PROJETO DE LEI N.º DE 2004 (Do Sr.Carlos Nader)

Documentos relacionados
CÂMARA MUNICIPAL DE APIACÁS ESTADO DE MATO GROSSO

Dedução da Receita para formação do FUNDEB R$ ,00 (Vinte e quatro milhões, vinte mil e seiscentos e sessenta e dois reais).

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

DECRETO Nº , DE 13 DE MARÇO DE

IV - a evolução do consumo nacional de combustíveis e das importações;

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 121, DE 2016

LEI Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2011

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. 3º Oficina IEI Brasil - Geração Distribuída Renovável, Eficiência Energética e o Consumidor Final

LEI Nº0154/97 CRIA O FUNDO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

CAPÍTULO I DO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - PMCMV

LEI COMPLEMENTAR Nº 599, DE 31 DE JULHO DE 2017.

PROJETO DE LEI Nº /2017

PROJETO DE LEI Nº 300, DE

PROJETO DE LEI Nº 40/2017 CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II. DO ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL Seção I Da Estimativa da Receita

Decreto Nº , de 3 de julho de 1998

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 815, DE 30 DE JULHO DE 1996

LEI N o /2017. Estima a receita e fixa a despesa do Município de Uberaba para o Exercício de 2018 e dá outras providências.

CONSELHO CURADOR DO FUNDO DE GARANTIA DO TEMPO DE SERVIÇO RESOLUÇÃO Nº 836, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2017 Dá nova redação à Resolução nº 702, de 4 de

CAPÍTULO I DO PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - PMCMV

Faço saber que a CÂMARA MUNICIPAL DE BELÉM estatui e eu sanciono a seguinte Lei:

GABINETE VEREADOR ALIPIO RODRIGUES EXIMO. SENHOR PRESIDENTE DA CAIVIARA MUNICIPAL DE FORTALEZA:

PROJETO DE LEI Nº, DE (Do Sr. Homero Pereira) O Congresso Nacional decreta:

Avenida Brasil, 723 Jardim América- Santa Maria da Vitória - Bahia - CEP CNPJ n.º / LEI Nº.1043 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2017

Lei nº 8.723, de 28 de outubro de (Publicação - Diário Oficial da União - 29/10/1993) (Republicação - Diário Oficial da União - 01/11/1993)

ESTADO DA PARAÍBA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA PARAÍBA GABINETE DO DEPUTADO ESTADUAL FREI ANASTÁCIO RIBEIRO - PT/PB PROJETO DE LEI N SS672012

Estado do Rio Grande do Sul MUNICÍPIO DE ARATIBA CNPJ / Rua Luis Loeser, 287 Centro Fone: (54) CEP ARATIBA RS

PROJETO DE LEI Nº, DE 2004 (Do Sr. Edson Duarte)

RESOLUÇÃO CRCRJ Nº 487, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2017.

ANEXO I MINUTA DE PORTARIA

MUNICÍPIO DE JARINU PREFEITURA MUNICIPAL

Art. 1º. É inserido o seguinte parágrafo único no art. 193 da Constituição Federal:

Alternativas de financiamento para a energia solar fotovoltaica no Brasil

Lei Nº , de 12 de Janeiro de 2.000

PROVA DISCURSIVA P 4

LEI N , DE 25 DE AGOSTO DE 2011

LEI Nº 9.506, DE 30 DE OUTUBRO DE Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I Seção Única Da Abrangência

I O atendimento á saúde universalizado, integral, regionalizado e hierarquizado; SEÇÃO II DA VINCULAÇÃO DO FUNDO.

Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos

PROJETO DE LEI Nº DE DE 2015.

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 262, DE 2018

(Do Sr. Rubens Otoni) O Congresso Nacional decreta:

I - promoção do desenvolvimento estadual sustentável, com valorização da inovação e da diversidade cultural da comunidade sul-mato-grossense;

LEI 1575/2017. A Câmara Municipal de Pinhalão, Estado do Paraná, aprovou e eu, Sergio Inácio Rodrigues, Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei:

ESTADO DO PIAUÍ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FRANCISCO DO PIAUÍ GABINETE DO PREFEITO

PROJETO DE LEI N 022/2017.

DECRETO DE 21 DE JULHO DE 2008 (DOU 22/07/2008)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2007 (Da Sra. Rita Camata)

PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 97, DE 30 DE MARÇO DE 2016

Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

(publicada no Minas Gerais em 20 de fevereiro de 2002)

PROJETO DE LEI Nº 1.618, DE Autor: Deputado MAURO PASSOS

LEI 1485/2016. O PREFEITO MUNICIPAL, no uso de suas atribuições legais, apresenta o seguinte Projeto de Lei:

Cria a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária

REDAÇÃO FINAL MEDIDA PROVISÓRIA Nº 501-D, DE 2010 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 15 DE 2010

Seminário Brasil-Alemanha de Eficiência Energética. A escassez de água no Brasil e o impacto na geração de energia

O que é uma Energia Renovável?

Energia solar na habitação. Morenno de Macedo Gerente Executivo GN Sustentabilidade e RSA

VIII FÓRUM CAPIXABA DE ENERGIA Planejamento Energético Brasileiro: Perspectivas e Oportunidades

DECRETO Nº 9.864, DE 27 DE JUNHO DE 2019 Publ.: DOU de 28/06/19

TÍTULO I Do Conselho Federal de Informática

LEI N.º DE 04 DE JUNHO DE 2004 * O GOVERNADOR DO ESTADO DE SERGIPE, Faço saber que a Assembléia Legislativa do estado aprovou e que sanciono a

Altera a Lei nº 8.248, 23 de outubro de 1991, e a Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, e dá outras providências.

PROJETO DE LEI Nº 47/2016 Poder Executivo

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015

LEI Nº 4.595, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1964

Regulamenta a Lei nº , de 9 de dezembro de 2009, que cria o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima - FNMC, e dá outras providências.

Márlon Alberto Bentlin

PROJETO DE LEI Nº. 051 DE 13 DE NOVEMBRO DE GABINETE DO PREFEITO

RESOLUÇÃO BACEN Nº 3.884, DE 22 DE JULHO DE 2010 DOU Dispõe sobre ajustes nas normas de crédito rural a partir da safra 2010/2011.

RESOLUÇÃO N o 49, DE 21 DE MARÇO DE 2005 (a publicar)

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Dispõe sobre o Orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço FGTS, para o exercício de 2017, e dá outras providências.

Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:

GOVERNO DE SERGIPE DECRETO Nº DE 11 DE OUTUBRO DE

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA. PROJETO DE LEI N o 849, DE 2011 I - RELATÓRIO

Mensagem A nº 30 /2016, do Senhor Governador do Estado

Lei do Estado de Pernambuco nº , de

LEI Nº 074/2014 A CÂMARA MUNICIPAL DE CRUZEIRO DO OESTE, ESTADO DO PARANÁ, APROVOU E EU, PREFEITO MUNICIPAL, SANCIONO A SEGUINTE LEI:

PREFEITURA MUNICIPAL DE BAIXA GRANDE

A Organização do Município e de seus Poderes

Art. 3º Serão considerados como objetivos da Política Municipal de Fomento à Economia Popular e Solidária:

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 47, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2017 (D.O.U. 26/12/2017)

Edição Número 51 de 16/03/2004. Autoriza a criação da Empresa de Pesquisa Energética - EPE e dá outras providências.

RESOLUÇÃO Nº 4.000, DE 25 DE AGOSTO DE 2011

Encontro de negócios da construção pesada. Apresentação: Organização:

LEI Nº 4748 DE 18 DE DEZEMBRO DE 2013

Lei n , de 24 de novembro de 1995

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITABUNA

LEI N 3.994, DE 18 DE MARÇO DE 2014.

L E I Nº 2.185, de 18 de janeiro de 2011

Câmara Municipal de São Carlos Rua 7 de Setembro, Centro - CEP São Carlos - SP

Circular nº 704, de 30 de dezembro de 2015

Práticas de controle e fiscalização da CFEM

JUSTIFICATIVA AO PROJETO DE LEI Nº 12/2009. Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Piatã Excelentíssimos Senhores Vereadores,

A bioeletricidade no setor sucroenergético

Lei Municipal N.º 968/2005, de 02 de dezembro de 2005

RESOLUÇÃO N o 41, DE 02 DE JULHO DE 2004 (Publicada no DOU em 19/11/2004)

PROJETO DE LEI. a) nos códigos , 25.15, 42.02, a 50.07, a 51.13, a 52.12, a

Transcrição:

PROJETO DE LEI N.º DE 2004 (Do Sr.Carlos Nader) Cria o Programa de Incentivos a Energias Renováveis, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art.1º Fica criado o Programa de Incentivos a Energias Renováveis PIER, visando a promover o desenvolvimento das energias termossolar, fotovoltaica e eólica, com os seguintes objetivos: I - fotovoltaica e eólica; estimular a produção das energias termossolar, II - incentivar a utilização das energias fotovoltaica e eólica em sistemas isolados de pequeno porte; III - incentivar a utilização da energia termossolar em aquecimento d água para reduzir o consumo de eletricidade. com: Art.2º Para a consecução de seus objetivos, o PIER contará

destinados; I - recursos orçamentários a serem especificamente II - recursos de empréstimos a serem obtidos junto a agências nacionais e internacionais de fomento; III - recursos provenientes da alienação de empresas de energia elétrica sob controle acionário, direto ou indireto, da União, ou de ativos patrimoniais das mesmas, no montante de 10% (dez por cento) do apurado em cada parcela; IV - recursos provenientes do retorno das aplicações feitas sob a forma de empréstimos. Art.3º A gestão das aplicações dos recursos do PIER, em conformidade com esta lei, será feita pelo Conselho Diretor, que será composto por: I - 12 (doze) membros, sendo 6(seis) indicados pelo Poder Executivo, das áreas de Ciência e Tecnologia, de Meio Ambiente, de Energia Elétrica, de Indústria e Comércio, de Assuntos Estratégicos e de Habitações Populares; 6(seis) Representantes da Sociedade, indicados por entidades representativas dos segmentos interessados: de Proteção Ambiental, de Promoção do Desenvolvimento Científico e Tecnológico, dos Concessionários privados de Energia Elétrica, dos Fabricantes de Equipamentos de Energia Solar, dos Fabricantes de Equipamentos de Energia Eólica e das Empresas de Construção Civil.

Parágrafo Único - O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 30(trinta) dias da publicação desta Lei, o funcionamento do Conselho Diretor do PIER, cujos membros terão mandatos de 3(três) anos, sem recondução. Art.4º A destinação dos recursos far-se-á de acordo com a seguinte distribuição percentual: I - 25% (vinte por cento) para programas de pesquisa, desenvolvimento e demonstração de uso de energias termossolar, fotovoltaica e eólica; II - 25% (vinte e cinco por cento) para projetos de energias fotovoltaica e eólica destinados a sistemas isolados de pequeno porte; III - 30% (trinta por cento) para projetos de energia termossolar destinados ao aquecimento d água em habitações populares; IV - 15% (quinze por cento) para projetos de energias termossolar, fotovoltaica e eólica a ser desenvolvidos por cooperativas de produtores ou usuários, em área rural; V - 10% (dez por cento) para o Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municípios PRODEEM. 1º As aplicações enquadradas no inciso I do caput são destinadas a entidades de pesquisa, privadas ou governamentais, independentes ou vinculadas a instituições de ensino ou fabricantes de equipamentos, e podem ser classificadas em dois tipos:

a) empréstimos reembolsáveis, a juros baixos e prazos longos, sem ou com carência para início de pagamento; b) operações a fundo perdido, dada a grande relevância do trabalho desenvolvido para o interesse nacional e sua inviabilidade de oferecer condições de retorno imediato. 2º As aplicações do inciso II destinam-se a empresas concessionárias ou autoprodutores de energia elétrica, como empréstimos reembolsáveis a juros baixos e prazos longos, sem ou com carência para início de pagamento. 3º As aplicações classificadas no inciso III são dirigidas para cooperativas habitacionais ou empresas construtoras de habitações destinadas à população de baixa renda, sendo disponíveis na modalidade de empréstimo reembolsável a juros baixos e prazos longos, sem ou com carência para início de pagamento. 4º As aplicações consideradas no inciso IV dirigem-se a cooperativas de produtores ou usuários de energia termossolar, fotovoltaica ou eólica, localizadas em área rural, sendo possíveis como empréstimos reembolsáveis a juros baixos e prazos longos, sem ou com carência para início de pagamento. 5º As aplicações previstas no inciso V são operações a fundo perdido, consideradas doações ao PRODEEM.

6º Nas aplicações que envolvam fornecimento de materiais ou equipamentos relativos à energia solar ou eólica, será exigida a observância das normas técnicas adequadas e dos padrões de qualidade dos produtos que deverão ser certificados pelos órgãos competentes. Art.5º O Conselho Diretor fica obrigado a divulgar de maneira ampla e completa, mensalmente, suas decisões das aplicações solicitadas. Art.6º O PIER constitui-se em fundo de natureza contábil, tendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, como agente financeiro. Art.7º A regulamentação das aplicações do fundo será realizada pelo primeiro Conselho Diretor empossado, com o apoio técnico do BNDES, dentro de 60(sessenta) dias da publicação desta Lei. Art.8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art.9º Revogam-se todas as disposições em contrário. JUSTIFICATIVA O presente Projeto de Lei, que ora submetemos para apreciação de Vossas Excelências, pretende criar um sistema de incentivos econômicos para pesquisa, desenvolvimento e produção de fontes de energia alternativas e renováveis, como a solar, eólica, de fotovoltaica.

Entre outros aspectos, o programa procura, ainda, estabelecer normas para assegurar a distribuição e comercialização da energia produzida. O espírito do projeto é a valorização da opção solar, visto que nosso País dispõe de clima propicio e adequado, permitindo mais de 2.500 horas de sol por ano, requisito mínimo para o emprego econômico da energia solar. As tecnologias de exploração da energia renovável são tidas cada vez mais em consideração na promoção de um desenvolvimento sustentável na Europa. Estas tecnologias suscitam um interesse cada vez maior não só devido às vantagens ecológicas e sociais que oferecem, mas também porque os seus custos estão a diminuir. Uma fonte de energia renovável com potencial de exploração constitui um ponto forte. Consoante o território, essa fonte de energia renovável pode oferecer as seguintes vantagens: Exploração dos recursos locais de forma que contribua para melhorar a situação econômica, exportando energia ou diminuindo os abastecimentos externos; Criação de empregos qualificados; Diminuição da carga sobre o ambiente, nomeadamente através da redução das emissões de gás carbônico (CO2), principal responsável pelo efeito de estufa, e de dióxido de enxofre, principal responsável pelas chuvas ácidas. Busca-se minimizar o impacto ambiental, a redução dos desequilíbrios regionais e o acesso de milhões de brasileiros, excluídos até

agora do desenvolvimento, a formas adequadas de energia. Estimula-se, também, a valorização da qualidade no suprimento de produtos e serviços. A presente iniciativa foi apresentada anteriormente pelo nobre Deputado José Carlos Coutinho, que infelizmente não pode ser apreciada pela Casa, em virtude de seu arquivamento de acordo com o art. 105 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Mas diante de tão preciosa proposição, reapresentamos com o consentimento do nobre Deputado supracitado, para que a Casa possa abrir discutir sobre a presente proposição. Sala das Sessões, em de de 2004. Deputado Carlos Nader PFL-RJ