Graduado do Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNIJUÍ, ex-bolsista PET Engenharia Civil UNIJUÍ,

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Transcrição:

VERIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE CONCRETO SUBMETIDO À ALTAS TEMPERATURAS COM A SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DA AREIA PELA FIBRA DA RECAPAGEM DO PNEU1 VERIFICATION OF CONCRETE BEHAVIOR SUBMITTED TO HIGH TEMPERATURES WITH PARTIAL REPLACEMENT OF THE SAND BY THE FIBER OF TIRE RECOVERY Gabriela Da Silva Da Costa2, Giovanni Dos Santos Batista3, Thainá Yasmin Dessuy4, Lidiane Da Silva Carvalho5, Lucas Fernando Krug6 1 Pesquisa do DCEENG, vinculada ao projeto de pesquisa institucional da UNIJUÍ Aluna do Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNIJUÍ, bolsista PET Engenharia Civil UNIJUÍ, gah.bressam@gmail.com 3 Graduado do Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNIJUÍ, ex-bolsista PET Engenharia Civil UNIJUÍ, giovannisantosbatista@hotmail.com 4 Aluna do Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNIJUÍ, bolsista PET Engenharia Civil UNIJUÍ, thaiydessuy@hotmail.com 5 Aluna do Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNIJUÍ, integrante do grupo PET Engenharia Civil UNIJUÍ, lidiane.carvalho.sob@hotmail.com 6 Professor Mestre do Curso de Graduação em Engenharia Civil da UNIJUÍ, Orientador, lucas.krug@unijui.edu.br 2 INTRODUÇÃO No último século houve a evolução da população, seguida da forte industrialização, que colaborou para o alto crescimento de resíduos, sendo eles biodegradáveis e não biodegradáveis, que vêm causando um processo contínuo de deterioração ambiental, implicando inclusive na qualidade de vida do homem (BIDONE, 1999). Selung (2012) comenta que o Brasil possui grandes reservas minerais e algumas são as maiores do mundo, diante disso os recursos não renováveis são os mais utilizados do meio ambiente e acabam não sendo repostos, esgotando a cada extração realizada. Um dos maiores consumidores de matérias primas naturais é o setor da construção civil. Estima-se que esse setor consuma cerca de 20 a 50% do total de recursos naturais (FREITAS, 2007). Dessa forma, buscar novas soluções para manter o equilíbrio vem se tornando cada vez necessário, pois assim, todos podem usufruir dos recursos naturais juntamente com a menor agressão ao meio ambiente (ÂNGULO, 2000). De acordo com Segre (1999), a questão da adição de resíduos no concreto é bastante estudada por este setor e alguns exemplos são: carpetes, garrafas PET, resíduos de serragem, mármore e granito, cinza de bagaço de cana de açúcar, cinza de casca de arroz e resíduos de pneu. Conforme Morales, Campos e Faganello (2011), quando a temperatura do concreto chega em cerca de 250ºC a 400ºC, ocorre um fenômeno conhecido como explosive spalling, ou lascamento explosivo, que é o destacamento de pequenas placas. A partir disso, objetiva-se verificar a possibilidade de

reaproveitamento dos resíduos de pneu, que causam grande impacto ambiental e ainda são capazes de transmitir características ao concreto, como a tenacidade, que pode auxiliar na redução do lascamento explosivo durante o aquecimento. METODOLOGIA A metodologia experimental empregada foi subdividida em etapas: caracterização dos materiais, estudo de dosagem, moldagem dos corpos de prova, ensaios mecânicos e de durabilidade do concreto. Primeiramente, foi realizada a caracterização dos materiais através da caracterização do resíduo da recapagem do pneu pelo ensaio do Frasco de Le Chatelier (NBR NM 23/2000), massa específica solta e compactada (NBR NM 45/2006) e granulometria para o módulo de finura e diâmetro máximo (NBR 7217/1987). Para início dos testes realizou-se a dosagem do concreto referência pelo método ABCP, adotando resistência aos 28 dias de 25 Mpa e uma trabalhabilidade de 100mm. Após confeccionado o concreto referência, foram realizadas as dosagens das amostras com substituição do agregado miúdo pelo resíduo de pneu, nas percentagens de 5%, 10%, 15% e 20% e confeccionados. O procedimento experimental foi constituído pela moldagem dos corpos de prova, seguido da cura dos mesmos em câmara úmida e realização de ensaios para avaliação do desempenho mecânico e de durabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com base na realização nos ensaios realizados de compressão dos corpos de prova, para o traço referência e os teores substituídos de 5, 10, 15 e 20%, foram analisadas as resistências à compressão obtidas, demonstradas no gráfico 1. Gráfico 1:Resistência à compressão simples Percebe-se que nenhum resultado superou o traço referência em ambas as idades, além de que quanto maior a quantidade de areia substituída pela fibra da borracha de pneu, menor é a resistência, podendo ser dito que ocorre uma redução linear da resistência à compressão. O que pode ser observado em geral é que todas as resistências foram maiores do que as estipuladas pelo

método de dosagem (25 MPa). Isso pode ser explicado porque a base para início da moldagem era o abatimento, que foi atingido com um fator água/cimento menor que o calculado. Quanto ao ensaio de módulo de elasticidade, foi realizado aos 28 dias de idade, para os teores de substituição da areia pela fibra de 5, 10 15 e 20% e os resultados podem ser observado no gráfico 2. Gráfico 2: Módulo de Elasticidade O valor do módulo de elasticidade aumentou de acordo com o aumento do teor de substituição da areia pela fibra de borracha. O teor de 10% obteve um valor de 51,12 GPa, o teor de 15%, um valor de 54,99 GPa e o teor de 20% um módulo de elasticidade 56,74 GPa. Ao comparar os resultados de resistência a compressão simples e o módulo de elasticidade, ambos aos 28 dias de idade, percebe-se que houve uma proporção direta dos resultados somente do concreto referência para o concreto com teor de 5%, onde a resistência à compressão reduziu de 55,26 MPa para 48,23 MPa, e o módulo de elasticidade de 100,04 GPa para 50,63 GPa, como pode ser comprovado pelo gráfico 3. Gráfico 3: Resistência a compressão x módulo de elasticidade No teor seguinte, de 5%, mesmo com a redução da resistência à compressão de 48,23 MPa para

45,11 MPa, o módulo de elasticidade aumentou de 50,63 GPa para 51,12 GPa e, neste momento, a proporção entre resistência à compressão e módulo de elasticidade se tornou indireta. Para a absorção por capilaridade, realizado também aos 28 dias de idade, foi possível determinar quanto será a absorção do corpo de prova, sendo aquele com maior valor, o que mais sofrerá com as intempéries do tempo, podendo, futuramente, ocasionar a oxidação das armaduras, comprometendo a estrutura de um edifício. Gráfico 4: Absorção por capilaridade O traço do concreto referência foi o que mais absorveu água durante o ensaio, com uma absorção de 0,8638 g/cm² e o teor que menos absorveu água foi o de 20%, com apenas 0,6160 g/cm². Foi realizado o ensaio de carbonatação para os corpos de prova na idade de 28 dias e, o que pôdese perceber, foram apenas indícios de carbonatação nos corpos de prova do concreto referência e no teor de substituição de 5%, não sendo possível medir a profundidade da carbonatação, como é possível verificar nas figuras 1 e 2. Figura 1: Carbonatação do concreto referência CONSIDERAÇÕES FINAIS Figura 2: Carbonatação do concreto com substituição de 5%

É possível afirmar que a presença de fibras no concreto não representa diferença significativa quanto a trabalhabilidade, pois tanto o concreto referência quanto os com substituição apresentaram um abatimento muito similar. Já quanto a massa específica do mesmo, houve uma redução proporcional ao aumento do teor de resíduo utilizado. Para o desempenho mecânico, o destaque é dado ao concreto referência, atingindo valores de resistência superiores ao determinado em dosagem, isso devido à redução da quantidade de água necessária ao abatimento estipulado, explicando também o comportamento dos concretos com substituições, que precisaram de mais água para atingir a consistência, e inclusive melhorar a condição do resíduo do pneu que adere ao concreto uma elevada presença de ar incorporado. Quanto aos ensaios de altas temperaturas, ainda o concreto referência se evidencia novamente, a temperatura que merece destaque é a de 100 C num âmbito geral. Já quanto ao maior valor de resistência desenvolvido, o teor de 10% de substituição submetido a 300 C se comportou de forma a superar a temperatura ambiente. A presença de vazios foi analisada pelo ensaio de absorção por capilaridade, que comprovou que a presença do resíduo de pneu reduz a capacidade de absorção desses concretos, isso pois há redução da ligação da matriz cimentícia entre agregados e pasta do concreto. Através da avaliação dos resultados apresentados pelos ensaios mecânicos e de durabilidade, conclui-se que o concreto é aplicável em pisos em função de seu módulo de elasticidade, resistindo a maiores impactos. Além de reduzir o peso da estrutura em função da baixa massa específica. Também, o concreto pode ser aplicado em paredes sem função estrutural utilizadas apenas para revestimento. Entretanto, não foi possível verificar seu comportamento quanto ao lascamento explosivo devido o fato de não haver contato direto do material com a chama, apenas a elevação da temperatura. Palavras-chave: Altas Temperaturas; Resíduos de Pneus; Concretos Reciclados. Keywords: High Temperatures; Waste Tires; Recycled Concretes. AGRADECIMENTOS Ao MEC-SESu pela participação do Programa de Educação Tutorial, ao laboratorista Luiz Donato e ao Laboratório de Engenharia Civil da UNIJUÍ (LEC). REFERÊNCIAS ANGULO, Sérgio Cirelli. Variabilidade de agregados graúdos de resíduos de construção e demolição reciclados. 2000. 155 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. BIDONE, Francisco Ricardo Andrade. Metodologias e Técnicas de Minimização, Reciclagem, e Reutilização de Resíduos Sólidos Urbanos. Programa de Pesquisa em Saneamento Básico, Rio de Janeiro/RJ. 1999. 64 p. FREITAS, Camila; GALVÃO, José Carlos Alves; PORTELLA, Kleber Franke; JOUKOSKI, Alex; GOMES FILHO, Carlos Vicente; FERREIRA, Elizeu Santos. Desempenho físico-químico e mecânico de concreto de cimento Portland com borracha de estireno-butadieno reciclada de pneus. Revista Química Nova, v. 32, n. 4, p. 913-918, jan. 2009. MORALES, Gilson; CAMPOS, Alessandro; FAGANELLO, Adriana M. Patriota. A ação do fogo sobre

os componentes do concreto. In: Semina: Ciências Exatas e Tecnológicas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 47-55, jan./mar. 2011. SEGRE, Nádia Cristina. Reutilização de borracha de pneus usados como adição em pasta de cimento. 1999. 104 f. Tese (Doutorado) Universidade Estadual de Campinas, São Paulo/SP. 1999. SELUNG, C. S. Estudo do uso de borracha de pneu em concreto para confecção de blocos vibro prensados. Monografia. Dissertação (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Comunitária da Região de Chapecó UNOCHAPECÓ, Chapecó/SC. 2012.