Decreto-Lei n.º 61/2007 de 14 de Março

Documentos relacionados
CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

CÓDIGO DA ESTRADA EDIÇÃO DE BOLSO. Actualização N.º 3

Lei n.º 46/2011 de 24 de Junho

PROPOSTA DE LEI DE REPATRIAMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS DOMICILIADOS NO EXTERIOR DO PAÍS

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 105/2006 de 7 de Junho

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 98/2006 de 6 de Junho

ANGOLA FOREX A Vida & Valor do Kwanza em Angola

LEI N 92/IV/93 De 15 de Dezembro de 1993

Lei nº 19/2011, de 20 de Maio

Lei nº 94/2009, de 1 de Setembro

>> EMISSÃO, CONSERVAÇÃO E ARQUIVAMENTO DAS FACTURAS OU DOCUMENTOS EQUIVALENTES EMITIDOS POR VIA ELECTRÓNICA. Última actualização em 15/05/2007

Ministérios da Economia e da Inovação

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Resolução do Conselho de Ministros n. o 88/

Decreto-Lei nº 18/2007, de 22 de Janeiro

DIÁRIO DA REPÚBLICA I A SUMÁRIO. Terça-feira, 24 de Abril de 2001 Número 96. Presidência do Conselho de Ministros. Ministério da Economia

Lei n.º 4/2009 de 29 de Janeiro. Define a protecção social dos trabalhadores que exercem funções públicas

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 137/2006 de 26 de Julho

Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2003) 510) 1,

1802 Diário da República, 1.ª série N.º de Março de 2009

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 97/XIII. Exposição de Motivos

AVISO N.º 06/2012 de 29 de Março

Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º

Decreto-Lei nº 144/2009, de 17 de Junho

Decreto-Lei n.º 65/2010. de 11 de Junho

Tarifa Social de Fornecimento de Gás Natural

Lei nº 5/2002, de 11 de Janeiro

Lei n.º 5/2002, de 11 de Janeiro *

Decreto-Lei n.º 88/2014 de 06 de junho

MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

INSTITUTO DO DESPORTO DE PORTUGAL, I.P. Decreto-Lei n.º 169/2007 de 3 de Maio

Regulamentação das Condições Técnicas para a Emissão, Conservação e Arquivamento de Facturas

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas e a Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica.

Relatório de Atividades 2016

Decreto-Lei n.º 134/2005, de 16 de Agosto Estabelece o regime da venda de medicamentos não sujeitos a receita médica fora das farmácias

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 130/XIII. Exposição de Motivos

Regime de Incentivo Fiscal aos Veículos em Fim de Vida

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Lei n.º 3/2009 de 13 de Janeiro

FINANÇAS E JUSTIÇA. Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de

AVISO N.º 01/2012 de 16 de Janeiro

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

DECRETO N.º 379/X. Artigo 1.º Alteração à Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto

CÓDIGO DOS CONTRATOS PÚBLICOS

Anexo 1 à Informação Técnica 31/2014

Publicado no Diário da República, I série, nº 74, de 22 de Abril

CÓDIGO DA PUBLICIDADE. Actualização N.º 3

Portaria n.º 289/2000 de 25 de Maio

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º. Exposição de Motivos

Diário da República, 1.ª série N.º de Outubro de Artigo 13.º. Decreto-Lei n.º 285/2009

Decreto-Lei n.º 303/99 de 6 de Agosto

Jornal Oficial da União Europeia L 322/33. (Actos adoptados em aplicação do título VI do Tratado da União Europeia)

DIPLOMAS RELATIVOS À ACTIVIDADE SEGURADORA

Ministério d. Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas. da Presidência do Conselho, em 3 de Março de 2008

Após sucessivas prorrogações da vigência desta medida, as razões subjacentes à sua consagração mantêm-se ainda integralmente válidas.

Publicado no Diário da República, I série, nº 15, de 29 de Janeiro AVISO N.º 01/2015

Medidas de Protecção de Menores no Caso de Recrutamento para Profissões ou Exercício de Funções que Envolvam Contacto com Crianças

Regime dos Ficheiros Informáticos em Matéria de Identificação Criminal e de Contumazes

Foi ouvida a Associação Nacional de Municípios Portugueses. Assim:

CÓDIGO CIVIL. Actualização N.º 3

INSTRUTIVO N.º 02/2012

PROPOSTA DE LEI N.º 111/IX

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 176/XII. Exposição de Motivos

Legislação Farmacêutica Compilada. Decreto-Lei n.º 135/95, de 9 de Junho. INFARMED - Gabinete Jurídico e Contencioso 21

3638 Diário da República, 1. a série N. o de Maio de 2007

REGULAMENTOS Jornal Oficial da União Europeia L 269/1. (Actos aprovados ao abrigo dos Tratados CE/Euratom cuja publicação é obrigatória)

5220 Diário da República, 1.ª série N.º de Agosto de 2009

Diploma. Organiza o registo individual do condutor

ORGANIZAÇÃO E ATRIBUIÇÕES DO SISTEMA DA AUTORIDADE MARÍTIMA (SAM)

Decreto-Lei n.º 38/92 de 28 de Março. Regula a actividade de transporte de doentes

>> REGIME DO INCENTIVO FISCAL À DESTRUIÇÃO DE AUTOMÓVEIS LIGEIROS EM FIM DE VIDA. Última actualização em 09/01/2008

CÓDIGOS REGULAMENTO DE FISCALIZAÇÃO DA CONDUÇÃO SOB INFLUÊNCIA DO ÁLCOOL OU DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

3744 Diário da República, 1.ª série N.º de Junho de 2011

DECRETO N.º 41/XI. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial (RJE)

PROJETO DE LEI N.º 871/XIII/3.ª CONSAGRA UM REGIME DE ACESSO E TROCA AUTOMÁTICA DE INFORMAÇÕES FINANCEIRAS NO DOMÍNIO DA FISCALIDADE

Lei n. o 5/

PROJETO DE LEI n.º 262/XIII-1ª. Proíbe a emissão de valores mobiliários ao portador

Foi desencadeado o processo de consulta aos membros da Comissão de Acompanhamento da Gestão de Embalagens e Resíduos de Embalagem.

Diploma DRE. Artigo 1.º. Âmbito

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diário da República, 1.ª série N.º de Maio de

Decreto-Lei nº 69/2004 de 25 de Março

Decreto-Lei nº 195/2007, de 15 de Maio

Não dispensa a consulta do Diário da República Imojuris. Todos os direitos reservados.

CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 103/2005 de 24 de Junho

As Altas Partes Contratantes no presente Protocolo, Estados membros da União Europeia:

TEXTO INTEGRAL. Artigo 1.º Objecto e âmbito

Decreto-Lei n.º 107/2003 de 4 de Junho

(Atos legislativos) REGULAMENTOS

Foram ouvidos os órgãos de governo próprio das Regiões Autónomas.

(Actos cuja publicação é uma condição da sua aplicabilidade)

Regime do Segredo de Estado

PROJETO DE REGULAMENTO N.º---/SRIJ/2015 (REGISTO E CONTA DE JOGADOR)

INSTRUTIVO N.º 13/2018 de 19 de Setembro

REGULAMENTOS. L 314/2 Jornal Oficial da União Europeia

Transcrição:

Diploma: Ministério das Finanças e da Administração Pública - Decreto-Lei n.º 61/2007 Data: 14-03-2007 Sumário Aprova o regime jurídico aplicável ao controlo dos montantes de dinheiro líquido, transportado por pessoas singulares, que entram ou saem da Comunidade Europeia através do território nacional, bem como ao controlo dos movimentos de dinheiro líquido com outros Estados membros da União Europeia, e procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 295/2003, de 21 de Novembro Texto integral Decreto-Lei n.º 61/2007 de 14 de Março A necessidade de melhorar a prevenção e o combate ao branqueamento de capitais, bem como ao financiamento do terrorismo, levaram a que a comunidade internacional tivesse unido esforços no sentido de promover e reforçar os instrumentos jurídicos nestes domínios. A nível da Comunidade Europeia, são disso exemplos a adopção da directiva n.º 91/308/CEE, do Conselho, de 10 de Junho, revogada pela directiva n.º 2005/60/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro, e o Regulamento (CE) n.º 1889/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro. De entre as iniciativas desenvolvidas nesta área deve referir-se sobretudo a acção promovida pelo grupo de acção financeira sobre o branqueamento de capitais (GAFI), de que Portugal é membro, destacando-se, em particular, a sua Recomendação Especial IX, que convida os Governos a aplicarem medidas para detectar os movimentos físicos de dinheiro líquido nas fronteiras, como uma das formas de prevenção e de combate ao financiamento do terrorismo e ao branqueamento de capitais. O disposto no Regulamento (CE) n.º 1889/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro, impõe que se intensifiquem certas medidas de controlo das quantias transportadas à entrada ou à saída do território comunitário, através do estabelecimento do princípio da declaração obrigatória. As medidas que agora se adoptam têm como antecedentes procedimentos de controlo existentes no ordenamento jurídico português, constantes do regime jurídico das operações económicas e financeiras com o exterior e das operações cambiais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 295/2003, de 21 de Novembro. A disciplina jurídica que ora se substitui consagrava o princípio da declaração feita às autoridades competentes, apenas quando solicitado por estas, aplicável a todos os movimentos de meios de pagamento, valores mobiliários titulados e ouro amoedado na entrada e saída do território nacional. Optou-se, contudo, por manter este procedimento, no que concerne aos movimentos entre Portugal e os outros Estados membros. Deste modo, fica salvaguardado o disposto no artigo 58.º do Tratado da Comunidade Europeia que estabelece a possibilidade de fixação de restrições à livre circulação de capitais e pagamentos, consolidada na ordem jurídica comunitária desde o advento da terceira fase da união económica e monetária e da adopção do euro como moeda única. Com o presente regime assegura-se, no plano nacional, um nível de controlo equivalente dos movimentos de dinheiro líquido que atravessam a fronteira externa da Comunidade, permitindo às autoridades aduaneiras recolher e tratar informações e, sempre que necessário, efectuar a verificação do conteúdo dos volumes de bagagem dos viajantes ou a revista pessoal, tal como definido no Decreto-Lei n.º 176/85, de 22 de Maio, ou mesmo controlar os meios de transporte utilizados.

As sanções aplicáveis aos casos de incumprimento do dever de declaração encontram-se definidas no regime geral das infracções tributárias, aprovado pela Lei n.º 15/2001, de 5 de Junho, tendo em consideração a natureza dos controlos previstos no Regulamento n.º 1889/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro, da competência da administração aduaneira. Foi ouvida a Comissão Nacional de Protecção de Dados. Assim: Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objecto O presente decreto-lei tem por objecto o controlo dos montantes de dinheiro líquido que entram ou saem da Comunidade através do território nacional, dando execução ao disposto no Regulamento (CE) n.º 1889/2005, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Outubro, bem como o controlo dos movimentos de dinheiro líquido com outros Estados membros. Artigo 2.º Dinheiro líquido 1 - Para efeitos do presente decreto-lei, entende-se por dinheiro líquido: a) Os meios de pagamento ao portador, incluindo instrumentos monetários, tais como os cheques de viagem e títulos negociáveis, nomeadamente cheques, livranças e ordens de pagamento, quer ao portador quer endossados sem restrições, passados a um beneficiário real ou fictício, ou sob qualquer outra forma que permita a transferência do direito ao pagamento mediante simples entrega e instrumentos incompletos, incluindo cheques, livranças e ordens de pagamento, assinados, mas com omissão do nome do beneficiário; b) O dinheiro: i) Notas ou moedas metálicas em circulação, com curso legal nos respectivos países de emissão; ii) Notas ou moedas metálicas fora de circulação, enquanto não esteja extinta a responsabilidade pelo seu pagamento. 2 - É ainda considerado como dinheiro líquido, para efeitos do presente decreto-lei, o ouro amoedado, o ouro em barra ou noutras formas não trabalhadas. CAPÍTULO II Procedimentos e intercâmbio de informações Artigo 3.º Dever de declaração 1 - Qualquer pessoa singular que, à entrada ou à saída do território nacional, proveniente ou com destino a um território não pertencente à Comunidade Europeia, transporte um montante de dinheiro líquido igual ou superior a (euro) 10000 deve declarar esse montante às autoridades

aduaneiras, através do preenchimento do modelo de declaração a aprovar por despacho do ministro responsável pela área das finanças. 2 - Sempre que os referidos movimentos de dinheiro líquido se processem com os Estados membros da União Europeia, deve o montante transportado ser declarado, quando tal seja solicitado pelas autoridades aduaneiras. 3 - Do modelo de declaração referido no n.º 1 constam, designadamente, elementos de identificação do declarante, do proprietário e do destinatário do montante de dinheiro líquido, bem como elementos relativos ao montante, natureza, proveniência e uso que se pretende dar ao dinheiro líquido, meio de transporte e respectivo itinerário. 4 - O disposto no n.º 1 não prejudica o cumprimento de outras formalidades exigidas pela legislação aduaneira. Artigo 4.º Recolha e tratamento da informação 1 - Compete à Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) a centralização, a recolha, o registo e o tratamento das informações constantes da declaração a que se refere o artigo anterior. 2 - Sempre que, dos controlos aduaneiros exercidos sobre as pessoas singulares, sobre as suas bagagens e sobre os meios de transporte utilizados, se verifique que essas pessoas transportam montantes de valor inferior ao limiar previsto no artigo anterior, com indícios de que esses movimentos de dinheiro líquido possam estar associados a actividades ilícitas, compete à DGAIEC registar, além dessa informação, o nome completo da pessoa, a data e o local de nascimento, a nacionalidade e os pormenores relativos aos meios de transporte utilizados, sem prejuízo do procedimento criminal legalmente aplicável. 3 - As informações recolhidas no âmbito do presente decreto-lei devem ser conservadas por um período de cinco anos a contar do momento em que são registadas. 4 - No caso dos registos relativos a indícios de actividades ilícitas, associadas aos movimentos de dinheiro líquido referidos no n.º 2, os dados devem ser eliminados, antes de decorrido o prazo limite mencionado no número anterior, logo que se conclua serem infundados os referidos indícios ou que seja proferida, sobre os mesmos, decisão absolutória com trânsito em julgado. Artigo 5.º Troca de informações a nível nacional 1 - Os elementos obtidos nos termos dos artigos 3.º e 4.º devem ser enviados à Polícia Judiciária, para efeitos de tratamento e difusão de informações no âmbito da prevenção e da investigação criminais. 2 - São prestadas ao Banco de Portugal, quando solicitadas, quaisquer informações recolhidas no âmbito do presente decreto-lei, com vista ao exercício das suas atribuições, nomeadamente para fins estatísticos. Artigo 6.º Troca de informações a nível internacional 1 - Quando existam indícios de que os montantes de dinheiro líquido transportados estão relacionados com actividades ilícitas associadas a movimentos de dinheiro, as informações obtidas nos termos do presente decreto-lei podem ser transmitidas às autoridades competentes de outros Estados membros da União Europeia, sendo aplicáveis, com as devidas adaptações, os

mecanismos definidos no Regulamento (CE) n.º 515/97, do Conselho, de 13 de Março. 2 - As mesmas informações devem ser enviadas à Comissão Europeia sempre que existam indícios de que os montantes de dinheiro líquido transportados estão ligados ao produto de actividades ilícitas susceptíveis de prejudicar os interesses financeiros da Comunidade. 3 - As informações a que se refere o n.º 1 podem ainda ser enviadas a países terceiros, no quadro da assistência mútua administrativa, a pedido das respectivas autoridades competentes, no respeito pela legislação nacional e comunitária relativa à protecção de dados pessoais. 4 - Quando a transferência de informações prevista no número anterior envolver dados pessoais e constituir uma medida necessária à prevenção, investigação e repressão de infracções penais, devem ser também observados os acordos e convenções internacionais de que Portugal seja parte. 5 - As informações a que se referem os números anteriores apenas podem ser utilizadas para o estrito cumprimento das atribuições e competências das autoridades a quem sejam prestadas e, no caso do n.º 3, apenas para os fins consagrados no pedido. CAPÍTULO III Disposições finais Artigo 7.º Direitos do titular dos dados Ao titular dos dados é reconhecido o direito de acesso, actualização e rectificação dos registos referentes a dados pessoais que lhe digam respeito, obtidos e tratados no âmbito do presente decreto-lei, nos termos da secção II da Lei n.º 67/98, de 26 de Outubro. Artigo 8.º Dever de sigilo 1 - Os deveres decorrentes do segredo de justiça, bem como do sigilo fiscal e profissional, impendem sobre todos os funcionários e agentes das entidades que tenham acesso à informação recolhida nos moldes regulados no presente decreto-lei. 2 - É subsidiariamente aplicável, na consulta das informações recolhidas e na troca de informações subsequente, o disposto na legislação referida no artigo anterior. Artigo 9.º Alteração ao Decreto-Lei n.º 295/2003, de 21 de Novembro Os artigos 1.º e 19.º do Decreto-Lei n.º 295/2003, de 21 de Novembro, passam a ter a seguinte redacção: «Artigo 1.º [...] 1 -... 2 -... a)...

b)... c)... d) Notas e moedas fora de circulação, enquanto não esteja extinta a responsabilidade dos respectivos bancos centrais nacionais pelo seu pagamento. Artigo 19.º [...] 1 - São livres a importação, a exportação e a reexportação de notas e moedas metálicas em circulação, com curso legal nos respectivos países de emissão, ou de outros meios de pagamento, expressos nestas moedas ou em unidades de conta utilizadas em pagamentos internacionais, bem como de notas e moedas fora de circulação enquanto não esteja extinta a responsabilidade dos respectivos bancos centrais nacionais pelo seu pagamento. 2 -... 3 - (Revogado.) 4 - (Revogado.)» Artigo 10.º Norma revogatória São revogados os n.os 3 e 4 do artigo 19.º e o n.º 2 do artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 295/2003, de 21 de Novembro. Artigo 11.º Entrada em vigor O presente decreto-lei entra em vigor no dia 15 de Junho de 2007. Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 18 de Janeiro de 2007. - José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa - Fernando Teixeira dos Santos - José Manuel Vieira Conde Rodrigues. Promulgado em 26 de Fevereiro de 2007. Publique-se. O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA. Referendado em 1 de Março de 2007. O Primeiro-Ministro, José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.