DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE

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Transcrição:

DIREITOS E DEVERES DA PARENTALIDADE Nos termos do artigo 33º e seguintes da Lei n.º 7/2009, de 12 de Fevereiro (Código do Trabalho), aplicável à Administração Pública pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho LICENÇA EM SITUAÇÃO DE RISCO CLÍNICO DURANTE A GRAVIDEZ E POR INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ Licença em situação de risco clínico durante a gravidez, pelo período de tempo que, por prescrição médica, for considerado necessário para prevenir o risco, sem prejuízo da licença parental inicial. Licença por interrupção de gravidez com duração entre 14 e 30 dias. A trabalhadora deve informar o empregador e apresentar atestado médico que indique a duração previsível da licença, com a antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência comprovada pelo médico, logo que possível. Em caso de interrupção da gravidez, a trabalhadora deve informar o empregador e apresentar, logo que possível, atestado médico com indicação do período de licença. LICENÇA PARENTAL INICIAL Licença parental de 120 ou 150 dias, cujo gozo pode ser partilhado pelos dois progenitores. O gozo da licença pode ser usufruído em simultâneo pela mãe e pelo pai trabalhadores entre os 120 e os 150 dias. * Se a licença dos 120 ou 150 dias for partilhada pelo pai e pela mãe, nas situações em que cada um dos progenitores goze pelo menos 30 dias consecutivos, ou dois períodos de 15 dias igualmente consecutivos. Pode ser acrescida em 30 dias, no caso de cada um dos progenitores gozar, em exclusivo um período de 30 dias consecutivos, ou dois períodos de 15 dias consecutivos, após o período do gozo de licença parental inicial da mãe (as primeiras 6 semanas). Em caso de gémeos, é acrescido 30 dias por cada gémeo além do primeiro. Em caso de internamento hospitalar da criança ou do progenitor que estiver a gozar a licença, durante o período após o parto, o período de licença suspende-se a pedido do progenitor, pelo tempo de duração do internamento. Em caso de partilha do gozo da licença, a mãe e o pai informam os respetivos empregadores, até 7 dias após o parto, do início e termo dos períodos a gozar por cada um, entregando para o efeito, declaração conjunta. Caso a licença parental não seja partilhada pela mãe e pelo pai, o progenitor que gozar a licença informa o respetivo empregador, até 7 dias após o parto, da duração da licença e do início do respetivo período, juntando declaração do outro progenitor da qual conste que o mesmo exerce atividade profissional e que não goza a licença parental inicial. Em caso de internamento hospitalar da criança ou do progenitor que estiver a gozar a licença, deve ser

comunicado ao respetivo empregador, acompanhada de declaração emitida pelo estabelecimento hospitalar. *Nota: O período entre os 120 e os 150 dias, que corresponde a 30 dias, pode ser gozado em simultâneo pelos progenitores. No entanto, o gozo simultâneo destes 30 dias tem subjacente a partilha da licença, pelo que, no máximo, cada progenitor só goza 15 dias. Ou seja, 30 dias a dividir por dois dá 15 dias a cada um, pelo que o período total da licença mantém-se igual, mas acaba mais cedo se se verificar o gozo simultâneo. LICENÇA PARENTAL INICIAL EXCLUSIVA DA MÃE A mãe pode gozar até 30 dias da licença parental inicial antes do parto. É obrigatório o gozo, por parte da mãe, de 6 semanas (42 dias) de licença a seguir ao parto. A trabalhadora que pretenda gozar parte da licença antes do parto deve informar o empregador e apresentar atestado médico que indique a data previsível do parto, prestando essa informação com a antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência comprovada pelo médico, logo que possível. LICENÇA PARENTAL INICIAL A GOZAR POR UM PROGENITOR POR IMPOSSIBILIDADE DO OUTRO O pai ou a mãe tem direito a licença, nos termos da licença parental inicial, ou do período remanescente da licença, nos casos seguintes: a) Incapacidade física ou psíquica do progenitor que estiver a gozar a licença, enquanto esta se mantiver; b) Morte do progenitor que estiver a gozar a licença. Apenas há lugar à duração total da licença usufruída em simultâneo pela mãe e pelo pai trabalhadores entre os 120 e os 150 dias, caso se verifiquem as condições aí previstas, à data dos factos referidos anteriormente. Em caso de morte ou incapacidade física ou psíquica de mãe não trabalhadora nos 120 dias a seguir ao parto, o pai tem direito a gozar os dias que faltam para os 120 dias ou 150 e acréscimos por gémeos se for o caso, consoante a opção do pai. Em caso de morte ou incapacidade física ou psíquica da mãe, a licença parental inicial a gozar pelo pai tem a duração mínima de 30 dias. O pai informa o empregador, logo que possível e, consoante a situação, apresenta atestado médico comprovativo ou certidão de óbito e, sendo caso disso, declara o período de licença já gozado pela mãe. LICENÇA PARENTAL EXCLUSIVA DO PAI Licença de 15 dias úteis obrigatórios, após o nascimento do filho. Os primeiros 5 dias são seguidos e gozados imediatamente a seguir ao nascimento e os outros 10 dias têm que ser gozados nos 30 dias após o nascimento, podendo ser seguidos ou não. Após o gozo dos 15 dias, o pai tem ainda direito a mais 10 dias úteis, de gozo facultativo, que podem ser gozados após os primeiros 15 dias obrigatórios, de modo consecutivo ou interpolado, devendo gozá-los

em simultâneo com a licença parental inicial por parte da mãe. No caso de gémeos, o pai tem direito, por cada gémeo além do primeiro, a mais 2 dias que acrescem aos 15 dias obrigatórios e mais 2 dias que acrescem aos 10 dias facultativos, os quais têm que ser gozados imediatamente após os referidos períodos. O trabalhador deve avisar o empregador com a antecedência possível, sendo que, no caso dos 15 dias a gozar em simultâneo com a licença parental inicial por parte da mãe, não deve ser inferior a 5 dias. LICENÇA POR ADOÇÃO Em caso de adoção de menor de 15 anos, o candidato a adotante tem direito a licença nos termos da licença parental inicial, com inicio a partir da confiança judicial ou administrativa do menor. É acrescida de 30 dias, por cada adoção além da primeira. Havendo dois candidatos a adotantes, a licença deve ser gozada nos termos da licença parental inicial. O candidato a adotante não tem direito a licença em caso de adoção de filho do cônjuge ou de pessoa com quem viva em união de facto. Em caso de incapacidade ou falecimento do candidato a adotante durante a licença, o cônjuge sobrevivo, que não seja candidato a adotante e com quem o adotando viva em comunhão de mesa e habitação, tem direito a licença correspondente ao período não gozado ou a um mínimo de 14 dias. Em caso de internamento hospitalar do candidato a adotante ou do adotando, o período de licença é suspenso pelo tempo de duração do internamento. Na licença partilhada, os candidatos a adotantes informam os respetivos empregadores, com a antecedência de 10 dias, ou em caso de urgência comprovada, logo que possível, fazendo prova da confiança judicial ou administrativa do adotando e da idade deste, do início e termo dos períodos a gozar por cada um, entregando para o efeito declaração conjunta. Caso a licença por adoção não seja partilhada, o candidato a adotante que gozar a licença informa o respetivo empregador, com a antecedência de 10 dias, da duração da licença e do início do respetivo período. Em caso de internamento hospitalar do candidato a adotante ou do adotando, deve ser comunicado esse facto ao respetivo empregador, acompanhada de declaração emitida pelo estabelecimento hospitalar. DISPENSA PARA AVALIAÇÃO PARA A ADOÇÃO Os trabalhadores têm direito a 3 dispensas de trabalho para deslocação aos serviços da segurança social ou receção dos técnicos em seu domicílio. Os trabalhadores devem apresentar a devida justificação ao empregador.

DISPENSA PARA CONSULTA PRÉ-NATAL A trabalhadora grávida tem direito a dispensa do trabalho para consultas pré-natais, pelo tempo e número de vezes necessários. A preparação para o parto é equiparada a consulta pré-natal. O pai tem direito a 3 dispensas do trabalho para acompanhar a trabalhadora às consultas pré-natais. A trabalhadora deve, sempre que possível, comparecer a consulta pré-natal fora do horário de trabalho. Sempre que a consulta pré-natal só seja possível durante o horário de trabalho, o empregador pode exigir à trabalhadora a apresentação de prova desta circunstância e da realização da consulta ou declaração dos mesmos factos. DISPENSA PARA AMAMENTAÇÃO Dispensa diária para amamentação durante o tempo que durar a amamentação, gozada em 2 períodos distintos, com a duração máxima de 1 hora cada. No caso de gémeos, a dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo além do primeiro. Se a mãe trabalhar a tempo parcial, a dispensa é reduzida na proporção do respetivo período normal de trabalho, não podendo ser inferior a 30 minutos. Comunicação à entidade empregadora com 10 dias de antecedência, relativamente ao início da dispensa, obrigatoriamente acompanhada de declaração médica, se a dispensa se prolongar para além do primeiro ano de vida do filho. DISPENSA PARA ALEITAÇÃO 2 Períodos distintos de 1 hora cada, por dia de trabalho, até a criança completar 1 ano de idade. No caso de gémeos, a dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo além do primeiro. Pode ser gozada por qualquer dos progenitores ou por ambos, desde que ambos exerçam atividade profissional. Comunicação à entidade empregadora com 10 dias de antecedência, relativamente ao início da dispensa. No caso de ser gozada em conjunto com o outro progenitor, na comunicação à entidade empregadora deve ser apresentado documento de que conste a decisão conjunta, e declarado qual o período de dispensa gozado pelo outro progenitor, sendo caso disso; deve também entregar prova que o outro progenitor exerce atividade profissional e, caso seja trabalhador por conta de outrem, que informou o respetivo empregador da decisão conjunta.

FALTA PARA ASSISTÊNCIA A FILHO O trabalhador tem direito a faltar para prestar assistência inadiável e imprescindível, até 30 dias por ano, ou em caso de hospitalização, durante todo o período de internamento, em caso de doença ou acidente, de filho menor de 12 anos ou, independentemente da idade, a filho com deficiência ou doença crónica. O trabalhador tem direito a faltar para prestar assistência inadiável e imprescindível, até 15 dias por ano, ou em caso de hospitalização, durante todo o período de internamento, em caso de doença ou acidente, de filho com 12 ou mais de idade que, no caso de ser maior, faça parte do seu agregado familiar. Acresce mais 1 dia por cada filho além do primeiro. Este direito pode ser partilhado pelos avós em substituição dos pais. Esta possibilidade de faltar, não pode ser exercida simultaneamente pelo pai e pela mãe. O trabalhador deve apresentar ao empregador prova do carácter inadiável e imprescindível da assistência; Declaração de que o outro progenitor tem atividade profissional e não falta pelo mesmo motivo ou está impossibilitado de prestar a assistência; Em caso de hospitalização, declaração comprovativa passada pelo estabelecimento hospitalar. No caso de o filho ser maior, o trabalhador deve apresentar prova de fazer parte do seu agregado familiar. FALTA PARA ASSISTÊNCIA A NETO O avô ou a avó podem faltar até 30 dias consecutivos, a seguir ao nascimento de neto que consigo viva em comunhão de mesa e habitação e que seja filho de adolescente com idade inferior a 16 anos. Se houver dois titulares do direito, há apenas lugar a um período de faltas, a gozar por um deles, ou por ambos em tempo parcial ou em períodos sucessivos, conforme decisão conjunta. O avô ou a avó podem ainda faltar, em substituição dos progenitores, para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a neto menor ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica. O avô ou a avó trabalhador informa o empregador com a antecedência de 5 dias, declarando que: a) O neto vive consigo em comunhão de mesa e habitação; b) O neto é filho de adolescente com idade inferior a 16 anos; c) O cônjuge do trabalhador exerce atividade profissional ou se encontra física ou psiquicamente impossibilitado de cuidar do neto ou não vive em comunhão de mesa e habitação com este. LICENÇA PARENTAL COMPLEMENTAR Os pais que queiram prolongar a licença parental inicial têm direito a licença parental complementar, para assistência a filho ou adotado com idade não superior a 6 anos, nas seguintes modalidades: a) Licença parental alargada, por 3 meses (paga a 25 % da remuneração de referência, desde que gozada

imediatamente a seguir à licença parental inicial do outro progenitor e não pode ter intervalos); b) Trabalho a tempo parcial durante 12 meses, com um período normal de trabalho igual a metade do tempo completo; c) Períodos intercalados de licença parental alargada e de trabalho a tempo parcial em que a duração total da ausência e da redução do tempo de trabalho seja igual aos períodos normais de trabalho de três meses; d) Ausências interpoladas ao trabalho com duração igual aos períodos normais de trabalho de 3 meses, desde que previstas em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho. O pai e a mãe podem gozar qualquer das modalidades referidas, de modo consecutivo ou até 3 períodos interpolados, não sendo permitida a cumulação por um dos progenitores do direito do outro. O trabalhador deve informar a modalidade pretendida e o início e o termo de cada período, dirigida por escrito ao empregador com a antecedência de 30 dias relativamente ao seu início. O trabalhador não pode exercer outra atividade incompatível com a respetiva finalidade, nomeadamente trabalho subordinado ou prestação continuada de serviços fora da sua residência habitual. LICENÇA PARA ASSISTÊNCIA A FILHO Depois de esgotado o direito à licença parental complementar, os progenitores têm direito a licença até ao limite de 2 anos, de modo consecutivo ou interpolado, sendo que no terceiro filho ou mais é acrescido até ao limite de 3 anos. O trabalhador deve informar o empregador por escrito e com a antecedência de 30 dias, do início e do termo, que o outro progenitor tem atividade profissional e não se encontra ao mesmo tempo em situação de licença, ou que está impedido ou inibido totalmente de exercer o poder paternal, que o menor vive com ele em comunhão de mesa e habitação e que não está esgotado o período máximo de duração da licença. Na falta de indicação em contrário por parte do trabalhador, a licença tem duração de 6 meses. LICENÇA PARA ASSISTÊNCIA A FILHO COM DEFICIÊNCIA OU DOENÇA CRÓNICA Os progenitores têm direito a licença por período de 6 meses, prorrogável até 4 anos. O trabalhador deve informar o empregador por escrito e com a antecedência de 30 dias, do início e do termo, que o outro progenitor tem atividade profissional e não se encontra ao mesmo tempo em situação de licença, ou que está impedido ou inibido totalmente de exercer o poder paternal, que o menor vive com ele em comunhão de mesa e habitação e que não está esgotado o período máximo de duração da licença. Caso o filho com deficiência ou doença crónica tenha 12 ou mais anos de idade a necessidade de assistência é confirmada por atestado médico.

MONTANTE DOS SUBSÍDIOS Trabalhadores integrados no regime de proteção social convergente Decreto-Lei n.º 89/2009, de 09 de abril Trabalhadores integrados no regime geral de Segurança Social Decreto-Lei n.º 91/2009, de 09 de abril Situação Licença em situação de risco clínico durante a gravidez (Artigo 37º da Lei nº. 7/2009 de 12 de Fevereiro) Licença por interrupção da gravidez (Artigo 38º da Lei nº. 7/2009 de 12 de Fevereiro) Licença Parental Inicial (art.º 40º da Lei nº 7/2009 de 12 Fevereiro) Não partilhada Partilhada Exclusiva do pai Duração da licença Durante o período e tempo necessário Regime de proteção social convergente Subsídio Regime geral de Segurança Social Subsídio 100% (art.º 9º e 23º do DL 89/2009 de 9 Abril) 100% (art.º 9º e 29º do DL 91/2009 de 9 Abril) Período variável entre 14 e 30 dias 100% (art.º 10º e 23º do DL 89/2009 de 9 Abril) 100% (art.º 10º e 29º do DL 91/2009 de 9 Abril) 120 dias 100% (alínea a) do nº. 2 do art.º 23º do DL 89/2009 de 9 de Abril) 100% (alínea a) do art.º 30º do DL 91/2009 de 9 de Abril) 150 dias 80% (alínea b) do nº. 2 do art.º 23º do DL 89/2009 de 9 de Abril) 80% (alínea b) do art.º 30º do DL 91/2009 de 9 de Abril) 150 dias (120+30) 100% (alínea c) do nº. 2 do art.º 23º do DL 89/2009 de 9 de Abril) 100% (alínea c) do art.º 30º do DL 91/2009 de 9 de Abril) 180 dias (150+30) 83% (alínea d) do nº. 2 do art.º 23º do DL 89/2009 de 9 de Abril) 83% (alínea d) do art.º 30º do DL 91/2009 de 9 de Abril) 15 dias úteis a gozar nos 30 dias a seguir ao nascimento; 5 dos quais gozados imediatamente ao nascimento 100% (art.º 14º e art.º 23 do DL 89/2009 de 9 Abril) 100% (art.º 15º e 31º do DL 91/2009 de 9 de Abril) 10 dias úteis facultativos a gozar em simultâneo com a licença parental inicial por parte da mãe Licença parental alargada - 3 meses 25% (alínea b), nº. 4, art.º 23 do DL 89/2009 de 9 Abril) 25% (art.º 16º e 33º do DL 91/2009 de 9 Abril) Licença parental complementar Artigo 51º da Lei nº. 7/2009 de 12 Fevereiro Trabalho a tempo parcial - 12 meses Períodos intercalados de licença parental alargada e de trabalho a tempo parcial Ausências interpoladas ao trabalho com duração igual aos períodos normais de trabalho de 3 meses Não existe subsídio Não existe subsídio

Assistência a filhos inadiável e imprescindível (art.º 49º da Lei nº. 7/2009 de 12 Fevereiro) Assistência a Netos (art.º 50º da Lei nº. 7/2009 de 12 Fevereiro) Filhos menores de 12 anos ou, independentemente da idade, com doença crónica ou deficiência Filhos maiores de 12 anos, que no caso de serem maiores façam parte do agregado familiar Nascimento de neto que consigo viva em comunhão de mesa e habitação, filho de adolescente com idade inferior a 16 anos Neto menor ou, independentemente da idade, portador de deficiência ou de doença crónica 30 dias por ano ou Período de hospitalização 65% (art.º 18º e 23º do DL 89/2009 de 9 Abril) 65% (art.º 19º e 35º do DL 89/2009 de 9 Abril) 15 dias por ano 65% (art.º 18º e 23º do DL 89/2009 de 9 Abril) 65% (art.º 19º e 35º do DL 89/2009 de 9 Abril) 30 dias consecutivos 100% (art.º 19º e 23º do DL 89/2009 de 9 Abril) 100% (art.º 21º e 37º do DL 91/2009 de 9 Abril) Nos termos do previsto para a assistência a menores em substituição dos progenitores 65% (art.º 19º e 23º do DL 89/2009 de 9 Abril) 65% (art.º 21º e 36º do DL 89/2009 de 9 Abril) Licença para assistência a filho Artigo nº. 52º da Lei nº. 7/2009 de 12 de Fevereiro) 2 anos até ao limite de 3 no caso de três ou mais filhos Não existe subsídio Não existe subsídio Nota: Os subsídios referentes aos trabalhadores integrados no regime geral da Segurança Social são pagos pela Segurança Social.