Intimidade com Deus. Texto base: Mateus 26:36-38

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Transcrição:

Intimidade com Deus Texto base: Mateus 26:36-38 Intimidade com Deus é um assunto muito interessante. São todos os servos que são íntimos de Deus? Como alcançar intimidade com o Senhor? Vejamos o que diz a palavra. 36 Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. 37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. 38 Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. Introdução Podemos dizer que intimidade é uma proximidade no convívio entre pessoas. Ela pode ser grande ou pequena, dependendo do quanto convivemos e conhecemos os segredos do outro. Quando dois amigos são íntimos, um conhece ao outro profundamente. Muitas vezes, sem que haja uma palavra sabe o que o outro está passando. Pra que haja intimidade é preciso também que um seja agradável ao outro. Se a pessoa com quem você convive é alguém que te agrada muito em estar perto, conversar e fazer coisas juntos, provavelmente será uma amizade íntima. Desenvolvimento Quando falamos a respeito de intimidade com Deus, é semelhante. É preciso que Ele se agrade de estar perto de nós, de conviver conosco e de falar conosco. O outro ponto é que Deus nos conhece o mais profundo do nosso ser e como nós somos. Conhece nossa personalidade, nossa conduta, nossas opiniões, enfim ele conhece tudo; nós é que precisamos conhecê-lo. Portanto, há duas coisas claramente necessárias para se

construir uma intimidade com Deus, as quais dependem de nós: nós conhecermos ao Senhor (por que Ele já nos conhece) e sermos-lhe agradáveis na nossa vida. É preciso conhecer ao Senhor Deus conhece quem você é. Suas falhas, suas maiores fraquezas, suas virtudes e suas maiores fortalezas. Ele conhece quem você é! Mas nós precisamos conhecê-lo e isso se dá à medida que nós permitimos que ele se dê a conhecer. Pela revelação da sua palavra, pelas nossas experiências, pela oração, pelas provas, enfim. Em Os 6:3 diz: "Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra." Então vem uma pergunta: como nós deixamos que Deus se dê a conhecer e se revele a nós? (Por que se ele não se revelar vã é nossa fé, pois ela não terá vinda de Deus, o que torna o evangelho carnal onde o Espírito anto não age. E se o Espírito Santo não age, agimos na razão, por onde é impossível alcançar os mistérios de Deus I Co 1:9-10, 12). A resposta a essa pergunta é o que vai nos permitir aproximarmos mais do Senhor. Ele se deixa a conhecer à medida que somos sinceros e amamos vivermos conforme sua palavra. A sinceridade Que mistério glorioso! Deus conhece nossas dificuldades, não nos condena por elas, pelo contrário, nos ensina a ir a Ele pelo sangue de Jesus alcançar misericórdia (Hb 4:14-16). Porém, tal perdão só virá se nossa oração for sincera. Não adianta orar e pedir perdão se não for verdadeiro, se for apenas por costume orar assim. Reconheça diante de Deus seu erro, acuse-se e revele aquilo que você nunca teve coragem de admitir, por que

sabe que fere a si mesmo e se sente com vergonha de admitir. Agora sim, na sua sinceridade Deus lhe permite entrar na sua presença. Em Provérbios 3:32 a palavra diz: Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade. Uma característica notável na vida do servo diante aos olhos do Senhor é a sinceridade. Muitos não têm coragem de agir assim diante de Deus, mas escondem-se assim como Adão quando o Senhor o chamava no Éden após ter desobedecido; sentiu vergonha. Para ser íntimo, tem que ser sincero. O amor A segunda necessidade para que Deus se dê a conhecer é quando amamos viver conforme sua palavra. Assim como um amigo que se deixa conhecer quando gosta de conviver com o outro, Deus se deixa a conhecer quando gosta de conviver conosco, isto é, quando nossa vida está agradável aos olhos do Senhor, e isso somente é possível quando vivemos a palavra pura e perfeita, não por que sabemos que é o certo a fazer, mas por que realmente a amamos. Há o amor pelos irmãos e o amor pela palavra. Vejamos o que diz a palavra: 1. O amor pelos irmãos: O amor é a base de todo o evangelho e não há característica nenhuma de homem algum que seja mais preciosa aos olhos de Deus do que o amor. Quando falamos de amor, não estamos falando em amor carnal e físico. Estamos falando de compaixão e caridade para com o outro. Sobre este amor, Paulo escreve à igreja de Corinto em I Co 13:2-3 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

Veremos alguns detalhes destes versos mais adiante. No texto base vemos um momento em que Jesus estava em profunda aflição. Ele sabia que ia ser crucificado, que ia ser ferido e sentiria muita dor. Como homem teve medo, espanto, nervosismo e ansiedade. Foi nesse momento de aflição que chamou seus discípulos a orarem com ele. Porém, para ir um pouco mais adiante chamou a Pedro, Tiago e João. Ir um pouco mais adiante nos mostra que Jesus tinha com esses discípulos uma maior intimidade. Todos foram chamados a orarem com ele, mas para ir um pouco mais adiante, apenas três. O que esses discípulos tinham de especial, qual a característica que eles demonstravam ter que lhes proporcionara essa proximidade com Jesus? Eles tinham sinceridade e amor. 1. Pedro era um homem de personalidade muito difícil. Quando os soldados vieram prender Jesus, ele eufórico quis matar o soldado e acabou lhe cortando a orelha; quando Jesus certa vez foi ao encontro dos discípulos na praia, ele estava nu e pulou na água, imagine só que reverência; mas apesar de tudo Pedro era sincero diante de Jesus com relação a si mesmo e nunca escondeu nada nem tentou mostrar ao Senhor ser quem ele não era pra possivelmente ter admiração de Jesus; Isso lhe deu intimidade; 2. João e Tiago, irmãos, eram também pessoas muito complicadas. Jesus os chama de Boanerges que quer dizer filhos do trovão. Imagine só como não deviam ser esses dois pra serem chamados assim. Mas eles também tinham uma característica que lhes permitia intimidade com Jesus, eles tinham amor pelos irmãos. Vemos isso claramente nas cartas de João quando escreve várias vezes filhinhos se referindo aos irmãos nas igrejas. Essa característica rendeu a João tamanha intimidade com Deus que lhe revelou os mistérios do tempo do fim da igreja no livro de apocalipse. Quando Paulo escreve à igreja de Corinto a cerca dos dons espirituais (I Co 12) ele ensina a igreja a como proceder com sabedoria ao serem manifestos os dons do espírito. Ensina sobre ordem e corpo e sobre o

objetivo dos dons. Porém, em I Co 13:1 diz Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. O ensino que ele traz é muito importante e precisa ser compreendido. Se não tivesse amor, seria como metal que soa e sino que tine, ou seja, seria vazio, sem conteúdo e seco. Se eu sou usado nos dons, mas não me importo com o irmão nem com sua situação, com seu sofrimento, não dou assistência nem atenção, apenas entrego uma visão ou revelação a ele, pra Deus eu sou vazio. Sou como o metal que está soando o som da profecia que Deus está falando, mas dentro de mim não há nada. Alguém assim não desfruta de intimidade com Deus. Mas quando há amor no nosso coração, tudo é diferente. O amor nos faz compadecer-nos da situação do irmão, sofrermos com ele, orarmos por ele não por que sabemos que precisamos orar, mas por que estamos sofrendo junto e sentindo sua aflição e queremos que Deus lhe abençoe. O amor gera misericórdia, gera compaixão, evita discussões e dissenções, promove a amizade e um bom convívio. Se temos amor pelos irmãos, cumprimos o primeiro e maior dos mandamentos Ama a teu próximo como a ti mesmo. Quem é nosso próximo? Simples, olhe nesse momento quem está mais perto de você. Ele é seu próximo nesse momento. Daqui a pouco será outro que estará mais perto de você, quando estiver andando na rua, serão outros, enfim. O Senhor quis mostrar com isso que devemos amar a todos indistintamente. Se esse mandamento fosse cumprido sempre, todos os outros mandamentos que envolvem relacionamento pessoal seriam também cumpridos como consequência. 1. Honra a teu pai e tua mãe se você ama teu pai e tua mãe os obedecerá em tudo, ainda que contra tua vontade, pois sabe que eles também te amam e querem o melhor pra você; 2. Não matarás se você ama deseja a vida daquele a quem ama, jamais a morte; 3. Não adulterarás se você ama não quer que seu cônjuge sofra e não trairá;

4. Não dirás falso testemunho se você ama, não importa quem seja, jamais mentirá pra condená-lo; 5. Não furtarás se você ama, não prejudicará teu irmão tirando-lhe os bens; 6. Não cobiçarás a casa de teu próximo se você ama, não almeja como desejo maléfico ter o que teu irmão tem pra si, mas se alegra com suas conquistas; O amor gera em nós uma vida muitíssima agradável a Deus que cumpre toda sua lei no convívio interpessoal. Esmiuçando um pouco mais, vejamos quais os frutos do amor na nossa vida conforme 1 Coríntios 13:4-8, 13: 4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. 5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. Vamos analisar as características que Paulo descreve sobre o amor: 1) O amor é sofredor: Quantas vezes não sofremos por vermos aqueles que amamos destruindo suas vidas, fazendo escolhas erradas, distantes de Deus. Um pai sofre pelo seu filho ao ver que ele se tornou um homem mau, contra a sociedade, às vezes já fora preso, mas mesmo assim, os pais o amam. 2) O amor é benigno: significa que gosta de fazer o bem, complacente. É exatamente isso, quando amamos, queremos sempre fazer o melhor a quem amamos, nunca o oposto; 3) O amor não é invejoso: quem ama não cobiça com inveja e olhar mal, mas se alegra com o que o outro possui;

4) O amor não trata com leviandade: significa que não age com imprudência, sem refletir antes. Pelo contrário, quem ama pensa e analisa bem a situação antes de tomar alguma atitude, buscando não ferir e prejudicar ninguém; 5) O amor não se ensoberbece: significa que não se torna orgulhoso, não se engrandece no sentido de humilhar os outros nem se considerar melhor que ninguém; 6) O amor não se porta com indecência: ou seja, o amor gera decência. Em todos os âmbitos da nossa vida, desde a forma de vestir até à forma de agir. O amor nos move a agir com decência. Se há indecência, há falta de amor; 7) O amor não busca os seus interesses: por ser benigno, busca fazer o bem ao próximo, mesmo que às vezes isso custe abdicar de seu próprio interesse e vontade; 8) Não se irrita: quando há amor há carinho e afeto, ainda que por muitas vezes nós nos iremos, o que não significa que não amamos. Mas quando estamos demonstrando amor, não há irritação; do contrário, não é amor; 9) Não suspeita mal: que ama tem por inocente aquele que é alvo do amor e até que se prove a culpa, não julga nem condena ao outro; 10) O amor não folga com a injustiça, mas folga com a verdade: não tem prazer nem se alegra na injustiça, mas os têm na verdade; 11) O amor tudo sofre: por amor, sofremos muitas vezes calúnias, mentiras, difamações e violência buscando proteger a quem amamos; 12) O amor tudo espera: é paciente, consegue esperar ainda que isso traga algum sofrimento, ele o suporta;

13) O amor tudo suporta: difícil de imaginarmos isso. Como pode o amor suportar tudo? Você continuaria amando alguém que te traiu, te violentou, te difamou, te negou, zombou de você, te feriu, te abandonou, te enganou e te humilhou? Jesus suportou! Suportou tudo isso por amor a nós, glórias ao seu nome. 14) O amor nunca falha: falhar é errar, fazer o que não é certo. O amor não erra, mas faz sempre o que é o certo aos olhos de Deus. Às vezes, aos nossos olhos carnais e cheios de razão achamos errado algumas atitudes, mas se aos olhos de Deus tal atitude foi tomada com amor, ela não errou; Aqui o texto diz que havendo profecias serão aniquiladas, havendo línguas cessarão e havendo ciência desaparecerá. Trazendo isso para o exercício dos dons e profecias sobre os quais Paulo estava falando, apesar de o amor nunca falhar, se o povo não se importa em ouvir a voz de Deus, ele não mais falará, ainda que ame tal povo. Como foi com os profetas, Deus amava o povo, porém, como não queriam ouvir sua voz, não lhes falou mais. Isso é muito sério pra nos hoje. Ainda que Deus nos ame incondicionalmente, se não quisermos ouvir sua voz, ele não vai falar. 15) Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor: a base de todo o evangelho é o amor. A fé nos leva a conhecermos ao Senhor e é nosso laço de união com Deus, mas sem o amor, vã é nossa esperança. 2. O amor pela palavra: O salmista expressa esse amor no salmo 119:11 dizendo: ti. Guardei a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra A palavra para o salmista não estava simplesmente no livro da lei, estava no seu coração, mostrando que ele amava a palavra e amava seguir a lei de Deus; só amando assim a palavra somos capazes de renunciarmos ao pecado.

Além do amor pelos irmãos, temos que amar a palavra. Como seremos salvos sem amar ao Senhor e sua palavra? Em João 14:21-24 diz: Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós, e não ao mundo? Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada. Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou. Amar a Deus é guardar sua palavra. Guardar aqui não é somente conhecer a palavra e não praticá-la. Precisa ser sua forma de vida, do contrário não está vivendo conforme o que Jesus ensinou e Sua palavra não está em você, apesar de conhece-la. Em Tiago 1:22-25 diz: E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.. Conclusão A intimidade entre dois amigos se desenvolve e aumenta quando os dois se conhecem um ao outro profundamente e um é agradável ao outro no jeito de ser. É uma via de duas mãos. A amizade se torna íntima quando um conhece quem é o outro de verdade; suas qualidades, seus defeitos, seus gostos, seus desejos, suas vontades, o que o faz feliz, o que o deixa triste, enfim. Deus nos conhece muito bem, Ele nos criou. Mas o quanto nós conhecemos a Deus? Isso nos diz o quanto somos íntimos dele. E conhecer

a Deus é algo que não tem fim. Quanto mais o conhecemos mais podemos ser-lhe agradáveis fazendo escolhas que estejam de acordo com sua vontade e abandonando o pecado que tão de perto nos rodeia (Hb 12:1). Isso nos torna próximos dele. Nos torna íntimos. Assim, Sua glória há de se manifestar a nós, pois nada mais impede. Duas coisas então nos permitem alcançar intimidade com Deus: sinceridade e amor. O amor, vimos que quando vivido por nós cumpre quase toda a lei de Deus com relação ao convívio interpessoal, pois gera em nossa vida os bons frutos que estudamos. Já a sinceridade se encarrega de nos permitir viver diante de Deus de uma forma tal que nada lhe precisemos esconder e por nada poderemos ser acusados já que tudo está diante dele. Somos falhos, sim, mas já o declaramos isso a ele buscando acertarmos esses erros e vivermos sua palavra, cumprindo assim os mandamentos que dizem respeito à nossa conduta de uma forma geral, incluindo ordenanças e orientações. Seremos íntimos de Deus quando formos sinceros perante ele, reconhecendo quem somos e o nosso pecado e, amando aos irmãos como Cristo nos amou; isso há de gerar em nosso ser uma vida agradável a Deus, pois sua palavra estará em nossos corações. Assim, Ele terá prazer em se revelar e se dar a conhecer.