ESTUDO REFLEXIVO- SISTÊMICO DAS OBRAS DE ALLAN KARDEC E DO EVANGELHO DE
MÓDULO 3 A PRESENÇA AMOROSA DE EM NOSSAS VIDAS
O SIGNIFICADO DE SER DISCÍPULO DE
9º. ENCONTRO A CONDIÇÃO PARA SER DISCÍPULO DE Objetivo refletir sobre a condição e o significado de ser um discípulo de Jesus.
Meditando sobre a presença de Jesus em nossas vidas: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir-se filho(a) de Deus, tendo como guia e modelo, Jesus. Como você sente essa realidade? Você a sente de modo a se entregar plenamente a Deus, às Leis Divinas e aos ensinamentos de Jesus? Deixe fluir os seus pensamentos e sentimentos, evitando qualquer mascaramento, num processo de autoengano. Seja verdadeiro(a) com você, analisando-se com autenticidade.
EU, ESPÍRITO IMORTAL DEUS ENTREGA E AÇÃO As virtudes que nos possibilitam a entrega a Jesus, nosso guia e modelo, o caminho da verdade e da vida, que nos conduz a Deus. LEIS DIVINAS
João Capítulo 13 versículos 3 ao 17 e 34 Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus. Levantou-se então da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e amarrou-a na cintura. Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido.
Aproximou-se, pois, de Simão Pedro, que lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois. Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça.
Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora vós estais limpos, mas não todos. Porque bem sabia ele quem o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos. Depois que lhes lavou os pés, vestiu o manto, põs-se de novo à mesa e perguntoulhes: Sabeis o que vos fiz? Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou.
Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o mensageiro maior do que aquele que o enviou. Se compreenderdes isto e o particardes, sereis felizes. Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
Exegese realizada pelo Espírito Honório médium Afro Stefanini II Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus e ia para Deus. A onisciencia relativa de Jesus abarcava todas as etapas evolutivas que Ele já havia superado ao longo da jornada até o reino celeste em que habita.
Face ao estado de pureza espiritual, Jesus tem a incumbência de administrar não apenas os planetas do sistema solar, mas também as Leis físicas e morais de cada globo deste sistema, organizando a evolução coletiva do sistema e dos Espíritos de todos os planetas que compõe o nosso núcleo astronômico.
Eis, portanto, o entendimento claro da passagem que elucida quanto ao fato do Pai lhe ter colocado todas as coisas nas mãos. Trata-se da responsabilidade cósmica de guiar os Espíritos que habitam cada globo, mobilizar todas as leis físicas de cada orbe ao seu cônscio-dever e iluminar os rumos morais e intelectuais de cada planeta sob sua alçada.
A onisciencia relativa do Cristo é também retratada nessa passagem por revelar que o Mestre sabendo que fomos criados simples e ignorantes rumo à angelitude ensinou esta verdade ao evangelista João, que ao retratar o ensinamento neste capítulo, aborda uma das sublimes características do Mestre, que é de saber o caminho evolutivo e cósmico pelo qual percorreu como Espírito imortal até a perfeição relativa, ou seja, a pureza espiritual. O termo sabia que havia saído de Deus e ia para Deus revela esta sapiência magna da destinação do princípio inteligente que começa pelo átomo primitivo e evolui até o Arcanjo.
O Livro dos Espíritos questão 540: ([...] É assim que tudo serve, que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou pelo átomo. Admirável lei de harmonia, que o vosso acanhado espírito ainda não pode apreender em seu conjunto.
Levantou-se então da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e amarrou-a na cintura. Este episódio, relatado pelo evangelista, é real e constitui-se em um fato histório ocorrido entre Jesus e os doze discípulos. O significativo, porém, é observarmos o quanto de simbolismo nos traz a passagem em cada palavra, versículo a versículo. Sendo Jesus o modelo e guia de todos os seres do Sistema Solar, tudo que Ele fazia estava repleto de significado profundo e valioso ensinamento.
No ato de retirar-se da mesa, encontramos a simbologia do Ser superior que saindo dos páramos celestiais veio até às aflições e angústias humanas, dignando-se a estar em nossa companhia para o grande encontro terapêutico cósmico. O ato de tirar o manto simboliza o estado de sublime transfiguração, no qual o Cristo, fazendo-se temporariamente humano, para que com sua angelitude, pudesse demonstrar aos encarnados e desencarnados da Terra o potencial divino que habita em cada um de nós.
O Cristo coloca a toalha da roupagem física e se faz Luz do mundo tecendo as inapagáveis lições de amor nos tecidos humanos da coletividade. Nessa singela passagem fica patente o grande propósito existencial da vinda de Jesus à Terra, em Sua trajetória como Mestre cósmico vindo ao nosso encontro.
Por que Jesus amarrou a toalha na cintura? A que se refere João? Seria um simples fato? Não! Este é o simbolo da proximidade do Mestre com a Humanidade inteira. A cintura é a representação da jornada evolutiva humana, que leva o Ser, com sua característica de sombra e luz, estar na fase intermediária do instinto para a plena luz, o estado angelical.
Jesus amarra a toalha na cintura como símbolo do processo de humanização para alcançar a perfeição, pois da cintura até o topo da cabeça o caminho é a autotransformação. Quando o profeta João (o Batista) batiza Jesus colocando a água no topo da cabeça e concomitantemente surge a pomba que simboliza a presença profunda de Deus ou da autoiluminação, temos melhores subsídios para compreender o símbolo da toalha na cintura.
Depois deitou água numa bacia, e começou a lavar os pés aos discípulos, e a enxugarlhos com a toalha com que estava cingido. A mesma água que na simbologia do batismo havia revelado a pomba da sublimação, agora estava colocada na bacia e servia para lavar os pés dos discípulos. Agora o Mestre já não estava mais ensinando com as palavras, mas todo o Ser estava falando através das humildes águas da sabedoria e da ação.
A mais simbólica de todas as passagens guarda importantes ensinamentos. Os pés são o sustento do corpo, assim como as raízes são o sustento de uma árvore. Para alcançarmos o estado de sublimação, considerando o corpo como uma grande jornada, vamos encontrar os pés como sustento de todo o propósito existencial dos discípulos, pois, ali também está a simbologia dos instintos que são as energias primárias mais ligadas à Terra, ao material, ao chão da existência física.
Jesus ao lavar os pés dos discípulos está ensinando a profunda purificação dos instintos que proporciona o sustento de todo o corpo, ou seja, do propósito existencial. Em muitos momentos, Jesus buscou simbolizar em si mesmo elementos simples do cotidiano, por exemplo, classificando-se como pão da vida, luz do mundo e aos seus discípulos mais diretos afirmou serem o sal da Terra.
No momento em que o Mestre lava os pés dos discípulos Ele transforma-se todo em uma simbologia e o corpo dos discípulos em uma superior mensagem. A purificação dos instintos só é possível se for enxugada com a toalha da humanização, cingida na cintura de nossa condição humana.
No momento em que o Mestre lava os pés dos discípulos Ele transforma-se todo em uma simbologia e o corpo dos discípulos em uma superior mensagem. A purificação dos instintos só é possível se for enxugada com a toalha da humanização, cingida na cintura de nossa condição humana.
E O CONSOLADOR A partir das reflexões realizadas nos versículos estudados, quais as virtudes podemos somar às que já refletimos? EU, ESPÍRITO IMORTAL DEUS ENTREGA E AÇÃO LEIS DIVINAS
E O CONSOLADOR Avaliação reflexiva: Feche os olhos e entre em contato com você mesmo(a) em essência, buscando sentir o conteúdo estudado neste encontro: O que você entendeu do conteúdo que se aplique à sua vida? O conteúdo estudado mudou a forma como você sente a presença de Jesus em sua vida? Caso positivo, que mudança foi essa?
E O CONSOLADOR Neste encontro refletimos sobre a importância e o significado do Consolador em nossas vidas e a fidelidade consciencial necessária para o utilizarmos bem. Busque sentir a possibilidade de desenvolver essa virtude. Como você a sente? Como é realizar esses esforços para você?
E O CONSOLADOR Você compreendeu a necessidade de fazer esforços para modelar Jesus, tornando-o o seu caminho para a Verdade e para a Vida, construindo o Reino de Deus dentro de si mesmo(a)? Como você sente a sua vida aplicando conteúdo estudado? Ele pode melhorar a sua vida em sua busca de autotransformação e nas suas atividades na prática do Bem?
E O CONSOLADOR Sinta-se, agora, um Espírito imortal que traz em si mesmo a determinação divina de evoluir até à perfeição relativa, pelo conhecimento pleno e cumprimento das Leis Divinas, pela prática das virtudes e pela busca da unidade com Deus. Mergulhe profundamente nessa verdade espiritual. Sinta-a, veja-se desenvolvendo todas as virtudes essenciais da Vida ao longo do tempo, desenvolvendo o poder real em si mesmo, sentindo a presença amorosa de Jesus em sua vida.