PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Documentos relacionados
PROJETO DE RELATÓRIO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

13193/16 jm/jc 1 DGC 2B

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROJETO DE RELATÓRIO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

P7_TA(2011)0155 Utilização da violência sexual em conflitos no Norte de África e no Médio Oriente

PARLAMENTO EUROPEU TEXTOS APROVADOS

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Iraque: o rapto e os maus tratos infligidos às mulheres

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS Edição provisória. Resolução do Parlamento Europeu, de 18 de maio de 2017, sobre a estratégia da UE para a Síria (2017/2654(RSP))

PT Unida na diversidade PT A8-0392/11. Alteração. Harald Vilimsky, Mario Borghezio em nome do Grupo ENF

PROJETO DE RELATÓRIO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS. Ataques a hospitais e escolas como violações do direito internacional humanitário

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROJETO DE RELATÓRIO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Conselho da União Europeia Bruxelas, 31 de março de 2017 (OR. en) Projeto de conclusões do Conselho sobre uma estratégia da UE para a Síria

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS. Situação no Egito, em particular o caso de Giulio Regeni

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Conselho de Segurança

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

P7_TA(2010)0290 Coreia do Norte

14463/14 ap/jv 1 DG C 2B

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS. Resolução do Parlamento Europeu, de 21 de janeiro de 2016, sobre a Coreia do Norte (2016/2521(RSP))

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Orientação sexual e identidade de género no Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROJETO DE SEGUNDO RELATÓRIO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PT Unida na diversidade PT A8-0369/21. Alteração

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS Edição provisória

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Israel-Palestina após o conflito de Gaza e o papel da UE

14098/15 arg/mjb 1 DG C 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

B8-0832/2015 } B8-0834/2015 } B8-0837/2015 } B8-0842/2015 } RC1/Alt. 4/rev.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Resolução do Parlamento Europeu, de 14 de março de 2013, sobre a viciação de resultados e a corrupção no desporto (2013/2567(RSP))

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS. Papel da UE no processo de paz para o Médio Oriente

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

B8-0434/2017 } B8-0435/2017 } B8-0450/2017 } RC1/Am. 70

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PT Unida na diversidade PT A8-0058/1. Alteração. Sabine Lösing, Tania González Peñas em nome do Grupo GUE/NGL

TEXTOS APROVADOS. Resolução do Parlamento Europeu, de 15 de setembro de 2016, sobre a Somália (2016/2881(RSP))

PT Unida na diversidade PT B8-0455/31. Alteração

Medidas da UE e dos Estados-Membros para fazer face ao fluxo de refugiados em consequência do conflito na Síria

PT Unida na diversidade PT A8-0328/1. Alteração. Eleonora Evi, Laura Agea, Rosa D Amato em nome do Grupo EFDD

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO COMUM

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 8 de Junho de /11 FREMP 66 JAI 405 COHOM 159 DROIPEN 60 NOTA

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TEXTOS APROVADOS. Resolução do Parlamento Europeu, de 18 de maio de 2017, sobre o Sudão do Sul (2017/2683(RSP))

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

11246/16 hs/mjb 1 DGC 1

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, as conclusões do Conselho sobre o Irão adotadas pelo Conselho em 4 de fevereiro de 2019.

TEXTOS APROVADOS Edição provisória. Assassínio em massa sistemático das minorias religiosas pelo EIIL

PT Unida na diversidade PT A8-0392/1. Alteração. Harald Vilimsky, Mario Borghezio em nome do Grupo ENF

P7_TA-PROV(2011)0064 Situação no Egipto

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PROJETO DE RELATÓRIO

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

PT Unida na diversidade PT A8-0023/3. Alteração. Cristian Dan Preda em nome do Grupo PPE

Transcrição:

Parlamento Europeu 2014-2019 Documento de sessão B8-1254/2016 21.11.2016 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO apresentada na sequência de uma declaração da Vice-Presidente da Comissão / Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança nos termos do artigo 123.º, n.º 2, do Regimento sobre a situação na Síria (2016/2933(RSP)) Barbara Lochbihler, Alyn Smith, Bodil Valero, Igor Šoltes, Yannick Jadot, Bart Staes, Judith Sargentini, Rebecca Harms, Helga Trüpel em nome do Grupo Verts/ALE RE\1110357.docx PE593.688v01-00 Unida na diversidade

B8-1254/2016 Resolução do Parlamento Europeu sobre a situação na Síria (2016/2933(RSP)) O Parlamento Europeu, Tendo em conta as suas anteriores resoluções sobre a Síria, nomeadamente a de 6 de outubro de 2016 1, Tendo em conta a resolução de 17 de novembro de 2011, sobre o apoio da UE ao Tribunal Penal Internacional: fazer face aos desafios e superar as dificuldades 2, Tendo em conta as conclusões do Conselho sobre a estratégia regional da UE para a Síria e o Iraque, bem como sobre a ameaça representada pelo Estado Islâmico, de 15 de março de 2015, e a atualização de 23 de maio de 2016, Tendo em conta as declarações e os relatórios do Secretário-Geral das Nações Unidas e do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos sobre o conflito na Síria, Tendo em conta os relatórios da Comissão Internacional Independente de Inquérito sobre a Síria, criada pelo Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas, Tendo em conta as resoluções 2139 e 2165 (2014) e 2258 (2015) do Conselho de Segurança da ONU, Tendo em conta o artigo 123.º, n.º 2, do seu Regimento, A. Considerando que mais de 400 000 pessoas, na sua maioria civis, perderam a vida desde o início do conflito na Síria, em 2011; considerando que foram cometidas violações maciças e recorrentes dos direitos humanos e do direito internacional humanitário por todas as partes envolvidas no conflito; considerando que a esmagadora maioria destes crimes são da responsabilidade do regime sírio e dos seus aliados, nomeadamente a Rússia; B. Considerando que a situação em Alepo se agravou drasticamente nas últimas semanas, tendo ocorrido mais derramamento de sangue chocante entre a população civil devido ao forte bombardeamento aéreo pelo regime de Assad e a Rússia e, em menor medida, devido aos tiroteios indiscriminados por grupos armados não estatais; considerando que, por força do direito internacional, as partes são obrigadas a tomar as medidas apropriadas para proteger os civis e infraestruturas civis; C. Considerando que as violações cometidas durante o conflito sírio incluem execuções ilegais, tortura e maus tratos, detenções em massa e arbitrárias, ataques intencionais e indiscriminados contra civis, punição coletiva, ataques contra o pessoal médico e a recusa de alimentos e de água; considerando que estes crimes permanecem impunes até 1 Textos aprovados, P8_TA(2016)0382. 2 JO C 153 E de 31.5.2013, p. 115. PE593.688v01-00 2/5 RE\1110357.docx

à data; D. Considerando que a Comissão de Inquérito da ONU, o Secretário-Geral da ONU e o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos do Homem declararam que foram cometidos crimes contra a humanidade e crimes de guerra na Síria; E. Considerando que o 9.º e 10.º relatórios da Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria, bem como as Resoluções 2139 (2014) e 2258 (2015) do Conselho de Segurança da ONU, sublinham a necessidade de acabar com a impunidade na Síria e levar a tribunal os autores dos crimes; F. Considerando que a justiça, o Estado de direito e a luta contra a impunidade são elementos essenciais subjacentes aos esforços de paz e resolução de conflitos; G. Considerando que a Comissão de Inquérito da ONU concluiu que os tribunais sírios não são um mecanismo eficaz para julgarem crimes internacionais; H. Considerando que a Síria assinou mas não ratificou o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional (TPI); I. Considerando que todos os membros do Conselho de Segurança da ONU com exceção da Rússia e da China, com o apoio de 65 outros membros da ONU e mais de 100 ONG árabes e internacionais, aprovaram a proposta francesa no sentido de remeter a situação na Síria para o TPI em maio de 2014; J. Considerando que na sua resolução, de 30 de abril de 2015, sobre a situação no campo de refugiados de Yarmouk, na Síria o Parlamento instou a UE e os seus Estados- Membros a considerarem seriamente a recente recomendação da Comissão de Inquérito da ONU de ponderar a criação de um tribunal especial para os crimes cometidos na Síria 1 ; K. Considerando que, na sua resolução de 6 de outubro de 2016, o Parlamento apelou à responsabilização dos culpados dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Síria; L. Considerando que a estratégia regional da UE para a Síria e o Iraque e contra a ameaça do Estado Islâmico insta à preparação para o «dia seguinte», em referência aos preparativos para a situação pós-conflito antes da cessação das hostilidades; 1. Condena com a maior veemência as atrocidades e as violações generalizadas dos direitos humanos e do direito humanitário internacional cometidas pelas forças do regime de Assad, com o apoio da Rússia e do Irão, bem como as violações dos direitos humanos e do direito humanitário internacional perpetrados por grupos armados não estatais, em especial o EIIL/Estado Islâmico e o Jabhat Fatah al-sham; 2. Lamenta profundamente o clima de impunidade de que gozam os autores de crimes graves cometidos durante a guerra na Síria; considera que a ausência de responsabilização dá azo a mais atrocidades e agrava o sofrimento das vítimas; 1 Textos aprovados, P8_TA(2015)0187. RE\1110357.docx 3/5 PE593.688v01-00

3. Insta a UE e os seus Estados-Membros a pressionarem todas as partes no conflito na Síria no sentido de executarem eficazmente as disposições relativas aos direitos humanos e ao direito humanitário das resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, também pondo termo à tortura e a outras formas de maus tratos, e apela a que os observadores das condições de detenção reconhecidos a nível internacional tenham acesso imediato e sem restrições a todas as pessoas privadas de liberdade na Síria; 4. Está convicto de que não poderá haver uma resolução efetiva do conflito nem uma paz sustentável na Síria sem a responsabilização pelos crimes cometidos por todas as partes durante o conflito, nomeadamente o regime de Assad e os seus aliados, bem como pelo chamado «Estado Islâmico» e por outros grupos armados, como o Jabhat Fatah al-sham; 5. Lamenta o veto da China e da Rússia, na sua qualidade de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, contra a intenção de remeter a situação na Síria para o TPI e insta a que sejam envidados esforços renovados neste sentido; 6. Apela a uma política comum da UE com vista a uma estratégia coordenada de responsabilização dos crimes de guerra e dos crimes contra a humanidade cometidos na Síria; insta a VP/AR a desempenhar um papel pró-ativo nesta matéria; 7. Reitera o seu apelo à UE e aos seus Estados-Membros para que ponderem, em estreita coordenação com países com uma visão idêntica, a criação de um tribunal para os crimes de guerra na Síria, na expectativa do êxito do recurso ao TPI; 8. Exorta os Estados-Membros a tomarem todas as medidas necessárias para responsabilizar os presumíveis autores de crimes, nomeadamente através da aplicação do princípio da competência universal e através da investigação e de procedimentos penais contra nacionais da UE responsáveis por crimes de guerra e por crimes contra a humanidade cometidos na Síria; 9. Insta a UE e os Estados-Membros a intensificarem os seus esforços no sentido de adotar medidas específicas, incluindo sanções, contra as pessoas e grupos, incluindo de países terceiros, e contra os Estados credivelmente implicados em violações flagrantes, como crimes de guerra e crimes contra a humanidade; 10. Apela à partilha internacional das identidades dos suspeitos de crimes e das provas existentes com as autoridades judiciais nacionais, a fim de facilitar a investigação e os procedimentos penais; 11. Exorta os Estados-Membros a assegurarem a transparência, a responsabilização e a total conformidade com o direito internacional humanitário e sobre direitos humanos em relação à sua participação nos esforços da coligação internacional, bem como na sua cooperação militar com partes envolvidas no conflito; 12. Saúda e destaca a importância crucial do trabalho levado a cabo pelas organizações da sociedade civil locais e internacionais para obter provas dos crimes de guerra, dos crimes contra a humanidade e de outras violações; insta a UE e os seus Estados- Membros a prestarem assistência adicional a estes atores; PE593.688v01-00 4/5 RE\1110357.docx

13. Insta todos os participantes no Grupo Internacional de Apoio à Síria a retomarem as negociações, a facilitarem a instauração de uma paz estável e a intensificarem os esforços com vista à obtenção de uma solução política duradoura para o país, que deve prever mecanismos para garantir a justiça transicional na Síria pós-conflito; apoia plenamente os esforços realizados pelo Enviado Especial das Nações Unidas, Staffan de Mistura; reitera o seu apelo à VP/AR para que redobre os esforços no sentido duma estratégia comum da UE para a Síria; 14. Insiste na importância de a UE e os seus Estados-Membros planearem a recuperação a longo prazo e a reconstrução da Síria, inclusivamente através de medidas destinadas a promover a reconciliação, fomentar a confiança e reforçar o Estado de direito; 15. Insta a UE e os seus Estados-Membros a apoiarem o reforço das capacidades das pessoas e da sociedade civil da Síria, inclusivamente com e através dos atores que promovem os direitos humanos, a igualdade (incluindo a igualdade de género e os direitos das minorias), a democracia e a capacitação, sempre que possível nos territórios libertados da Síria, assim como em favor dos refugiados sírios que vivem no exílio na região ou na Europa; sublinha que este reforço das capacidades deve apoiar os cidadãos sírios na tarefa de orientar a transição (em domínios como a regulamentação dos meios de comunicação social, a descentralização, a administração municipal e a elaboração da constituição), tendo em devida atenção o papel e as necessidades das mulheres; 16. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução à Vice-Presidente da Comissão/Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, ao Conselho, à Comissão, aos governos e parlamentos dos Estados-Membros, ao Secretário-Geral das Nações Unidas, ao Enviado Especial das Nações Unidas e da Liga Árabe para a Síria e a todas as partes envolvidas no conflito da Síria. RE\1110357.docx 5/5 PE593.688v01-00