ESTALÃO MORFOLÓGICO DO PERDIGUEIRO PORTUGUÊS STANDARD F.C.I. Nº: 187. ORIGEM: Portugal.



Documentos relacionados
CÃO DE GADO TRANSMONTANO

CÃO FILA DE SÃO MIGUEL

CÃO DE ÁGUA PORTUGUÊS

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 2. Padrão FCI /08/2000 ZWERGSCHNAUZER

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale GRUPO 5. Padrão FCI /06/1999. Padrão Ofi cial da Raça

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 1. Padrão FCI 44 19/12/2001

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA

CÃO D ÁGUA PORTUGUÊS

GRUPO 3 Padrão FCI N o 85 12/01/2011

BRACO DE BOURBON NAIS

WEST HIGHLAND WHITE TERRIER

GRANDE AZUL DA GASCONHA GRAND BLEU DE GASCOGNE

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 5. Padrão FCI 94 03/11/1999. Padrão Oficial da Raça

GRUPO 6 Padrão FCI N o 22 18/02/1997

GRUPO 9 Padrão FCI N o 65 06/04/1998

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 3 Padrão FCI N o 3 11/05/2005. Padrão Oficial da Raça TERRIER

LABRADOR RETRIEVER. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 8 Padrão FCI N o /01/2011

AFFENPINSCHER CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 2 Padrão FCI N o /09/2009. Padrão Oficial da Raça

PEQUENO SPANIEL CONTINENTAL

GRUPO 2 Padrão FCI N o 50 06/11/1996

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 9. Padrão FCI /04/1998

BASSET ARTESIANO NORMANDO

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA GRUPO 2. Padrão FCI /06/1987

GRUPO 3 Padrão FCI N o /01/1998

GOLDEN RETRIEVER CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 8 Padrão FCI N o /10/2009. Padrão Oficial da Raça

GRUPO 7 Padrão FCI N o 1 28/10/2009

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 3. Padrão FCI 86 19/05/2009. Padrão Oficial da Raça

CÃO DE CRISTA CHINÊS

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 11 Padrão CBKC NR 10. Padrão Oficial da Raça TOY FOX TERRIER

WOLFHOUND IRLANDÊS. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 10 Padrão FCI N o /04/2001

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale GRUPO 5. Padrão FCI /06/1999. Padrão Ofi cial da Raça SPITZ JAPONÊS

GRUPO 6 Padrão FCI N o /06/2009

SAMOIEDA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 5 Padrão FCI N o /01/1999. Padrão Oficial da Raça. Fédération Cynologique Internationale

Campos do Lis. Defeitos do Cão de Castro Laboreiro

GRUPO 7 Padrão FCI N o 2 28/10/2009

DACHSHUND Padrão. aça DACHSHUND

PEQUENO LEBRÉL ITALIANO

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale GRUPO 5. Padrão FCI 97 05/03/1998. Padrão Ofi cial da Raça SPITZ ALEMÃO

GRUPO 10 Padrão FCI N o /11/2000

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 1. Padrão FCI /08/1996

COCKER SPANIEL INGLÊS ENGLISH COCKER SPANIEL

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 3. Padrão FCI 86 22/02/2012. Padrão Oficial da Raça

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 9 Padrão FCI N o /06/2014. Padrão Oficial da Raça ON TERRIER

GRUPO 11 Padrão CBKC NR 06

MASTIM ESPANHOL. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 2 Padrão FCI N o 91 30/08/2002

COCKER SPANIEL INGLÊS

PADRÃO DA RAÇA INDUBRASIL

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale GRUPO 7. Padrão FCI /12/1998. Padrão Ofi cial da Raça

GRUPO 4 Padrão FCI N o /07/2001

GRUPO 2 Padrão FCI N o /08/2012

CAPÍTULO VII DA RAÇA E DA SUA CLASSIFICAÇÃO PARA FINS DE REGISTRO

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 2 Padrão FCI N o /08/1999. Padrão Oficial da Raça SHAR PEI

CÃO DE CRISTA CHINÊS. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 9 Padrão FCI N o /02/2011

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 2. Padrão FCI /09/1992. Padrão Oficial da Raça

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 9. Padrão FCI /04/1999 CANICHE

GRUPO 7 Padrão FCI N o /03/2014

GRUPO 2 Padrão FCI N o /01/2011

ASTOR BRANCO SUÍÇO CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 1 Padrão FCI N o /08/2011. Padrão Oficial da Raça PAST

GRUPO 1 Padrão FCI N o /12/2012

CÃO DA SERRA DA ESTRELA

PADRÃO DA RAÇA GUZERÁ

GRUPO 8 Padrão FCI N o 5 23/11/2012

GRUPO 9 Padrão FCI N o /04/1998

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 8. Padrão FCI /02/1999. Padrão Oficial da Raça

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 7 Padrão FCI N o 99 13/02/2002. Padrão Oficial da Raça WEIMARANER

CÃO DA SERRA DA ESTRELA

ASTOR HOLANDÊS CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 1 Padrão FCI N o /10/2009. Padrão Oficial da Raça PAST

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA

RASTREADOR BRASILEIRO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DA REPRODUÇÃO BOVINOS

IV SEMINÁRIO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM CUNICULTURA. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. UNESP Botucatu Campus Lageado

PEQUENO CÃO LEÃO CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 9 Padrão FCI N o /04/2004. Padrão Oficial da Raça

PERDIGUEIRO PORTUGUÊS

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 5. Padrão FCI /06/1999. Padrão Oficial da Raça

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 11 Padrão CBKC NR06. Padrão Oficial da Raça BULLDOG AMERICANO (AMERICAN BULLDOG)

GRUPO 2 Padrão FCI N o /03/2004

Avaliação e Seleção de Caprinos

PADRÃO RACIAL DAS CATEGORIAS PC1, PC2 E PO. CONFORMAÇÃO MORFOLÓGICA. CARACTERÍSTICAS NOMENCLATURA IDEAIS PERMISSÍVEIS DESCLASSIFICATÓRIAS

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 2 Padrão FCI N o /06/2000. Padrão Oficial da Raça ROTTWEILER

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 6. Padrão FCI /07/2000. Padrão Oficial da Raça BEAGLE

GRUPO 2 Padrão FCI N o 45 05/05/2003

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. GRUPO 6 Padrão FCI N o /05/2011

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 7. Padrão FCI 1 07/09/1998

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 8. Padrão FCI /01/1999 LABRADOR RETRIEVER

FOX TERRIER PÊLO DURO

Constituição do Esqueleto

CAVALIER KING CHARLES SPANIEL

Publicado on line em animal.unb.br em 13/10/2010. Cavalo Crioulo. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG.

FLAT COATED RETRIEVER

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 2. Padrão FCI /06/2000. Rottweilers Apodi

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 3. Padrão FCI 71 02/02/1998. Padrão Oficial da Raça

BRACO HÚNGARO DE PÊLO CURTO

RAÇAS CAPRINAS NO BRASIL

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA. Fédération Cynologique Internationale. GRUPO 2 Padrão FCI N o /02/1994. Padrão Oficial da Raça DOBERMANN

ESTUDO DO MOVIMENTO OSTEOLOGIA COLUNA VERTEBRAL E TÓRAX 1 TERMOS DIRECCIONAIS ORIENTAÇÃO DO TIPOS DE OSSOS MOVIMENTOS ARTICULARES

SPRINGER SPANIEL INGLÊS

Proposta de alteração do estalão do PODENGO PORTUGUÊS

FLAT COATED RETRIEVER

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA Fédération Cynologique Internationale GRUPO 8. Padrão FCI /01/1999

Transcrição:

ESTALÃO MORFOLÓGICO DO PERDIGUEIRO PORTUGUÊS STANDARD F.C.I. Nº: 187. ORIGEM: Portugal. DATA DA 1ª PUBLICAÇÃO do Estalão Morfológico Oficial: 1939. 1ª Revisão: 1962; 2ª Revisão (actual): 2004. UTILIZAÇÃO: Cão de Caça. CLASSIFICAÇÃO F.C.I.: 7º Grupo (Cães de Parar) com Provas de Trabalho. Secção I - Raças Continentais. BREVE RESUMO HISTÓRICO O Perdigueiro Português tem origem na Península Ibérica a partir do antigo Perdigueiro Peninsular, tronco comum a outras raças de cães de parar; resulta da conjugação de um processo de adaptação ao clima, terreno e tipo de caça e de factores de selecção introduzidos pela especificidade sociocultural do povo português, que o vem criando com fins venatórios há séculos. A sua existência está documentada em Portugal pelo menos desde o século XII. No século XIV era conhecido como "podengo de mostra" evidenciando já a possibilidade de parar perante a caça; era criado nos canis reais e da nobreza e utilizado na caça de altanaria. No século XVI, já designado como perdigueiro, era comum o seu uso pelas classes populares. A fixação das actuais características e sua difusão por parte de um grupo de criadores e caçadores tem início no primeiro quartel do século XX. ASPECTO GERAL Proporções Importantes: Cão mediomorfo, rectilíneo, tipo bracóide, robusto mas de conformação harmónica aliada a manifesta elasticidade de movimentos. Comportamento - Carácter: Extremamente meigo e afectivo, resistente, dotado de grande capacidade de sofrimento e entrega. Calmo e bastante sociável mas um tanto petulante para os da sua igualha. Curioso por natureza, trabalha com persistência e vivacidade. Nada egoísta, tem sempre em vista servir o caçador, com o qual mantém permanente contacto. Proporcionada de tamanho em relação ao corpo, bem conformada e harmónica nas suas dimensões, dá a impressão de maior grandeza no conjunto. Um pouco grossa, não ossuda ou empastada. Revestida de pele flácida e fina, que não deve enrugar. Rectilínea de perfil e quadrada vista de frente, com nítida separação do chanfro e das regiões crânio-faciais. Há convergência dos eixos longitudinais superiores do crânio e chanfro. Região craniana: Crânio quadrado, de linha superior quase plana vista de frente e ligeiramente abaulada de perfil, tem um comprimento que não deve exceder 6/10 do comprimento total da cabeça de onde um índice cefálico total de 60%. De frente a testa é quase plana, alta, larga e simétrica, ligeiramente abaulada de perfil. Arcadas supraciliares bem desenvolvidas. Sulco frontal largo e pouco profundo. Crista occipital apenas perceptível. Stop bem marcado (90-100º). Região facial: Trufa (Nariz): Em rectangularidade com o chanfro e lábio superior, de boa conformação, bem desenvolvida, narinas amplas, húmidas, de larga abertura. De cor preta. Chanfro: Rectilíneo e horizontal, de largura igual a metade do comprimento, sendo este 4/10 do comprimento total da cabeça. Boca medianamente fendida, de mucosas irregularmente pigmentadas, deve fechar bem permitindo a normal sobreposição dos lábios superiores. Lábios: Lábios superiores pendentes, pouco carnudos, quadrados de perfil, formando ângulo recto com a linha do chanfro, boleados na ponta em semicírculo e quando vistos de frente, formando um ângulo agudo na margem inferior; unem-se aos inferiores por comissuras flácidas e pregueadas, com cantos descaídos. Mandíbulas/dentes: Dentição sã, correcta e completa, com articulação em tesoura.

Face: Paralelismo entre ambas. Prega retro-comissural apenas perceptível, com região parotídea cheia. Olhos: Grandes, expressivos, com vivacidade, castanhos de tonalidade mais escura que a pelagem; ovais com tendência para arredondados, horizontais, à flor da cabeça e enchendo a órbita. Pálpebras finas e bem abertas, de pigmentação preta. Orelhas: De inserção alta (limitada atrás pela junção cabeça - pescoço), pendentes, quase planas (um ou dois sulcos longitudinais quando atento), triangulares bastante mais largas na base que na ponta (relação 2,5 x 1) e de vértice arredondado, medianas de comprimento, pouco mais que o comprimento do crânio (15 x 11 cm). Delgadas, macias, revestidas de pêlo fino, denso e raso. Pescoço: Direito, ligeiramente arredondado no terço superior, de comprimento não inferior ao comprimento total da cabeça, não muito grosso e guarnecido inferiormente de curta barbela, deve ligar-se à cabeça de forma graciosa segundo uma inclinação aproximadamente de 90º e ao tórax sem apreciável transição. Corpo (Tronco): Linha superior: Rectilínea, subindo muito levemente da garupa ao garrote. Garrote: Não muito alto e um pouco empastado. Dorso: Curto, largo, rectilíneo e ligeiramente oblíquo descendente até à região lombar à qual se une sem apreciável transição. O lombo deve também ser curto, bastante largo, de forte musculatura, ligeiramente arqueado e soldar-se bem à garupa. Garupa: Proporcional largura em relação à região lombar, conformação harmónica e um eixo de pequena obliquidade parecendo ligeiramente descaída. Peito: Alto e largo, com boa amplitude do tórax, mais desenvolvido no sentido da altura e profundidade do que em largura, descendo ao codilho. Costelas de curvatura bem pronunciada na parte superior e de apreciável largura dando à cavidade torácica por elas circunscrita e em secção, a forma de uma ferradura unida pelas partes terminais dos ramos. Linha inferior: Do esterno à virilha esta linha é ligeiramente oblíqua para cima e para trás proporcionando com a linha superior do tronco elegância de formas, para o que contribui um ventre de pequeno volume ligando-se à anca em arco de circunferência; a pequena distância que separa a anca da última costela, confere ao flanco um aspecto curto e cheio. Cauda: Amputada, de modo a cobrir os genitais sem os ultrapassar, ou inteira, de tamanho médio, sem ultrapassar o curvilhão. Direita, de média inserção, grossa na base, adelgaçando gradualmente mas não muito. Bem presa, bem saída, em perfeita continuidade com a linha média da garupa. Em estação cai naturalmente, nunca entre as coxas. Em movimento, eleva-se na horizontal ou um pouco acima, mas nunca na vertical ou em foice. Membros: Membros anteriores: Em estação, vistos por diante, são aprumados e em perfeito paralelismo com o plano médio do corpo. De perfil, aprumos normais. Da observação em conjunto resulta uma grande estabilidade de apoio e natural facilidade de andamentos. Espádua: Comprida, de regular inclinação, bem colocada e um pouco carnuda. Ângulo escapulo - umeral de 120º. Braço: Junto ao tórax, o seu comprimento está em relação com a distância que separa o garrote do ombro e a obliquidade com o grau de inclinação da espádua. Codilho: Separado do tórax pela axila, íntegro, bem descido, equidistante do plano médio do corpo, sem convergência ou divergência em relação ao peito. Ângulo úmero - radial de 150º. Antebraço: Desligado do tronco, comprido, direito e em manifesta perpendicularidade com o chão, tanto de frente como de perfil. Metacarpos: Em perfeita continuação com o antebraço, largos, ligeiramente oblíquos e proporcionais em comprimento. Mãos: Proporcionais em relação ao comprimento dos membros, tendendo para o arredondado mais que para o comprido, mas sem se assemelhar ao pé de gato. Dedos bem conformados, juntos, conferindo uniformidade e solidez no apoio. Tubérculos digitais bem desenvolvidos e altos, de epiderme negra, espessa, dura e resistente. Unhas bem nascidas, duras e pretas de preferência.

Membros posteriores: Aprumados vistos por detrás; em perfeito paralelismo com o plano médio do corpo; de perfil, aprumos normais. Coxa: Comprida, larga, musculosa. Nádega em curva mais ou menos acentuada, comprida e um pouco em relevo. Ângulo articular coxo-femural de 95º. Joelho: Um pouco abaixo do abdómen, não muito afastado dele, babilha ligeiramente saliente e um pouco desviada para fora. Ângulo articular fémuro - tibial de 120º. Perna: Boa direcção, de comprimento proporcional ao da coxa, a sua obliquidade deve estar relacionada com a inclinação da garupa. Jarrete: Normalmente aberto e bem colocado, de completa integridade, largo e grosso. Ângulo articular tíbio - társico de 145º. Metatarsos: De comprimento médio-curto, verticais, aproximadamente cilíndricos, de regular grossura e enxutos. Pés: Idênticos às mãos mas de conformação um pouco mais alongada. Andamentos: Movimentos de locomoção normais, fáceis e garbosos. Polivalente na sua função e muito adaptável aos variados terrenos, climas e tipos de caça, alterna o galope de suspensão simples e o trote largo, fácil, cadenciado. Pelagem: O pêlo deve ser curto, forte, bem assente, pouco macio e denso, distribuído naturalmente por todo o corpo e quase por igual, excepto nas axilas, virilhas, terços e bragadas, em que se apresenta mais disperso e mais macio. Torna-se fino e raso na cabeça e principalmente nas orelhas, que dão a sensação de aveludadas. Não tem pelugem. Cor: Amarela nas variedades clara, comum e escura, unicolor ou malhada de branco na cabeça, pescoço, peito e calçado. Altura e peso: Machos: 56cm +/- 4cm; 20-27 Kg Fêmeas: 52cm +/- 4cm; 16-22 Kg DEFEITOS: Todo o afastamento em relação ao precedente deve ser considerado como defeito que será penalizado em função da gravidade. Paralelismo dos eixos crânio-faciais. Relação de crânio - chanfro diferente de 60/40%. Estreita. Crista occipital proeminente. Seios frontais muito desenvolvidos. Presença de rugas. Sulco frontal profundo. Olhos: Pequenos, claros, pouco expressivos; redondos. Orelhas: Inserção média, muito grandes ou muito pequenas, de vértice pontiagudo. Chanfro: Curto ou comprido. Ventas: De pigmentação diferente da preta. Lábios: Lábio superior não quadrangular. Comissura labial não perceptível. Mucosas mal pigmentadas. Dentes em pinça. Tronco: Pescoço muito curto. Sem barbela ou barbela pronunciada. Peito pouco desenvolvido. Linha dorsal enselada ou encarpada. Garupa demasiado descaída. Cauda inteira muito curta, de inserção muito baixa ou de porte descaracterizante (vertical ou em foice). Membros: Maus aprumos e maus pés e mãos.

Pelagem: Pêlo macio. Timidez. DEFEITOS GRAVES Stop pouco acentuado. Olhos: Oblíquos. Estrabismo. Orelhas: Carnudas, de inserção baixa, excessivamente dobradas ou em saca-rolhas. Chanfro: Oblíquo. Corpo demasiado comprido, tórax redondo. Ventre arregaçado. Pelagem: Malhas não estalonadas. Gigantismo ou nanismo. DEFEITOS ELIMINATÓRIOS Fortemente atípica com chanfro convexo, demasiado longo ou curto; crânio demasiado estreito. Eixos longitudinais superiores crânio - faciais divergentes. Olhos: Desiguais na forma e tamanho, de cor diferente. Gázeos, amaurose congénita. Surdez congénita. Prognatismo ou enognatismo. Ventas almaradas. Corpo: Altamente atípico, evidenciando sinais de cruzamento com outras raças. Criptorquídea ou monorquídea. Pelagem: Diferente do tipo da raça. Albinismo Agressividade. Timidez exacerbada. NOTA: Os machos devem sempre apresentar os dois testículos, de conformação normal, bem descidos e acomodados no escroto. Todo o cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado. MENSURAÇÕES E ÍNDICES (em centímetros) Macho Fêmea Comprimento do crânio (da crista occipital à linha de união dos ângulos internos dos olhos) 12,5 11,5 Largura do crânio (ao nível da maior distância das arcadas orbitárias) 12,5 11 Comprimento do chanfro (da linha dos olhos à ponta do focinho) 8 7 Tronco: Perímetro torácico (por detrás dos codilhos) 70 65 Largura do peito (por detrás do garrote) 19 17 Altura do peito (do garrote à região esternal) 28 26 Linha superior do tronco Comprimento do tronco (do meio do garrote à base da cauda) 51 46 Largura do tronco (a meio da região lombar) 14 12 Comprimento Do corpo (da ponta da espádua à ponta da nádega) 58 54 Da cauda (da inserção ao coto de amputação) 17 16 Altura Do garrote (do vértice ao chão, passando por detrás do membro, verticalmente) 56 53

Do membro anterior (do codilho ao chão e por detrás) 30 28 Da garupa (do ponto mais elevado ao chão, seguindo a vertical) 54 52 Diâmetro da bacia Bi-ilíaco (dum a outro ângulo externo da anca) - 11,5 Bi-isquiático (de uma a outra tuberosidade isquiática) - 5,5 Índices: Cefálico total (relação entre a largura do crânio e o comprimento da cabeça) 60 59 Torácico (relação entre a largura do peito e a sua altura) 68 65 Corporal (relação entre o comprimento do corpo e o perímetro torácico) 82 83 Peso: (Kg) 20-27 16-22 Ângulos articulares Escápulo-umeral 120º Úmero-radial 150º Coxo-femural 95º Fémuro-tibial 120º Tíbio-társico 145º