REGIMENTO INTERNO DAS CÂMARAS TÉCNICAS SETORIAIS CAPÍTULO I DO OBJETO Art. 1º - Este Regimento tem por objeto a regulamentação do funcionamento das Câmaras Técnicas Setoriais de apoio ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife - CONDERM, de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 10, de 06 de janeiro de 1994, mediante o detalhamento de suas competências, de sua composição, das atribuições de seus membros e de suas normas de funcionamento. CAPÍTULO II DA FINALIDADE E COMPETÊNCIA Art. 2º - As Câmaras Técnicas Setoriais, órgãos de apoio técnico às deliberações do CONDERM, são fóruns de formação paritária entre o poder público e a sociedade civil, destinados a legitimar e aperfeiçoar o processo de formulação de planos, implementação de programas e execução de projetos, obras e serviços de interesse comum no âmbito metropolitano. Parágrafo Único - Para o exercício de sua finalidade, as Câmaras Técnicas Setoriais contarão com o apoio técnico da Fundação de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Recife - FIDEM. Art. 3º - As Resoluções do CONDERM instituindo Câmaras Técnicas Setoriais explicitarão a composição e as competências complementares às estabelecidas neste Regimento. CAPÍTULO III DA COMPOSIÇÃO E DIREÇÃO Art. 4º - As Câmaras Técnicas Setoriais são compostas, nos termos do Parágrafo 2º do Artigo 9º da Lei Complementar Nº 10, de 06 de janeiro de 1994, por 12 membros, sendo 6 representantes do setor público e 6 da sociedade civil, entre estes, 2 do segmento empresarial, 2 do segmento acadêmico-profissional e 2 da comunidade. Parágrafo Único - As entidades indicarão seus representantes titulares e suplentes, no prazo máximo de 30 dias da data de publicação da Resolução do CONDERM que instituir Câmaras Técnicas Setoriais. 1
Art. 5º - As Câmaras Técnicas Setoriais terão um Presidente e um Vice- Presidente eleitos entre seus membros titulares, para um mandato de um ano, alternando-se cargos e mandatos entre representantes do setor público e da sociedade civil. Art. 6º - A atividade dos membros de Câmaras Técnicas Setoriais é considerada serviço público relevante e não ensejará a percepção de qualquer remuneração. CAPÍTULO IV DAS COMPETÊNCIAS Art. 7º - Compete às Câmaras Técnicas Setoriais: I - elaborar e encaminhar, através da Secretaria-Executiva do CONDERM, Projetos de Resolução sobre matéria de suas competências; II - deliberar sobre os termos de referência de planos e sobre as medidas de implementação de programas e execução de projetos, obras e serviços de interesse comum, no âmbito metropolitano; III - deliberar sobre os planos, programas, projetos, obras e serviços no âmbito das suas competências, sempre como instância prévia à decisão do CONDERM; IV - desenvolver outras atividades pertinentes às suas finalidades de apoio técnico-institucional ao CONDERM; e V - instituir subcomissões temáticas, compostas paritariamente por representantes do setor público e da sociedade civil e coordenadas por um dos membros de Câmaras Técnicas Setoriais designado pelo Presidente. Art. 8º - Compete aos Presidentes de Câmaras Técnicas Setoriais: I - convocar reuniões plenárias através da Secretaria-Executiva do CONDERM; II - designar relatores para emitirem pareceres sobre os assuntos relativos aos trabalhos específicos das Câmaras; 2
III - conceder vistas aos processos; IV - resolver questões de ordem suscitadas nas reuniões plenárias; V - cumprir e fazer cumprir as decisões das reuniões plenárias; VI - nomear, entre os membros das Câmaras, os coordenadores de subcomissões temáticas; VII - encaminhar à FIDEM as matérias aprovadas em reuniões plenárias, com vistas à elaboração dos Projetos de Resolução do CONDERM; VIII - convidar para as reuniões plenárias pessoas físicas ou jurídicas que possam trazer esclarecimentos sobre os assuntos de interesse das Câmaras; IX - representar as Câmaras Técnicas Setoriais junto ao CONDERM e em todos os atos que se fizerem necessários; X - desempenhar outras atribuições inerentes ao exercício de suas competências; e XI - convocar as reuniões plenárias. Art. 9º - Compete aos membros de Câmaras Técnicas Setoriais: I - comparecer às reuniões plenárias e delas participar, observando o que dispõe este Regimento; II - relatar processos para os quais sejam designados relator; III - solicitar diligências, informações e outras medidas julgadas necessárias ao desempenho das atividades das Câmaras; IV - apresentar, discutir e votar indicações, requerimentos, moções e propostas; e 3
V - solicitar ao Presidente da Câmara a convocação das reuniões plenárias que julgar necessárias. Art. 10 - Compete à FIDEM: I - adotar as providências necessárias ao cumprimento das decisões tomadas nos plenários das Câmaras; II - prestar assessoramento técnico às Câmaras, com vistas à realização das suas competências; III - conduzir o processo de compatibilização das propostas técnicas submetidas às Câmaras; IV - proceder as avaliações técnicas das matérias em discussão no âmbito das Câmaras, visando subsidiar as decisões em plenário; V - apoiar a convocação e operacionalização das reuniões plenárias; VI - designar, entre o seu pessoal técnico, os Coordenadores de Apoio às Câmaras Técnicas Setoriais; e VII - desempenhar outras atribuições inerentes ao exercício das suas competências. Art. 11 - Compete aos Coordenadores de Apoio às Câmaras Técnicas Setoriais: I - assistir ao Presidente da Câmara na realização das suas competências; II - preparar o material necessário à realização das atividades da Câmara e providenciar sua distribuição; III - preparar a pauta das reuniões da Câmara e encaminhá-la a todos os membros depois de aprovada pelo Presidente; IV - remeter aos membros da Câmara as convocações para reuniões, bem como as cópias das atas e dos documentos destinados a subsidiar o conhecimento das matérias a serem discutidas em plenário; 4
V - secretariar as reuniões plenárias e redigir as respectivas atas; VI - promover a divulgação das decisões das reuniões plenárias; VII - preparar e controlar o expediente administrativo da Câmara e proceder aos despachos com seu Presidente; e VIII - desempenhar outras atribuições inerentes ao exercício de suas competências. CAPÍTULO V DO FUNCIONAMENTO SEÇÃO I DAS REUNIÕES Art. 12 - As Câmaras Técnicas Setoriais reunir-se-ão sempre que convocadas pelo seu Presidente ou por solicitação de um terço de seus membros. Art. 13 - As convocações para as reuniões plenárias das Câmaras Técnicas Setoriais serão formuladas observando o prazo mínimo de antecedência de 5 dias úteis. Art. 14 - As reuniões plenárias das Câmaras Técnicas Setoriais serão realizadas, em primeira convocação, com a presença da maioria dos representantes do setor público e da sociedade civil ou, 30 minutos após, em segunda convocação, com qualquer número. Parágrafo Único - Na ausência do Coordenador de Apoio, será nomeado pelo Presidente um Coordenador ad-hoc para secretariar a reunião. Art. 15 - As reuniões das Câmaras Técnicas Setoriais obedecerão à seguinte sequência: I - assinatura do livro de presença e verificação de quorum; II - instalação dos trabalhos; III - leitura, discussão e votação da Ata da reunião anterior; IV - assinatura da Ata; 5
V - leitura e distribuição do expediente; VI - execução da Ordem do Dia, compreendendo a discussão e a votação das matérias constantes da pauta; e VII - apresentação de assuntos de ordem geral, compatíveis com as finalidades das Câmaras. Art. 16 - As manifestações das Câmaras Técnicas Setoriais dar-se-ão sob a forma de Recomendação. 1º - As propostas de Recomendação serão formalmente apresentadas pelos membros das Câmaras Técnicas Setoriais, em reunião plenária, contendo justificativas técnicas e metodológicas compatíveis com os objetivos de planos, implementação de programas ou execução de projetos, obras e serviços em análise, observado o interesse comum no âmbito metropolitano. 2º - Não serão acolhidas, para efeito de votação, as propostas de Recomendação que privilegiarem o interesse local em detrimento do metropolitano. Art. 17 - Na execução da Ordem do Dia, a apreciação de matérias pelo plenário das Câmaras Técnicas Setoriais obedecerá à seguinte sistemática: I - os processos serão relatados e apresentados pelo relator previamente designado pelo Presidente; II - após a apresentação dos pareceres pelo relator, será iniciada a discussão da matéria; III - a matéria é votada pelos conselheiros; e IV - será providenciada assinatura das Recomendações aprovadas na reunião. 1º - Das reuniões serão lavradas atas sucintas, manuscritas em livro próprio, nas quais deverão constar: a) número de ordem, data, hora e local da reunião; b) relação nominal dos membros presentes e demais participantes; 6
c) descrição sumária dos assuntos tratados e das deliberações tomadas. 2º - As atas serão datilografadas e reproduzidas para distribuição aos membros das Câmaras Técnicas Setoriais, reservando-se o original para arquivamento na Secretaria-Executiva do CONDERM. SEÇÃO II DAS VOTAÇÕES Art. 18 - Nas decisões das Câmaras Técnicas Setoriais buscar-se-á o atendimento do interesse comum no âmbito metropolitano, não sendo admissível a votação de matéria na qual não prevaleça essa compreensão. Art. 19 - A votação de cada matéria constante da Ordem do Dia será aberta e nominal, devendo os membros das Câmaras se manifestarem, independentemente, em dois colégios: o do setor público e o da sociedade civil. 1º - Nos casos de empate, o Presidente convocará nova reunião, a ser realizada no prazo máximo de 10 dias úteis, onde a matéria será rediscutida e novamente votada. 2º - Persistindo o empate, prevalecerá o voto dado pelo Presidente na segunda votação. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 20 - A decisão de uma Subcomissão Temática não prevalecerá nas decisões de sua respectiva Câmara Técnica Setorial. Art. 21 - As Recomendações de Câmara Técnica Setorial são irrecorríveis, não prevalecendo, necessariamente, nas decisões do CONDERM. Art. 22 - A Secretaria de Planejamento do Estado proverá os recursos orçamentários necessários ao funcionamento das Câmaras Técnicas Setoriais, no que diz respeito à realização das suas reuniões plenárias. Art. 23 - As modificações ao presente Regimento serão resolvidas pelo CONDERM. 7
Art. 24 - Os casos omissos no presente Regimento serão resolvidos pelo Presidente de Câmara Técnica Setorial, observando o disposto na Lei Complementar nº 10 de 06/01/94. 8