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Transcrição:

NOTÍCIAS CNTV/VIGILANTES CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS VIGILANTES 27/Fev cntv@cntv.org.br (61) 3321-6143 www.cntv.org.br Edição 2053/2019 Proposta de reforma da Previdência fuzila aposentadoria especial dos vigilantes de risco físico por conta das constantes ameaças à sua integridade. Por conta disso são considerados segurados especiais e com 25 anos de trabalhos ininterruptos já podem se aposentar. Mas isso vai mudar se a reforma for aprovada, alerta. Hoje se o vigilante começa na profissão aos 21 anos, com 46 anos já pode requerer Não há dúvida que a tão falada reforma da previdência enviada pelo presidente Jair Bolsonaro à Câmara dos deputados recentemente irá mexer com o Brasil e alterar o futuro da classe trabalhadora. Mas o que muita gente não sabe é de que maneira ela irá impactar na vida dos vigilantes. De acordo com o advogado especialista em direito previdenciário, André Luiz Domingues Torres, sócio de Crivelli Advogados Associados, essa proposta de reforma é tão nefasta que os trabalhadores da segurança privada perderão a aposentadoria especial caso ela seja aprovada. Segundo o advogado, hoje há três classificações de risco às quais os trabalhadores podem estar enquadrados: o risco químico, o biológico e físico. E os vigilantes estão classificados na categoria a aposentadoria especial, conta. Isso porque, a cada 1 ano trabalhado, são acrescentados mais 4 meses. Se trabalha 10 anos são acrescentados mais 4 anos e assim por diante, explica. Se a reforma da Previdência for aprovada o vigilante entrará na regra geral aquela que vale para toda a população e para se aposentar terá que ter pelo menos 65 anos de idade e a vigilante, 62, tudo isso com ao menos 30 anos de contribuição para ambos, lamenta. André Luiz alerta que a profissão oferece muito risco, mas mesmo assim é provável que os vigilantes tenham muita dificuldade para se aposentar. Mesmo assim, se conseguirem, provavelmente as pensões não chegarão a um salário mínimo, finaliza. 1 - Notícias CNTV

MAIS DE 700 MIL VIGILANTES PODEM SER PREJUDICADOS O presidente do Sindicato dos vigilantes de Barueri, Amaro Pereira, destaca que, há hoje no Brasil aproximadamente 700 mil vigilantes ativos. E além dos riscos físicos aos quais os vigilantes estão expostos, tem ainda os danos psicológicos, que ninguém vê. A atividade do vigilante é muito danosa psicologicamente. O profissional passa o dia todo na porta de um banco, administrando conflitos, sofrendo pressão do supervidor, do gerente, e dos clientes com a obrigação de ser acertivo. Ninguém vê, mas esse profissional pode estar adoencendo, avalia. Por isso, retirá-lo da classificação de risco físico e impedir sua aposentadoria especial é uma covardia, finaliza. Reforma é agressiva e desumana para os vigilantes, diz advogado O advogado André Luiz Domingues Torres diz que ficou chocado quando se debruçou sobre a reforma para analisar a situação dos vigilantes. Essa reforma da previdência é muito agressiva para os profissionais da segurança privada. Chega a ser desumana. A situação é desesperadora, conta. Naturalmente os vigilantes continuarão expostos aos riscos existentes na profissão, mas agora sem a proteção da aposentadoria especial, lembra o especialista. Ele afirma que, sem perceber, os profissionais da segurança privada estão perdendo um direito que parecia irrevogável. É muito comum os trabalhadores acharem que alguns direitos são vitalícios, que não precisam se preocupar. Com o tempo vai ficando claro que basta uma crise para que não reste pedra sobre pedra, diz. Mudança afeta profissionais de hoje e os do futuro Juntamente com o advogado durante a Live, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Barueri, Amaro Pereira, lamentou a reforma. Ele explicou que a mudança afeta a todos os profissionais de vigilância, tanto os que estão na ativa quanto aqueles que ainda ingressarão na profissão. Provavelmente os vigilantes não se aposentarão mais, porque nessa profissão há muita rotatividade, lembra. Quando o vigilante chega aos 40 anos as empresas dispensam porque aquele profissional é considerado velho, lamenta. Fora tudo isso há o fator desemprego. Tem muita gente desempregada e que sem o registro na carteira não consegue contribuir para a aposentadoria. A situação das mulheres também é desesperadora visto que o mercado não absorve nem os homens como deveria, emendou. O presidente do Sindicato lembra, por fim, que há um aspecto político nisso tudo. O novo presidente não prometeu saúde, educação e nem emprego. Ele prometeu a reforma da previdência, que é o que ele está fazendo. Infelizmente agora não há como reclamar, finaliza. 2 - Notícias CNTV

CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO segurança privada para facilitar a obtenção TAMBÉM DEIXARÁ DE EXISTIR da aposentaria. Hoje não mais. Esse tempo A conversão do tempo de serviço, muita utilizada pelos vigilantes que deixaram especial não existe mais. Agora só vale o a profissão, também acaba. Antes o tempo trabalhado, sem o adicional, explica profissional que trabalhava um período o advogado Andre Luiz Domingues Torres. como vigilante e depois mudava de segmento podia usar esse tempo diferenciado na Fonte: Sindicato dos Vigilantes de Barueri ESPIRITO SANTO Diretoria do Sindseg-GV/ES apresenta pautas da categoria para o deputado Federal Helder Salamão cenário que pedimos vigilância 24 horas nas agências bancárias e o retorno dos vigilantes nas instituições, que firmaram convênio com o governo do Estado para utilizar PMs aposentados. Os PMs precisam fortalecer o trabalho nas ruas, os vigilantes A diretoria do SINDSEG-GV/ES esteve em reunião, na sexta-feira (22), com o deputado Federal Helder Salomão para apresentar o projeto de Lei de Vigilância 24 horas nas agências bancárias e reivindicar apoio na luta contra a troca de vigilantes por PMs nas instituições públicas do Estado. Segundo o presidente do SINDSEG-GV/ ES, Serafim Gerson Camilo, o objetivo foi conseguir apoio do parlamentar para defender os interesses da categoria. A segurança pública está um caos. A sociedade clama por mais segurança, além disso temos muitos vigilantes precisando de emprego para sustentar a família. É neste são responsáveis pela a defesa patrimonial, destaca o presidente. O deputado Helder Salomão se comprometeu em estudar a viabilidade do projeto de Lei da Vigilância 24h nas agências bancárias para, posteriormente, fazer a defesa na Câmara dos Deputados, em Brasília. Em relação a troca dos vigilantes por PMs, Helder irá fazer uma interlocução com o governador do Estado, Renato Casagrande, para que a situação seja revista pelo atual governo. Fonte: Sindseg GV/ES 3 - Notícias CNTV

PORTO ALEGRE LIMINAR SUSPENDE TROCA DA EMPRESA DE VIGILÂNCIA NA CEASA afetou o processo de contratação da empresa sucessora, o que gerou a possibilidade de prorrogação do contrato mantido entre Ceasa e Seltec. Por lógico, diante da inexistência de mãode-obra para substituir os colaboradores que iriam se afastar em gozo de férias, não restou outra alternativa senão aquela de cancelar as férias já notificadas, diz o documento. Liminar judicial, concedida para uma das No comunicado, a empresa solicita que, empresas perdedoras da licitação, suspendeu para os casos especiais, como alguém que já tivesse programado viagem, que os vigilantes a troca da empresa de segurança na Ceasa. O expliquem a situação por escrito ao setor de posto seria assumido pela Univig Vigilância Recursos Humanos, a fim de que seja analisado e Segurança, vencedora da concorrência, caso à caso. domingo (24), mas com essa liminar a Seltec Quanto ao fornecimento de vale-alimentação continuará tomando conta do local até uma e vale-transporte a Seltec diz que está tomando decisão definitiva da Justiça. as providências necessárias. Com isso, foram suspensas as férias de 49 O Sindicato está acompanhando a situação e vigilantes que estavam programadas para o fim está à disposição dos vigilantes para qualquer do contrato. Em comunicado ao Sindivigilantes, medida que se faça necessária a fim de evitar a Seltec justificou a medida: que sofram prejuízos maiores. Ocorre que houve concessão de liminar que Fonte: Sindvigilantes do Sul Reforma tira da Constituição regras da Previdência Social Sem alarde, o governo incluiu na proposta de idade mínima e tempo de contribuição. de reforma da Previdência um mecanismo que Especialistas afirmam que a alteração autoriza a aprovação de futuras mudanças nas pode fragilizar direitos sociais, que seriam regras de aposentadoria por meio de projetos modificados com maior facilidade pelo que exigem menos votos no Congresso do que Congresso. o texto atual. O mecanismo não foi explicado pelos Na prática, se for aprovada, a proposta técnicos do governo em nenhum momento das apresentada na quarta-feira (20) permitirá que quatro horas e meia de entrevista à imprensa alterações em regimes previdenciários passem destinada à apresentação da PEC da nova a ser feitas fora da Constituição. Previdência. Artigos do texto estabelecem que o governo A implementação de um novo sistema poderá apresentar projetos de lei complementar previdenciário, o de capitalização, também para promover alterações na aposentadoria dos seria feita por lei complementar. Nesse caso, setores público e privado, como modificações porém, o governo deixou claro o instrumento 4 - Notícias CNTV

usado em sua criação. Hoje, mudanças em regras da Previdência que estão na CF podem ser feitas apenas por meio de emenda constitucional, o que exige no mínimo três quintos de votos favoráveis -308 deputados de 49 senadores. Nesse caso, são necessários dois turnos de votação na Câmara e mais dois no Senado. Por isso, uma PEC como a que o presidente Jair Bolsonaro tenta passar é considerada de difícil aprovação e exige grande capacidade de articulação do governo com os parlamentares. Um dos artigos do texto, que trata da iniciativa privada, afirma que LC enviada ao Congresso definirá requisitos de elegibilidade, idade mínima, tempo de contribuição, carência e limites dos benefícios. O mesmo poderá ser feito com regras de cálculo e de reajuste dos benefícios, tempo de duração de pensão por morte e regras para acumulação de benefícios. Outro trecho da proposta traz disposições semelhantes para os servidores públicos. Poderão ser alterados modelo de arrecadação, idades, tempo de contribuição, cálculo dos benefícios e reajustes. Seguindo o mesmo critério, também será permitida a alteração de regras de idade e tempo de contribuição de professores, policiais e agentes penitenciários. Na verdade, regras transitórias para a Previdência, deixando a abertura para que mudanças sejam feitas por lei complementar no futuro. A consequência é que deixa os direitos sociais muito vulneráveis. A preocupação do legislador da Constituinte era deixar os direitos sociais na Constituição para garantir que não houvesse retrocesso e retirada dos direitos, disse. Para Roberto de Carvalho Santos, presidente Expediente: Boletim produzido pela assessoria de comunicação da CNTV Presidente da CNTV: José Boaventura Santos Secretário de Imprensa e Divulgação: Gilmário Araújo dos Santos Colaboração: Jacqueline Barbosa Diagramação: Jacqueline Barbosa do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários), as leis complementares sobre o tema deveriam ter sido apresentadas com a proposta da PEC. A verdadeira Previdência ainda não está esboçada, não sabemos qual será e isso está gerando insegurança, afirma. Consultores do Congresso se debruçam sobre esse mecanismo para avaliar a constitucionalidade do texto. A avaliação é que esses pontos podem gerar questionamentos. Técnicos do Legislativo ainda demonstram preocupação com outros pontos. No primeiro, analisam se é possível que uma lei complementar altere as disposições transitórias da PEC. Isso porque, apesar de haver autorização para isso na emenda constitucional, a lei complementar fará, na prática, uma mudança no texto da Constituição, o que, em tese, não seria possível. Outro ponto em estudo pelos técnicos é o risco de que regras específicas da Previdência que hoje podem ser alteradas por MP e PL de votação mais simples- passem a exigir uma lei complementar, de dificuldade intermediária. O problema poderia afetar propostas semelhantes à editada pelo governo no início do ano para promover um pente-fino nos benefícios do INSS. O programa foi implementado por MP, que tem validade imediata e pode ser aprovada por maioria simples dos parlamentares. Ao reconhecer que a Previdência não é estanque, pode facilitar negociações futuras. Regras poderiam ser revistas a cada 4 anos se houvesse mudança na expectativa de sobrevida. Em vez de a cada 4 anos você discutir uma PEC, a lei complementar seria competente para isso. Procurada, a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho não se manifestou. Fonte: CUT www.cntv.org.br cntv@terra.com.br (61) 3321-6143 SDS - Edifício Venâncio Junior, Térreo, lojas 09-11 73300-000 Brasília-DF 5 - Notícias CNTV