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Transcrição:

06548 CPATU 1998 E '!SSyVO100-8676 EL-O 6548 Empresa B,asNeira de Pesquisa Agiopecotia C.nfro de Pesquisa Agro flo,estsi da Amazõnia Oriental Mlr,istdrto da Agricultura e do Abestecimenro Tra, O,. Enéas Pinheiro si,.', Caixa Pbstel 48, Telex (09 t) 1210. Fax (091) 226-9845 CEP 66017-970 e-mail: cpew(fftpatu.embrepe.br M 78, abril198, p. 1-4 EFEITO DE CACHOS VAZIOS DE DENDL COM OU SEM MESOFA UNA DO SOLO, NA DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES E NA DISTRIBUIÇÃO DAS RAÍZES DO DENDEZEIRO' Leopoldo Brito Teixeira 2 Joaquim Braga Rastos3 Raimundo Freira de Oliveira 4 José Furlan Júni& O Estado do Pará possui uma área plantada com dendezeiros de aproximadamente 36.000 ha (Viégas, 1993), estando localizados na região do nordeste paraense os maiores cu/tivos. Do material que chega à indústria, após o processamento, cerca de 25% corresponde a cachos vazios de dendê (engaços), que na maioria das usinas não são aproveitados. Segundo Hornus (1992), esses cachos têm um valor muito importante como adubo e apresentam composição de 0,158% de N; 0,04% de P; 0,58% de K; 0,05% de Mg; e 0,07% de Ca. Viégas (1993) encontrou em cachos vazios de dendezeiro com sete anos de idade, concentrações de 0,64e0,59% den;0,08e0,08% dep; 1,29e 1,01% de K; 0,25 e 0,13% de Ca e 0,08 e 0,12% de Mg no pedúnculo e na espigueta, respectivamente. Este trabalho visou estudar o efeito da distribuição de cachos vazios de dendê, inoculados ou não com meso fauna do solo, na concentração de nutrientes disponíveis no solo e no desenvolvimento do sistema radicular do dendezeiro. O experimento foi instalado em maio de 1994, com a aplicação dos cachos próximos às palme iras. Foram estabelecidos três tratamentos: Ti = O kg de cachos vazios/ planta (Testemunha), T2 = 360kg de cachos vazios/planta e T3 = 360kg de cachos vazios/ planta mais inoculação com meso fauna do solo. Os engaços foram aplicados em parcelas Trabalho realizado em parceria com a Empresa Agroindustrial PALMASA S.A. 2 Cnn A n fl. Oriental, Caixa Postal 48, CEP 66017-970, Belém, PA. to de cachos vazios de 'apa Amazónia Oriental. lmazônia Oriental. iiii 1D1 II UIl II ID OIII DI 31196-1

CT M 78, Embrapa Amazônia Oriental, abril198, p. 2 -..... - (..t/wiuiviui-4ul/ ICL,IVIL#LJ de 8 m21 entre duas plantas, sendo utilizadas quatro repetições por tratamento, em plantação com cinco anos de idade. Nas parcelas do tratamento T3, por ocasião da implantação do experimento foi colocada liteira, retirada de 1 m 2 de área de capoeira, com pousio de dez anos, que serviu de inoculante contendo os invertebrados do solo. Para a determinação da meso fauna da Fite ira foram retiradas dez amostras, utilizando-se sonda metálica e de seção quadrada, com 50,24cm 2. O material coletado foi enviado ao Laboratório de Entomologia da Embrapa Amazônia Oriental, para separação, contagem e classifica ção em nível de grande grupo de invertebrados. Foram encontrados 18 grupos de invertebrados: Collembola, Diplura, Protura, Coleop tera, Hymenop tera (Formicidea), Dip tera, Th ysanop tera, Isoptera, Hemip tera, Corroden tia, A cari, Araneida, Pseudoescorpionida, Chiopoda, Diplopoda, Pauropoda, Symph yla e Oligochaeta. Os de maior ocorrência foram os A cari, com 77,09%; Coilembola, com 10,90%; e Hymenoptera, com 5,75%. A densidade média de invertebrados aplicada por parcela sobre os cachos vazios foi de 152.277 indivíduos/m 2. Durante a instalação do experimento foram coletadas amostras de cachos vazios, com pesos e tamanhos variados, para a determinação da concentração de nutrientes. Os resultados das análises mostraram que o potássio foi o nutriente com maior teor (1,62%), seguido do N (0,81 %), Ca (0,34%), Mg (0, 15%) e P (0,09%). Os engaços apresentaram teor médio de matéria seca de 35%. Considerando o teor de potássio encontrado nas amostras, pode-se inferir que 88 kg de cachos vazios frescos correspondem a um quilo de cloreto de potássio. Às amostras de solo foram coletadas, a cada 60 dias, para a avaliação de parâmetros químicos. Aos treze meses (junho de 1995) foram amostradas as parcelas experimentais, nas camadas O - 20cm, 20-40cm e 40-60cm, para determinação da quantidade de raízes por tratamento. Na ocasião retiraram-se, também, amostras de material orgânico remanescente nos tratamentos T2 e T3, para cálculo da taxa de decomposição/m21 obtida pela diferença entre a matéria seca colocada e a restante. As taxas de decomposição encontradas foram de 84,25% e 78,74% nos tratamentos Ta e T2, respectivamente. A inoculação com invertebrados contribuiu para a transformação do material orgânico aplicado, com o aumento dessa taxa de 5,51 sobre o material não-inoculado. Na Tabela 1 são mostrados os resultados médios das análises químicas do solo, referentes à média de coletas bimestrais, no período de julho de 1994 a maio de 1995. Os teores de fósforo encontrados sempre foram maiores na camada superficial do solo (0-20cm). Também se observou a maior concentração de fósforo no tratamento com inoculação em relação ao tratamento sem inoculação, decorrente, provavelmente, da mineralização do fósforo pela ação da meso fauna aplicada.

CT 1W 78, Embrapa Amazônia Oriental, abril198, p. 3 - UU!VIUIV!U#IUIJ ItUIVIÇU TABELA 1. Caracterização química do solo sob tratamento com e sem cachos vazios dendê (média de seis amostras oriundas de coletas bimestrais, no período ]de julho de 1994 a maio de 1995). Tratamento Camada Parâmetros químicos Cacho vazio (cm) P K Ca Mg AI ph (1<9/planta) (ppm) (meq11 OOg de solo) (Ff20) Ti O 0-20 3,7 17 1,42 0.63 0,17 5,3 20-40 1,2 8 0,79 0,53 0,36 5,3 40-60 1,7 7 0.70 0.46 0,45 5.2 T2 360 0-20 8.8 434 1,16 0,86 0,01 6,7 20-40 1,2 258 0,72 0,42 0,16 5,9 Ta 360+ meso fauna 40-60 1,0 72 0,56 0,48 0,44 5,1 0-20 13,4 568 1,17 0,89 0,04 6,8 20-40 2,4 418 0,70 0,33 0,07 6,0 40-60 1,4 149 0.48 0.39 0,55 5,2 Os valores encontrados para os outros elementos mostraram comportamento semelhante ao fósforo, à exceção do alumínio. Com o decorrer do tempo, o potássio foi sendo llxiviado para as camadas inferiores do solo. Constatou-se também que a inoculação dos cachos vazios com meso fauna aumentou a quantidade de potássio disponível para as plantas, aumento que pode estar relacionado com a maior decomposição do material orgânico aplicado. Os valores de cálcio e de magnésio praticamente não foram alterados, nos tratamentos com a aplicacão de engaços. O ph do solo foi modificado com a adição do material orgânico, o que não pode ser atribuído à ação dos invertebrados, conforme se observa na Tabela 1. A distribuição do sistema radicular dos dendezeíros foi alterada como é mostrado na Tabela 2. A quantidade de raízes, após treze meses, aumentou nas camadas mais profundas, nos tratamentos onde houve a aplicação de cachos, quando comparada com o tratamento Testemunha. Esse aumento pode estar associado à maior fertilidade das camadas inferiores e, ainda, ao maior teor de umidade na área coberta pelos cachos.

CT ftp 78, Embrapa Amazônia Oriental, abril198, p. 4 a Ut/IVIUIVIL,JIL#JJ 1 -'IY1L'J TABELA 2. Quantidade de raízes de dendezeiro, treze meses após a aplicação de cachos vazios, com ou sem inoculação. Tratamento Camada Quantidade de raizes Cacho vazio (cm) (kg/m 2) (kg/planta) TI 0 0-20 1,06 20-40 0,25 40-60 0,15 T2 360 0-20 1,29 20-40 0,46 40-60 0,21 T3 360 + mesofauna 0-20 1,21 20-40 0,49 40-60 0,25 Os resultados obtidos nesta pesquisa evidenciam o grande potencial dos cachos vazios de dendê como fonte de nutrientes, recomendando-se o uso dos mesmos como cobertura morta nas áreas de cultivo, por apresentarem níveis médios de nutrientes, principalmente de potássio, reduzindo portanto a necessidade de aplicações de adubos minerais. A inoculação de cachos vazios de dendê com meso fauna, contida em liteiras de ambientes naturais, mostrou tendência positiva na decomposição do material orgânico e no aumento dos teores de P e de K no solo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁfiCAS HORNUS, EM Utilizacián de tuzas para la fertilización de plantaciones de palma aceitera. Oléagineux, v. 47, n. 5, p. 255-259, mai 1992. VIÉGA 5, 1. de J. M. Crescimento do dendezeiro (E/ais guifleensis, Jack), concentração, conteúdo e exportação de nutrientes nas diferentes partes de plantas com 2 a 8 anos de idade, cultivadas em Latossolo Amarelo distró fico, Tailândia, Pará. São Paulo: ESAL 0, 1993. 217p Tese Doutorado.

Empa Empresa Brasileira de Pesquise Agropecuárla Centro de Pesquisa Agroflorestal da Amazônia Oriental Ministério da Agricultura e do Abastecimento Trav. Or. Endas Pinheiro 5/ri!, Caixa Posta! 48. Te/ex (091) 1210. Fax (09 I) 226-9845 CEP6GOI7-970 e-mail: cpatuêcpatu- embrapa.br 0 Brasil EM ACAO Arte-final, impressão e acabamento: Embrapa Produção de Informação