CERGAPA COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ CNPJ nº. 01.229.747/0001-89



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CERGAPA COOPERATIVA DE ELETRICIDADE GRÃO-PARÁ CNPJ nº. 01.229.747/0001-89 NOTAS EXPLICATIVAS Notas explicativas às demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2012 e 2011 (Valores expressos em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A permissionária é uma sociedade cooperativa, constituída na forma da lei nº 5.764/71, de capital aberto, controlada pelos associados, destinada a distribuição de energia elétrica, sendo a atividade regulamentada pela ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Atende a 3.387 associados sendo destes 3.263 consumidores e pela nova regulamentação do setor elétrico, estamos disponíveis para atender consumidores livres no Estado de Santa Catarina. 2. DA PERMISSÃO A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará - CERGAPA detém a permissão por prazo determinado de 30 anos, válida até 26 de fevereiro do ano 2040, conforme contrato nº 0038/2010, para a distribuição de energia elétrica no municipio de Grão-Pará com poligonais envolventes nos municípios de Braço do Norte e Rio Fortuna. 3. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis são apresentadas em milhares de reais e foram aprovadas pelo conselho de administração e pelo conselho fiscal. As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis e fiscais adotadas no Brasil, tomando-se como base a Lei nº 6.404/1976 lei das sociedades por ações, devido ao seu caráter aplicável as demais sociedades. Tomouse também como base os pronunciamentos de contabilidade emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC e pelo Conselho Federal de Contabilidade CFC, Resolução CFC nº 750/1993, 920/2001, 1.013/2005 e 1.282/2010. Estão ainda de acordo com a Lei 5.764/1971 que trata especificamente das sociedades cooperativas, além de atender as normas específicas emitidas pela ANEEL. Essas demonstrações seguiram os princípios, métodos e critérios uniformes em relação àqueles adotados no encerramento do último exercício social findo em 31 de dezembro de 2011. A preparação das demonstrações contábeis requer que a administração utilize estimativa e premissas que afetem os valores de ativos e passivos, a divulgação de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações contábeis, bem como os valores reconhecidos de receitas e despesas durante o exercício. Os resultados reais podem ser diferentes dessas estimativas. 4 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As praticas contábeis abaixo descritas foram aplicadas as informações societárias e regulatórias quando pertinentes e individuais se necessário conforme decisão do conselho de administração emanada da reunião realizada em 18 de março de 2013 e referenciada pela assembleia geral ordinária realizada em 23 de março de 2013. Caixa e equivalentes de caixas Estão registradas ao valor de mercado, expressas pelo saldo de caixa, depósitos em bancos, certificado de depósitos bancários e aplicações financeiras de curto prazo. As aplicações financeiras estão demonstradas ao custo acrescido dos rendimentos auferidos até o encerramento do exercício, com liquidez imediata estando sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Consumidores Compreende o fornecimento de energia faturada e não faturada a consumidores finais, conforme montantes determinados em contrato até 31 de dezembro de 2012, contabilizado com base no regime de competência. Provisão para créditos de liquidação duvidosa

Constituída em valor considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas de contas a receber de associados e consumidores e de títulos a receber, cuja recuperação é considerada improvável. Em relação às contas a receber de consumidores, a mesma é constituída conforme determina o MCSE - Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (item nº 6.3.2). Engloba os recebíveis faturados, até a data de encerramento do balanço, contabilizados pelo regime de competência. Os parcelamentos de débitos estão reconhecidos em valor considerado suficiente pela administração para cobrir as perdas na realização das contas a receber. Ajuste a valor presente Os ativos e passivos de longo prazo da cooperativa são ajustados a valor presente, quando aplicável, utilizando-se taxas de desconto que refletem a melhor estimativa da cooperativa. 2 Estoque (inclusive do ativo imobilizado) Os materiais em estoque, classificados no ativo circulante, estão registrados ao custo médio de aquisição e aqueles destinados a investimentos estão classificados no ativo imobilizado, pelo custo de aquisição. Investimentos As participações societárias permanentes em controladas e coligadas estão registradas pelo método da equivalência patrimonial. Os outros investimentos estão registrados pelo custo de aquisição, líquidos de provisão para perda quando aplicável. Os outros investimentos também estão registrados pelo custo de aquisição acrescido pelo ajuste a valor presente (AVP), quando aplicável sem a constituição de provisão para perda por entendermos não aplicável. Imobilizado Registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido da depreciação calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados nas respectivas Unidades de Cadastro - UC, conforme determina a à Resolução ANEEL nº. 367/2009. As taxas anuais constantes da tabela anexa à Resolução ANEEL nº. 367/2009 atualizada pela Resolução ANEEL nº. 474/2012. Intangível É reconhecido pelo valor justo de aquisição e de construção, deduzida a amortização acumulada e perdas por redução do valor recuperável sem a constituição de provisão para perda. A amortização do intangível é calculada através das taxas de depreciação tomando se como base os saldos contábeis registrados. A baixa de um ativo intangível é efetivada através de alienação ou quando não existem benefícios econômicos futuro resultante do uso ou da alienação. Os resultados da baixa de um ativo intangível são reconhecidos no resultado do exercício quando o ativo é baixado. Apuração de resultado As receitas e despesas são reconhecidas pelo regime de competência. Atualização de direitos e obrigações Demais ativos e passivos circulantes e de longo prazo estão atualizados até a data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos. Estimativas As estimativas são anualmente revisadas quando da preparação de demonstrações contábeis na conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

A administração se baseia em julgamentos para determinação e o registro de estimativas que afetem seus ativos, passivos, receitas e despesas e os resultados finais dessas transações e informações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes não afetem substancialmente o resultado. Imposto de renda e contribuição social Calculados e registrados quando devidos conforme legislação vigente nas datas dos balanços. Inclusa no regime tributário de apuração do lucro real, não tributou operações com associados, na forma determinada pela Lei nº 5.764/91. Empréstimos e financiamentos Atualizados com base nas variações monetárias e cambiais e acrescidas dos respectivos encargos, quando classificados como passivos financeiros amortizados pelo custo e registrados ao respectivo valor de mercado, quando classificados como passivos financeiros mensurados ao valor justo contra resultado. 3 Provisão para contingências As provisões para contingências conhecidas nas datas dos balanços são constituídas mediante avaliação e quantificação dos riscos relacionados a assuntos tributários, trabalhistas ou cíveis, cuja probabilidade de perda em processos que envolvam discussão judicial é considerada provável, na opinião da administração e de seus assessores legais. Estão sendo apresentadas nesta rubrica as provisões para contingências liquidas dos depósitos e/ou bloqueios judiciais e elas relacionadas. Reconhecimento das receitas Todas as receitas de operação, uso e serviço praticadas pela CERGAPA, são reconhecidas no momento da emissão da nota fiscal/fatura de energia elétrica por satisfazerem os requisitos exigidos na CPC 30 (R1). Receita não faturada Corresponde a receita de fornecimento de energia elétrica, entregue e não faturada ao consumidor, e a receita de utilização de rede de distribuição não faturada, calculadas em base estimada, referente ao período após a medição mensal e o ultimo dia do mês. Receita de construção e custo de construção O ICPC 01 (R1) estabelece que o permissionário de distribuição de energia elétrica deva registrar e mensurar os serviços prestados de acordo com os CPC 17 (R1) Contratos de Construção e CPC 30 (R1) Receitas, mesmo quando regidos por um único contrato de permissão. A permissionária contabiliza receitas de construção de infraestrutura de distribuição utilizada na prestação de serviços. Os custos são reconhecidos na demonstração de resultado do exercício como custo de construção. Impostos e contribuições As receitas de venda de serviços de distribuição estão sujeitas a tributação pelo imposto de circulação de mercadorias e serviços ICMS as alíquotas vigentes. Os demais tributos somente são exigíveis quando a permissionária opera com consumidores não associados. Apuração do resultado As receitas e despesas são conhecidas pelo regime de competência. A receita de distribuição de energia elétrica é reconhecida no momento em que a energia é faturada. Sobra líquida A sobra ou perda que ocorrer será colocada a disposição dos associados, que deliberarão sobre sua utilização, obedecendo ao disposto na lei nº 5.764/71 e estatuto social.

5. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 5.1. Contas bancárias a vista Banco do Brasil S/A 80 19 BANCOOB Credivale 117 68 CEF- Caixa Econômica Federal 60 11 Bradesco S/A 58 46 Total 315 144 4 5.2. Numerário em trânsito Banco do Brasil S/A 3 2 CEF- Caixa econômica federal 11 4 Bradesco S/A 1 1 Total 15 7 5.3. ATIVO FINANCEIRO AO VALOR JUSTO POR MEIO DE RESULTADO Aplicações financeiras Instituição Financeira Aplicação Vencimento Remuneração Credivale F.Inv. Diário 0,56% a.m. 217 204 Total 217 204 Todas as aplicações financeiras de liquidez imediata foram efetuadas em investimentos de baixo risco, para resgate a partir de 90 dias. 6. CONSUMIDORES, CONCESSIONÁRIOS E PERMISSIONÁRIOS Todos os consumidores foram faturados e tem saldo de consumo de pelo menos 12 dias referente ao disposto no calendário mensal de leitura. Geral Total de Consumidores Quantidade de Consumidores 3.372 3.162 Totais 3.372 3.162

6.1. - Composição das contas a receber Consumidor Residencial 152 127 Industrial 1.566 1.495 Comércio e outras atividades 60 50 Rural 685 574 Poderes Públicos 8 14 Iluminação Pública 254 293 Serviços Públicos 9 8 Renda não Faturada 64 67 5 Subtotal - Consumidores 2.798 2.628 Serviço Taxado 1 1 Encargos Tarifários 11 11 Parcelamentos 1.353 1.412 Outros 29 28 Total 4.192 4.080 Na composição acima estão incluídos os encargos de capacidade emergencial de cada classe consumidora. Consumidores Saldos Vincendos até 90 dias 91 até 180 dias Vencidos 181 até 360 dias Após 360 dias Ativo Circulante Consumidores 845 334 41 11 2.950 4.192 4.080 Fornecimento 832 300 30 11 1.626 2.799 2.629 Residencial 118 24 1 1 8 152 127 Industrial 123 128 24 0 1.291 1.566 1.495 Comercial 51 6 1 1 1 60 50 Rural 471 142 4 1 67 685 574 Poder Público 2 0 0 0 6 8 14 Iluminação Pública 0 0 0 8 246 254 293 Serviço Público 2 0 0 0 7 9 8 Consumo Próprio 1 0 0 0 0 1 1 Receita Não Faturada 64 0 0 0 0 64 67 Serviço Taxado 0 0 0 0 1 1 1 Outros Créditos 10 31 10 0 1.302 1.353 1.412 Parcelamento de energia 10 31 10 0 909 960 808 Cobr. Judicial Consumid. 0 0 0 0 229 229 231 Outros 0 0 0 0 164 164 373 Encargos Tarifários 0 0 0 0 11 11 11 Enc. de Capac. Emerg. 0 0 0 0 11 11 11 Rendas a Receber 3 3 1 0 21 28 27 Ativo Não Circulante

Consumidores 0 0 0 0 274 274 291 Outros Créditos 0 0 0 0 274 274 291 Bens Dest. a Alienação 0 0 0 0 254 254 254 Parcelamento de cheques 0 0 0 0 20 20 37 6.2. PROVISÃO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS Provisão para devedores duvidosos 2.333 2.426 Total 2.333 2.426 6 A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída para fazer face de eventuais créditos de liquidação duvidosa, conforme determina o MCSE Manual de Contabilidade do Setor Elétrico Resolução ANEEL nº. 444, de 26/10/2001, item 6.3.2 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, enquadrados nas seguintes condições: a) Consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias; b) Consumidores comerciais vencidos há mais de 180 dias; e c) Consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação pública, serviços públicos e outros, vencidos há mais de 360 dias. 7. DEVEDORES DIVERSOS Devedores Empregados 11 1 Adiantamentos a fornecedores - - SC - Geracoop - - Total 11 1 8. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Circulante ICMS 20 11 Total 20 11 9. ESTOQUE Estoque Almoxarifado 289 233 Total 289 233

10. DESPESAS PAGAS ANTECIPADAMENTE Despesas Pagas Antecipadamente Seguros 12 4 Outros 10 2 Total 22 6 11. OUTROS CRÉDITOS 11.1 SERVIÇOS EM CURSO 7 Serviços em Curso Serviços Próprios 13 - Projeto P&D 5 - Projeto P&E 15 - (-)Desativações em Curso (9) - Total 24 0 11.2 OUTROS Outros Créditos SC GERACOOP - 106 Antecipações UNIMED 47 - Uso Mútuo de Postes 5 - Total 52 106 12. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS Não circulante ICMS 23 25 Total 23 25 13. ATIVO INDENIZÁVEL (PERMISSÃO) Em Serviço Máquinas e Equipamentos 5 - Total 5 -

14. OUTROS CRÉDITOS NÃO CIRCULANTE 14.1. BENS DESTINADOS A ALIENAÇÃO Terrenos 254 254 Total 254 254 8 14.2. OUTROS Cheques Parcelados 20 37 Total 20 37 15. INVESTIMENTOS Controladas SC GERACOOP 5 5 Estudos e Projetos 423 - Total 428 5 Os investimentos estão consolidados em informações dos órgãos e garantidos em cláusulas estatutárias. 16. IMOBILIZADO Em serviço Custo Depreciação acumulada Valor Líquido Valor Líquido Geração - - - 423 Estudos e projetos - - - 423 Distribuição 1.471 443 1.028 1.238 Terrenos 735-735 336 Reavaliação - - - 542 Edificações 285 67 218 54

Reavaliação - - - 174 Veículos 451 376 75 110 Móveis e Utensílios - - - 22 Comercialização 22 11 11 32 Maquinas e equipamentos 22 11 11 32 Administração 202 82 120 87 Maquinas e equipamentos 97 34 63 34 Reavaliação - - - 9 Veículos 37 21 16 23 Móveis e Utensílios 52 24 28 21 Intangível 16 3 13 - Total 1.695 536 1.159 1.780 Em curso 104-104 43 Administração 104-104 43 Atividade Não Vinculada 143-143 - Terrenos 143-143 - Total AIS 1.942 536 1.406 1.823 9 As principais taxas anuais de depreciação por macro-atividade, de acordo com a Portaria ANEEL nº 815 de 30/11/1994 e Resolução ANEEL nº 44 de 1.999 e atualizada pela Resolução ANEEL nº. 367/2010 e pela Resolução ANEEL nº 474/2012 são as seguintes: Taxas anuais de Distribuição depreciação (%) Banco de capacitores tensão < 69 kv 6,7 Chave de distribuição - tensão < 69kV 6,7 Condutor do sistema - tensão < 69kV 3,57 Equipamento geral 6,25 Estrutura do sistema - tensão < 69kV 3,57 Medidor Eletromecânico 4,0 Medidor Eletrônico 7,69 Regulador de tensão- tensão < 69kV 4,35 Religador 4,0 Transformador de distribuição 4,0 Edificação 3,33 Veículos 14,29 Taxas anuais de Administração depreciação (%) Equipamento geral 6,25 Edificação 3,33 Veículos 14,29 Taxas anuais de Comercialização depreciação (%) Equipamento geral 6,25 Veículos 14,29

De acordo com os artigos 63 e 64 do decreto nº 41.019 de 26 de fevereiro de 1957, os bens e instalações utilizados na distribuição e comercialização de energia elétrica são vinculados a estes serviços, não podendo ser retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e expressa autorização do Órgão Regulador. A resolução ANEEL n o 20/99 regulamenta a desvinculação de bens das concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concedendo autorização prévia para desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação, determinando que o produto das alienações seja depositado em conta bancária vinculada para aplicação na permissão. 16.1. Obrigações vinculadas à permissão do serviço público de energia elétrica. As obrigações vinculadas à permissão do serviço público de energia elétrica e representam os valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos consumidores, bem como as doações não condicionadas a retornos ao doador e as subvenções destinadas a investimentos no serviço público de energia elétrica na atividade de distribuição. O prazo de vencimento dessas obrigações é aquele estabelecido pelo órgão regulador para concessões de geração, transmissão e distribuição, cuja quitação ocorrerá ao final da permissão. A CERGAPA não possui tais contribuições em função de que às redes de distribuição foram financiadas com recursos de associados mediante subscrição e integralização de capital. A partir da publicação do contrato passou a obedecer ao disposto na Resolução nº 456/2000, revogada pela Resolução nº 414/2010, alterada pela Resolução 479/2012, calculando a participação financeira do consumidor na forma estabelecida pela Resolução normativa nº 250/2007, revogada pela Resolução nº 414/2010, alterada pela Resolução 479/2012. 10 16.2. ITG 01 - Contratos de Concessão/Permissão O conselho de administração determinou a aplicação das disposições emanadas no ICPC 01 (R1). 16.3. Redução ao Valor Recuperável - Impairment A CERGAPA pratica a avaliação e o monitoramento do desempenho futuro dos seus ativos. Neste contexto e, considerando o disposto no Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1)/IAS 36 Redução ao Valor Recuperável de Ativos, caso existam evidências claras de que existam ativos registrados por valor não recuperável, ou sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável no futuro, reconhecerá a desvalorização por meio da constituição de provisão para perdas. As principais premissas que sustentam as conclusões dos testes de recuperação estão listadas abaixo: Menor nível de unidade geradora de caixa: permissão detida; Valor recuperável: valor de uso, ou valor equivalente aos fluxos de caixa descontados (antes dos impostos), derivados do uso contínuo do ativo até o final da sua vida útil e; Apuração do valor de uso: baseada em fluxos de caixa futuros, em moeda constante, trazidos a valor presente por taxa de desconto real e antes dos impostos sobre a renda. A administração entende ter direito contratual assegurado no que diz respeito à indenização dos bens vinculados ao final da concessão de serviço público, admitindo para fim de cálculo de recuperação e até que se edite regulamentação sobre o tema, a valorização dessa indenização pelo valor justo de reposição. Assim, a premissa de valoração do ativo residual ao final da permissão ficou estabelecida nos valores registrados contabilmente. Com base nas premissas acima, a cooperativa não identificou necessidade de constituição de provisão para redução do valor dos ativos ao valor recuperável. 17. INTANGÍVEL Em serviço Custo Histórico Amortização acumulada Valor Líquido Valor Líquido Distribuição 10.037 4.913 5.124 4.792 Bens da permissão 10.037 4.913 5.124 4.792 Em curso Custo Histórico Amortização acumulada Valor Líquido Valor Líquido

Distribuição 278-278 541 Bens da permissão 278-278 541 18. FORNECEDORES Suprimento de Energia Elétrica Centrais Elétricas - CELESC 219 190 Total 219 190 11 Materiais e Serviços Materiais e serviços 130 62 Total 130 62 19. FOLHA DE PAGAMENTO Empregados - 1 Contribuição social - 12 Obrigações Estimadas 125 113 Total 125 126 19.1. OBRIGAÇÕES ESTIMADAS Impostos e contribuições 43 30 Folha pagamento 82 83 Total 125 113 20. EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTOS Circulante Associados 28 28 SICOOB Credivale - 37 Bradesco S/A - 1 Banco Volkswagen S/A - - Total 28 66

Não circulante Associados 30 58 Total 30 58 21. ENCARGOS DO CONSUMIDOR Encargos do Consumidor CCC Conta de consumo de combustível 13 25 CDE Conta de desenvolvimento energético 20 19 RGR Reserva global de reversão - 11 PROINFA Programa de incentivo a fontes alternativas de energia - 16 TFSEE Taxa de fiscalização do serviço de energia elétrica 2 2 Encargos ex-isolados 3 3 Total 38 76 12 Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética P&D Pesquisa e desenvolvimento 26 15 PEE Programa de eficiência energética 58 30 Total 84 45 22. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS ICMS 171 138 INSS 29 21 FGTS 7 7 PIS 1 1 IRRF 5 1 Total 213 168 23. OUTRAS CONTAS A PAGAR Consumidores 4 - Outras Provisões - 4 COSIP Grão-Pará 1 15 Total 5 19

24. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS Fiscais Contingências Exercício Valor da provisão Acumulada Depósitos Judiciais Exercício Valor da provisão Acumulada Depósitos Judiciais CSLL - 142 - - 138 - COFINS - 384 - - 384 - PIS - 84 - - 84 - Total - 610 - - 606-13 24.1 - Fiscais A CERGAPA foi notificada pela Receita Federal em dezembro de 2006 pela falta de recolhimento para o Programa Social PIS; e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social COFINS; sobre a receita bruta. Amparo legal: Leis nº 9.715/98 e 9.718/98 alterada parcialmente por Medidas Provisórias até a de nº 2158-35/2001. Leis nº 10.637 de 30 de dezembro de 2002, Leis nº 10.676 de 22 de maio de 2003 Leis nº 10.684 de 30 de maio de 2003, Instrução Normativa nº 145 da SRF de 09 de dezembro de 1999, Instrução Normativa nº 247 de 21 de novembro de 2002, Instrução Normativa nº e 358 de 09 de setembro de 2003; Os dispositivos legais citados estabeleceram que a contribuição para o PIS e a COFINS são devidas pelas pessoas jurídicas de direito privado, calculadas com base no faturamento a partir de 01 de fevereiro de 1999, aplicando-se, todavia às sociedades cooperativas sobre os fatos geradores a partir de novembro de 1999. A Cooperativa interpôs recurso junto a Delegacia da Receita Federal de Florianópolis SC, requerendo nulidade total do ato fiscal. A administração da cooperativa entende que somente as operações praticadas com não associados geram receitas sujeitas a incidência de PIS e COFINS como não pratica tais operações, não possui receitas sujeitas ao pagamento das contribuições. O conselho de administração determinou que se mantivesse a disposição de que esta provisão não seja corrigida considerando ganho provável em função de julgamentos ocorridos com decisão favorável. Relativo ao período não fiscalizado a partir de 07/2006, não foram efetuados cálculos e provisões de quaisquer valores, havendo entendimento de que as operações realizadas pela CERGAPA possuem características de ato cooperativo sobre as quais não devem incidir tributos e contribuições. 24.2 - Outras provisões Não existem outras situações de provisões que possam refletir significativamente na análise da situação patrimonial e financeira da CERGAPA revelada nas demonstrações contábeis. 25 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.1 - Capital social

De acordo com a legislação cooperativista, a conta Capital Social é movimentada nas seguintes hipóteses: Na admissão do cooperado, pela subscrição do valor das quotas partes fixado no estatuto social; Pela subscrição de novas quotas partes; Pela capitalização de sobras e pela incorporação de reservas, exceto as indivisíveis e; Pela retirada do cooperado, por demissão, eliminação ou exclusão. O capital social está representado pelo valor totalmente integralizado, correspondendo à participação de 3.387 (três mil, trezentos e oitenta e sete) cooperados em 31 de dezembro de 2012 em 2011 eram 3.162 (três mil, cento e sessenta e dois). Capital subscrito 985 961 (-) Capital a realizar 4 4 Total 981 957 14 Art. 14. O capital social da CERGAPA é representado por cotas - partes no valor de R$ 1,00 (hum real) cada, não terá limite quanto ao máximo, variará conforme o número de cotas subscritas, mas nunca será inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais). 25.2 - Reservas de capital Reservas de reavaliação e ajustes patrimoniais 1.325 1.333 Total 1.325 1.333 25.3 - Fundos estatutários Reserva legal 553 514 Fates - Fundo de assistencia técnica educacional e social 402 604 Fundo de expansão e manutenção do sistema de distribuição 5.431 4.877 Total 6.386 5.995 O artigo 46 do estatuto social determina: A Cooperativa se obriga a constituir : a) O fundo de reserva legal destinado a reparar perdas ou atender o desenvolvimento de suas atividades, constituído de 10% (dez por cento) das sobras liquidas verificadas no exercício. b) O fundo de assistência técnica, educacional e social, destinado a prestação de assistência aos associados, seus familiares e seus empregados, constituído de 10% (dez por cento) das sobras liquidas do exercício. c) O fundo de expansão e manutenção do sistema de distribuição, priorizando a universalização dos serviços em sua área de atuação, constituído de 50% das sobras liquidas verificadas no exercício.

25.4 - Sobras do exercício Sobra a disposição da Ago 188 142 188 142 A Lei nº 5.764/71, em seu art. nº 44, item II, define que as sobras apuradas no exercício após, constituídas as provisões dos fundos estatutários terão destinação definidas em assembleia geral. 26. JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO. 15 No exercício não foram computados juros sobre o capital próprio que financiou obras em andamento inclusive no imobilizado em curso. 27. RECEITA OPERACIONAL 27.1. Fornecimento energia elétrica Consumidores Residencial 554 391 Industrial 911 736 Comercial 256 216 Rural 1.501 1.373 Poderes públicos 40 35 Iluminação pública 54 46 Serviços públicos 5 5 (-) Renda não faturada (2) (107) Total 3.319 2.695 27.2 - Uso do sistema de distribuição Grupos de consumidores Residencial 631 707 Industrial 770 909 Comercial 292 303 Rural 1.720 1.754 Poderes públicos 44 40 Iluminação pública 62 52 Serviços públicos 8 5 (-) Renda não faturada (1) (88) Total 3.526 3.682

27.3. Receita de construção Construção de redes de distribuição 617 543 Total 617 543 27.4 - Outras receitas operacionais Compartilhamento de Infraestrutura 35 27 Serviços Taxados 8 1 Ganhos na Alienação de Bens e Direitos 20 64 Outras Receitas 16 4 Total 79 96 16 28 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL 28.1 Tributos e Encargos Estaduais ICMS 1.438 1.387 Total 1.438 1.387 28.2 Encargos Parcela A CCC 262 142 CDE 228 137 RGR 117 110 P&D 24 17 PEE 24 17 Encargos ex-isolados 20 15 Total 675 438

29. ENERGIA COMPRADA PARA REVENDA 29.1. Suprimento TE Quantidade MWh Celesc Distribuição S/A 20.957 23.556 1.281 1.087 Total 20.957 23.556 1.281 1.087 29.2 Encargos de uso do sistema 17 TUSD Celesc Distribuição S/A 226 183 Total 226 183 30. CUSTOS GERENCIAVEIS PARCELA B 30.1 - Custo de Operação Custo de Operação Pessoal 1.135 1.129 Serviços de terceiros 186 295 Material 310 325 Arrendamento e aluguéis 1 1 Tributos 10 7 Seguros 14 25 Depreciações 429 363 Outras 7 10 Total 2.092 2.155 30.2. Custo de Construção Custo de Construção Custo de Construção de Redes 617 543 Total 627 543

31. DESPESAS OPERACIOANIS 31.1. Despesas com Vendas Despesas com Vendas (Provisões-Reversões) -51 143 Total -51 143 18 31.2. Despesas Gerais e Administrativas Pessoal/Encargos/Administradores 319 228 Materiais 24 53 Serviços 362 394 Seguros 4 5 Aluguéis - 7 Depreciação 21 19 Tributos 4 4 Doações e Contribuições 94 77 Taxa de Fiscalização 19 13 (-) Recuperação de Despesas -10-39 Outros 61 12 Total 898 773 31.3. Outras Despesas e Receitas Operacionais Outras Despesas e Receitas Operacionais 12 - Total 12-32. RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 99 199 (-) Despesas financeiras 11 34 Total 88 165

32.1. Receitas financeiras Descontos obtidos 8 10 Encargos financeiros sobre energia 66 70 Juros recebidos - 1 Resultado de aplicações financeiras 17 4 Outras receitas financeiras 8 114 Total 99 199 19 32.2. Despesas financeiras Despesa bancárias 6 4 Juros sobre financiamentos 4 29 Outras despesas 1 1 Total 11 34 33. PROVISÕES PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL O cálculo das provisões para o imposto de renda e a contribuição social foi calculado obedecendo ao disposto na legislação fiscal e a Lei nº 5.764/7l, (sociedades cooperativas), que define operações com associados e com terceiros. Operações no período: Operações com Contas Associados Terceiros Total 1- Receita Operacional Bruta 6.887 36 6.923 2 - Deduções da Receita Bruta 2.112 1 2.113 2.1 Impostos e Contrib. Sobre a Receita 1.438-1.438 2.2 Encargos Setoriais 674 1 675

3 Receita operacional Líquida (1-2) 4.775 36 4.811 4 Custo do Serviço de Energia Elétrica 3.599 1 3.600 5 (=) Resultado operacional Bruto (3-4) 1.176 35 1.211 6 Despesas Operacionais 826 (17) 809 6.1 - Despesas Gerais e Administrativas 897-897 6.2 Despesas Menos Receitas Financeiras (71) (17) (88) 7 Resultado Não Operacional (39) - (39) 8 Result. Liq. Exerc. Antes Trubutação (5-6+7) 389 52 441 9 Tributos Incidentes Sobre o Resultado - 12 12 9.1 Imposto de Renda pessoa Jurídica - IRPJ - 7 7 9.2 Contribuição Social S/Lucro líquido CSLL - 5 5 10- resultado Líquido do Exercício (8-9) 389 40 429 Resultado Líquido do Exercício em 2011 472-472 20 A Lei 5.764/7l define as sociedade cooperativas como sociedades sem fins lucrativos, não havendo incidência de tributos sobre os resultados de operações com associados. As operações realizadas pela CERGAPA em 2012 foram realizadas 99,98% com associados e 0,02% com terceiros sobre os quais foi provisionado imposto de renda e contribuição social. 34. PARTICIPAÇÕES NOS RESULTADOS A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará - CERGAPA não possui programa de participação nas sobras da empresa direcionada aos empregados. 35. PLANO DE SAÚDE E OUTROS BENEFICIOS AOS EMPREGADOS A permissionária manteve o plano de saúde junto a UNIMED, participando com 100% dos custos mensais de contratação. Os exames regulamentares exigidos pela lei trabalhista são efetuados sem ônus ao quadro funcional. Contratado seguro de vida a todos os colaboradores na empresa Liberty Seguros. 36. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará - CERGAPA não efetuou transações com partes relacionadas, por não possuir controle acionário com empresas controladas. 37. INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) CONSIDERAÇÕES GERAIS A administração avalia que os riscos são mínimos, pois não existe concentração de parte contrária, e as operações de cobrança de energia são realizadas com bancos de reconhecida solidez dentro de limites aprovados. b) CONCENTRAÇÃO DE RISCOS DE CRÉDITO Os créditos de liquidação duvidosa estão adequadamente cobertos por provisão para fazer em face de eventuais perdas na realização destes. c) PRINCIPAIS PARTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES POR UNIDADE DE NEGOCIO: Nas unidades de negócio foram consideradas as receitas operacionais faturadas aos consumidores externos, por transferências de preços contratadas entre as partes, conforme segue:

Receita da unidade Despesas de unidade G T D C AV Total Distribuição D - - 3.526 3.319 696 7.541 Total - - 3.526 3.319 696 7.541 As receitas e despesas operacionais estão contabilizadas em cada Unidade de Negócio, acrescidas dos valores apurados com base nas receitas transferidas entre as mesmas. As deduções como, impostos, contribuições quando devidas foram calculadas sobre o montante das receitas escrituradas, aplicando-se as alíquotas ou taxas efetivamente incorridas na permissionária. As receitas financeiras, oriundas de rendimentos de aplicações financeiras, foram classificadas em cada Unidade de Negócio. 21 O imposto de renda e a contribuição social não foram calculados. 38 SEGUROS A especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais seguros está demonstrada a seguir: Bem patrimonial (frota) Data da vigencia Risco Importancia segurada Fiat Strada ano 1.4 2010/2011 (1) 21/08/12 à 21/08/13 Total 50 Volkswagen Gol 1.6 ano 2010 (2) 15/11/12 à 15/11/13 Total 50 Fiat Strada ano 1.4 2011/2012 (3) 26/07/11 à 26/07/12 Total 50 Caminhão Mercedes Bens 1718 ano 2001 (4) 26/07/11 à 26/07/12 Total 100 Toyota Hilux ano 2009 (5) 26/07/11 à 26/07/12 Total 50 Toyota Hilux ano 2009 (6) 26/07/11 à 26/07/12 Total 50 Toyota BJ ano 1998 8 (7) 26/04/11 à 25/04/12 Total 100 Honda NXR 150 bros ESD (8) 17/04/12 à 17/04/13 Total 50 Honda NXR 150 bros ESD (9) 30/01/12 à 17/04/13 Total 50 Honda NXR 150 bros ESD (10) 30/01/12 à 17/04/13 Total 50 Item 1 Tokio marine Seguros. Item 2 Sul América Cia Nacional de Seguros. Item 3 Liberty Seguros. Item 4 Liberty Seguros. Item 5 Liberty Seguros. Item 6 Liberty Seguros. Item 7 HDI Seguros S/A. Item 8 Sul América Cia Nacional de Seguros. Item 9 Sul América Cia Nacional de Seguros. Item 10 Sul América Cia Nacional de Seguros. Bem patrimonial (outros) Data da vigencia Risco Importancia segurada Regulador de Tensão Thoshiba (1) 07/10/12 à 07/10/13 Total 120 Regulador de tensão Birigui (2) 20/04/12 à 20/04/13 Total 120 Regulador de tensão Birigui (3) 20/04/12 à 20/04/13 Total 120 Regulador de Tensão faleg (4) 07/10/12 à 07/10/13 Total 120 Sede social Galpão (5) 31/07/12 à 31/07/13 Total 450

Item 1 Marítima seguros. Item 2 Marítima seguros. Item 3 Marítima seguros. Item 4 Marítima seguros. Item 5 Tokio Marine Seguros. 39. EVENTOS SUBSEQUENTES Os eventos subsequentes que poderão causar impacto na posição patrimonial, financeira no resultado e nas atividades são: Possível recessão economica. Intempéries naturais. 22 Ademir Steiner Presidente CPF 289.272.659-04 Vilson Ponciano Contador CRC/SC-012498/O-8