BOLETIM INFORMATIVO Nº 52

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Transcrição:

Av. da República, 62 F, 5º 1050 197 LISBOA Tel: 21 780 80 60 Fax: 21 780 80 69 Email: embopar@embopar.pt www.embopar.pt BOLETIM INFORMATIVO Nº 52 Dezembro de 2011 Notícias SPV cumpre meta de reciclagem Durante 2011, ano em que celebrou 15 anos de uma profícua existência, a Sociedade Ponto Verde (SPV) encaminhou para reciclagem cerca de 711 mil toneladas de embalagens usadas, alcançando uma taxa de reciclagem global de 64%, ultrapassando assim a fasquia legal dos 55%. Comparativamente ao ano anterior, a retoma total de embalagens cresceu 6,5%, tendo sido o vidro e o plástico os materiais que obtiveram um maior aumento, da ordem dos 13,5%. Por material, recuperaram-se 321 mil toneladas de papel, 217 mil toneladas de vidro, 74 mil toneladas de plástico, 49 mil

toneladas de aço, 43 mil toneladas de madeira, 6,4 mil toneladas de ECAL (embalagens de cartão para alimentos líquidos) e 1,3 mil toneladas de alumínio. O Director Geral da SPV afirmou ao Ambiente Online que a sociedade encontra-se perante um processo sem retorno, sendo cada vez maior o número de portugueses que separa os resíduos de embalagem em suas casas. Por conseguinte, Luís Veiga Martins acredita que nos próximos anos a taxa de reciclagem irá continuar a aumentar. Reciclagem de vidro constrói 25 salas de estudo No âmbito do projecto de responsabilidade social Reciclar é Dar e Receber, desenvolvido em parceria com a Entrajuda e SIC Esperança, a Sociedade Ponto Verde está a equipar e a melhorar 25 salas, que permitirão apoiar o estudo de mais de 950 crianças de famílias carenciadas. A evolução das quantidades de vidro enviadas para reciclagem, permitiu equipar 25 salas de estudo em Instituições Privadas de Solidariedade Social e chegar a 950 crianças de 14 Distritos do país (incluindo os arquipélagos dos Açores e da Madeira). Em termos práticos, este apoio representou a entrega de diversos materiais: - 73 computadores - 160 mesas - 764 cadeiras - 1.870 dossiers - 3.600 cadernos - kits escolares para o 1º, 2º e 3º ciclos, onde se incluíam: dicionários e gramáticas de língua portuguesa, inglesa e francesa, livros consulta e de exercícios e provas de preparação para os testes para as diversas matérias. A mecânica que tornou possível a concretização deste projecto implicou a separação das embalagens de vidro usadas por parte dos portugueses. Por cada tonelada de vidro enviada para reciclagem em 2011, a SPV entrega um euro para a criação de salas de estudo. Os trabalhos de montagem das salas estão em curso, de forma a proporcionar, desde já, melhores condições de estudo a centenas de crianças. O projecto tem sido desenvolvido em parceria com a Entrajuda e com a SIC Esperança, a quem coube a selecção e o acompanhamento das Instituições Particulares de Solidariedade Social com as salas de estudo que serão alvo de intervenção. Reciclagem vale mais de 60 mil milhões De acordo com a Agência Ambiental Europeia (EEA) a indústria de reciclagem representa para a economia europeia uma situação de triplo win, já que possibilita o fornecimento de matérias primas, cria trabalho e estimula a inovação e o crescimento económico, valendo mais de 60.000 milhões de euros em volume de negócios. 2

Estando os benefícios ambientais da reciclagem, sobejamente reconhecidos a nível europeu, já a sua importância económica não se encontra tão amplamente difundida. Ao transformar resíduos em matériasprimas valiosas, a reciclagem gera empregos, torna a indústria mais competitiva e acrescenta valor à economia europeia. A reciclagem na Europa continua em franco desenvolvimento, sendo actualmente dominada por sete grupos principais de materiais: vidro papel e cartão plástico aço e ferro alumínio, cobre e níquel metais preciosos outros metais O volume de negócios destes sete grupos quase duplicou, passando de 32,5 mil milhões de euros em 2004, para 60,3 mil milhões de euros em 2008. O valor económico de todos os materiais recicláveis aumentou, sendo esta tendência particularmente mais notada nos metais. APA tem novo Director Geral Geral do Território, cuja equipa tomou posse a 18 de Janeiro. Segundo o Ambiente Online, a informação foi avançada pelo Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, que sublinha que a reestruturação das áreas do ambiente e ordenamento do território resultou numa redução de 80 cargos dirigentes. Da equipa dirigente da futura APA fazem ainda parte Manuel Lacerda, Inês Folgado Diogo e Paulo Lemos que assumirão os cargos de sub-directores gerais. Por sua vez, a equipa da DGT será composta por três sub-directores, Rui Alves, Maria Manuel da Cruz e Maria José do Vale. A nova Agência Portuguesa do Ambiente vai integrar o Instituto da Água, as cinco Administrações das Regiões Hidrográficas (ARH), a Comissão para as Alterações Climáticas (CAC), o Comité Executivo da CAC, a Comissão de Acompanhamento de Gestão de Resíduos e a vertente de planeamento estratégico do Departamento de Planeamento e Prospectiva (DPP). A Direcção-Geral do Território - que resulta da fusão da Direcção-Geral de Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (DGOTDU) e do Instituto Geográfico Português (IGP) -, permitiu uma redução de uma dezena de cargos dirigentes. Nuno Lacasta, especialista em direito internacional e políticas do ambiente, vai assumir a direcção-geral da APA - Agência Portuguesa do Ambiente. Paulo Correia vai ficar à frente da futura DGT - Direcção- Segundo a Tutela, a poupança global somando recursos humanos, edifícios, etc cifra-se em cerca de seis milhões de euros anuais. 3

Cada Português produziu 511kg de resíduos em 2010 Segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), cada português produziu 511kg de resíduos em 2010, num total de 5,1 milhões de toneladas, valor acima da meta fixada para Portugal, mas ligeiramente abaixo da média europeia. O Relatório do Estado do Ambiente elaborado pela APA refere que, dos 5,184 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos produzidos em Portugal, 85% corresponde a recolha indiferenciada e 15% a recolha selectiva, um valor que aumentou face a 2009 (13%). O aterro foi o destino para mais de metade (61%) dos resíduos produzidos, com tendência de descida, seguindo-se a incineração com recuperação de energia, com 18%. A valorização orgânica foi a opção para 8% dos resíduos. O lixo recolhido em ecopontos ou porta a porta ascendeu a 356 mil toneladas. O Norte e Lisboa e Vale do Tejo foram as regiões com maior produção de resíduos urbanos, com 31% e 39%, respectivamente. Nos últimos anos (entre 1995 e 2010) os resíduos produzidos pelos portugueses têm vindo a aumentar. As excepções são os anos de 2001 e 2004, com ligeiros decréscimos e a estagnação em 2010. A produção de resíduos urbanos em 2010 foi superior em cerca de 111 mil toneladas à meta estabelecida pelo Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU), de 5,073 milhões de toneladas. Na União Europeia, a média de produção de resíduos era de 512kg por habitante, em 2009, último ano com dados disponíveis. Operadores de resíduos geriram 16 milhões de toneladas em 2010 Os operadores de gestão de resíduos nacionais geriram cerca 16 milhões de toneladas de resíduos em 2010, segundo um relatório da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). O documento mostra ainda que cerca de 5% deste total (0,78 milhões de toneladas) respeitam a resíduos perigosos. Cerca de 21% correspondem a resíduos urbanos ou equiparados (nomeadamente domésticos, do comércio e da indústria) incluindo as fracções recolhidas selectivamente. Do total de resíduos urbanos, cerca de metade são biodegradáveis. Destes, 64% vão para aterro, apesar dos esforços para a construção de infra-estruturas de valorização para cumprir os objectivos previstos na directiva comunitária. No que respeita a resíduos não urbanos recebidos pelos operadores, destacam-se os pertencentes, maioritariamente, a instalações de gestão de resíduos, de estações de tratamento de águas residuais e da preparação de água para consumo humano e água para consumo industrial, 4

representando cerca de 16% do total recebido. Seguem-se os resíduos de construção e demolição (incluindo solos escavados de locais contaminados) representando estes, cerca de 11% do total recebido em 2010. A quantidade de resíduos enviada para operadores internacionais totalizou cerca de 703 mil toneladas de resíduos, o que representa cerca de 4% do total. Os resíduos mais encaminhados para fora do País acabam por ser os resultantes de processos de tratamento de resíduos, ou seja, resíduos de fim de linha. Os operadores dos distritos de Lisboa, Porto e Santarém declaram processar as maiores quantidades de resíduos, respectivamente 15, 24 e 18 por cento do total nacional. Em todos estes distritos os resíduos são submetidos, na sua maioria, a operações de valorização, representando cerca de 98, 83 e 90 por cento da quantidade total que é gerida em cada um desses distritos, respectivamente. transmissão e avaliação das contas económicas europeias do ambiente, com normas, classificações e definições comuns para poderem ser compiladas. As contas irão ser compiladas por módulos: um módulo de emissão atmosférica, outro para os impostos com relevância ambiental por actividade económica e outro para as contas de fluxos de materiais. A Comissão irá elaborar um programa de estudos-piloto (a realizar pelos Estadosmembros a título voluntário) para desenvolver a transmissão da informação, melhorar a qualidade dos dados e testar a viabilidade da introdução de novos módulos de contas do ambiente. Os Estados-membros irão transmitir os dados ao Eurostat e enviar à Comissão um relatório sobre a respectiva execução (até 31 de Dezembro de 2013 e depois de três em três anos) para se perceber a eficácia e a qualidade dos dados recolhidos. Novo PIB incluirá contas ambientais A União Europeia pretende que o PIB vá mais além e que as contas dos Estadosmembros comecem a incluir informação ambiental (além da social). O primeiro passo foi dado em Julho, dando resposta a uma necessidade de se dispor de estatísticas e de contas de elevada qualidade no domínio do ambiente. Necessitamos de um sistema de medição adicional que complemente o PIB, já que este não cobre bens e serviços que não têm valor de mercado, como um ambiente limpo. É por isto que temos de abraçar o conceito (para além do PIB) e criar novos indicadores que meçam, por exemplo, as questões ambientais, referiu o Comissário Europeu Janez Potočnik, aquando da publicação do regulamento. O regulamento 691/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho estabelece um quadro comum para a recolha, compilação, 5

As contas do investimento verde Segundo um estudo realizado pelo Instituto alemão Wuppertal para o Clima, Ambiente e Energia, que teve em conta a percentagem de estímulos à economia verde no âmbito dos planos de recuperação económica, a Coreia do Sul foi o país que mais estímulos financeiros entregou à economia verde: 80,6 por cento dos 29,5 mil milhões de euros investidos. O tratamento de águas residuais vem em segundo lugar, com 66,84 mil milhões de euros (20 por cento) e energias limpas, com 43,46 mil milhões de euros (13 por cento). Na Europa, as disparidades são evidentes: se, por um lado, a França aloca 21,2 por cento de 26,1 mil milhões de euros ao investimento no sector do ambiente, já a Alemanha não passa dos 13,2 por cento (10,7 milhões de euros), Reino Unido com 6,94 por cento (1,6 mil milhões de euros) e Itália, com apenas 1,28 por cento (1,02 mil milhões de euros). A análise mostra ainda que do outro lado do Mundo, a situação não é muito diferente: a China alocou 37,76 por cento ao investimento verde, 171 mil milhões de euros. Já o Japão gastou apenas 9,6 por cento dos 375,6 mil milhões de euros ao investimento na área do ambiente. Nos Estados unidos, de um total de 751,4 mil milhões de euros, 11,5 por cento foi direccionado para o sector do ambiente. Em termos globais, e analisando os sectores que receberam maior percentagem de fundos, destaque para a eficiência energética, que arrecadou 220 mil milhões de euros (67 por cento do total do investimento no sector). 6

Ponto de situação do SIGRE Dezembro de 2011 1 Cobertura territorial Autarquias, sistemas municipais e empresas concessionárias aderentes (Smauts) Nº de entidades aderentes 30 Área coberta (%) 99,3 População abrangida (%) 99,7 CONTINENTE - ERSUC - ECOBEIRÃO - VALORLIS - VALORMINHO - RESULIMA - BRAVAL - LIPOR - SULDOURO - AMARSUL - ALGAR - AMCAL - GESAMB - ECOLEZÍRIA - Resiestrela - Resíduos do Nordeste - VALORSUL - Resinorte - TRATOLIXO - VALNOR - RESIALENTEJO - Suma Douro - AMBISOUSA - RESITEJO - AMBILITAL (Empresa Geral de Fomento - AdP) R.A.MADEIRA - Valor Ambiente R.A.AÇORES - A.M. Ilha São Miguel - C.M. Horta - C.M. Graciosa - Resiaçores - A.M. Ilha Pico 7

2 Quantidades retomadas no fluxo urbano (ton.) Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL 2010 190.314 120.930 44.333 19.987 979 4.486 381.029 2011 210.423 110.308 47.933 18.676 840 4.517 392.697 10,6% -8,8% 8,1% -6,6% -14,2% 0,7% 3,1% 8

3 Quantidades retomadas no fluxo não urbano (ton.) Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL 2010 1.367 203.622 20.747 24.819 488 35.820 286.863 2011 6.736 216.894 25.840 30.295 503 38.013 318.281 392,8% 6,5% 24,5% 22,1% 3,1% 6,1% 11,0% 9

4 Quantidades retomadas totais (ton.) Materiais Vidro Papel/Cartão Plástico Aço Alumínio Madeira TOTAL 2010 191.681 324.552 65.080 44.806 1.467 40.306 667.892 2011 217.159 327.202 73.773 48.971 1.343 42.530 710.978 13,3% 0,8% 13,4% 9,3% -8,5% 5,5% 6,5% 10

5 - Empresas embaladoras/importadoras aderentes 11

6 - Quantidades declaradas pelas empresas embaladoras Quant. declaradas Orç SPV 2011 TOTAL (ton.) (ton.) Vidro 410.388 430.430 Plástico 199.160 196.530 Papel/Cartão 348.765 355.422 ECAL 36.241 35.558 Aço 51.275 49.271 Alumínio 9.053 8.737 Madeira 54.502 50.975 Outros materiais 2.509 3.077 TOTAL 1.111.892 1.130.000 PGC Vidro 410.293 430.397 Plástico 177.872 178.889 Papel/Cartão 303.133 312.129 ECAL 36.241 35.558 Aço 39.859 39.136 Alumínio 8.549 8.505 Madeira 19.503 21.085 Outros materiais 2.044 2.651 TOTAL 997.495 1.028.350 IND Vidro 95 33 Plástico 21.288 17.641 Papel/Cartão 45.632 43.293 Aço 11.415 10.135 Alumínio 503 232 Madeira 34.999 29.890 Outros materiais 465 426 TOTAL 114.397 101.650 12

7 Evolução da taxa de retoma 13