Estudo e Validação do Inibidor de Furto em Redes de BT

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Transcrição:

Estudo e Validação do Inibidor de Furto em Redes de BT Lael Ezer Junior, J. Vinicius Maciel, Elcio Deccache Resumo Perdas comerciais de energia é um dos assuntos de maior relevância para as distribuidoras de energia, pois afeta a principalmente a sustentabilidade do negócio. Apesar das iniciativas empreendidas pelas distribuidoras, percebe-se uma sofisticação cada vez maior nas fraudes e furtos realizados, tornando indispensável a busca por novas tecnologias que combatam o problema. O projeto Inibidor de Furtos é resultado deste incessante esforço. Consiste no uso de geradores de ruídos os quais são instalados nos terminais do secundário do transformador de distribuição, tornando assim a energia imprópria para uso até a entrada da medição dos consumidores, na qual, através de um processo de filtragem utilizando removedores de ruídos, a energia torna-se novamente adequada ao uso do consumidor. Como resultado, em áreas em que antes da utilização deste projeto apresentavam perdas da ordem de 40%, houve redução para aproximadamente 3,0%. Palavras-chave Redução de Perdas Comerciais; Combate ao Furto; Inibidor de Furtos; Novas Tecnologias; Gerador de Ruído. I. INTRODUÇÃO Perdas de energia é um assunto de primeira pauta para as distribuidoras de energia elétrica no Brasil, devido aos fortes impactos financeiros que elas provocam na operação das empresas distribuidoras de energia elétrica. Destacadamente nos últimos anos, as distribuidoras de e- nergia elétrica têm buscado novas tecnologias que possibilitem reduzir as perdas comerciais. O uso de sistema de medição concentrada combinado à rede no padrão DAT Distribuição Aérea Transversal, têm se constituído em uma das mais eficazes soluções utilizadas para este fim em redes de baixa tensão. Apesar dos incontestáveis resultados obtidos na Coelce e também na Ampla [1], esta tecnologia ainda apresenta-se, devido ao seu elevado custo, inviável em alguns segmentos de mercado. Nesse contexto, foi desenvolvido o inibidor de furtos, que elaborado inicialmente no ano de 2005 [2] através de uma parceria entre a empresa distribuidora de energia elétrica Ampla, pertencente ao grupo Endesa e a empresa Sosama Industrial e Mercantil Ltda. que desenvolveu o projeto através do programa de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) da ANEEL para empresas distribuidoras de energia elétrica. Já em sua primeira etapa, este projeto possibilitou a redução de 66% para 2,5% as perdas totais em sete circuitos do sistema de distribuição da Ampla [3]. Visando o aperfeiçoamento e a validação do projeto Inibidor de Furtos, a Coelce, empresa distribuidora de energia elétrica também pertencente ao grupo Endesa, liderou o P&D Estudo e Validação do Inibidor de Furtos em Redes de BT que contou com a participação das distribuidoras de energia elétrica Ampla e Cemar, além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará IFET-CE e da empresa Sosama. O Projeto Inibidor de Furtos é composto pelos seguintes equipamentos: Gerador de ruído, instalado junto aos terminais de baixa tensão do transformador de distribuição; Removedores de ruído, instalados junto à entrada dos medidores de energia dos clientes [3]. O gerador de ruídos introduz um ruído em corrente contínua, o que torna a energia imprópria para o consumo ao longo de toda a rede de BT até a chegada ao padrão de medição dos clientes, onde os removedores filtram tal ruído, tornando a energia entregue ao consumidor novamente adequada ao consumo. Junto ao removedor é instalado um dispositivo chamado proteção de retaguarda que desliga o consumidor em caso de falha no processo de filtragem do ruído, evitando que energia imprópria ao consumo seja entregue ao consumidor no caso de um eventual defeito do removedor de ruídos. A figura 1 mostra esquema de funcionamento do sistema. Este trabalho foi desenvolvido no âmbito do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica regulado pela ANEEL e consta dos Anais do VI Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (VI CITENEL), realizado em Fortaleza/CE, no período de 17 a 19 de agosto de 2011. Agradecimentos pelo apoio financeiro: Este trabalho foi financiado pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) ANEEL, com recursos COELCE, AMPLA e CEMAR. L. Ezer Junior trabalha na COELCE, na área de Novas tecnologias (www.lael.coelce.com.br). J. V. Maciel trabalha na COELCE, na área de Novas tecnologias combate as perdas (vmaciel@coelce.com.br). E. Deccache trabalha na empresa Sosama em desenvolvimento de produtos (deccache@sosama.com.br). Figura 1 Sistema Inibidor de Furtos Foram instalados, inicialmente, dois projetos pilotos com geradores de ruído e removedores de ruídos na área de concessão da Coelce: Em um circuito de baixa tensão em área urbana da cidade de Fortaleza com 79 consumidores e com perda de energia de aproximadamente 50%; um circuito da zona rural da cidade de Quixadá, com existência de plantio irrigado e redes de baixa tensão com cabo nu e situada na área interna a propriedades rurais, com incidência de furto

de energia para utilização de sistemas de irrigação com motores elétricos. Em ambos os projetos obteve-se uma expressiva redução das perdas com a utilização dos equipamentos. II. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA Na concepção inicial do projeto realizado na distribuidora de energia Ampla, obteve-se bons resultados no combate às perdas. Porém verificou-se a necessidade de aperfeiçoamentos em sua filosofia de funcionamento, adequação dos equipamentos a outras aplicações de campo bem como possibilitar sua utilização em outros níveis de tensão de rede secundária de distribuição. O projeto Inibidor de Furtos, que na Coelce foi intitulado de Energia Limpa, foi desenvolvido em 24 meses (dois anos) do seguinte modo: A. Primeiro Ano Na primeira experiência do projeto, realizado na empresa distribuidora de energia Ampla, os geradores de ruído eram somente monofásicos e o ruído por ele criado possuía tensão de 180 Vcc (Volt em Corrente Contínua), o que adicionado a tensão da rede de BT, conferiu ao equipamento uma alta eficiência [4], mas também poderia produzir como resultado a queima dos eletrodomésticos dos consumidores que se ligassem de forma clandestina à rede, sem utilizar os removedores de ruído juntamente com seus medidores. Os removedores de ruído utilizados possuíam capacidade de corrente de 40 A e a proteção de retaguarda, também usada em conjunto com os removedores de ruído, em caso de atuação, se danificavam e deveriam ser substituídas. Foram desenvolvidas pesquisas de laboratório e de campo que promoveram aperfeiçoamentos nos equipamentos e nas condições de instalação em campo. Todos os equipamentos (gerador de ruído, removedor de ruído e proteção de retaguarda) foram adequados para funcionamento em 380/220 V e 220/127 V. A.1 Aperfeiçoamentos do Gerador de Ruído Um dos aperfeiçoamentos realizados foi a construção de um gerador de ruídos trifásico, que pode ser visualizado na figura 2. Tal melhoria reduziu substancialmente a necessidade de espaço para instalação do equipamento nos postes, em relação aos três geradores monofásicos utilizados anteriormente, conforme mostrado na figura 3. Também foram feitas outras melhorias que criaram condições para futuros aperfeiçoamentos e automações no sistema, tais como a atuação em cargas polifásicas e a introdução de um sistema que possibilita comunicação remota. Outra modificação realizada foi quanto a utilização de uma maior inteligência embarcada, com um comando microprocessado contemplando a função de seqüenciador, permitindo a aplicação do ruído de forma individual e alternada em cada fase. O tempo de aplicação do ruído, bem como o intervalo de seqüenciamento em cada fase pode ser ajustado em função das necessidades de cada área em que se utilizem os equipamentos. Neste projeto, durante a pesquisa de laboratório foram realizados ensaios e estabelecidos valores mínimos para a tensão do ruído que mantivessem a eficiência do sistema. Tais valores foram estabelecidos em 84 Vcc para os sistemas em 380/220 V e em 48 Vcc para os sistemas em 220/127 V. Com tais valores, o ruído continua sendo eficaz para inibir o furto de energia e tem magnitude bastante reduzida em relação aos 180 Vcc inicialmente utilizados. Figura 2: Gerador de ruído Trifásico Com os aperfeiçoamentos introduzidos o gerador de ruído trifásico passou a atuar de forma eficiente e com menor valor de ruído. Estes aperfeiçoamentos realizados possibilitam a utilização de novas funcionalidades devido ao menor volume da caixa que abriga o gerador de ruídos e devido ao sistema embarcado possuir microprocessamento. Figura 3: Gerador de ruídos instalado A.2 Aperfeiçoamentos dos Removedores de Ruídos Os removedores de ruídos funcionam basicamente como elementos que realizam de forma total a filtragem do ruído que é gerado e introduzido na rede de baixa tensão, e têm a

finalidade de tornar a energia novamente adequada para uso dos consumidores. Novos padrões de fabricação para os removedores foram desenvolvidos visando adequá-los aos valores de tensão e corrente das diferentes concessionárias. A figura 4 mostra o removedor de ruídos 15 A, adequado para uso em clientes monofásicos com pequenas cargas em rede em 380/220 V. A figura 5 mostra o removedor de ruído 30 A, desenvolvido para clientes com perfil de consumo intermediário. A figura 6 mostra o removedor de ruídos desenvolvido especialmente para uso no sistema de Iluminação Pública. A.3 Aperfeiçoamento das Proteções de Retaguarda A nova proteção de retaguarda desenvolvida, além da função de proteção, passou a ter também a nova função de carregamento dos elementos capacitivos dos removedores de ruídos. Assim, ao acionar o gerador de ruídos, é necessário ter ligada uma carga que carregue os elementos capacitivos dos removedores. Como não podemos ter a certeza de que a carga do cliente estará ligada, e se ligada será suficiente para carregar os elementos capacitivos dos removedores, a proteção de retaguarda possui uma pequena carga que é ligada juntamente com o gerador de ruídos até que os elementos capacitivos estejam carregados, se desligando a seguir. O consumo desta carga é desprezível, da ordem de 1 W operando por cerca de 10 segundos. As proteções de retaguarda, com as melhorias realizadas, passaram a incorporar tecnologia microprocessada e uso de relé biestável, deixando de ser descartável como ocorria com o primeiro protótipo da proteção, quando ocorria sua atuação. A maior inteligência embarcada passou a permitir que novas funções possam ser desenvolvidas futuramente para a proteção de retaguarda, como a supervisão da caixa do medidor e a possibilidade de corte e religação remotos. A figura 7 mostra a proteção de retaguarda 40 A. Figura 4: Removedor de ruído 15 A Figura 7: Proteção de retaguarda 40 A. Figura 5: Removedor de ruído 15 A Figura 6: Removedor de ruído para IP. A figura 8 mostra os padrões de entrada dos clientes do piloto do projeto realizado em um circuito urbano da cidade de Fortaleza, em que foram utilizadas caixas do tipo travada, no interior das quais, foram instalados, além do medidor de energia, o removedor de ruído e a proteção de retaguarda. A.4 - As aplicações em campo Uma das necessidades imediatas demandadas pela Coelce foi a instalação do projeto em áreas com ocorrências de furto na rede da baixa tensão. Foi selecionado um circuito de baixa tensão na cidade de Fortaleza, com 74 consumidores, muitos dos quais clandestinos e furtando energia diretamente da rede de baixa tensão. O resultado, conforme pode ser verificado no gráfico 1, foi a redução de perdas de energia de 49% para 2,7% após a implantação do projeto. As áreas em zonas rurais com presença de cultura agrícola

foi outra necessidade identificada pela Coelce para implantação do projeto. Nestas áreas existem várias culturas agrícolas com sistemas de irrigação e as redes de distribuição de BT atravessam as propriedades dos consumidores, conforme pode ser verificado na figura 9, o que as torna vulneráveis a ações fraudulentas, principalmente com uso de garras ou ganchos diretamente na rede distribuição para alimentar os sistemas de bombeamento. As ações tradicionais para este tipo de situação são por vezes de elevado custo, como a remoção da rede da área interna a propriedade e tecnicamente difíceis de ser identificadas, pois o acesso a área interna das propriedades não é em muitos casos permitido. Como tais consumidores utilizam bombas de irrigação trifásicas com potências da ordem de 10 CV (Cavalo Vapor), o projeto do Inibidor de Furto teve de ser adequado a estas condições. O gráfico 2, mostra o histórico de consumo de um cliente rural irrigante antes e após a instalação do sistema do Inibidor de furtos em seu circuito de baixa tensão. Comparandose os consumos em dois períodos iguais, antes e após a instalação do projeto respectivamente, observa-se que o consumo aumentou mais de cinco vezes Gráfico 2: Ganho de energia com o inibidor de furtos em cliente rural irrigante Como resultado houve redução de aproximadamente 39% de perdas deste circuito, após a implantação do projeto, conforme pode ser verificado no gráfico 3. Figura 8: Padrão de entrada dos clientes com caixa travada Gráfico 3: Redução de perdas em circuito de zona rural irrigante Gráfico 1: Redução de perdas em circuito de área urbana Figura 9: Rede de distribuição em áreas rurais irrigantes B. Segundo ano Para o segundo ano foram introduzidos aperfeiçoamentos nos equipamentos, especialmente visando a adequação para facilitar sua instalação em campo. B.1 Aperfeiçoamentos do Gerador de Ruído No gerador de ruído as conexões de ligação passaram a ser com uso de barramento, no lugar de cabos, usando também terminais, no lugar de conectores tipo SAK. Com a redução do volume da caixa do gerador, foi possível que esta também abrigasse os transformadores de corrente, para a medição indireta do circuito de baixa tensão do transformador. Sinalizadores na cores verde, amarelo e vermelho foram incorporados à caixa do gerador de ruídos para realizar a indicação de presença de ruído e a respectiva fase da rede em que está inserido esse ruído.

Foi instalado também um disjuntor localizado na parte inferior da caixa do gerador de ruídos, de forma a permitir o desligamento apenas do sistema que gera o ruído, em caso de necessidade, sem que seja necessária a abertura da caixa do gerador. A figura 10 mostra o gerador de ruído com as modificações realizadas. B.2 Aperfeiçoamentos do Removedor de Ruído Os removedores de ruído passaram a ter etiquetas de identificação com os dados da concessionária, inclusive numeração seqüencial, tal como ocorre como medidores. Os removedores de IP tiveram o tamanho reduzido para facilitar sua instalação. As figuras 11 e 12 mostram os removedores de ruído com as modificações introduzidas no segundo ano de desenvolvimento do projeto. acondicionamento. Figura 12: Removedor para iluminação pública As proteções de retaguarda também ganharam, uma nova referência de tensão, através do fio vermelho, o que melhora sua atuação nas etapas de carga e descarga do removedor de ruído. A figura 13 mostra a proteção de retaguarda com as adequações que foram realizadas. Figura 10: Gerador de Ruídos com aperfeiçoamentos introduzidos Figura 13: Proteção de Retaguarda do segundo ano Figura 11: Removedor 15 A com as modificações do segundo ano B.3 Aperfeiçoamentos da Proteção de Retaguarda As proteções de retaguarda ganharam novas etiquetas com os dados da concessionária, assim como ocorreu com os removedores de ruído, e sofreram mudanças internas que permitirão futuras reduções no tamanho do invólucro de B.4 As aplicações de campo Os equipamentos com as melhorias realizadas no segundo ano do projeto foram instalados em dois circuitos com clientes residenciais no bairro de Iparana, no município de Caucaia que pertence à região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, sendo um circuito com 43 consumidores e o outro circuito com 120 consumidores, ambos com perdas superiores a 50%. Estes consumidores são de região urbana com perfil de baixo consumo, situação bastante típica de bairros mais distantes do centro de Fortaleza e de sua região metropolitana, sendo, portanto, uma amostra representativa de uma base instalada que permitirá a utilização em escala do Inibidor de Furto em sistemas 380/220 V. As instalações deste segundo ano do projeto, além de permitirem adequações do Inibidor de Furto a redes de baixa tensão em 380/220 V e em 220/127 V, permitiram também a

identificação de necessidades de ajustes no projeto para que o mesmo se torne mais aplicável a determinadas regiões e consumidores e o estabelecimento de novos padrões de fabricação dos equipamentos do Inibidor de Furto. B.4.1 - Submissão à Base Operacional Ampliada A aplicação do projeto em uma base operacional, ou seja, a aplicação em maior escala em campo permitiu a identificação de outras aplicações para o projeto Inibidor de Furto. As principais são: A. Consumidores Irrigantes De acordo com o informado anteriormente, há áreas rurais do interior do Ceará em que existem várias culturas agrícolas com sistemas de irrigação, em que as redes de distribuição de BT atravessam o interior das propriedades dos consumidores, o que as tornam vulneráveis à ação do furto de energia. Como tais consumidores operam bombas de irrigação com potências da ordem de 10 CV, desenvolveu-se um Inibidor de Furto que, ao invés de travar o funcionamento da bomba, provoque o desligamento momentâneo do trecho do circuito em que está ocorrendo o furto de energia. Para este caso o ruído utilizado é de 12 Vcc, o que não impede o uso da energia, porém, em caso de consumo do ruído, o que ocorre quando há furto, a inteligência embarcada no gerador de ruído desliga o circuito através de relés biestáveis. O removedor de ruído instalado junto ao medidor de consumo garante que o consumo da energia medida não provoque consumo do ruído e conseqüentemente não desligue o trecho do circuito em que está havendo o furto de e- nergia. B. Consumidores de Baixa Renda Na área de concessão da COELCE, foi verificada a existência de muitos circuitos com maior concentração de consumidores com baixa demanda máxima de energia. Em decorrência disto, foi desenvolvida uma instalação com removedores de ruídos mais econômicos e utilizando maior número de consumidores por gerador de ruído, o que possibilitou a redução do custo por consumidor do sistema, viabilizando a utilização do inibidor de furto em localidades onde o consumo de energia elétrica por consumidor é baixo e a quantidade de furtos é elevada. Foram estabelecidos padrões para fabricação seriada voltados para rede de distribuição secundária em 380/220 V e para 220/127 V, que são: Para Sistemas 380/220 V 15 A, 30 A e IP monofásico Para Sistemas 220/127 V 40 A e IP bifásico B.4.2.3. Da proteção de retaguarda Foi estabelecido o padrão de fabricação, tanto para rede de distribuição secundária em 380/220 V e como também para 220/127 V, com corrente nominal de 40 A em função da capacidade de corte do relé biestável. III. CONCLUSÕES Os estudos e as pesquisas de laboratório realizadas levaram a importantes aperfeiçoamentos do projeto Inibidor de Furtos, comparados ao desenvolvimento original do projeto, em especial com o maior uso de inteligência embarcada adicionada ao gerador de ruído e ao dispositivo de proteção de retaguarda, bem como a utilização de um gerador de ruídos trifásico no lugar do conjunto de três geradores monofásicos. Tais aperfeiçoamentos agregaram outras vantagens e mais versatilidade em relação ao projeto inicial nos seguintes quesitos: A. Quanto à eficiência A intensidade do ruído gerado foi reduzida a um patamar que o tornasse suficiente apenas para coibir o uso clandestino de energia, porém sem causar danos aos eletrodomésticos dos clientes que tentassem praticar o furto de energia diretamente da rede de baixa tensão sem a utilização da medição de energia elétrica. No primeiro projeto do Inibidor de Furto, executado na empresa de distribuição de energia elétrica Ampla, que possui área concessão em parte do Estado do Rio de Janeiro, foram instalados equipamentos em sete circuitos das cidades de Niterói, São Gonçalo (dois circuitos), Itaboraí, Magé, Petrópolis e Duque de Caxias, que apresentavam, antes do projeto, perdas médias de 66% e reduziram as perdas a um patamar de 2,5%, conforme mostrado no gráfico 3. B.4.2 - Estabelecimento de Padrões de Fabricação B.4.2.1. Do gerador Foram estabelecidos padrões para fabricação seriada voltados para rede de distribuição secundária em 380/220 V e para 220/127 V, que são: Para Sistemas 380/220 V 90, 120 e 150 A Para Sistemas 220/127 V 140, 180 e 220 A B.4.2.2. Do removedor Gráfico 3: Redução das perdas na empresa distribuidora Ampla Conforme podemos verificar no gráfico 1, as instalações

de campo do atual projeto, em circunstancias idênticas àquelas do primeiro projeto, com circuito de consumidores que apresentavam perda média de 49%, as perdas foram reduzidas a ordem de 2,7%, o que demonstra a manutenção da eficiência do Inibidor de Furto após a realização dos aperfeiçoamentos, inclusive com a redução intensidade da tensão do ruído com a conseqüente redução de possíveis danos em caso de uso de ligações diretas na rede, sem a utilização dos removedores de ruídos e proteção de retaguarda. Importante ressaltar que nas perdas acima citadas estão inclusas as perdas técnicas, que são da ordem de grandeza das perdas apresentadas após a instalação do Inibidor de Furto, ou seja, 2,5% na Ampla e 2,7% na Coelce. Os testes realizados em campo demonstraram a alta eficiência do inibidor de furtos em diferentes aplicações, em que outras soluções não se mostraram viáveis ou adequadas, sejam por razões técnicas, sejam por questões financeiras. A redução de perdas obtida tanto no piloto instalado em área urbana quanto na área rural irrigante demonstram que o inibidor de furtos se constitui em uma excelente alternativa para o combate às perdas comerciais em circuitos de BT. C. Quanto à praticidade de instalação A redução das dimensões físicas dos equipamentos, em especial o desenvolvimento do gerador de ruídos trifásico em substituição aos três geradores monofásicos, contribuiu para a maior praticidade e facilidade na sua instalação, bem como na redução do espaço físico de ocupação dos postes em relação ao projeto inicial. Figura 14: Três geradores monofásicos instalados na Ampla A figura 14 mostra uma instalação na rede da Ampla, relativa ao primeiro projeto, com três geradores monofásicos. A comparação desta instalação com a mostrada na figura 15 exemplifica o ganho com a redução de espaço físico necessário e com a praticidade na instalação que foi obtida no na segunda etapa do projeto de P&D. Figura 15: Gerador Trifásicos instalado na Coelce D. Quanto à facilidade de fabricação Com a definição de padrões de fabricação para os equipamentos do projeto, que surgiram a partir das necessidades identificadas à partir de sua utilização em campo, foi possível uniformizar os componentes empregados permitindo uma menor necessidade de diferentes itens para o estoque quando da produção. Com a padronização dos equipamentos para utilização do Inibidor de Furto nos dois tipos de tensão de rede de baixa tensão encontrados nas diversas distribuidoras de energia do Brasil, 380/220 V e 220/127 V, pode-se uniformizar os processos produtivos com ganhos de produtividade e no prazo de fabricação. Este projeto, em seu primeiro ano, teve apresentação presencial no Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2008, realizado em Olinda-PE em outubro de 2008. O projeto, após a implantação das melhorias descritas, foi novamente apresentado presencialmente no Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica - SENDI 2010, realizado em São Paulo entre os dias 22 e 25 de novembro de 2010, no qual recebeu o prêmio de melhor projeto de combate a perdas não técnicas entre todos aqueles trabalhos apresentados, dentro do tema de perdas não técnicas do evento em 2010. A Coelce e a Sosama continuam realizando novas pesquisas e aperfeiçoamentos do equipamento, inclusive com a produção de novas unidades do equipamento e aplicação em maior escala em campo para novos testes, porém os resultados até aqui alcançados demonstram todo o potencial deste projeto em áreas de grande concentração de furtos na rede de baixa tensão. Este projeto constitui-se ainda em uma das alternativas de menor custo de aplicação, pois não necessita da realização de modificações na topologia da rede de distribuição. Como próximos passos do projeto, deverá ser produzido um lote pioneiro do Inibidor de Furto, envolvendo também outras empresas concessionárias de distribuição de energia elétrica que já demonstraram seu interesse em participar do projeto e incorporando novas funcionalidades dentro de conceito de Smart Metering e de Smart Grids. Entre as novas funcionalidades vislumbradas, estão a incorporação de sistema de corte e religação remoto e também a comunicação entre os removedores e proteções de retaguarda com os respectivos medidores de energia elétrica. Estão previstos ainda a realização de outros testes em a-

plicações mais específicas da Coelce, tal como em grandes condomínios de conjuntos habitacionais com clientes com perfil de consumo mais baixo, que possuem medições em padrões de medição agrupadas, antigas e com vulnerabilidades ao acesso de pessoas não autorizadas. IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Periódicos: [1] C. Schüffner, Ampla muda jeito de atuar para reduzir perdas no RJ, in Jornal Valor Econômico, Empresas & Tecnologia, p B1, 08.09.2006 [2] L. Ezer Junior, J. V.Maciel., E. Deccache, Aplicação prática do Inibidor de Furto em Redes de Baixa Tensão, in Revista Eletricidade Moderna. Artigos em Anais de Conferências (Publicados): [3] L. Ezer Junior, J. V. Maciel, E. Deccache, Estudo e Validação do Inibidor de Furto em Redes de B.T., in anais do SENDI 2010 disponível em www.sendi.org.br [4] E. Deccache, A. Barreto, Estudo e Validação do Inibidor de Furto em Redes de BT, in anais do SENDI 2006, disponível em www.sendi.org.br