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DATA: Quinta-feira, 18 de Novembro de 1993 NÚMERO: 270/93 SÉRIE I-A EMISSOR: Ministério da Indústria e Energia DIPLOMA / ACTO: Decreto-Lei n.º 383/93 SUMÁRIO: Estabelece os requisitos a que devem obedecer o fabrico, a comercialização e a colocação em serviço dos instrumentos de pesagem de funcionamento não automático transpondo para o direito interno a Directiva n.º 90/384/CEE, de 20 de Junho. ALTERAÇÕES: Decreto-Lei n.º 139/95, de 14 de Junho, altera os artigos 2.º, 3.º, 5.º, 6.º e 10.º a 12.º e adita os artigos 3.º-A e 4.º-A ao Decreto-Lei n.º 383/93, de 18 de Novembro. Decreto-Lei n.º 374/98, de 24 de Novembro, altera o artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 383/93, de 18 de Novembro. TEXTO INTEGRAL Os instrumentos de pesagem de funcionamento não automático devem assegurar aos seus utilizadores e ao público em geral que as operações de pesagem por eles efectuadas conduzam a resultados correctos. O presente diploma pretende estabelecer os requisitos imperativos e essenciais a que devem obedecer o fabrico, a comercialização e a colocação em serviço dos instrumentos de pesagem de funcionamento não automático, transpondo-se para o direito interno a Directiva n.º 90/384/CEE, do Conselho, de 20 de Junho. Deverá também ter-se presente que para satisfazer os requisitos exigidos por esta directiva há que recorrer ao disposto no Decreto-Lei n.º 165/83, de 27 de Abril, relativo ao Sistema Nacional de Gestão da Qualidade, através, designadamente, da aplicação das metodologias de reconhecimento dos organismos de certificação, assim se assegurando o nível de protecção alcançado pela maioria dos Estados membros. Assim, nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 201.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 1.º Objecto O presente diploma transpõe para o direito interno a Directiva n.º 90/384/CEE, do Conselho, de 20 de Junho, relativa à harmonização das legislações dos Estados membros respeitantes a instrumentos de pesagem de funcionamento não automático. Artigo 2.º Âmbito de aplicação 1 - O presente diploma aplica-se a todos os instrumentos de pesagem de funcionamento não automático, adiante designados «instrumentos».

2 - Por instrumentos de pesagem de funcionamento não automático entende-se um instrumento de medida que, com intervenção de um operador no decurso da pesagem, serve para determinar: a) A massa de um corpo utilizando a acção da gravidade sobre esse corpo; b) Outras grandezas, quantidades, parâmetros ou características ligados à massa. 3 - Para efeitos do presente diploma, devem distinguir-se os seguintes domínios de utilização dos instrumentos: a) Transacções comerciais; cálculo de portagens, tarifas, impostos, prémios, multas, coimas, remunerações, subsídios, taxas ou tipo similar de pagamentos; determinações constantes de disposições legais ou regulamentares; realização de peritagens judiciais; prática clínica, pesagem de doentes, por motivo de controlo, diagnóstico e tratamento clínico; fabricação de medicamentos por receita em farmácia; realização de análises em laboratórios clínicos e farmacêuticos; determinação do preço de venda directa ao público; fabrico de pré-embalagens; b) Domínios de utilização não referidos na alínea anterior. Artigo 3.º Regulamentação técnica 1 - As regras técnicas relativas aos requisitos essenciais dos instrumentos utilizados nos domínios referidos na alínea a) do n.º 3 do artigo anterior, bem como os procedimentos que permitem atestar a sua conformidade, marcação CE e inscrições, são objecto de portaria do Ministro da Indústria e Energia, só podendo ser colocados no mercado e em serviço os instrumentos que observem tais requisitos. 2 - As regras técnicas relativas aos requisitos essenciais não se aplicam a dispositivos não utilizados nos domínios previstos na alínea a) do n.º 3 do artigo anterior, contidos ou ligados aos instrumentos a que se refere o presente diploma. Artigo 3.º-A Colocação em serviço Só podem ser colocados em serviço, para efeitos da alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º, os instrumentos que obedeçam às disposições deste diploma, incluindo os procedimentos de comprovação da conformidade previstos na portaria a que se refere o artigo 3.º e que, por esse motivo, estejam munidos da marcação CE. Artigo 4.º Presunção de conformidade Os instrumentos que obedeçam às normas nacionais que adoptarem normas harmonizadas presumem-se conformes com as exigências estabelecidas no presente diploma.

Artigo 4.º-A Avaliação da conformidade 1 - A conformidade dos instrumentos com os requisitos essenciais a que se refere o artigo 3.º pode ser certificada por um dos seguintes procedimentos, à escolha do fabricante ou do seu mandatário estabelecido na Comunidade: a) O exame CE de tipo, seguido da declaração CE de conformidade com o tipo (garantia da qualidade da produção), ou da verificação CE; b) A verificação CE por unidade. 2 - No caso dos instrumentos que não utilizem dispositivos electrónicos e cujo dispositivo de medição de carga não utilize uma mola para equilibrar a carga, o exame CE de tipo não é obrigatório. 3 - Os procedimentos de avaliação da conformidade dos instrumentos em serviço com os requisitos essenciais serão definidos por portaria do Ministro da Indústria e Energia. Artigo 5.º Marcação CE 1 - Nos instrumentos cuja conformidade tenha sido constatada a marcação CE, bem como os dados adicionais a que se refere a portaria prevista no artigo 3.º, devem ser apostos de modo visível, legível e indelével. 2 - É proibido apor nos instrumentos marcações susceptíveis de induzir em erro quanto ao significado e ao grafismo da marcação CE, podendo, no entanto, ser aposta qualquer outra marcação que não reduza ou exclua a visibilidade e legibilidade da marcação CE. 3 - Sempre que devam aplicar-se disposições de outros diplomas, a aposição de marca CE igualmente certificará a presunção de conformidade dos instrumentos com as exigências neles previstas. 4 - No caso de um ou mais dos diplomas a que se refere o número anterior deixarem ao fabricante, durante um período transitório, a escolha do regime a aplicar, a marcação CE indica apenas a conformidade às disposições dos diplomas aplicados pelo fabricante, devendo neste caso as referências dos mesmos ser inscritas nos documentos, manuais e instruções que acompanham o instrumento. 5 - Sem prejuízo do disposto no artigo 8.º, a aposição indevida da marcação CE implica, por parte do fabricante ou do seu mandatário, a obrigação de repor o instrumento em conformidade com as disposições deste artigo e de fazer cessar a infracção. 6 - No caso de a não conformidade persistir, as entidades referidas no artigo 9.º devem comunicar o facto ao IPQ, que diligenciará no sentido de restringir ou proibir a colocação no mercado do produto em questão, ou assegurar a sua retirada do mercado nos termos do artigo 8.º do presente diploma.

Artigo 6.º Símbolo restritivo de utilização Quando um instrumento utilizado num dos domínios de utilização referidos na alínea a) do n.º 3 do artigo 2.º contenha ou esteja ligado a dispositivos que não tenham sido sujeitos a comprovação da conformidade prevista na portaria prevista no artigo 3.º, deve ser aposto em cada um desses dispositivos, de modo visível e indelével, o símbolo restritivo de utilização nos termos mencionados na referida portaria. Artigo 7.º Procedimentos efectuados em outros Estados membros Os procedimentos de avaliação da conformidade ou controlo relativos aos instrumentos efectuados em qualquer outro Estado membro da Comunidade Europeia de acordo com o previsto na Directiva n.º 90/384/CEE têm o mesmo valor que os procedimentos nacionais correspondentes. Artigo 8.º Cláusula de salvaguarda Quando se verificar que os instrumentos munidos da marca CE, ainda que correctamente instalados e utilizados de acordo com o fim a que se destinam, não satisfazem os requisitos deste diploma, poderá ser restringida, limitada ou proibida a sua colocação no mercado ou em serviço, mediante despacho do Ministro da Indústria e Energia, o qual será imediatamente comunicado à Comissão das Comunidades Europeias e aos outros Estados membros, nos termos do artigo 11.º do presente diploma. Artigo 9.º Fiscalização 1 - A fiscalização do cumprimento do disposto no presente diploma será exercida pelas delegações regionais da indústria e energia (DRIE), sem prejuízo das competências atribuídas por lei a outras entidades. 2 - Das infracções verificadas será levantado auto de notícia, nos termos das disposições legais aplicáveis. 3 - Os autos relativos a infracções verificadas por outras entidades, depois de devidamente instruídos, serão por estas enviados àquela a quem compete a aplicação das sanções. Artigo 10.º Contra-ordenações 1 - A colocação no mercado e em serviço de instrumentos que não satisfaçam o disposto no artigo 3.º constitui contra-ordenação punível com coima de

5000$00 a 500000$00, sem prejuízo da responsabilidade civil ou penal do mesmo decorrente. 2 - Se o infractor for uma pessoa colectiva, o montante máximo da coima será de 6000000$00. 3 - A negligência e a tentativa são puníveis. 4 - A aplicação das sanções previstas nos n.os 1 e 2 compete ao director da DRIE em cuja área a contra-ordenação tiver sido verificada. 5 - A receita das coimas previstas nos n.os 1 e 2 terá a seguinte distribuição: a) 60% para o Estado; b) 20% para a entidade autuante; c) 10% para a entidade que aplicou a coima; d) 10% para o IPQ. Artigo 11.º Acompanhamento de aplicação do diploma 1 - O IPQ acompanhará a aplicação global do presente diploma, propondo as medidas necessárias à realização dos seus objectivos e as que se destinem a assegurar a ligação com a Comissão e os Estados membros das Comunidades Europeias. 2 - No âmbito estabelecido no número anterior, o IPQ: a) Fará publicar as referências das normas portuguesas que adoptem normas harmonizadas; b) Manterá a Comissão e os Estados membros permanentemente informados dos organismos notificados, bem como das tarefas específicas para as quais esses organismos tenham sido designados e ainda dos números de identificação previamente atribuídos pela Comissão; c) Informará imediatamente a Comissão das medidas tomadas ao abrigo do artigo 8.º, indicando os seus fundamentos e, em especial, se a situação em causa resultou de não cumprimento dos requisitos essenciais aplicáveis, má aplicação das normas harmonizadas ou lacuna das próprias normas harmonizadas; d) Informará a Comissão e os Estados membros de outras medidas tomadas contra quem tiver aposto indevidamente a marca CE em qualquer instrumento, bem como da anulação de qualquer certificado de exame CE de tipo, expondo os fundamentos das respectivas decisões. Artigo 12.º Disposições transitórias As aprovações de modelo efectuadas segundo especificações não comunitárias não serão concedidas a partir da entrada em vigor do presente diploma, podendo, todavia, ser modificadas ou renovadas desde que a sua validade não ultrapasse a data de 31 de Dezembro de 2002.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 30 de Setembro de 1993. - Aníbal António Cavaco Silva - Jorge Braga de Macedo - Luís Fernando Mira Amaral. Promulgado em 3 de Novembro de 1993. Publique-se. O Presidente da República, MÁRIO SOARES. Referendado em 4 de Novembro de 1993. O Primeiro-Ministro, Aníbal António Cavaco Silva