º da N.º 1 do art.º 86º da prisão de 1 a 5 anos ou com pena de multa até 600 dias, nos termos al. c) do n.º 1 do art.º 86º da prisão de 2 a 8 anos se as arma (s) pertencerem à al. a) do n.º 1 do art.º 86º e de 2 a 5 anos se pertencerem à al. b) do n.º 1 do art.º 86º da Lei 17/2009 de 06 de prisão até 4 anos ou com pena de multa até 480 dias, nos termos da al. d) do n.º 1 do art.º 2 de 8

O arguido detinha Parte (s) de arma de fogo, a seguir indicada (s): Definição (s) constante (s) do n.º2 do art.º 2.º 86º da O arguido transportava, detinha, usava, distribuía, ou era portador, em recintos desportivos ou religiosos, em zona de exclusão, em estabelecimentos onde decorria manifestação cívica ou política, bem como em estabelecimentos ou locais de diversão, feiras e mercados, qualquer das armas previstas no n.º1 do art.º 2º, bem como quaisquer munições, engenhos, instrumentos, mecanismos, produtos ou substâncias referidos no art.º 86º, sem estar especificamente autorizado por legítimo motivo de serviço ou pela autoridade legitimamente competente. O arguido fazia uso e porte de arma sob efeito de álcool com uma TAS igual ou superior a 1,2g/l ou sob o efeito de substâncias estupefacientes e psicotrópicas ou produto com efeito análogo perturbador da aptidão física, mental ou psicológica, fora das condições de segurança previstas no art.º 41º O arguido recusou ser submetido ao exame de pesquisa de álcool no sangue ou de outras substâncias estupefacientes ou psicotrópicas, sendo portador de arma, pelo que foi detido, depois de ter sido devidamente advertido das consequências da recusa. O arguido vendia, cedia a qualquer título ou por qualquer meio distribuía, mediava uma transacção ou, com intenção de transmitir a sua detenção, posse ou propriedade, adoptava algum dos comportamentos previstos no art.º 86º, envolvendo quaisquer equipamentos, meios militares e material de guerra, armas engenhos instrumentos mecanismos, munições, substâncias ou produtos Art.º 89º da Lei N.º 1 do art.º 45º conjugado com o n.º 1 do art.º 88º da Lei N.º1 do art.º 45º da Maio, conjugado com o art.º 255º do CPP. N.º 1 do art.º 87º da prisão até 5 anos ou com pena de multa até 600 dias, nos termos da al. d) do n.º 1 do art.º 86º da prisão até 1 ano ou com pena de multa até 360 dias, nos termos do n.º 1 do art.º 88º prisão até 2 anos ou com pena de multa até 240 dias, nos termos do nº 2 do art.º 348º do C. Penal. prisão de 2 a 10 anos, nos termos do n.º 1 do art.º 87º 3 de 8

referidos no art.º 86º, sem se encontrar autorizado, fora das condições legais ou em contrário das prescrições da autoridade competente. O agente é funcionário incumbido da prevenção ou repressão de alguma das actividades ilícitas previstas na Maio ou aquela coisa ou coisas destinavam-se, com o conhecimento do agente, a grupos, organizações ou associações criminosas ou o agente fazia destas condutas modo de vida. O arguido, ao ser submetido ao teste de alcoolemia quando detinha, fazia uso e porte de arma, transportava fora das condições de segurança previstas no art.º 41º, arma (s) classificada (s) como arma (s) da Classe x, apresentou uma TAS desde igual ou superior a 0,5g/l até 1,19g/l. O arguido detinha, a(s) arma(s) x, classificada(s) como arma(s) da Classe A, nos termos da alínea n) do n.º2 do art.º 3.º da Lei 17/2009 de 06 de Maio ou armas das classes F e G bem como munições de salva ou alarme, nos termos da al. ae) do n.º 3 do art.º 2ª do mesmo diploma, sem se encontrar autorizado, fora das condições legais ou em contrário das prescrições da autoridade competente, nos termos do artigo 97.º da Maio, O arguido é proprietário ou detentor de uma arma, podendo ser da classe B ou B1 e encontrava-se na posse de mais de 250 munições para cada uma das classes, nos termos do n.º1 do art.º34 da Titular de licença C ou D e detinha mais de 2000 munições para arma da classe D e mais de 250 munições para cada calibre das armas da classe C, nos termos do n.º 2 do art.º 35º da N.º 2 do art.º 87º da N.º 1 e nº 2 do art.º 45º da Lei 17/2009 de 06 de Contra-ordenação Art.º 97º da Lei N.º 1 do art.º 34º da Contraordenação N.º 2 do art.º 35º da prisão de 4 a 12 anos, nos termos do n.º 2 do art.º 87º Tal facto é punido nos termos da alínea d) do art.º 99 da Lei Maio, com uma coima de 700 a 7000. Tal facto é punido nos termos do art.º 97º da Lei 17/2009 de 06 de com uma coima de 600 a 6000. Tal facto é punido na al. a) do coima de 250 a 2500 Tal facto é punido na al. a) do coima de 250 a 2500 4 de 8

O arguido é menor, com idade mínima de 16 anos e encontrava-se na prática de actos venatórios de caça sem estar acompanhado de quem exerce a responsabilidade parental ou estando na posse de autorização escrita deste, para o acto, não se encontrava acompanhado por pessoa habilitada com licença para a prática de acto venatório identificada naquela autorização ou possuindo autorização e estando acompanhado por pessoa habilitada com licença para a prática de acto venatório, a arma com que o menor caçava, não era da propriedade da pessoa mencionada naquela autorização. O arguido é possuidor de licença de detenção de arma no domicílio, tendo em sua posse, arma e respectivas munições, não cumprindo com o estipulado no n.º 3 do art.º 18º da O arguido emprestou a terceiro inabilitado para as deter, arma da classe C e D, para o exercício da prática venatória ou treino de caça não cumprindo com o estipulado no n.º 1 do art.º 38º da Lei 17/2009 de 06 de O arguido emprestou a arma sem ser a museu, por mais de 180 dias não cumprindo com o estipulado no n.º 3 do art.º 38º da O arguido alterou as características das reproduções de armas de fogo para práticas recreativas. O arguido excedeu os limites de armas permitidas para a licença de uso e porte de que era titular, nos termos do art.º 32º. O arguido, sendo detentor de arma, deixou caducar a licença, tendo ou não, finalizado o prazo de validade da mesma, promovido a tramitação necessária à sua legalização. Artigo 19º - A da Lei N.º 3 do art.º 18º da N.º 1 do art.º 38º da N.º 3 do art.º 38º da N.º 2 do art.º 99º da Artigo 19º - A da Lei N.º 1 do art.º 29º da Tal facto é punido na al. b) do Tal facto é punido na al. c) do Tal facto é punido na al. c) do Tal facto é punido na al. c) do Tal facto é punido pelo n.º 2 do art.º 99º com uma coima de 500 a 1000 Tal facto é punido na al. d) do Tal facto é punido no n.º 1 do art.º 99º - A com uma coima de 250 a 2500 5 de 8

O arguido ao ser fiscalizado, detinha consigo, arma de fogo, verificada a caducidade da licença de uso e porte, tendo ou não, finalizado o prazo de validade da mesma, promovido a tramitação necessária à sua legalização. N.º 2 do art.º 99º da Se as armas forem da classe F e G, é punido pelo art.º 97º. No que diz respeito às outras classes de armas, é punido pelo n.º 1 do art.º 86º como crime. 3. PROCEDIMENTOS 3.1. Qual a primeira preocupação do militar da GNR, ao fiscalizar uma situação que se enquadra no regime jurídico das armas e suas munições? Após abordar a situação, tem de ter em consideração se está perante um ilícito tipificado como contra-ordenação ou como crime. 3.2. Supondo que deparou com uma situação de crime, previsto na Que expediente elaborar, perante o ilícito criminal? Em virtude de ter sido constatada uma situação de crime em flagrante delito, há lugar à detenção do agente do crime e à apreensão dos objectos que serviram ou estivessem destinados à prática do crime. De acordo com a ocorrência, elabora-se: 3.2.1. Auto de Noticia O Auto de Noticia é elaborado de modo a dar conhecimento ao Tribunal dos factos ocorridos e da legislação infringida. Normalmente, é elaborado em triplicado, sendo o original enviado para tribunal, o duplicado enviado para o destacamento territorial e o triplicado fica no posto para consulta e arquivo. 3.2.2. Constituição de Arguido O detido é constituído arguido e, nos termos do art.º 58º do CPP, são-lhe lidos e explicados os seus direitos e deveres, consignados no art.º 61º do mesmo diploma. 3.2.3. Termo de Identidade e Residência Com a constituição de arguido, o detido tem de prestar, obrigatoriamente, Termo de Identidade e Residência, nos termos do art.º 196º do CPP. 3.2.4. Tribunal Caso o arguido não possa ser presente a juízo em tempo útil (prazo máximo de 48H), tem de ser restituído à liberdade e notificado, nos termos do art.º 385º do CPP, para comparecer no dia e hora perante o Ministério Público do tribunal que lhe for indicado. 3.2.5. Notificação Notificar o arguido de que pode apresentar testemunhas, em número não superior a cinco (5), nos termos do art.º 383º do CPP. 3.2.6. Notificação para o Ministério Público Dar conhecimento da detenção ao Ministério Público, através de Fax, fazendo referência no Auto de Noticia ao número de Fax, de acordo com o art.º 259º do CPP. 3.2.7. Apreensões Sempre que, por motivos justificados de acordo com o diploma legal das armas e suas munições, o agente de autoridade tenha que fazer a apreensão das armas, munições, licenças e manifestos, elabora auto de apreensão que posteriormente junta ao Auto para 6 de 8

enviar a tribunal. As apreensões efectuadas são realizadas de acordo com o art.º107º da Lei 17/2009 conjugado com o art.º 178º do CPP e validadas pela autoridade judiciária, no prazo máximo de setenta e duas horas. 3.2.8. Álcool/Substâncias estupefacientes ou outras De acordo com o art.º 46º da Lei 17/2009, no caso de se verificarem situações com álcool, o agente de autoridade tem de submeter o arguido a exame de pesquisa de álcool no ar expirado em aparelho aprovado, do qual é extraído talão comprovativo da quantidade de álcool no sangue. O talão retirado da máquina é a posteriori anexo ao Auto de Noticia. Se a suspeita se reportar à existência de substâncias estupefacientes ou outras o exame é feito mediante análise ao sangue. Sempre que o resultado for positivo, deve o arguido ser notificado do resultado e das sanções que daí decorrem e ainda de que pode pedir contraprova por análise ao sangue. 3.3. Havendo responsabilidade contra-ordenacional, que expediente elaborar? 3.3.1. Auto de Noticia por contra-ordenação Qualquer órgão de polícia criminal, exterior à PSP, que detecte um ilícito contraordenacional, elabora o auto de contra-ordenação e envia-o à PSP para instrução. A instrução dos processos de contra-ordenação compete à PSP e a aplicação das coimas compete ao director nacional que, no entanto, pode delegar, de acordo com o previsto no art.º 106º da Lei 17/2009. 3.3.2. Notificações Nos termos do art.º 47º, do Dec. Lei 433/82, o arguido é notificado de todo o conteúdo do Auto de Noticia por Contra Ordenação. É ainda notificado, em conformidade com o nº1 do art.º 50º- A, do Dec. Lei 433/82, e alínea a), nº 3, do art.º 58º, da mesma legislação, que pode efectuar o pagamento voluntário da coima pelo valor mínimo, no prazo máximo de dez dias. Caso não pretenda efectuar o pagamento voluntário da coima, pode, nos termos do art.º 59º da legislação referida, interpor recurso de impugnação, por escrito no prazo de vinte dias, ao Exmo. Sr. Director Nacional da Policia de Segurança Publica. Pode ainda, em caso de impossibilidade de pagamento tempestivo, comunicar o facto por escrito à entidade referida no parágrafo anterior. 3.3.3. Apreensões Sempre que, por motivos justificados de acordo com o diploma legal das armas e suas munições, o agente de autoridade tenha que fazer a apreensão das armas, munições, licenças e manifestos, elabora auto de apreensão que posteriormente junta ao Auto de contra-ordenação para enviar à PSP. As apreensões efectuadas, em virtude de se tratar de uma contra-ordenação, são realizadas de acordo com o art.º 48º-A do Dec. Lei 433/82. Em caso de contra-ordenação, a apreensão é comunicada à respectiva entidade pública ou privada titular da arma, para efeitos de acção disciplinar e ou restituição da arma 3.3.4. Álcool/Substâncias estupefacientes ou outras De acordo com o art.º 46º da Lei 17/2009, no caso de se verificar situações com álcool, o agente de autoridade tem de submeter o arguido a exame de pesquisa de álcool no ar expirado em aparelho aprovado, do qual é extraído talão comprovativo da quantidade de álcool no sangue. O talão retirado da máquina é, a posteriori, anexo ao Auto de Noticia por contra-ordenação. Se a suspeita se reportar à existência de substâncias estupefacientes ou outras, o exame é feito mediante análise ao sangue. Sempre que o resultado for positivo, o arguido deve 7 de 8

Anotações: ser notificado do resultado e das sanções que daí decorrem e, ainda, de que pode pedir contraprova por análise ao sangue. Se a situação em causa é uma contra-ordenação, passa a crime de desobediência qualificada, se o agente da contra-ordenação se recusar a efectuar o teste solicitado pelo órgão de polícia criminal. 3.3.5. Termo de Entrega Em virtude de a instrução do processo se realizar junto da PSP, o agente responsável pela elaboração do Auto de contra-ordenação deverá elaborar um termo de entrega do material apreendido, para fazer fé junto da PSP e salvaguardar qualquer situação de possível extravio ou perda desse material. 8 de 8