HERBÁRIO JOÃO MURÇA PIRES, PARÁ (MG)

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Transcrição:

HERBÁRIO JOÃO MURÇA PIRES, PARÁ (MG) Pedro Lage Viana (curador geral) Anna Luiza Ilkiu-Borges (curadora briófitas) Helen Maria Pontes Sotao (curadora fungos) Coordenação de Botânica, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém, Pará; pedroviana@museu-goeldi.br Resumo: O Herbário João Murça Pires (MG), do Museu Paraense Emílio Goeldi, sua abrangência de coletas, principais características do acervo, bem como breve histórico de projetos e contribuições para o estudo e conservação da flora da Amazônia são aqui apresentados. O herbário MG foi o primeiro herbário criado na Amazônia e possui atualmente 216.120 espécimes, incluindo plantas vasculares, briófitas e fungos e liquens, além das coleções associadas de plântulas, óleos essenciais, palinoteca, xiloteca e carpoteca. Seu acervo inclui 3.231 tipos nomenclaturais e coletas históricas de importantes botânicos, como Jacques Huber, Ernst Ule, Richard Spruce, Adolpho Ducke. Inúmeros projetos desenvolvidos na instituição, nas mais diversas áreas de pesquisas naturais, são realizados com o apoio do herbário, que também oferece serviços à sociedade. O herbário realiza permutas com diversos herbários nacionais e internacionais. Abstract: The herbarium João Murça Pires (MG), of the Museu Paraense Emílio Goeldi, its collection area, main features of the collection, as well as a brief history of projects and contribution to Amazonian flora knowledge are presented here. The MG herbarium was the first created in the Amazon and currently has 216,120 specimens, including vascular plants, bryophytes, fungi and lichens, and associated collections (seedlings, essential oils, pollen slides, wood and dried fruits). The collection includes 3,231 types and historical collections of important botanists such as Jacques Huber, Ernst Ule, Richard Spruce and Adolpho Ducke. Several projects conducted at institution, including a wide range of disciplines, are UNISANTA Bioscience Vol. 4 nº 6 Edição Especial (2015) Página 77

supported by the herbarium, which also offers services to society. Exchanges of duplicates with Brazilian and international herbaria are performed routinely. Palavras-chave: plantas, fungos, xiloteca, carpoteca, Belém, Amazônia. Missão: Preservar, ampliar e difundir o conhecimento sobre a flora da Amazônia. O Herbário do Museu Paraense Emílio Goeldi foi criado no final do século XIX pelo botânico suíço Jacques Huber. A coleção inicia-se com um exemplar de Cleome aculeata L., coletado por ele mesmo em 1895 no município de Belém, e logo é incrementada com duplicatas de importantes coletas realizadas na Amazônia depositadas na Europa. Hoje a coleção ultrapassa duas centenas de espécimes, resguardando parte importante da história do conhecimento da flora Amazônica. O acervo reúne atualmente 216.120 espécimes, destes 204.020 exsicatas de plantas vasculares, 7.300 amostras de briófitas e 4.800 de fungos, com abrangência predominantemente amazônica. A coleção de tipos nomenclaturais perfaz 3.085 espécimes de plantas vasculares, 96 de briófitas e 50 de fungos. Como coleções associadas ao herbário, há uma coleção de plântulas (120 registros), plantas aromáticas (900), lâminas palinológicas (8.200), uma carpoteca (2000) e uma xiloteca (Xiloteca Walter Egler, com 7.276 acessos). Uma coleção etnobotânica está em processo de inclusão no acervo do MG. Neste acervo, encontram-se amostras históricas de coletores que aturam na região, como Adolpho Ducke (8571 espécimes), Ernst Ule (2788), Jacques Huber (2500), Richard Spruce (396), Emílio Goeldi (376). Nas décadas de 1970 e 1980, o MG incorporou um expressivo acervo oriundo do projeto Flora Amazônica, resultante de coletas realizadas ao longo da Amazônia brasileira, em diversas fitofisionomias, como florestas de terra firme, várzea, igapó, campinaranas, restingas, savanas e campos rupestres. O incremento da coleção teve continuidade com a incorporação de espécimes relacionados a projetos UNISANTA Bioscience Vol. 4 nº 6 Edição Especial (2015) Página 78

institucionais, voltados ao conhecimento da biodiversidade da Amazônia, e de dissertações e teses dos programas de pós graduação vinculados ao MPEG. No final da década de 1990, foi implantada a primeira iniciativa para a informatização da coleção, utilizando o software BRAHMS, com um projeto em parceria com a Embrapa Amazônia Oriental, com recursos do CNPq e SUDAM/PNUD e PPBio (MCTI). A participação efetiva no projeto REFLORA Amazônia e Global Plants Initiative avançaram na informatização do banco de dados deste herbário. A coleção de tipos, incluindo imagens em alta resolução, encontra-se disponível no website Global Plants (https://plants.jstor.org/) e na base de dados do Herbário Virtual do REFLORA (http://reflora.jbrj.gov.br/). Atualmente o banco de dados do herbário MG está em fase de migração para a plataforma Specify. O acervo de plantas é organizado por ordem alfabética de famílias, que seguem as circunscrições propostas pelo APG (Angiosperm Phylogeny Group). As principais famílias representadas na coleção são Fabaceae s.l. (19.450 exsicatas), Rubiaceae (10.037) Euphorbiaceae (7.822), Melastomataceae (6,847) Poaceae (5934), Myrtaceae (5685) e Sapotaceae (4749). Na coleção de fungos, destaque ao filo Basidiomycota: Pucciniomycetes (rust fungi - Pucciniales) e Agaricomycetes (macrofungi), assim como os Ascomycota, Fungos conidiais (fungos anamorficos - hifomicetos), líquens (fungos liquenizados) e Myxomycetes. O Herbário MG possui uma edificação própria, que compreende um espaço de 540m 2 onde se localiza acervo de exsicatas; uma sala de triagem e montagem de espécimes (48m 2 ); uma sala para a Xiloteca (48m 2 ); uma sala para foto documentação de espécimes; dois gabinetes de 12m 2 para apoio técnico; e uma dependência de 20m 2 para secagem de material botânico. As exsicatas estão acomodadas em armários compactados deslizantes (22 módulos) e armários de aço (80 armários). O herbário é equipado com um aparelho HerbScan, duas estações estativas de foto documentação, 10 computadores, duas impressoras multifuncionais, 6 condicionadores de ar e sistema de proteção contra incêndios. O acervo é mantido a uma temperatura de 18 a 22 o C e anualmente submetido a expurgo com gás Phostoxyn. UNISANTA Bioscience Vol. 4 nº 6 Edição Especial (2015) Página 79

Atualmente o herbário conta com serviços e colaboração dos pesquisadores e tecnologistas da Coordenação de Botânica do Museu Paraense Emílio Goeldi, além de 11 funcionários de apoio técnico que exercem atividades desde a coleta de material botânico, auxilio nas identificações, secagem, montagem, informatização, incorporação e secretariado de herbário. Além disso, atualmente, seis bolsistas vinculados ao projeto SiBBr exercem atividades relacionadas à digitalização integral do acervo. Alunos de programas de Pós- Graduação e PIBIC vinculados ao Museu Emílio Goeldi desenvolvem atividades e projetos no herbário. O herbário MG é destino obrigatório de botânicos dedicados ao estudo da flora amazônica e recebe visitas de pesquisadores e estudantes do mundo todo. É uma base de dados fundamental para diversas áreas correlatas, como Ecologia, Biogeografia, Etnobotânica, Fitoquímica, Farmácologia, Engenharia Florestal, Zoologia, Genética etc., tendo cadastro, desde de Julho de 2002, no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN), como instituição fiel depositária de patrimônio genético. Outros serviços à sociedade são oferecidos, como auxílio para identificações botânicas e recebimento de amostras-testemunho de estudos técnicos, muitas vezes coletados em áreas já suprimidas por grandes empreendimentos. O herbário MG realiza permuta de duplicatas com diversos herbários nacionais e internacionais, além de empréstimos, que são concedidos mediante consulta prévia à curadoria. Vinculados ao herbário MG há taxonomistas especialistas em Euphorbiaceae (Dr. Ricardo de S. Secco), Asteraceae, tribo Heliantheae (Dr. João Ubiratan Santos), Poaceae (Dr. Pedro L. Viana e Dr. Antônio Elielson Rocha), Iridaceae e Cyperaceae (Dr. André S. B. Gil), Lejeuneaceae (Dr. Anna Luiza Ilkiu-Borges) e fungos Pucciniales (Dra. Helen Sotão) (http://www2.museu-goeldi.br/herbario/). Legenda: Figura: A. Entrada do Herbário MG; B. acervo de exsicatas; C. Holótipo de Solanum chodatianum Huber, coletado por Jacques Huber; D., E., F. Holótipo de Puccinia caxiuanensis Sotão, Hennen e Rezende; G. Procedimento de coleta de material botânico. UNISANTA Bioscience Vol. 4 nº 6 Edição Especial (2015) Página 80

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