REGULAMENTO INTERNO DE QUALIFICAÇÃO



Documentos relacionados
REGULAMENTO INTERNO DE QUALIFICAÇÃO DA ORDEM DOS FARMACÊUTICOS

REGULAMENTO INTERNO DE QUALIFICAÇÃO

REGULAMENTO INTERNO DE QUALIFICAÇÃO. Preâmbulo

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO

FORMULÁRIO DE CANDIDATURA programa de apoio às pessoas colectivas de direito privado sem fins lucrativos do município de santa maria da feira

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA Página 1 de 11

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS FINANCEIROS E NÃO FINANCEIROS. Nota justificativa

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Regulamento Interno do Conselho Local de Acção Social de Montemor-o-Novo

HISTÓRICO DE REVISÕES REVISÃO DATA SÍNTESE DA REVISÃO

JUNTA DE FREGUESIA DE ALMADA

REGULAMENTO DA ÁREA MÉDICA DOS SERVIÇOS SOCIAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Regulamento de Apoio ao Movimento Associativo

Formulário para a apresentação de candidaturas. à gestão do Eixo 3 do PRODERAM. Estratégias Locais de Desenvolvimento

PROPOSTA ALTERNATIVA

REGULAMENTO DA BOLSA DE AUDITORES

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo

Regulamento para a Concessão de Subsídios a Entidades e Organismos que Prossigam Fins de Interesse Público da Freguesia de Areeiro CAPÍTULO I

REGULAMENTO DA AGMVM N.º 1/2012 SUPERVISÃO PRUDENCIAL

Regulamento Financeiro do Partido Social Democrata (Aprovado na Comissão Política Nacional de )

REGULAMENTO DE APOIO AO ASSOCIATIVISMO

RELATÓRIO INTERCALAR (nº 3, do artigo 23º, da Decisão 2004/904/CE)

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS ARTIGO 1º

VICE-PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL, S.R. DO TRABALHO E SOLIDARIEDADE SOCIAL Despacho n.º 1009/2012 de 20 de Julho de 2012

CAPÍTULO I. Objectivos e Definição. Artigo 1º. Objectivos

REGULAMENTO INTERNO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MUNICÍPIO DE ALCOCHETE CÂMARA MUNICIPAL REGULAMENTO DE APOIO AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Dr. José Timóteo Montalvão Machado

REGULAMENTO DE APOIO A INICIATIVAS EMPRESARIAIS ECONÓMICAS DE INTERESSE MUNICIPAL

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS PELO MUNÍCIPIO DE MORA. Nota justificativa

REGULAMENTO DO CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM

REGULAMENTO INTERNO DEPARTAMENTO DE FORMAÇÃO HAPINEZ CENTRO DE EXCELÊNCIA PARA A PSICOLOGIA. Pág.1/19

REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DOS DOCENTES DA ESCOLA DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO MINHO (RAD-EPSI)

REGULAMENTO DO CONCURSO PARA ARRENDAMENTO DE IMÓVEIS

REGULAMENTO DA AGMVM N.º 3/2012 NORMALIZAÇÃO DE INFORMAÇÃO FINANCEIRA

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO CONTÍNUA DA FEUP

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

REGULAMENTO PARA PLANOS DE COMERCIALIZAÇÃO E VENDA. Capítulo I. Objecto e condições de elegibilidade das candidaturas. Artigo 1º.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA REGIMENTO DA EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA EM DERMATOLOGIA EMC-D

REGULAMENTO SOBRE INSCRIÇÕES, AVALIAÇÃO E PASSAGEM DE ANO (RIAPA)

Eixo Prioritário III Valorização e Qualificação Ambiental e Territorial Equipamentos para a Coesão Local Equipamentos Sociais

REGULAMENTO DO FUNDO DE APOIO À COMUNIDADE CIENTÍFICA (FACC)

Decreto-Lei 187/2002, de 21 de Agosto-192 Série I-A

Projeto de Regulamento de Concessão de Apoios. Freguesia de Fátima

NORMAS DE APOIO AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO

REGULAMENTO FINANCEIRO DO CDS/PP

Ministério da Administração do Território

DECRETO N.º 162/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

Délia Falcão. 11 de Janeiro 2012

MANUAL DE CERTIFICAÇÃO DOS LENÇOS DE NAMORADOS DO MINHO

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

REGULAMENTO programa de apoio às pessoas colectivas de direito privado sem fins lucrativos do município de santa maria da feira

Artigo 1º (Objecto e âmbito)

CONSELHO LOCAL DE ACÇÃO SOCIAL DE OURÉM - CLASO -

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

ORDEM DE SERVIÇO Nº 17/2015 Regulamento Relativo ao Pessoal Docente Especialmente Contratado da Universidade de Évora

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIO E FINANCIAMENTO DO ASSOCIATIVISMO DESPORTIVO

GUIAS DA MONTANHA DO PICO Parque Natural da ilha do Pico. Programa do Curso 15 Maio 2015

e) A sustentação das vertentes científica e técnica nas actividades dos seus membros e a promoção do intercâmbio com entidades externas.

I SÉRIE - N.º

AVISO (20/GAOA/2015)

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Departamento de Psicologia e Educação

PÓS-GRADUAÇÃO EM ACTIVIDADE FÍSICA NA GRAVIDEZ E PÓS-PARTO

PROGRAMA DO INTERNATO MÉDICO DE SAÚDE PÚBLICA

Manual de Certificação

FREGUESIA DE GALVEIAS

Diário da República, 2.ª série N.º de Março de

Avisos do Banco de Portugal. Aviso nº 2/2007

Avaliação do Desempenho dos Médicos.

REGULAMENTO INTERNO. Capítulo I Princípios Gerais. Artigo Primeiro Objecto

REGULAMENTO DO CURSO DE MESTRADO EM DESPORTO DA ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

Regulamento de Formação da B-Training, Consulting

澳 門 金 融 管 理 局 AUTORIDADE MONETÁRIA DE MACAU

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA EDITAL DE ABERTURA DE CONCURSO DE ACESSO MESTRADO EM ENGENHARIA E GESTÃO INDUSTRIAL.

Artigo 1.º. Âmbito e objeto

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Albergaria-a-Velha

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO FINANCEIRO ÀS ASSOCIAÇÕES AMBIENTAIS, CÍVICAS, CULTURAIS, DESPORTIVAS E JUVENIS DO MUNICÍPIO DA LOUSÃ

INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS

Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo Desportivo

GUIA PRÁTICO INSCRIÇÃO/ALTERAÇÃO MEMBROS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho

Regulamento. 5. O Concurso 50/50, promovido pelo ACM, IP, lançado pela primeira vez em 2015, assume um carácter experimental.

MESTRADO EM PSICOLOGIA SOCIAL E DAS ORGANIZAÇÕES GUIA DE ORGANIZAÇÃO E DE FUNCIONAMENTO DOS ESTÁGIOS

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE APOIO A BOLSAS DE QUALIFICAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO ARTÍSTICA Preâmbulo

Transcrição:

REGULAMENTO INTERNO DE QUALIFICAÇÃO Preâmbulo A qualificação dos farmacêuticos é um requisito fundamental para a sua adequada intervenção no Sistema de Saúde. A maximização da qualidade desta intervenção profissional exige, de forma contínua, a aquisição e a actualização de conhecimentos. À Ordem dos Farmacêuticos, como entidade reguladora da profissão, cabe assegurar que o desempenho dos farmacêuticos se paute por elevados compromissos éticos e deontológicos, assentes na prática profissional suportada pela evidência técnico-científica. O farmacêutico tem o dever de manter actualizadas as suas capacidades técnicas e científicas para melhorar e aperfeiçoar constantemente a sua actividade, de forma a desempenhar conscientemente as suas obrigações profissionais perante a sociedade (Cf. Art.º 83 do EOF). Nesse sentido, a Ordem dos Farmacêuticos dispõe de competência legal para [ ] condicionar a validade da carteira profissional à frequência de acções de formação contínua ou a unidades de crédito, ambas a regulamentar internamente (Cf. Artº. 125º do EOF). Definições e acrónimos Para efeitos do presente Regulamento, consideram-se as seguintes definições e acrónimos: Revalidação da Carteira Profissional consiste no procedimento necessário para que um Membro Efectivo possa manter o uso do título profissional e o exercício da profissão. 1

Mestrado Universitário Mestrado de 2º Ciclo (Bolonha) ou Mestrado Avançado. Creditação de Actividades consiste no procedimento necessário para a atribuição de CDP a acções de formação e outras actividades, tal como está definido nos anexos I e II. DN Direcção Nacional CQA Conselho para a Qualificação e Admissão CE Colégio de Especialidade GP Grupo Profissional CDP Crédito de Desenvolvimento Profissional SR Secção Regional OF Ordem dos Farmacêuticos Artigo 1.º Objecto e âmbito de aplicação 1 - O presente regulamento estabelece as regras a observar na Revalidação da Carteira Profissional emitida pela OF e aplica-se a todos os farmacêuticos a exercer a sua profissão em território nacional. 2- Para efeitos de Revalidação da Carteira Profissional a atribuição de CDP a acções de formação e outras actividades só será considerada após a respectiva creditação. 3 O Guião para Creditação de Actividades constitui o Anexo II deste Regulamento. Artigo 2.º Revalidação da carteira profissional 1 - Os períodos para a revalidação da carteira profissional têm a duração de 5 anos. 2

2 - Para obter a revalidação da carteira profissional, cada farmacêutico terá de alcançar um número total de créditos (CDP) igual a 15. 3 A cada 10h de formação (sem avaliação) corresponde 0,75 CDP. 4 A cada 10h de formação (com avaliação) corresponde 1 CDP. 5 A cada 5h de actividade formadora corresponde 1,5 CDP. 6 - A unidade mínima de formação para efeitos de creditação é igual a uma hora. 7 - Os CDP poderão ser obtidos pela evidência da prática no âmbito do acto farmacêutico (Cf. Art. 77º EOF) no valor de 1 CDP por cada ano de exercício profissional ou fracção correspondente ao número de meses de trabalho e ETIS (Equivalentes de Tempo Integral). A prova de exercício profissional poderá ser feita através de declaração da entidade patronal segundo minuta própria disponibilizada pela OF e acessível no seu site ou declaração da Segurança Social. A lista de actos de natureza análoga ao exercício profissional figurará em anexo neste Regulamento (Cf. Art. 78º EOF). 8 - Os farmacêuticos cuja actividade profissional não se enquadre no acto farmacêutico poderão obter os créditos necessários por realização de actividades creditadas. 9 O Doutoramento e a Agregação têm o valor de 15 CDP. 10 A aquisição do Título de Especialista e o Mestrado Universitário têm o valor de 10 CDP. 11 - A Pós-Graduação, a formação contínua presencial ou a formação contínua à distância com avaliação obtida numa instituição universitária ou reconhecida como tal pela DN sob proposta do CQA será creditada com 0,15 CDP por cada hora de formação, até um máximo de 5 CDP por ano de duração. 3

12 Para os efeitos de aplicação do número 11, os cursos de Pós-Graduação coorganizados e considerados estratégicos pela OF, poderão ser creditados com mais 1 CDP adicional, dependendo da avaliação da DN após parecer emitido pelo CQA. 13 - Estão sujeitos a revalidação da carteira profissional todos os membros efectivos da OF. Artigo 3.º Início do processo de revalidação da carteira profissional 1 - Os membros efectivos inscritos na OF iniciarão a revalidação da carteira profissional, de acordo com a seguinte calendarização: Ciclos Ano de Inscrição na OF Início de Ciclo Final de Ciclo 1 Até Dezembro de 1985 + 2011 Janeiro 2012 Dezembro 2016 2 Entre Janeiro de 1986 e Dezembro de 1995 + 2012 Janeiro 2013 Dezembro 2017 3 Entre Janeiro de 1996 e Dezembro de 2000 + 2013 Janeiro 2014 Dezembro 2018 4 Entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2005 + 2014 Janeiro 2015 Dezembro 2019 5 Entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2010 + 2015 Janeiro 2016 Dezembro 2020 2 Os CDP excedentes obtidos até ao início de cada ciclo de revalidação serão contabilizados em 50% do seu valor, transitando para o quinquénio seguinte, até um máximo de 6 CDP. 3 Serão considerados os créditos de desenvolvimento profissional (CDP) obtidos até à data de início do primeiro ciclo de revalidação contabilizando-se 50% do seu valor total, até ao máximo de 6 CDP. 4

Artigo 4.º Suspensão temporária da revalidação da carteira profissional 1 - É permitida a suspensão do período de revalidação nas seguintes situações: a. Doença prolongada (superior a 3 meses) b. Gravidez e parentalidade c. Desemprego de longa duração (superior a 6 meses) d. Exercício profissional fora do território nacional 2 - Em todas as situações referidas no anterior n.º1 os membros deverão fazer a respectiva prova mediante declaração emitida pelas entidades competentes. 3 Aos 5 anos do ciclo de revalidação será adicionado o período de duração da suspensão. 4 - Qualquer outra situação individual que impeça o farmacêutico de integrar este processo será objecto de deliberação pela DN, precedida de parecer prévio emitido pelo CQA. Artigo 5.º Cessação da revalidação da carteira profissional 1 O processo de revalidação da carteira profissional cessa no ano em que terminar o exercício da actividade farmacêutica ou a prática de actos próprios da profissão. 2 Em todos os casos referidos no ponto anterior os membros deverão fazer prova da sua situação junto da OF. Artigo 6.º Exercício profissional fora do âmbito do acto farmacêutico 1 - Serão criadas condições para a permanência na OF àqueles que não exercem actividade profissional enquadrada no acto farmacêutico. 5

2 - No caso de exercício profissional fora do âmbito do acto farmacêutico, é possibilitado ao membro efectivo obter os créditos necessários por creditação de actividades realizadas até um total de 5 CDP. 3 - Os membros efectivos que decidam, num determinado momento, iniciar uma actividade enquadrada no acto farmacêutico poderão obter o número de créditos necessários através da realização de actividades creditadas até completar os 15 CDP exigidos para revalidação da carteira profissional. Artigo 7.º Actividades passíveis de creditação 1 Incluem-se nas actividades passíveis de creditação, entre outras, as seguintes actividades que poderão ser realizadas em território nacional ou no estrangeiro: a) Formação pós-graduada: Doutoramento, Agregação, Mestrado Universitário, Pós- Graduação/MBA; b) Título de Especialista emitido pela OF c) Formação contínua: Cursos de Formação Contínua Presencial (com e sem avaliação), Cursos de Formação Contínua à Distância com Avaliação, Formação Intra-Empresa, Participação em Reuniões/Congressos com Registo de Presenças; d) Actividade formadora: Formador nas áreas abrangidas pelo acto farmacêutico, pelos serviços farmacêuticos consignados na Portaria 1429/2007 ou por outros aplicados à prática profissional. e) Intervenção Profissional 2 - A tabela de CDP para cada tipo de formação constitui o Anexo I deste Regulamento. 6

Artigo 8.º Tramitação 1- Os membros efectivos deverão apresentar à DN, no prazo máximo de 30 dias após o final do ciclo, o pedido de revalidação da carteira profissional, acompanhado da documentação necessária, através do sitio da OF. 2 - Cabe à DN deliberar sobre a revalidação da carteira profissional, no prazo máximo de 90 dias após o final do ciclo, precedido de parecer prévio emitido pelo CQA. Artigo 9.º Disposições finais 1 - Este regulamento entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2012, devendo ser objecto de publicitação adequada. 2 - A resolução dos casos omissos neste Regulamento será objecto de decisão pela DN no prazo máximo de 60 dias. 3 - O incumprimento do disposto no presente Regulamento será objecto de apreciação pelo competente Conselho Jurisdicional da OF. Lisboa, 24 de Agosto de 2011 7

ANEXO I Tabela de Creditação de Actividades Tipo Actividade Creditação Cursos de formação contínua presencial 1 Hora = 0,075 CDP (sem avaliação) 0,1 CDP (com avaliação) Cursos de formação contínua à distância com 1 Hora = 0,1 CDP avaliação Formação Formação intra-empresa 1 Hora = 0,1CDP Participação em palestras/conferências, reuniões ou congressos com registo de presenças 1 Hora = 0,1 CDP (máximo 5 CDP/5 anos) Pós-graduação/MBA 1 Hora = 0,1CDP até 5CDP Título de Especialista e Mestrado Universitário 10CDP Actividade formadora Doutoramento ou Agregação Formador na área da formação contínua que englobe o Acto Farmacêutico, os serviços farmacêuticos consignados na Portaria 1429/2007 ou outros aplicados à prática profissional. Orientação de estágios de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas Orientação de estágios de especialização Prelecção em Conferência (mínimo 30 minutos) Comunicação Oral Elaboração de poster/moderador de sessões Autor de artigo ou capítulo de livro técnico/científico 15CDP 1 Hora = 0,3 CDP até 1,5 CDP/acção Um orientador e um só local = 0,5 CDP por estagiário (máximo 1 CDP/ano) Vários orientadores = 0,1 CDP/mês (máximo 1 CDP/ano) 1 CDP/ano 0,75 CDP (máximo 7,5 CDP/5 anos) 0,5 CDP (máximo 5 CDP/5 anos) 0,25 CDP (máximo 2,5 CDP/5 anos) Com índice de impacto = 1 CDP (máximo 10 CDP/5 anos) 8

Sem índice de impacto = 0,25 CDP (máximo 2,5 CDP/5 anos) Exercício profissional no âmbito do acto farmacêutico (Cf. Art. 77º EOF) 1 CDP/ano (máximo de 5 CDP/5anos) Actividade Pericial 1 CDP (máximo 5 CDP/5 anos) Intervenção Profissional Júri 1 CDP (máximo 5 CDP/5 anos) Outras Actividades Participação em Comissões ou Grupos de trabalho de âmbito cientifico ou profissional ou em órgãos sociais de organizações farmacêuticas com carácter associativo Actividades e intervenção profissional não enquadrada nos items anteriores Nacional = 1 CDP (máximo 5 CDP/5 anos) Internacional = 2CDP (máximo 10 CDP/5 anos) Sujeitos a avaliação pelo CQA e validação da DN 9

ANEXO II Guião para Creditação de Actividades O presente Guião é um documento de informação e orientação para as Entidades que, ao promoverem acções formativas, oferecidas nos mais diversos moldes e formatos cursos, seminários, jornadas, congressos, simpósios, entre outros, disponibilizados para participação presencial ou a distância desejem solicitar a sua creditação junto da Ordem dos Farmacêuticos (OF), de modo a que as mesmas, ao serem realizadas por farmacêuticos, possam ser valorizadas no âmbito do processo de Revalidação da Carteira Profissional. Nele se sistematizam, esclarecem e especificam os elementos que as Entidades devem fornecer para que a OF proceda a uma adequada e expedita análise dos pedidos de creditação formulados. A Creditação de Actividades Formativas O que é? É o procedimento obrigatório à atribuição de CDP a acções de formação e/ou outras actividades, que contribuam para o desenvolvimento profissional contínuo dos farmacêuticos. Qual o objectivo da creditação de actividades formativas? O processo de creditação tem por objectivo garantir a qualidade e interesse das actividades formativas que são disponibilizadas aos farmacêuticos, contribuindo para credibilizar as entidades que as promovem. É o processo base que permite a sistematização, através de um método quantitativo, da Revalidação da Carteira Profissional. Apenas as actividades que tenham sido submetidas a creditação poderão ser consideradas para efeitos de Revalidação da Carteira Profissional. A quem compete a atribuição de CDP? A atribuição de CDP será efectuada pela DN, tendo por base: 10

a) Actualidade dos conteúdos; b) Adequabilidade à prática farmacêutica; c) Rácio conteúdos/carga horária; d) Métodos de avaliação/ Indicadores de desempenho/ Declaração de aproveitamento. Que actividades podem ser submetidas para creditação? Todas as actividades de carácter formativo, com duração mínima de 1h, podem ser submetidas para creditação, qualquer que seja o seu formato de apresentação: cursos, seminários, jornadas, congressos, simpósios, entre outros, disponibilizados para participação presencial ou a distância. Quem pode solicitar? Qualquer entidade que promova actividades formativas pode solicitar a creditação prévia de uma ou várias actividades. Por uma questão de optimização do processo de creditação é recomendável que as entidades planifiquem antecipadamente o leque de actividades que prevêem promover ao longo do ano, solicitando a creditação de um programa anual de actividades formativas. Não obstante, actividades realizadas de forma pontual ou actividades extraordinárias a um programa anual, já submetido para creditação, serão igualmente consideradas para efeitos de creditação. Quando se faz? Preferencialmente, a creditação de uma actividade formativa deve ocorrer previamente à sua divulgação e realização. Para tal, a entidade promotora da actividade formativa deve solicitar a creditação, tendo em linha de conta que, após entrada do processo completo na OF, a DN terá 30 dias úteis para se pronunciar sobre a creditação solicitada. Como se faz? A informação necessária ao processo de Creditação deve ser organizada de forma a conter todos os elementos considerados relevantes, e que se encontram especificados neste guião. 11

Toda a informação relevante deverá ser submetida em suporte electrónico, reservando-se a DN, caso o entenda necessário, a solicitar elementos complementares em suporte de papel e/ou a solicitar uma validação in loco da informação submetida. Como pode ser divulgada a creditação de uma actividade formativa? As actividades creditadas no âmbito da Revalidação da Carteira Profissional serão tornadas públicas pela DN. A divulgação de atribuição de CDP a uma determinada actividade formativa, pela entidade promotora, terá de ser previamente solicitada à DN, que cederá um logótipo próprio de validação, a incluir nos materiais de divulgação. Como é efectuado o controlo da creditação? Após atribuição da creditação, a OF poderá efectuar uma auditoria da formação. Este procedimento visa verificar a conformidade face às normas previamente estabelecidas, no que se refere ao funcionamento, dos resultados e/ou dos efeitos de uma acção, de um conjunto de acções ou do sistema de formação, tal como submetidos para creditação. Quanto custa? A comparticipação das Entidades nos custos de um processo de Creditação encontra-se afixada no quadro abaixo. Os valores referem-se a uma acção de formação tendo em conta o número total de participantes (numa ou mais sessões). Tipo de Actividade Custo* Acção de formação até 50 participantes (total das 100 várias sessões) Acção de formação para mais de 50 participantes 150 (total das várias sessões) Congresso ou Jornadas de nível Nacional ou 350 Internacional independente do n.º de participantes * A este valor acresce o valor do equipamento e software para validação dos participantes nas acções de formação. 12

B Elementos a fornecer para Creditação de Actividades Formativas: 1. Identificação da Entidade a) Denominação b) NIF c) Endereço da sede d) Código Postal e) País f) Telefone g) Fax h) E-mail i) Actividade Principal j) Ano de início de actividade k) Registo cadastro comercial (se aplicável) l) Âmbito de intervenção Âmbito Local/ Regional/ Nacional/ Internacional Com ou sem Fins lucrativos m) URL (endereço internet) 2. Caracterização da Estrutura Responsável pela Formação a) Pessoal afecto à entidade (nome; cargo; vínculo e CV) b) Corpos gerentes (nome; cargo; contacto e CV) c) Informações relevantes sobre a entidade d) Formadores Identificação de Formadores e n.º do CAP ou n.º CP (no caso de profissional liberal convidado) e) Contactos (para esclarecimentos adicionais) f) Certificado de Qualidade/Qualificação (se aplicável) 3. Caracterização e Identificação da Actividade Formativa Dados Gerais a)área de Formação b)nome do Curso/ Actividade 13

c)caracterização dos destinatários d)número de destinatários e)critérios de selecção dos participantes (conhecimentos prévios) f)duração (nº de horas) A duração da actividade deve estar adequadamente definida, identificandose, caso exista, a diferenciação das componentes de formação teórica, teóricoprática e prática/ laboratorial. No caso de formação à distância, o n.º de horas de trabalho associado à formação deverá ser calculado com base na média aritmética de um painel de 10 farmacêuticos, submetido à realização pré-teste da actividade formativa. As condições de realização do pré-teste e os respectivos resultados deverão ser registados e incluídos como anexo ao processo de creditação. Justificação da actividade Objectivos específicos Conteúdo Programático (referir documentação de apoio) Requisitos de realização Logística N.º mínimo de participantes Horário Condições de emissão de Certificado Frequência mínima obrigatória para emissão de certificado Avaliação mínima para emissão de certificado (se aplicável) Entidades parceiras (se aplicável) Metodologia de Ensino Tipo de abordagem Metodologia de acompanhamento Avaliação Avaliação da aquisição de conhecimentos Avaliação da actividade Avaliação dos formadores Formadores Nome dos formadores afectos à actividade formativa e respectivo CV (obrigatório) 14

Instalações e material didáctico Espaços e instalações afectos às actividades Material didáctico e equipamento pedagógico Entidades co-financiadoras Valores para comparticipação ou valor médio de cada inscrição Datas e Locais de realização 15