GA-027 Redes de Computadores

Documentos relacionados
Qualidade de Serviço para Aplicações de Videoconferência sobre Redes IP. São Paulo, 11 de Maio de 2003

Qualidade de Serviços em Redes IP. Edgard Jamhour

! " # " & # dados comuns. tipos de tráfego. dados críticos. QoS. Integração de dados, áudio e vídeo em uma infraestrutura. redes tradicionais

Comunicação. Multicast e Provisão de QoS Multimídia. Multicast e QoS. Multicast. Serviço Multicast. Comunicação Multicast.

Qualidade de Serviço (QoS) Qualidade de Experiência (QoE) Dr. Daniel G. Costa

SSC0641 Redes de Computadores

Na aula passada... Protocolos de comunicação multimídia:

Weighted Fair Queuing. Comparação dos métodos de filas

Comunicação Multicast. Garantia de QoS. QoS em Redes IP.

Os princípios da B-ISDN podem ser resumidos nos seguintes itens:

Qualidade de Serviço na Internet

e Protocolos de Streaming Aplicações Multimídia Multimídia Aplicações jitter Variação de retardo Efeito do jitter

EXERCÍCIOS PROPOSTOS Desempenho de redes

Qualidade de serviço. Determina o grau de satisfação do usuário em relação a um serviço específico Capacidade da rede de atender a requisitos de

Protocolos Multimídia na Internet

Redes de Computadores

O Multi Protocol Label Switching é um mecanismo de transporte de dados pertencente à família das redes de comutação de pacotes. O MPLS é padronizado

Serviços Integrados na Internet

Protocolos Multimídia na Internet

Executando Qualidade de Serviço

Qualidade de Serviço. Carlos Gustavo A. da Rocha. Tecnologia para Integração de Serviços

Qualidade de Serviço com Mikrotik

QFlow: Um Sistema com Garantia de Isolamento e Oferta de Qualidade de Serviço para Redes Virtualizadas

Política de priorização de tráfego na rede Ipê

Serviços Diferenciados no NS2. Tutoriais NS2 on-line, Xuan Chen, 2002 (Adaptado)

Serviços de Comunicações. Serviços de Comunicações. Módulo 7 Qualidade de Serviço em redes IP. condições de rede existentes em cada momento

Nesse módulo, veremos como a qualidade de serviço (QoS) pode ser implementada em redes IP.

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

Serviços Diferenciados

Capítulo 5. A camada de rede

3 Controle de Admissão no ambiente DiffServ

Técnicas de comutação

MPLS- Multiprotocol Label Switching

Administração de Sistemas (ASIST)

Redes de Computadores I Internet - Conceitos

Telefonia IP. Transmissão de mídias pela Internet vs melhor esforço. Prof. Emerson Ribeiro de Mello. Instituto Federal de Santa Catarina IFSC

Qualidade de Serviço em Redes Sem Fio em Malha. Livia Ferreira Gerk Universidade Federal Fluminense Fundamentos de Sistemas Multimídia

Gerenciamento de redes

2 Qualidade de serviço

Computadores Digitais II

Serviço best-effort. Internet rede baseada em datagramas. projeto original

QoS em Redes IP: Arquitetura e Aplicações

Exercícios QoS. [seg.]

Parte I: Introdução. O que é a Internet. Nosso objetivo: Visão Geral:

Qualidade de Serviços em Redes IP. Edgard Jamhour

3 ALGORITMOS DE ENFILEIRAMENTO

04.03 Quality of Service (QoS)

Redes de Computadores MPLS. Multiprotocol Label Switching. Gustavo Henrique Martin G. Miassi

Transporte Multimídia em Redes. Transporte Multimídia em Redes. Transmissão multimídia em tempo real. Categorias dos protocolos

PROFESSOR: Bruno pontes ALUNAS: BRUNA SERRA BIANCA SOUZA Índice

Mecanismos de QoS em Linux tc Traffic Control

Prof. Samuel Henrique Bucke Brito

5 Classificadores e Condicionadores de Tráfego

Graduação Tecnológica em Redes de Computadores. Tecnologias de Interligação de Redes

Capítulo 4: Camada de rede

Este material sobre MPLS pretende ser um guia introdutório a esta tecnologia que está em constante desenvolvimento.

Redes de Computadores

Engenharia de Tráfego em uma Rede de Serviços Diferenciados

Capítulo 4 Camada de Rede

8. MODELOS DE REDES IP

Protocolo MPLS: Multiprotocol Label Switching

UFRN/COMPERVE CONCURSO PÚBLICO IFRN 2010 DOCENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Configuração da regra ACL no WAP371

3 Qualidade de Serviço

de Telecomunicações para Aplicações Multimídia Distribuídas Infra-estrutura Infra-estrutura de Telecomunicações Serviço Multicast

Configurar Qualidade de Serviço no Roteadores RV160 e RV260

VoIP e mitos: por que a voz picota, atrasa... QoS e seus desafios

Rone Ilídio da Silva DTECH/UFSJ/CAP

História da Telebras. Decreto nº 8.135/13 Mudança de cenário na prestação de serviços. Holding Monopólio das Telecomunicações

2 A Avaliação de RMU 20/12/2012. Nome:

REDES II. e Heterogêneas. Prof. Marcos Argachoy

Qualidade de Serviços em Redes IP. Edgard Jamhour

Apresentação QoS ATM Arquitetura Elementos Funcionais Conclusão

Aplicação de rede. GA-027 Redes de Computadores. Camada de Aplicação. Artur Ziviani LNCC/MCT. Execução nos sistemas finais com comunicação via rede

Redes de computadores e a Internet. Prof. Gustavo Wagner. A camada de rede

AULA 3 - REDES. Prof. Pedro Braconnot Velloso

Redes de Computadores Prof. Fred Sauer

Gerenciamento Baseado em Políticas

Gerenciamento Baseado em Políticas

REDES DE COMPUTADORES

Criação e configuração do mapa da classe IPv4 baseada nos Access point WAP121 e WAP321

1.1 Transmissão multimídia em redes

Serviços Diferenciados na Internet

QoS for voice applications

Nível de Rede. Modelo de Referência OSI GCAR

Capítulo IV - QoS em redes IP. Prof. José Marcos C. Brito

MPLS MultiProtocol Label Switching

Redes de Computadores

Além do melhor esforço

Graduação Tecnológica em Redes de Computadores. Tecnologias de Interligação de Redes

Reconfiguração Dinâmica de Classes DiffServ no Suporte a QoS face à Dinâmica da Rede

Nível de Rede. Funções do nível de rede GCAR

CCNA 2 Conceitos Básicos de Roteadores e Roteamento

AULA 2 - INTERNET. Prof. Pedro Braconnot Velloso

As principais contribuições do presente trabalho são as seguintes:

3º Semestre. Aula 02 Introdução Roteamento

Comunicação. capítulo

Transcrição:

GA-027 Redes de Computadores Qualidade de Serviço (QoS) Artur Ziviani LNCC/MCT

Gestão de QoS Qualidade de Serviço (QoS) IP atual oferece serviço de melhor esforço sem garantias de quando ou quantos pacotes transmitidos chegam ok para aplicações elásticas Ex.: telnet, ftp, email Novas aplicações demandam mais... características de tempo real e interatividade necessidade de novo suporte de redes ou desenvolvimento de aplicações adaptativas

Métricas de interesse Algumas métricas taxa de transmissão atraso variação do atraso (jitter) confiabilidade taxa de perda de pacotes (redes comutadas a pacotes) taxa de erro binário (redes sem fio) Demandas às diferentes métricas mudam em função da aplicação de interesse Qual o problema fundamental? Suporte a uma gama variada de aplicações telefonia, vídeo, dados, etc... Problema: congestionamento da rede durante um congestionamento, todos os pacotes são tratados igualmente controle somente nos extremos da comunicação controle de congestionamento atual é lento demais (e.g., centenas de ms) para aplicações de tempo real (e.g., comunicações interativas)

Soluções? (1/2) Abordagem conservadora arquitetura IP não muda abordagem fim-a-fim melhora do serviço pelas extremidades adaptação das aplicações controle aplicativo recursos devem ser suficientes dimensionamento Dimensionamento da rede aumento da capacidade dos enlaces e roteadores predição do tráfego engenharia de tráfego Soluções? (2/2) Abordagem progressista sempre haverá falta de recursos de rede a penúria deve ser administrada arquitetura de rede deve evoluir os protocolos de transporte não bastam rede deve fornecer serviços preferenciais atraso taxa de transmissão Gestão de recursos IntServ/RSVP DiffServ

Engenharia de Tráfego Engenharia de Tráfego Objetivos em redes IP evitar congestionamentos na rede aproveitar melhor os recursos disponíveis adaptar-se a condições de tráfego de rede

Exemplo de roteamento IP Engenharia de Tráfego Habilidade de controlar fluxos na rede otimiza recursos de transmissão disponíveis desvia (parte do) tráfego do caminho de roteamento normal para caminho menos congestionado

Engenharia de Tráfego Anos 90!!!! Infra-estrutura roteamento interno completo decisão independente de nível 3 a cada salto troncos DS-1 (1,544 Mbps) e DS-3 (44,746 Mbps) Engenharia de Tráfego Anos 90!!!! Mecanismos de Eng. Tráfego overprovisioning manipulação de métricas Limitações redirecionamento de fluxos para R5 via R4, também desvia tráfego de R6! alguns enlaces tornam-se sub ou super-utilizados abordagem de tentativa e erro

MultiProtocol Label Switching (MPLS) Túnel MPLS

MPLS IP e QoS Abordagem por Reserva de Recursos

Ideia básica Reserva de recursos (memória, tempo de CPU, capacidade nos enlaces, etc) Necessita conhecer requisitos dos fluxos para dimensionar reservas Problema de ordenamento Gargalo nos caixas Como solucionar? filas prioritárias? melhor tempo de serviço? mais caixas?????

Exemplo Multiplexação de tráfego Multiplexação FIFO modificação da taxa de pico do tráfego suavização do tráfego Problema de caracterização do tráfego

Fila de pacotes no roteador Roteador recebe tráfego de múltiplas fontes Que política de ordenamento usar? Há impacto do próprio tráfego nele mesmo Ordenamento FIFO Mais simples e largamente utilizado Idéia de uma certa igualdade entre fluxos Características ruins para alguns fluxos mais sensíveis todos desfrutam dos atrasos em fila

Uso de prioridades Análise de informações na chegada dos pacotes Possível perda de dados em fluxos não-prioritários starvation de fluxos não-prioritários Ordenamento por classes CBQ: Class-Based Queuing Técnica oriunda de sistemas operacionais Classificação a priori de pacotes segundo certos critérios (ToS por exemplo - marcado nos pacotes)

IP e QoS Modelo IntServ Abordagem IntServ IntServ = INTegrated SERVices Três tipos de perfil: melhor esforço serviço clássico carga controlada (controlled load) a rede se comporta como uma rede de melhor esforço com baixa carga serviço garantido (guaranteed service) garantia de taxa de transmissão, atraso e jitter Deve haver sinalização para reservar recursos

Sinalização de reserva de rescursos: RSVP Especificação de um fluxo Especificação de uma QoS (taxa, atraso,...) Necessidade de tráfego conforme policiamento e controle de admissão Reservas não dependem do protocolo algoritmos locais RSVP: algumas definições Noção de fluxo (à moda IP) endereço fonte, endereço destino, [número de porta] Descrição de fluxo Flow Spec classe de serviço qualidade de serviço QoS desejada (Rspec) descrição do tráfego esperado (Tspec) Filter Spec como reconhecer os pacotes do fluxo endereço IP da fonte porta TCP/UDP na fonte

Implementação de RSVP Uma reserva atende a um fluxo um estado armazenado por fluxo roteadores reconhecem os fluxos Tratamento de pacotes não é mais indiscriminado RSVP

Protocolo RSVP Descrição do tráfego controle de admissão estabelecimento de reserva Protocolo RSVP Atualização periódica de reservas uso de soft state = reserva volátil abandono de reservas não atualizadas

RSVP: balanço Protocolo padronizado Produtos que implementam RSVP existem Culturalmente satisfatório Bem adaptado às redes corporativas Mal adaptado a redes de longa distância IP e QoS Modelo DiffServ

Algumas reflexões comuns... Em geral, rede de longa distância é uma de um operador de telecomunicações Um operador possui clientes que demandam serviços conhecidos (relativamente previsíveis) mesmo que seja preciso pagar por isto no caso de certas aplicações Possível conclusão: compartilhamento igualitário de recursos na Internet deveria ser abandonado... (?) Mais reflexões... Do ponto de vista técnico RSVP é custoso (demais?) em termos de memória e processamento nos roteadores de núcleo 1 estado armazenado por fluxo deve-se conceber um método para tratar reservas de forma agregada introdução de múltiplos níveis (pré-definidos) de sinalização na rede IP

Classes de serviço Na entrada da rede (roteador de ingresso) fluxos são classificados e marcados como pertencentes a uma classe No interior da rede (rotedores interiores) cada roteador trata um pacote conforme sua classe DiffServ: classes Serviço EF (Expedited Forwarding) premium Serviço AF (Assured Forwarding) olímpico : ouro, prata, bronze... Serviço de melhor esforço (BE) Codificação usando DSCP Differentiated Services Code Point (redefinição ToS)

Critérios de classificação Tipo de tráfego sensível à taxa de transmissão ou ao atraso Tipo de aplicação interativa, tempo real, transferência de arquivos Tipo de assinatura reconhecimento dos usuários/clientes classes de tráfego associadas ao tipo de assinatura Expedited Forwarding (EF)

Assured Forwarding (AF) EF + AF

Comparação: IntServ e DiffServ Muitos desafios perduram em QoS QoS em grades computacionais distribuídas, clouds, P2P,... redes sem fio ad hoc, móveis, de sensores, mesh... Especificação, tradução e adaptação de QoS Estimação e verificação de QoS baseada em medições Tarifação e contabilidade (pricing & billing) Negociação automática de SLAs IntServ e DiffServ em redes de longa distância...

Discussão longa... IntServ e DiffServ são propostas do fim da década de 90 para a Internet ~10-15 anos de discussão sobre reserva de recursos tráfego prioritário serviço diferenciado... Discussão antiga? ultrapassada?

04 de agosto de 2010 05 de agosto de 2010 net neutrality? Discussão atual!!!!