ESTADO DO AMAZONAS PREFEITURA MUNICIPAL DE PARINTINS



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Transcrição:

LEI Nº 004/2002-GPMP Regulamenta a Política de Incentivos Fiscais e Extrafiscais no termos da Constituição do Estado do Amazonas e institui o Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas e dá outras providências. O cidadão ENÉAS DE JESUS GONÇALVES SOBRINHO, Prefeito Municipal de Parintins, no uso de suas atribuições legais que lhes são conferidas no art. 66 da Lei Orgânica Municipal de Parintins. Faz saber aos cidadãos de Parintins que a Câmara Municipal em Sessão Ordinária realizada dia 07 de maio de 2002, APROVOU e eu SANCIONO a seguinte, L E I CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º - O Sistema de incentivos fiscais e extrafiscais é definido por esta lei, obedecidos os princípios emanados da Constituição da República Federativa do Brasil da Constituição do Estado do Amazonas. Art. 2º - Os incentivos fiscais de competência do Município são os relativos ao art. 145, inciso I, alínea b da Constituição do Estado do Amazonas e destinar-se-ão às empresas industriais, agroindustriais e agropecuárias, instaladas ou que venham a se instalar no Município de Parintins. 1º - O incentivo fiscal do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, constituí-se na restituição total ou parcial, de acordo com as características da empresa beneficiária. 2º - Os incentivos fiscais a serem concedidos às empresas beneficiárias devem guardar obediência os seguintes princípios: 1

I - reciprocidade - contrapartida a ser oferecida pela beneficiária, expressa em salários, encargos e benefícios sociais locais, definidos nos arts. 8º e 212, da Constituição do Amazonas; II - transitoriedade - condição ou caráter de prazo certo que deve ter o incentivo; III - regressividade - condição necessária à retirada do incentivo num processo gradual; IV - gradualidade - concessão diferenciada do benefício de acordo com prioridades estabelecidas. gerais: 3º - A concessão do incentivo obedecerá a ás seguintes diretrizes I - tratamento diferenciado de micro e pequeno porte inclusive as de tecnológicas às empresas localizadas no interior do Município, aquelas que utilizem matéria-prima regional, as empresas que produzem bens de consumo imediato destinados à alimentação, vestuário e calçado, e aquelas complementares ao parque industrial; II - terão benefício máximo, na forma da lei, obedecido os princípios do parág. 2º deste artigo: a ) as empresas industriais, agroindustriais e agropecuárias localizadas no interior do Município pertencentes a setores definidos na regulamentação desta Lei; b ) as empresas que tenham por objetivo único a produção de medicamentos que utilizem, basicamente, plantas medicinais regionais e a industrialização de pescado; c ) as micro e pequenas empresas de base tecnológica. 4º - Poderão atingir até o benefício máximo, as empresas produtoras de bens intermediários fabricados no Município, obedecidos os princípios do parág. 2º deste artigo. Art. 3º - Os incentivos extrafiscais compreendem o apoio gerencial, tecnológico, mercadológico, bem como a concessão de financiamento através de linhas de crédito subsidiadas, voltadas aos estabelecimentos de micro e pequeno porte dos setores agropecuários, agroindustriais, industrial, comercial e de prestação de serviços. Art. 4º - Os incentivos fiscais e extrafiscais do Município de Parintins visam a integração, expansão, modernização e consolidação dos setores agropecuário, agroindustrial, industrial, comercial e de prestação de serviços, com ênfase no desenvolvimento do Município. Art. 5º - O Poder Legislativo, no exercício de suas funções, exercerá a fiscalização do cumprimento dos incentivos concedidos e provocará a ação do Poder Executivo em relação a não-observância da Lei, na forma do que determina o art. 155, da Constituição do Estado. 2

CAPÍTULO II DOS INCENTIVOS FISCAIS SEÇÃO I DA CONCESSÃO Art. 6º - As empresas industriais, agroindustriais, agropecuárias e cooperativas de produção em funcionamento, as em implantação e as que venham se instalar, poderão gozar dos incentivos fiscais do que trata o art. 2º, na forma disposta nesta Lei. 1º - A concessão dos incentivos caberá unicamente às empresas consideradas de fundamental interesse ao desenvolvimento do Município. 2º - Uma mesma empresa não pode ter incentivado uma linha de produção que inclua simultaneamente a fabricação de bens intermediários e bens finais. Art. 7º - Considera-se de fundamental interesse ao desenvolvimento econômico do Município de Parintins para efeito do que dispõe esta Lei, as empresas que satisfaçam pelo menos 3 (três) das seguintes condições: a ) concorram para a integração e consolidação do parque industrial do Município de Parintins; b ) contribuam para o incremento do nível de aproveitamento industrial do Município de Parintins; c ) contribuam para o aumento da exportação estadual para o mercado internacional; d ) contribuam para o aumento da produção agropecuária do Município; e ) contribuam para substituir importações nacionais e/ou estrangeiras; f ) promovam a interiorização de processo de desenvolvimento do Município; Art. 8º - A empresa interessada requererá os incentivos a Prefeitura Municipal de Parintins, através da Secretaria de Cultura e Turismo, devidamente fundamentada em projeto técnico-econômico que demonstre viabilidade do empreendimento e sua adequação a esta Lei. Art. 9º - A concessão de o incentivo fiscal efetivar-se-à através de Decreto, na forma estabelecida no Regulamento desta Lei. 1º - O início do período de vigência do Incentivo Fiscais de Restituição do ICMS é a data da publicação do Decreto Concessivo no Diário Oficial do Estado do Amazonas, passando a produzir seus efeitos com a comprovação, através de Laudo Técnico de Inspeção, que deverá ser expedido até 30 (trinta) dias do seu 3

requerimento, do implemento das condições exigidas para a concessão do Incentivo Fiscal. 2º - As empresas deverão colocar em linha de produção, os produtos incentivados no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, a contar da data da publicação do Ato Concessivo no Diário Oficial do Estado do Amazonas, sob pena de anulação da concessão. 3º - A pena de anulação da concessão estipulada no parágrafo anterior, não se aplica, quando houver prévia e fundamentada justificativa instruída com a apresentação de novo cronograma de implantação e início da produção. SEÇÃO II DAS EXCLUSÕES Art. 10 - Exclui-se dos incentivos de que tratam esta Lei os produtos das empresas que explorem quaisquer das seguintes atividades: I - acondicionamento ou recondicionamento; II - renovação ou recondicionamento; III - conserto, restauração e recondicionamento de máquinas, aparelhos e objetos, bem como preparo pelo mesmo consertador, restaurador ou recondicionado, de partes e/ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; IV - extração e beneficiamento primário de produto de origem mineral, inclusive a laminação e fundição elementar de metais; V - beneficiamento elementar de produtos de origem vegetal e animal, como preparação primária de couros e peles, torrefação e moagem de café, beneficiamento de sal, preparação de fumos, serragem de madeira e outras atividades assemelhadas; VI - preparo de produtos alimentares em cozinhas industriais, restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, mercearias e estabelecimentos assemelhados, desde que se destinem à venda direta ao consumidor; VII - fabricação de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, quanto a este ressalvada as elaboradas com extratos, xaropes, sucos ou concentrados à base de frutas e/ou vegetais produzidos e integralmente processados no Município de Parintins; VIII - obtenção de produtos de origem extrativa caracterizada por processo elementar de produção; IX - fabricação de bens que através de seu processo produtivo causem de forma mediata ou imediata, impactos nocivos ao meio ambiente; X - execução de serviços de transporte Intermunicipal; XI - geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação ou recepção de comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que iniciada ou prestada no exterior. 4

1º - A listagem de atividades, objeto de caput deste artigo e seus incisos, como parte da Lei, somente por lei poderá ser modificada. SEÇÃO III DOS PRAZOS Art. 11 - O incentivo fiscal de restituição do ICMS será concedido até 05 de outubro de 2.013. 1º - Será mantido o prazo até... para as empresas já incentivadas excetuando-se aquelas que optarem por esta Lei. 2º - As empresas beneficiárias encaminharão seu pedido de opção mediante requerimento dirigido a Prefeitura Municipal de Parintins através da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Art. 12 - As empresas incentivadas que não exercerem a opção de que trata o parágrafo 2º do art. 11, quando diversificarem sua linha de produção, mediante a fabricação de novos tipos de produtos, se pretenderem gozar dos incentivos desta Lei, estarão obrigados a requerê-los mediante projeto de diversificação ou ampliação, observado o disposto nos artigos 8º e 9º. Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo, consideram-se novos tipos de produtos, os que tenham classificação na NBM diversa da dos bens constantes na linha de produção da empresa. SEÇÃO IV DOS PRODUTOS Art. 13 - Para fins do que dispõe esta Lei, são consideradas as seguintes características de produtos: I - bens produzidos por empresas de base tecnológica de micro e pequeno porte; II - bens intermediários; III - bens que utilizem matéria-prima regional; IV - bens de capital; V - bens de consumo destinados à alimentação, vestuário e calçado; VI - outros bens industrializados de consumo, excluídos os compreendidos nos incisos I, III, V, VII, VIII e IX; VII - produtos medicamentosos que utilizem basicamente plantas medicinais regionais e produtos resultantes da industrialização do pescado; VIII - bens produzidos no interior do Município, pertencentes a setores prioritários; IX - produtos agropecuários pertencentes a setores prioritários. 5

1º - São consideradas empresas de base tecnológica aquelas de micro e pequeno porte, cujos sócios ou profissionais dominem o conhecimento da tecnologia de produto, sendo o bem resultante conseqüência de pesquisa e desenvolvimento próprio, contendo inovação tecnológica e que apresentem forte interligação com o setor industrial no Município. 2º - São considerados bens intermediários, para efeito de restituição do ICMS, os produtos industrializados destinados a incorporação no processo de produção de outro estabelecimento industrial. 3º - São ainda considerados bens intermediários os produtos destinados: I - à embalagem, manuais de instrução e certificados de garantia, indispensáveis ao transporte e/ou comercialização dos bens industrializados; II - ao mercado de reposição, como peças para reparos e/ou consertos de bens finais, desde que não ultrapassem ao limite de 10% (dez por cento) da quantidade total das saídas dos respectivos bens finais, no período da apuração do imposto. 4º - São considerados bens de capital os produtos finais destinados à produção de outros bens. 5º - Consideram-se matérias-primas regionais aquelas de origem animal, vegetal ou mineral produzidos, extraídas e integralmente processadas no Município. 6º - Para ser classificado no inciso III do artigo 13 desta Lei, o produto deverá utilizar, na composição dos custos dos seus componentes, no mínimo 30% (trinta por cento) de matéria-prima regional. SEÇÃO V DOS NÍVEIS DE RESTITUIÇÃO Art. 14 - O incentivo fiscal do ICMS será concedido por produto de acordo com a sua caracterização definida no art. 13 desta Lei nos seguintes níveis: a ) 100% (cem por cento) para os bens considerados pelos incisos I, VII e VIII; b ) até 100% (cem por cento) para os bens considerados pelos incisos II, III e IX; c ) 55% (cinqüenta e cinco por cento) para os bens compreendidos pelos incisos IV e V; d ) 45% (quarenta e cinco por cento) para os bens industrializados de consumo final enquadrados no inciso VI. 6

1º - Bens intermediários produzidos por empresa interdependentes gozarão do mesmo nível de restituição dos produtos a que se destinam. 2º - Para os fins desta Lei, considerar-se-ão interdependentes duas ou mais empresas quando se enquadrarem em quaisquer das seguintes situações: I - uma delas por si, ou seus sócios ou acionistas, ou respectivos cônjuges e filhos menores, considerados isoladamente ou em conjunto, forem titulares de mais de 50% (cinqüenta por cento) do capital da outra; II - uma pessoa fizer parte de ambas na qualidade de diretor ou sócio com funções de gerência, ainda que exercida sob outra denominação. III - quando uma tiver vendido ou consignado à outra, no ano anterior, mais de 20% (vinte por cento) no caso de distribuição com exclusividade em determinada área do Município, e mais 50% (cinqüenta por cento), nos demais casos, do volume de vendas de seus produtos; IV - quando uma delas, por qualquer forma ou título, for a única adquirente, de um ou de mais de um dos produtos industrializados, ainda quando a exclusividade se refira apenas à padronagem, marca ou tipo de produto; V - quando uma vender à outra, mediante contrato de participação ou ajuste semelhante, produto que tenha fabricado. 3º - As empresas incentivadas regidas por esta Lei consignarão ao Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas, 6% (seis por cento) do imposto a ser restituído pelo Município, na forma estabelecida pelo art. 151, inciso I, da Constituição Estadual. 4º - O Regulamento desta Lei estabelecerá os critérios para caracterização e enquadramento dos produtos incentivados com a restituição do ICMS. 5º - Os níveis de restituição estabelecidos para os produtos beneficiados com o incentivo do ICMS previstos nesta Lei serão reduzidos progressivamente a partir de 1998, a razão de 5% (cinco por cento) a cada dois anos, calculados sobre o nível de restituição gozado pela empresa no ano anterior. Art. 15 - Para fins de cálculos do valor da restituição do ICMS, prevista na forma desta Lei, somente gozarão do crédito os produtos que satisfaçam as seguintes condições: I - sejam provenientes de estabelecimentos industriais onde as mesmas tenham sido de fato produzidas, ou de seus distribuidores e/ou revendedores, como tal devidamente caracterizados; II - não se tratem dos subconjuntos de aplicação dedicadas, produzidos por uma empresa industrial localizada fora do Município interdependente da empresa a qual o material se destina. 7

SEÇÃO VI DAS CONDIÇÕES Art. 16 - As empresas incentivadas ficam obrigadas a manter atualizadas as suas informações cadastrais junto a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, devendo justificar prévia e expressamente qualquer alteração no parque fabril e/ou no processo produtivo, que implique ou não em redução do programa de investimentos, e/ou absorção de mão-de-obra, em relação ao projeto que deu origem à concessão dos incentivos fiscais. Art. 18 - Para efeito de autorização, ficam as empresas incentivadas obrigadas a submeter à apreciação da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, as modificações pretendidas, nas hipóteses de: a ) cisão, fusão e incorporação, envolvendo empresas incentivadas; b ) transferências de etapas do processo de produção, qualquer que seja a modalidade de operacionalização do acordo entre as partes. Parágrafo Único - O pedido de autorização, de que trata este artigo, poderá, a critério da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, ser instruído com projeto técnico e de viabilidade econômica. Art. 19 - As empresas beneficiadas com incentivos fiscais, deverão cumprir as seguintes exigências: I - implantar o projeto técnico e de viabilidade econômica na forma aprovada pelo CODAM. II - manter programas de benefícios sociais para os seus empregados, de acordo com o enunciado no artigo 8º e 212, parágrafo 1º da Constituição Estadual, especialmente, nas áreas de alimentação, saúde. lazer, educação, transporte e creche, a preços subsidiados; III - apresentar à SIC programa de regionalização, implementado-os na forma homologada pelo CODAM. IV - apresentar à SIC programas plurianuais de investimentos em desenvolvimento tecnológico no Estado do Amazonas, a serem implementados na forma homologada pelo CODAM; V - manter em seus estabelecimentos, em local visível ao público, placa alusiva aos incentivos previstos nesta Lei, de acordo com modelo e especificações aprovados pela SIC; VI - conceder, nas vendas para empresas comerciais locais, regulamente inscritas na SEFAZ, desconto equivalente à parcela do ICMS restituído na operação; VII - manter a administração, inclusive a contabilidade, no Município de Parintins, bem como, utilizar a infra-estrutura de serviço local; VIII - manter menores em seu quadro funcional, salvo se a empresa incentivada desenvolver atividades penosas, perigosas ou insalubres. 8

1º - As exigências previstas nos incisos II, III, IV, VI e VIII, não se aplicam às microempresas. 2º - Os dispostos nos incisos III e VI não se estende às empresas produtoras de bens enumerados nos incisos I, III, V, VII, VIII e IX do art. 13 desta Lei. Art. 20 - As empresas incentivadas ficam sujeitas ao acompanhamento, avaliação e fiscalização de suas atividades pelas Secretarias de Estado da Fazenda e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Parágrafo Único - Para fins deste artigo, as Secretarias poderão requerer informações, examinar documentos, livros, arquivos, projetos, inspecionar processos de produção e realizar diligências afins. CAPÍTULO III DOS INCENTIVOS EXTRAFISCAIS SEÇÃO I DAS ESPÉCIES Art. 21 - Os incentivos extrafiscais consistem em: I - II - III - IV - financiamento através de linhas de crédito subsidiadas; treinamento de recursos humanos em todos os níveis; apoio tecnológico, gerencial e mercadológico; outros afins. Art. 22 - São definidas, como microempresas e empresas de pequeno porte, para os fins desta Lei, as pessoas jurídicas e firmas individuais que tiverem respectivamente receita bruta anual, igual ou inferior ao valor de 70.000 (setenta mil) Bônus do Tesouro Nacional - BTNs e de 700.000 (setecentos mil) Bônus do Tesouro Nacional - BTNs ou outra unidade que vier a substituí-lo. Parágrafo Único - Para efeito de cálculo dos limites de receita bruta anual será sempre considerado o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano-base, dividindo-se as receitas mensais pelos valores do Bônus do Tesouro Nacional - BTN, vigentes nos respectivos meses. 9

SEÇÃO II DO FUNDO DE FOMENTO ÁS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SUBSEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 23 - O fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas - FMPE, instituído pelo art. 151, parágrafo 2º da Constituição Estadual tem por objetivo contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Município de Parintins, mediante a execução de programas de financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano estadual de desenvolvimento, cuja composição de recursos será efetivado com base nas seguintes origens: I - participação das empresas incentivadas, devendo ser repassado ao Fundo seis por cento do imposto a ser restituído pelo Município. II - recursos do orçamento do Município, previstos anualmente na Lei de diretrizes orçamentárias; III - transferências de União e dos Municípios; IV - empréstimos ou doações de entidades; V - convênios ou contratos firmados entre o Estado e os Municípios; VI - os retornos e resultados de suas aplicações; VII - o resultado da remuneração dos recursos momentaneamente não aplicados, calculados com base em indexador oficial, a partir do trigésimo dia do seu ingresso no Banco Oficial do Estado; VIII - outras fontes internas e externas. 1º - É assegurada a destinação de 60% (sessenta por cento) dos recursos do Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas à aplicação no interior do Município, com prioridade para o setor primário. 2º - É vedada a aplicação dos recursos do Fundo para outras finalidades que não as previstas neste artigo, excetuando-se as estabelecidas no art. 168, parágrafo 2º e no art. 170, parágrafo 4º da Constituição do Estado, e aplicação anual de, no máximo, 10% (dez por cento) dos recursos consignados ao Fundo. 3º - A contribuição das empresas incentivadas, prevista no inciso I, do art. 23, será feita diretamente pelas empresas à conta do Fundo do Banco do Estado do Amazonas, em formulário próprio e específico na mesma data e com a mesma sistemática de recolhimento do imposto devido. 4º - As liberações dos valores destinados ao Fundo, constantes do inciso II, do art. 23 desta Lei, serão feitas pela Secretaria de Estado de Fazenda ao Banco do Estado do Amazonas, a contar do Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas. 10

SUBSEÇÃO II DIRETRIZES GERAIS Art. 24 - O fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas, obedecerá as seguintes diretrizes na formulação de seus programas de financiamento: I - tratamento preferencial às atividades produtivas de pequenos e miniprodutores rurais. micro e pequenas empresas de uso intensivo de matérias primas, e mão-de-obra locais e as que produzam alimentos básicos para consumo da população. II - distribuição espacial dos créditos para as nove sub-regiões indicadas no art. 26 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, de acordo com a necessidade de cada uma dessas subregiões; III - adoção dos prazos e carência, limites de financiamentos, juros e outros encargos diferenciados ou favorecidos, em função dos aspectos sociais, econômicos, tecnológicos e espaciais dos empreendimentos; IV - conjugação do crédito com a assistência técnica; V - orçamentação anual das aplicações dos recursos; VI - adequada política de garantias, preferencialmente fidejussórias e de seguro de crédito e uso dos recursos de forma a atender a um universo de beneficiários e assegurar racionalidade, eficiência e retorno às aplicações; VII - apoio à criação de novos centros, atividades e pólos dinâmicos, que propiciem a redução das disparidades de renda entre as sub-regiões; VIII - proibição de aplicação de recursos a fundo perdido, ressalvado o disposto no parágrafo 2º do artigo 24 desta Lei. Parágrafo Único - As operações de crédito deste Fundo, de valor até 5.000 (cinco mil) Bônus de Tesouro Nacional, terão tratamento preferencial, independentemente de saldo médio, respeitando-se, no entanto, o cumprimento das obrigações cadastrais do mutuário. SUBSEÇÃO III DOS BENEFICIÁRIOS DO FUNDO Art. 25 - São beneficiários dos recursos do Fundo os produtores e empresas, pessoas físicas e jurídicas de micro e pequeno porte dos setores agropecuário, agroindustrial e comercial e de prestação de serviços. SUBSEÇÃO IV DOS ENCARGOS FINANCEIROS Art. 26 - Os financiamentos concedidos com recursos do Fundo de Fomento às Micro e Pequenas Empresas estão sujeitos a encargos financeiros, graduados de acordo com o porte das empresas como segue: 11

I - microempresas: a ) juros de 4% (quatro por cento) ao ano; b ) atualização monetária correspondente a 60% (sessenta por cento) da variação mensal do IPC ou outro indexador que vier substituí-lo. II - pequena empresa: a ) juros de 6% (seis por cento) ao ano; b ) atualização monetária correspondente a 80% (oitenta por cento) de variação mensal do IPC ou outro indexador que vier substituí-lo. 1º - Os miniprodutores rurais e as cooperativas de produção terão como encargos financeiros juros de 4% (quatro por cento) ao ano e atualização monetária de 50% (cinqüenta por cento) da variação mensal do IPC ou outro indexador que vier substituí-lo. 2º - A atualização monetária, nos níveis referidos neste artigo, ficará condicionada à aprazada e regular amortização dos financiamentos. SUBSEÇÃO V DA ADMINISTRAÇÃO DO FUNDO Art. 27 - O Fundo será administrado por um Comitê a ser criado no Banco do Estado do Amazonas, de composição partidária entre membros da iniciativa privada e do setor público, com os seguintes representantes: I - um representante da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo; II - um representante da Secretaria da Fazenda; III - um representante da Secretaria de Produção e Abastecimento; IV - um representante do Banco do Estado do Amazonas; V - um representante indicado pela Associação Comercial; VI - um representante da Secretaria de Finanças; VII- um representante da Secretaria de Assistência Social e Trabalho; VIII- um representante da Secretaria de Educação e Desporto; IX- - um representante da Secretaria Municipal de Saúde; X- - um representante da Secretaria de Obras e Urbanismo; XI - um representante do Governo Estadual; XII - um representante do Governo Federal. XIII- um representante da Associação das Micro e Pequenas Empresas Art. 28 - Compete ao Comitê: I - definir normas, procedimentos e condições operacionais; II - aprovar os programas de financiamentos; III - indicar providências para compatibilização das aplicações com as ações das agências de desenvolvimento estadual; IV - avaliar os resultados obtidos. 12

Art. 29 - São atribuições do agente financeiro do Fundo: I - gerir os recursos; II - enquadrar as propostas nas faixas dos encargos financeiros estabelecidos; III - prestar contas sobre os resultados alcançados, desempenho e estado dos recursos e aplicações. IV - exercer outras atividades inerentes à função de agente financeiro. 1º - O Banco do Estado do Amazonas fará jus a taxa de administração de até 2% (dois por cento) ao ano, calculado sobre o patrimônio líquido do fundo e apropriado mensalmente. 2º - Na aplicação dos recursos, o agente financeiro poderá cobrar delcredere compatível com os riscos assumidos pelos financiamentos concedidos e adequados à função social de cada tipo de operação, respeitados os limites de encargos fixados no art. 26 desta Lei. SUBSEÇÃO VI DO CONTROLE E PRESTAÇÃO DE CONTAS Art. 30 - O fundo terá contabilidade própria, registrando todos os atos e fatos a ele referentes, valendo-se para tal, do sistema contábil da respectiva instituição financeira, no qual deverão ser criados e mantidos subtítulos específicos para esta finalidade, com apuração de resultados à parte. Art. 31 - A instituição fará publicar semestralmente os balanços do Fundo, devidamente auditados. Art. 32 - A instituição financeira apresentará, semestralmente, ao Comitê do Fundo, relatório circunstanciado sobre as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos. 1º - O exercício financeiro ao Fundo coincidirá com o ano civil, para fins de apuração de resultados e apresentação de relatórios. 2º - Deverá ser contratada auditoria externa, às expensas do Fundo para certificação do cumprimento das disposições constitucionais e legais estabelecidas, além do exame das contas e outros procedimentos usuais de auditagem. 3º - O Banco do Estado do Amazonas deverá colocar, à disposição do Comitê de Administração os demonstrativos, com posições de final de mês, dos recursos, aplicações e resultados do Fundo. 13

CAPÍTULO IV DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES SEÇÃO I Art. 33 - De acordo com o estabelecido no artigo 154, da Constituição do Estado, resultarão na suspensão automática, definitiva, irrecorrível e irreversível do incentivo concedido pelo Município para o empreendimento ou pessoa jurídica beneficiado com essa condição, as seguintes situações: I - redução sem prévia anuência do poder concedente, do número de empregos vinculados ao projeto objeto da concessão do incentivo, bem como descumprimento das obrigações sociais e demais condições relativas a esse ato. II - ato ou ocorrência grave de responsabilidade jurídica da empresa beneficiária que implicar prejuízo, risco, ônus social, comprometimento ou degradação do meio-ambiente; III - ato comprovado de burla do Fisco de qualquer esfera. Parágrafo Único - As Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Turismo e do Trabalho e Bem Estar Social exercerão, sistematicamente e periodicamente, a fiscalização com referência ao que tratam os incisos I, II e III, deste artigo. Art. 34 - O descumprimento das obrigações, previsto na legislação de incentivo fiscal, sujeitará ainda a empresa às seguintes penalidades: I - perda do direito a restituição, a empresa que: a ) recolher o imposto fora do prazo regulamentar; b ) comercializar produtos finais que tenham sido produzidos por outras empresas, ainda que idênticos aos por ela produzidos sob incentivos. II - suspensão dos incentivos até a sua regularização, a empresa que: a ) deixar de cumprir as disposições dos incisos II, III, IV e VI do artigo 19 desta Lei; b ) deixar de cumprir sem prévia autorização do CODAM no todo ou em parte os aspectos técnicos e de viabilidade econômica do projeto, expressos no Decreto Concessivo. c ) deixar de apresentar ao funcionário responsável pela inspeção, acompanhamento e avaliação da concessão dos benefícios fiscais, os livros e os documentos contábeis ou comerciais, necessários ao bom desempenho do seu trabalho, inclusive impedir o acesso aos locais vinculados à produção e estoque de matérias-primas, secundárias e produtos acabados. III - 100 (cem) UBAs, a empresa que: a ) deixar de atender a qualquer notificação da SIC, SEFAZ E SETRABES no prazo que for estipulado; 14

b ) deixar de apresentar o pedido de autorização previsto no artigo 17 desta Lei; c ) não cumprir as exigências de que tratam os incisos VII e VIII do art. 19 desta Lei; d ) recusar-se efetuar vendas para o comércio local, sob falso pretexto, e dar tratamento preferencial às vendas interestaduais. IV - 60 (sessenta) UBAs, a empresa que: a ) não enviar à SIC, as informações cadastrais e comunicações de que trata o art. 17 desta Lei; b ) deixar de manter placa alusiva à concessão do benefício fiscal local do empreendimento, conforme especificações contidas na legislação. 1º - No caso de reincidência de infração, no período de 12 (doze) meses, haverá um agravamento das penalidades, obedecendo às seguintes condições: a ) para as infrações penalizadas com 60 (sessenta) UBAs, aplicar-se-á 120 (cento e vinte) UBAs; b ) para as infrações penalizadas com 100 UBAs, apelidar-se-á a suspensão dos incentivos fiscais até a regularização. c ) para as infrações inicialmente penalizadas com a suspensão do incentivo fiscal, apelidar-se-á a pena de perda do benefício fiscal, com a anulação do ato concessivo respectivo. 2º - A penalidade em UBAs quando se tratar de micro e pequena empresa e as localizadas no interior do Estado terá redução de 50% (cinqüenta por cento). 3º - O regulamento desta Lei disporá sobre o procedimento e a competência para a aplicação das penalidades e a sistemática para a apresentação de defesa e recursos. CAPITULO V DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 35 - As empresas que satisfaçam as condições exigidas para a fruição do incentivo fiscal aqui previsto, deverão, no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da publicação do Decreto Regulamentador desta Lei, submeter à apreciação da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Turismo, requerimento para fins do seu enquadramento. Parágrafo Único - O enquadramento de que trata este artigo não prejudica o direito adquirido das empresas incentivadas na vigência das Leis anteriores, até o ano de 1997, findo o qual o nível de restituição será o estabelecido nesta Lei, para cada tipo de produto. 15

Art. 36 - Fica vedado às empresas que não exercerem opção pelo Sistema de Incentivos Fiscais instituído por essa Lei, dentro do prazo estabelecido no artigo 35, fazê-lo em data posterior. Parágrafo Único - Às empresas não optantes por esta Lei, não será permitida, sob qualquer hipótese, prorrogação do prazo de concessão do benefício, estabelecido no Ato Concessivo, conforme estabelece o artigo 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado. Art. 37 - A Legislação de Incentivos Fiscais poderá ser revista sempre que fato relevante de caráter econômico, social, tecnológico ou da defesa dos interesses do Estado indique a sua alteração, mantidos os princípios e diretrizes da Constituição do Estado. Art. 38 - Esta Lei será regulamentada no prazo de 60 (sessenta) dias da data de sua vigência. Parágrafo Único - As concessões serão avaliadas, sistematicamente, em períodos não superiores a três anos, tendo por parâmetros os princípios estabelecidos nesta Lei, nos artigos 8º e 212, parágrafo 1º da Constituição do Estado e nas condições previstas nos demais instrumentos legais e normativos, que disciplinarão a Política de Incentivos Fiscais. Art. 39 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas quaisquer disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL, em Parintins, 27 de maio de 2002. Enéas de Jesus Gonçalves Sobrinho Prefeito Municipal de Parintins 16