ACÓRDÃO N.º 13/2005-1ªS/PL-19.Abr.2005

Documentos relacionados
ACÓRDÃO N.º 1/2005-1ªS/PL-11.Jan.2005

ACÓRDÃO Nº 40 /03 15 Jul. 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 29/03. (Processo nº 3372/02) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO N.º 8/2005-1ªS/PL-15.Mar.2005

ACÓRDÃO N.º 9/2005-1ªS/PL-15.Mar.2005

ACÓRDÃO Nº 29 /02 22.Out - 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 22/02. (Processo nº 1 781/02) ACÓRDÃO

Tribunal de Contas ACÓRDÃO. ACÓRDÃO Nº.14 /02-Fev.26-1ª S/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 4/2002. (Processos nºs 3123, 3179, 3180 e 3484/01)

ACORDÃO Nº 172 / Dez-1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º 4 / FEV-1ªS/PL

ACÓRDÃO Nº 69 /04 18 MAIO 1ª S/SS

RECURSO ORDINÁRIO Nº. 15/02. (Processo nº. 3620/01) Acórdão nº. 21 / Maio 1ª. S/PL

Tribunal de Contas Gabinete do Juiz Conselheiro

Tribunal de Contas. Acórdão n.º 124 / Mar-1.ªS/SS. P. n.º 889/05

ACÓRDÃO Nº 67 / ABRIL 1ª S/SS

Acórdão nº 7 /06 9.JAN.06 1ªS/SS. adicional ao contrato de empreitada de Arquitectura de cena instalações

ACÓRDÃO N.º 10/ Mar ª S/PL. (Processo n.º 1356/08)

ACORDÃO Nº 48 / Mai-1ªS/SS

Mantido pelo acórdão nº 22/04, de 21/12/04, proferido no recurso nº 14/04. Acórdão nº 41/04 23.Mar.04 1ªS/SS

ACORDÃO Nº 6 / Fev-1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º 7/2005-1ªS/PL-08.Mar.2005

Acórdão nº 98 /03 6 Out. 1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º 15/ set ª S/PL. Recurso Ordinário n.º 12/2012. (Processo n.º 152/2012)

Tribunal de Contas. Transitou em julgado em 11/02/04. ACORDÃO Nº 2 / Jan-1ªS/SS. Proc. Nº 2 039/03

ACÓRDÃO N.º 22/ jul. - 1ª S/SS. (Processo n.º 1734/2011)

ACÓRDÃO Nº 6/ JAN. 29-1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 62/01. (Processo nº 66/2001) ACÓRDÃO

ACÓRDÃO Nº 42 7 Out. 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 31/2003. (Processo nº 986/2002) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

Tribunal de Contas RECURSO ORDINÁRIO Nº 32/2003 SUMÁRIO DO ACÓRDÃO. ACÓRDÃO Nº 49 /03 Nov.25-1ªS/PL

ACÓRDÃO Nº 9/06 /1 Fev. 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 34/2005. (Processo nº 2321/2005) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO N.º 11/ abr. - 1ª S/SS. (Processo n.º 295/2011)

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO Nº 81 / Out-1ªS/SS. Proc. Nº 2 148/02

Acórdão nº 45/03 8.ABR.03 1ªS/SS

Acórdão nº275 /06 Agosto.10 1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º 31/2006-1ªS/PL-

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 38/ Mar ªS/SS. (Processo n.º 56/2008 e 57/2008) SUMÁRIO:

ACÓRDÃO N.º 112/ Mai ª S/SS. (Processo n.º 264/09)

ACÓRDÃO N.º 13/ JUL-1ªS/PL

ACÓRDÃO Nº 83 / Out-1ªS/SS

ACÓRDÃO Nº 5/2002-JAN.29-1ªS/SS

ACÓRDÃO Nº 164 /06-11MAI2006-1ª S/SS

Acórdão nº 152 /05 27.SET.05 1ªS/SS. A Câmara Municipal de Portimão enviou para fiscalização prévia um

ACÓRDÃO nº85 /04-1.Jun 1ªS/SS

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

ACÓRDÃO Nº 48 / JUN. 2011/1ª S/SS. Acordam os Juízes da 1ª Secção do Tribunal de Contas, em Subsecção:

ACÓRDÃO N.º 04/2006-1ªS/PL - 17 Janeiro 2006

ACÓRDÃO Nº 7/02-29.Jan - 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 75/01. (Processo nº 3 322/2001) ACÓRDÃO

ACÓRDÃO N.º 62/ Out ªS/SS. (Processo n.º 1288/2009)

ACÓRDÃO N.º 30/ ª S/PL de 8 de Julho de 2003

Tribunal de Contas. ACORDÃO Nº 14 / Fev-1ªS/SS. Proc. nº 4 398/01

ACÓRDÃO Nº 169 /05 OUT.05-1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 13 /07 24.Jul-1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 12/2007. (Processo nº 21/07-SRMTC) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

Acórdão n.º 14/2012 3ª Secção-PL I RELATÓRIO

Tribunal de Contas RECURSO ORDINÁRIO Nº 20/2003 SUMÁRIO DO ACÓRDÃO. ACÓRDÃO Nº 33 /03 Jul.8 1ªS/PL

ACÓRDÃO N.º 14/ Abr ª S/SS. (Processo n.º 105/2010)

ACÓRDÃO Nº162 /06-11MAI2006-1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 168 /06-16MAI2006-1ª S/SS

Tribunal de Contas ACÓRDÃO. ACÓRDÃO Nº.13 /02-Fev.26-1ª S/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 61/2001. (Processo n.º 1 805/01)

ACÓRDÃO Nº 52 /11 21.JUN ª S/SS

Acórdão nº 340 /06 28.NOV.06 1ªS/SS. A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira celebrou com o Banco Espírito

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Mantido pelo acórdão nº 19/03, de 03/06/03, proferido no recurso nº 22/03. Acórdão nº41 /03 1.Abr.03 1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º1 / JAN-1ªS/PL

RECURSO ORDINÁRIO Nº 33/02. (Processo nº 1595/02) ACÓRDÃO Nº 1/03 22JAN 1ª S/PL SUMÁRIO

Tribunal de Contas RECURSO ORDINÁRIO Nº 23/2007 SUMÁRIO DO ACÓRDÃO. ACÓRDÃO Nº 20 /07 20.Nov-1ªS/PL

ACÓRDÃO N.º 26/ ªS/PL - 25 Outubro 2005

Tribunal de Contas. RECURSO ORDINÁRIO Nº 6/2005 (Processo nº 2947/2004) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO Nº 47 /2006-JUL.27-1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 15/06. (Processos n. o 114/2005) ACÓRDÃO

ACÓRDÃO N.º 12/ out ª S/PL. Recurso Ordinário n.º 02/ EMOL. (Processo n.º 1022/2011)

Acórdão nº 82 /06 7.MAR.06 1ªS/SS. A Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães celebrou com João

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 56/ Mar ªS/SS. (Processo n.º 912/05) SUMÁRIO:

ACÓRDÃO N.º 12/ MAR-1.ª S/SS

ACÓRDÃO Nº10 /06/ 7 Fev. 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 3/2006. (Processo nº 1342/2005) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

ACÓRDÃO N.º 10/2005-1ªS/PL-15.Mar.2005

RECURSO ORDINÁRIO N.º 06-ROM-SRM/2011. (Processo n.º 01/11 Secção Regional da Madeira) ACÓRDÃO Nº 02/2012-3ª SECÇÃO I RELATÓRIO

Acórdão nº 82 /02 15.Out A Câmara Municipal de Mogadouro remeteu para fiscalização prévia oito

ACORDÃO Nº 326 /2006 7NOV2006 1ªS/SS

Mantido pelo acórdão nº 7/06, de 01/02/06, proferido no recurso nº 24/05. Acórdão nº 140 /05-15.Jul-1ªS/SS

Tribunal de Contas. ACÓRDÃO N.º 38/ Mar ªS/SS. (Processo n.º 1987/06) SUMÁRIO:

ACÓRDÃO Nº 23/ /SET/ ªS/PL. Recurso Ordinário N.º 32/ ª Secção/PL

Tribunal de Contas. Acórdão 130/08 28.Out.08 1ª S/SS (Processo nº 1150/2008)

visto, nos termos da alínea a) do n.º 3 do artigo 44.º da LOPTC. 3. A violação dos art.ºs 5º, nº 3, da LCPA e 7º, nº 3, do DL 127/2012

ACÓRDÃO Nº35/ 06 / 16 MAIO. - 1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 27/2006. (Processo nº 297/2006) SUMÁRIO DO ACÓRDÃO

Mantido pelo acórdão nº 29/03, de 01/07/03, proferido no recurso nº 23/03. Acórdão nº 48/03 11.ABR.03 1ªS/SS

Tribunal de Contas. Transitou em julgado em 25/02/03. ACORDÃO Nº 13 / Fev-1ªS/SS. Proc. nº 3 438/02

Mantido pelo acórdão nº 40/06, de 20/06/06, proferido no recurso nº 20/06. ACORDÃO Nº 70/ Fev 1ªS/SS

ACÓRDÃO Nº 150 /06 9.MAI.06 1ª S/SS. A Câmara Municipal de Fornos de Algodres submeteu a fiscalização prévia o

Acórdão nº107 /05 31.MAIO.05 1ªS/SS. A Câmara Municipal de Melgaço celebrou com o Consórcio Auréllio

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Conselho Constitucional. Acórdão nº 07/CC/2009 de 24 de Junho. Acordam os Juízes Conselheiros do Conselho Constitucional:

ACORDAM NA SECÇÃO DISCIPLINAR DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO. 1. Por despacho do Senhor Vice-Procurador-Geral da República, datado de 8 de

DECISÃO N.º 13/2010 SRTCA. Processo n.º 113/ Suscitaram-se, porém, dúvidas sobre a validade do acto de adjudicação da empreitada.

S U M Á R I O. Processo n.º 764/2018 Data do acórdão: Assuntos:

Mantido pelo acórdão nº 42/06, de 27/06/06, proferido no recurso nº 23/06. ACORDÃO Nº 74 / Mar 1ªS/SS

Mantido pelo acórdão nº 50/06, de 17/10/06, proferido no recurso nº 40/06. Acórdão n.º 247 /06 JUL.18 1.ª S/SS

DECISÃO N.º 9/2009 SRTCA. Processo n.º 38/2009

ACÓRDÃO N.º 44/ Dez ª S/SS. (Processo n.º 1468/2010)

Acórdão nº 262 /06-27.Jul.-1ªS/SS

Tribunal de Contas Secção Regional dos Açores

ACORDÃO Nº 36 / Abr-1ªS/SS

ACÓRDÃO N.º 159/ Dez ªS/SS. (Processo n.º 1088/2008)

RECURSO ORDINÁRIO Nº 2/2002. (Processo nº 3293/01) ACÓRDÃO Nº 26 /02.JUN.18-1ª.S/PL

Transcrição:

SP/DCP/09-05-2005 ACÓRDÃO N.º 13/2005-1ªS/PL-19.Abr.2005 SUMÁRIO: 1. Nos termos do art.º 45.º, n.º 1 da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto, os contratos podem produzir todos os seus efeitos antes do visto, excepto quanto aos pagamentos a que derem causa. 2. A existência de pagamentos antes da submissão do contrato a fiscalização prévia, sendo posterior à celebração do contrato, não afecta a realidade intrínseca do mesmo, pelo que não pode servir de fundamento de recusa de visto, sendo tão só fonte de eventual responsabilidade sancionatória por violação do disposto na al. b) do n.º 1 do art.º 65.º da referida lei. Conselheiro Relator: Lídio de Magalhães

ACÓRDÃO Nº 13 /2005-ABR.19-1ªS/PL RECURSO ORDINÁRIO Nº 3/05 (Processo nº 2728/2004) ACÓRDÃO Vem o presente recurso interposto da decisão vertida no Acórdão n.º 1/2005, pelo qual foi recusado o visto ao contrato de empreitada de Beneficiação da E.M. 613 Troço Souto da Velha/Carviçais, celebrado em 10/7/2002 com António José Baraças. A recusa de visto fundamentou-se na circunstância de o contrato ter produzido efeitos financeiros antes da submissão a fiscalização prévia, com o que se teria violado o disposto no n.º 1 do art.º 45.º da Lei 98/97, de 26/8. E, sendo esta uma disposição de natureza financeira, a sua violação determinaria a recusa de visto por força do estabelecido na alínea b) do n.º 3 do art.º 44.º da Lei n.º 98/97, de 26/8. No presente recurso começa por sustentar-se que o não envio do contrato para fiscalização prévia ficou a dever-se a um lapso dos Serviços da Câmara

Municipal que, porém, não afectou todo o procedimento atinente ao concurso e à celebração do contrato. Mais se diz, logo que detectado o lapso, foram suspensos os pagamentos decorrentes do contrato e foi determinado o envio do processo para este Tribunal. Invoca-se ainda, no presente recurso, que, tendo em conta as finalidades apontadas no art.º 44.º da Lei n.º 98/97 para a fiscalização prévia, não ocorre fundamento de recusa de visto. Constam ainda do recurso, por outro lado, argumentos que vão no sentido de sustentar a prevalência do interesse público na prossecução e conclusão da obra sobre a alegada violação da parte final da alínea b) do n.º 3 do já citado artigo 44.º, requerendo-se, a final, que o recurso seja julgado procedente, revogado o acórdão recorrido e concedido o visto ao contrato. Chamado a pronunciar-se, nos termos legais, o Ex. mo Procurador-Geral Adjunto remeteu para um parecer anteriormente proferido sobre a questão de direito que, a título principal, se revela neste processo. Nesse outro parecer, proferido nos autos de recurso ordinário n.º 29/2003 defendia-se, com grande cópia de argumentos, a inexistência de fundamento para a recusa de visto. Corridos os vistos legais cumpre decidir. 2

Vem apurado no acórdão recorrido a seguinte matéria de facto: O contrato, celebrado em 10 de Julho de 2002, foi precedido de concurso público, cujo aviso de abertura foi publicado no Diário da República, IIIª Série, de 12 de Novembro de 2001, e demais publicações obrigatórias; A consignação da empreitada foi efectuada em 22 de Setembro de 2003, em virtude de o processo de aquisição de terrenos para alargamento da plataforma da via, aos respectivos proprietário, se ter prolongado. Tendo sido efectuada a consignação, o empreiteiro deu início aos trabalhos. Desde o início, os trabalhos decorreram normalmente, tendo sido efectuados os respectivos pagamentos. A obra encontra-se em fase de conclusão. Só em 22/11/2004, através do seu ofício n.º4475, a Câmara Municipal remeteu a este Tribunal o contrato para ser sujeito a Visto. 3

Neste ofício, o Presidente da Câmara Municipal fez saber que O facto de este processo não ter sido submetido a Visto prévio como deveria, deve-se exclusivamente a lapso dos serviços e que foi a primeira vez que tal situação se verificou. Acrescentou, que Tendo havido recentemente uma reorganização dos serviços, em que houve necessidade de rever alguns processos, esta situação foi detectada, tendo sido decidido de imediato suspender os pagamentos da obra e enviar o processo a este Tribunal para reposição da legalidade. De acordo com o disposto nos artigos 5.º, n.º 1, alínea c) e 44.º, n.º 1, ambos da Lei n.º 98/97, de 26/8, a fiscalização prévia tem por fim (no que para aqui importa) a verificação da legalidade dos contratos e se os encargos deles decorrentes têm cabimento em verba orçamental própria. Como é sabido, de acordo com o sistema actualmente em vigor e excluídos os casos em que é a própria minuta que deve submeter-se a esta forma de fiscalização o seu carácter prévio reporta-se apenas aos efeitos e não à própria celebração do contrato (cfr. art.º 46.º, n.º 1 e suas alíneas). 4

Isto é, o que é submetido a fiscalização prévia é um contrato perfeito. Apenas em relação a alguns dos seus efeitos se pode falar verdadeiramente de fiscalização prévia. Nos termos do n.º 1 do art.º 45.º os contratos podem produzir todos os seus efeitos antes do visto, excepto quanto aos pagamentos a que derem causa (acrescentando a disposição legal em apreço a expressão sem prejuízo do disposto nos números seguintes, sendo que estes se referem apenas aos casos em que já haja recusa de visto). Ora, no caso vertente, nenhuma dúvida há de que existiu violação do n.º 1 do citado artigo 45.º. De acordo com as disposições legais que acima referimos em sede de fiscalização prévia há-de apurar-se se o presente contrato está celebrado de acordo com as leis em vigor e se os encargos dele inerentes têm cabimento orçamental. E o certo é que não está demonstrado que o contrato, em algum ponto do seu processo de formação ou na sua celebração, esteja ferido de ilegalidade relevante para os efeitos decorrentes daqueles fins e nomeadamente para os efeitos constantes das várias alíneas do n.º 3 do art.º 44.º da mesma Lei. Na verdade a ilegalidade apontada é não só posterior à celebração do contrato como lhe é mesmo exterior. 5

E, assim sendo, a apontada ilegalidade não se repercute na realidade intrínseca do contrato e, portanto, não pode servir de fundamento de recusa de visto. Mas, como bem se refere no acórdão recorrido, a existência de pagamentos antes da submissão do contrato a fiscalização prévia é fonte de eventual responsabilidade sancionatória por violação do disposto na alínea b) do n.º 1 do art.º 65.º da já citada Lei n.º 98/97, a apurar em sede própria. Assim, e em face do exposto, acorda-se na 1.ª Secção por maioria, em dar provimento ao recurso, concedendo o visto ao presente contrato. Mais se decide determinar que, após trânsito em julgado, seja entregue certidão do presente acórdão ao Ex. mo Procurador-Geral Adjunto, para os efeitos do art.º 89.º da sobredita Lei n.º 98/97. São devidos emolumentos. Diligências necessárias. Lisboa, 19 de Abril de 2005. 6

Os Juízes Conselheiros, Relator: Lídio de Magalhães Adelina Sá Carvalho Ribeiro Gonçalves (O Procurador-Geral Adjunto) 7