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Transcrição:

LEI Nº 2153, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999 DISPÕE SOBRE CONTROLE DE POPULAÇÕES ANIMAIS, BEM COMO SOBRE PREVENÇÃO E CONTROLE DE ZOONOSES NO MUNICÍPIO DE SANTANA DE PARNAÍBA E DÁ OUTRAS PROVIDENCIAS. SILVIO ROBERTO CAVALCANTI PECCIOLI, Prefeito do Município de Santana de Parnaíba, Estado de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, FAZ SABER que a Câmara Municipal de Santana de Parnaíba aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei: Art. 1º O desenvolvimento de ações objetivando o controle das populações animais, bem como a prevenção e controle das zoonoses no Município de Santana de Parnaíba, passam a ser regulados pela presente Lei. Art. 2º Fica o Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde, responsável, em âmbito municipal, pela execução das ações mencionadas no artigo anterior. Art. 3º Para efeito desta Lei, entende-se por: I - Zoonoses: infecção ou doença infecciosa transmissível naturalmente entre animais vertebrados e o homem; II - Órgão Sanitário Responsável: o Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde, da Prefeitura do Município de Santana de Parnaíba; III - Animais de Estimação: os de valor afetivo, passíveis de coabitar com o homem; IV - Animais de Uso Econômico: as espécies domésticas, criadas, utilizadas ou destinadas à produção econômica; V - Animais Sinantropicos: as espécies que, indesejavelmente, coabitam com o homem, tais como os roedores, as baratas, as moscas, os pernilongos as pulgas e outros; VI - Animais Soltos: todo e qualquer animal errante encontrado sem qualquer processo de contenção; VII - Animais Apreendidos: todo e qualquer animal capturado por servidores do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde, compreendendo desde o instante da captura, seu transporte, alojamento nas dependências dos depósitos municipais de animais e destinação final; VIII - Depósitos Municipais de Animais: as dependências apropriadas do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde, para alojamento e manutenção dos animais apreendidos; IX - Cães Mordedores Viciosos: os causadores de mordeduras a pessoas ou outros animais, em logradouros públicos, de forma repetida; X - Maus Tratos: toda e qualquer ação voltada contra os animais que implique em crueldade, especialmente em ausência de alimentação mínima necessária, excesso de peso de carga, tortura, uso de animais feridos, submissão a experiências pseudocientificas e o que mais dispõe a Lei dos Crimes Ambientais nº 9605/98 ( Lei de Proteção aos Animais); XI - Condições Inadequadas: A manutenção de animais em contato direto ou indireto com outros animais portadores de doenças infecciosas ou zoonoses ou alojamentos de dimensões impróprias à sua espécie e porte. XII - Animais Selvagens: os pertencentes às espécies não domésticas; XIII - Fauna Exótica: animais de espécies estrangeiras;

XIV - Animais Ungulados: os mamíferos com os dedos revestidos de cascos; XV - Coleções Liquidas: qualquer quantidade de água parada, quer estejam em recipientes próprios ( piscinas, tanques, caixa d`água etc) quer em recipientes impróprios ( água estancada, em pneumáticos e outros objetos). XVI - Vetor: Organismo vivo invertebrado que veicula o agente infeccioso. O agente encontra nos tecidos do vetor, geralmente artrópodes hematófagos, a proteção necessária para a simples sobrevivência, para a multiplicação ou como meio de transporte. Art. 4º Constituem objetivos básicos das ações de prevenção e controle de zoonoses: I - prevenir, reduzir e eliminar a morbidade e a mortalidade, bem como os sofrimentos humanos causados pelas zoonoses urbanas prevalentes; II - preservar a saúde da população, mediante o emprego dos conhecimentos especializados e experiências da Saúde Pública Veterinária. Art. 5º Constituem objetivos básicos das ações de controle das populações animais: I - prevenir, reduzir e eliminar as causas de sofrimento ao animais: II - preservar a saúde e o bem-estar da população humana, evitando-lhe danos ou incômodos causados por DA APREENSÃO DE ANIMAIS Art. 6º É proibido a permanência de animais soltos nas vias e logradouros públicos ou locais de livre acesso ao público. Art. 7º É proibido o passeio de cães nas vias e logradouros públicos, exeto com o uso adequado da coleira e guia e conduzidos por pessoas com idade e força suficientes para controlar os movimentos do animal. Parágrafo Único - Os cães mordedores e bravios somente poderão sair às ruas devidamente amordaçados. Art. 8º Serão apreendidos os cães mordedores viciosos, condição essa constatada por Médico Veterinário ou comprovada mediante boletim de ocorrência policial. Art. 9º Será apreendido todo e qualquer animal: I - encontrado solto nas vias e logradouros públicos ou locais de livre acesso ao público; II - suspeito de raiva ou outra zoonose; III - submetido a maus-tratos por seu proprietário ou preposto deste; IV - mantido em condições inadequadas de vida ou alojamento; V - cuja criação ou uso sejam vedados por Lei; Parágrafo Único - Os animais apreendidos por força do disposto neste artigo somente poderão ser resgatados se constatado, por Agente Sanitário, não mais subsistirem as causas ensejadoras da apreensão. Art. 10 O animal cuja apreensão for impraticável poderá, a juízo do Médico Veterinário, ser sacrificado "in loco". Art. 11 A Prefeitura do Município de Santana de Parnaíba não responde por indenização nos casos de:

I - dano ou óbito do animal apreendido. II - eventuais danos materiais ou pessoais causados pelo animal durante o ato da apreensão. DA DESTINAÇÃO DOS ANIMAIS APREENDIDOS Art. 12 Os animais apreendidos poderão sofrer as seguintes destinações a critério do órgão sanitário responsável: I - resgate; II - leilão em hasta pública; III - adoção; IV - doação. V - sacrifício. DA RESPONSABILIDADE DO PROPRIETÁRIO DE ANIMAIS Art. 13 Os atos danosos cometidos pelos animais são de inteira responsabilidade de seus proprietários. Parágrafo Único - Quando o ato danoso for cometido sob a guarda de preposto, estender-se-á a este a responsabilidade a que alude o presente artigo. Art. 14 É de responsabilidade dos proprietários a manutenção dos animais em perfeitas condições de alojamento, alimentação, saúde e bem estar, bem como as providências pertinentes à remoção dos dejetos por eles deixados nas vias publicas. Art. 15 É proibido abandonar animais em qualquer área pública ou privada. Art. 16 O proprietário fica obrigado a permitir o acesso do Médico Veterinário, quando no exercício de suas funções, às dependências de alojamento do animal, sempre que necessário, bem como a acatar suas determinações. Art. 17 A manutenção de animais em condomínios será regulamentada pelas respectivas convenções, obedecidos, subsidiariamente, os parâmetros desta Lei. Art. 18 Todo proprietário ou responsável é obrigado a manter seu cão ou gato permanentemente imunizados contra a raiva. Art. 19 Em caso de falecimento do animal, cabe ao proprietário a disposição adequada do cadáver, ou seu encaminhamento ao serviço municipal competente. DOS ANIMAIS SINANTRÓPICOS E VETORES Art. 20 Ao munícipe compete a adoção de medidas necessárias para manutenção de suas propriedades limpas e isentas de animais da fauna sinantrópica, permitindo, ao serviço de Zoonoses, através de seus agentes, ingressar em suas propriedades para promover a profilaxia e ou desinfecção dos locais afetados. Art. 21 O controle, e quando possível a erradicação dos vetores, é de responsabilidade dos órgãos especializados da Secretaria de Estado da Saúde, em colaboração com a Prefeitura Municipal e particulares

Art. 22 O controle de vetores é de responsabilidade de todos os componentes de toda a comunidade. Art. 23 Nas atividades de controle de vetores, as autoridades sanitárias indicarão os métodos de combate adequados, cabendo aos executores a obediência às normas de segurança recomendadas. Cabe aos particulares, a manutenção das condições higiênicas nos imóveis que ocupem; no caso de imóveis não ocupados a responsabilidade é dos proprietários. Parágrafo Único - Sempre que necessário e independente da autorização do proprietário, estará o serviço sanitário autorizado a ingressar nas propriedades que, segundo critérios técnicos, necessitarem de vistoria ou ações que visem a manutenção da higiene e a isenção de animais sinantrópicos. Art. 24 É proibido o acúmulo de lixo, materiais inservíveis ou outros materiais que propiciem a instalação e proliferação de roedores ou outros animais sinantrópicos. Art. 25 Os estabelecimentos que estoquem ou comercializem pneumáticos e outros materiais inservíveis ou recicláveis, são obrigados a mantê-los permanentemente isentos de coleções liquidas, de forma a evitar a proliferação de mosquitos. Art. 26 Nas obras de construção civil é obrigatória a drenagem permanente de coleções líquidas, originadas ou não pelas chuvas, de forma a impedir a proliferação de mosquitos. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 27 É proibida a criação e a manutenção de animais de espécie suína, em zona urbana. Parágrafo Único - A criação e a manutenção dos animais ungulados, em zona urbana, com exceção dos suínos, será regulamentada por decreto do Executivo. Art. 28 Os estábulos, cocheiras e estabelecimentos congêneres deverão ser removidos, em prazo determinado pela autoridade sanitária, quando situados em área urbana e, a critério da autoridade sanitária, quando o local se tornar núcleo de população densa. Art. 29 O piso do estábulos, cocheiras, granjas de aves de corte e estabelecimentos congêneres, deve ser mais elevado que o solo exterior, revestido de camada resistente e impermeável e ter declividade mínima de 0,5% até o conduto que receba e encaminhe os resíduos líquidos para a rede de esgoto ou instalações de tratamento adequadas, sendo vetado o despejo dos resíduos na via pública. Art. 30 As instalações de estábulos, cocheiras, granjas avícolas e estabelecimentos congêneres devem ficar a distância mínima de 50 ( cinquenta ) metros dos limites dos terrenos vizinhos e das faixas de domínio das estradas. Art. 31 Os estábulos, cocheiras, granjas avícolas e estabelecimentos congêneres, não beneficiados pelos sistemas públicos de água e esgoto, ficam obrigados a adotar medidas a serem aprovadas pelas autoridades sanitárias no que concerne a provisão suficiente de água e a disposição dos resíduos sólidos e líquidos. Art. 32 São proibidas no Município de Santana de Parnaíba, salvo as exceções estabelecidas nesta Lei e situações excepcionais, a juízo do órgão sanitário responsável, e obedecidas as legislações Federais e Estaduais, a criação, a manutenção e o alojamento de animais selvagens da fauna exótica. Parágrafo Único - Ficam adotadas as disposições contidas na Lei Ambiental nº 9605/98, e demais legislações pertinentes, no que tange à fauna brasileira. Art. 33 Somente será permitida a exibição artística ou circense de animais após a concessão de laudo especifico, emitido pelo órgão sanitário responsável. Parágrafo Único - O laudo mencionado neste artigo apenas será concedido após vistoria técnica efetuada

pelo Médico Veterinário, em que serão examinadas as condições de alojamento e manutenção dos Art. 34 Qualquer animal que esteja evidenciando sintomatologia clínica de raiva, constatada por Médico Veterinário, deverá ser prontamente isolado e/ou sacrificado e seu cérebro encaminhado a um laboratório oficial. Art. 35 Não são permitidos, em residência particular, a criação, alojamento e a manutenção de mais de 10 ( dez ) animais, no total, das espécies canina ou felina, com idade superior a 90 ( noventa ) dias. 1º A criação, o alojamento e a manutenção de animais, em quantidade superior ao estabelecido neste artigo, caracterizará o canil de propriedade privada, sujeito ao disposto na Lei nº 1.831, de 22 de dezembro de 1993 ( Código de Edificações de Santana de Parnaíba) e demais dispositivos pertinentes. 2º Os canis de propriedade privada somente poderão funcionar após vistoria técnica efetuada pelo Agente Sanitário, em que serão examinadas as condições de alojamento e manutenção dos animais, e expedição de laudo pelo órgão sanitário responsável, renovado anualmente. Art. 36 É proibida a permanência de animais nos recintos e locais públicos ou privados, de uso coletivo, tais como: cinemas, teatros, clubes esportivos e recreativos, estabelecimentos comerciais, industrias e de saúde, escolas, piscinas feiras livres. Parágrafo Único - Excetuam-se da proibição deste artigo, os locais, recintos e estabelecimentos legal e adequadamente instalados, destinados à criação, venda, treinamento, competição, alojamento, e abate de Art. 37 É proibido a exibição de toda e qualquer espécie de animal bravio ou selvagem, ainda que domesticado, em vias e logradouros públicos ou locais de livre acesso ao público. Art. 38 É proibido a utilização ou exposição de Art. 39 Os estabelecimentos de comercialização de animais vivos, com fins não alimentícios, ficam sujeitos, além dos disposições contidas na legislação de posturas municipais, à obtenção de laudo emitido pelo órgão sanitário responsável, renovado anualmente. Parágrafo Único - O laudo mencionado neste artigo apenas será concedido após vistoria técnica efetuada pelo Agente Sanitário, em que serão examinadas as condições sanitárias de alojamento e manutenção dos Art. 40 É proibido o uso de animais feridos, enfraquecidos ou doentes em veículos de tração animal. Parágrafo Único - É obrigatório o uso de sistemas de frenagem, acionado especialmente quando de descida de ladeiras, nos veículos de que trata este artigo. DAS SANÇÕES Art. 41 Verificada a infração a qualquer dispositivo desta Lei, o Médico Veterinário, independentemente de outras sanções cabíveis decorrentes da legislação federal e estadual, poderão aplicar as seguintes penalidades I - multa; II - apreensão do animal; III - interdição total ou parcial, temporária ou permanente, de locais ou estabelecimentos; IV - cassação de alvará

Art. 42 A pena de multa será variável de acordo com a gravidade da infração, como segue: MÍNIMO MÁXIMO ====================== ==================== ============ I- Para Infrações de natureza leve 50 UFIR`s 100 UFIR`s ---------------------- -------------------- ------------ II- Para infrações de natureza grave 100 UFIR`s 300 UFIR`s ---------------------- -------------------- ------------ III- Para infrações de natureza gravíssima Acima de 300 UFIR`s 500 UFIR`s 1º Para efeito do disposto neste artigo, o Poder Executivo caracterizará as infrações, de acordo com sua gravidade. 2º Na reincidência, a multa será aplicada em dobro. 3º A pena de multa não excluirá, conforme a natureza e a gravidade da infração, a aplicação de qualquer outra das penalidades previstas no artigo 34. 4º Independentemente do disposto no parágrafo anterior, a reiteração de infrações de mesma natureza autorizará, conforme o caso, a definitiva apreensão de animais, a interdição de locais ou estabelecimentos ou cassação de alvará. Art. 43 Os Médicos Veterinários são competentes para aplicação das penalidades de que tratam os artigos 41 e 42. Parágrafo Único - O desrespeito ou desacato aos funcionários Centro de Controle de Zoonoses, ou ainda, a obstaculização ao exercício de suas funções, sujeitarão o infrator à penalidade de multa, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. Art. 44 Sem prejuízo das penalidades previstas nos artigos 34 e 35, o proprietário do animal apreendido ficará sujeito ao pagamento de despesas de transporte, de alimentação, assistência veterinária e outras. Parágrafo Único - Quando do resgate do animal o seu proprietário ou preposto, deverá provar o recolhimento, aos cofres municipais, das multas e das despesas mencionadas neste artigo. Art. 45 A presente Lei será regulamentada pelo Executivo, inclusive quanto às especificações técnicas sanitárias, graduação das infrações e valores de multa. Art. 46 As despesas com a execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentarias próprias. Art. 47 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Santana de Parnaíba, 23 de novembro de 1999 SILVIO ROBERTO CAVALCANTI PECCIOLI Prefeito Municipal