Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 2004/2005

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de porte mais baixo das plantas e espigas, resistentes ao acamamento e quebramento do colmo, bom empalhamento e de alto

Transcrição:

13 ISSN 1819 15171981 Outubro Setembro, 2000 2006 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de

ISSN 1819 Setembro, 2006 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Tabuleiros Costeiros Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 13 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de Hélio Wilson Lemos de Carvalho Milton José Cardoso José Nildo Tabosa Marcelo Abdon Lira Paulo Evaristo Oliveira Guimarães Cleso Antônio Patto Pacheco Marcondes Maurício de Albuquerque Ana Rita de Morais Brandão Brito Manoel Henrique Bonfim Cavalcante Marta Maria Amâncio do Nascimento José Jairo Gama de Macedo Agna Rita Santos Rodrigues Evanildes Menezes Souza Sandra Santos Ribeiro Vanice Dias de Oliveira Karen Freitas Rodrigues Aracaju, SE 2006

Disponível em: http://www.cpatc.embrapa.br Embrapa Tabuleiros Costeiros Av. Beira Mar, 32 Aracaju, SE CEP: 0240 Fone: **7940091300 Fax: **7940091369 www.cpatc.embrapa.br Email: sac@cpatc.embrapa.br Comitê Local de Publicações Presidente: Edson Diogo Tavares SecretáriaExecutiva: Maria Ester Gonçalves Moura Membros: Emanuel Richard Carvalho Donald, Emanuel Richard Carvalho Donald, José Henrique de Albuquerque Rangel, Julio Roberto Araujo de Amorim, Ronaldo Souza Resende, Joana Maria Santos Ferreira Normalização bibliográfica: Josete Cunha Melo Supervisora Editorial: Maria Ester Gonçalves Moura Tratamento de ilustrações: Diego Corrêa Alcântara Melo Foto(s) da capa: Arquivo da Embrapa Tabuleiros Costeiros Editoração eletrônica: Diego Corrêa Alcântara Melo 1 a edição Todos os direitos reservados. A reprodução nãoautorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.0). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Embrapa Tabuleiros Costeiros Carvalho, Hélio Wilson Lemos de Adaptabilidade e estabilidade de híbridos de milho no Nordeste brasileiro no ano agrícola de / Hélio Wilson Lemos de Carvalho, Milton José Cardoso, José Nildo Tabosa... [et al.]. Aracaju : Embrapa Tabuleiros Costeiros, 2006. 20 p. : il. (Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento / Embrapa Tabuleiros Costeiros, ISSN 1819; 13) Disponível em http:// <www.cpatc.embrapa.br> 1. Milho Híbrido. I. Carvalho, Hélio Wilson Lemos de. II. Cardoso, Milton José. III. Tabosa, José Nildo. IV. Lira, Marcelo Abdon. V. Guimarães, Paulo Evaristo Oliveira. VI. PAcheco, Cleso Antônio Patto. VII. Albuquerque, Marcondes Maurício de. VIII. Brito, Ana Rita de Morais Brandão. IX. Cavalcante, Manoel Henrique Bonfim. X. Nascimento, Marta Maria Amâncio do. XI. Macedo, José Jairo Gama de. XII. Rodrigues, Agna Rita dos Santos XIII. Souza, Evanildes Menezes de. XIV. Ribeiro, Sandra Santos. XV. Oliveira, Vanice Dias de Oliveira. XVI. Rodrigues, Karen Freitas. XVII. Título. XVIII. Série. CDD3.15 Embrapa 2006

Sumário Resumo... 5 Abstract... 6 Introdução... 7 Material e Métodos... 7 Resultados e Discussão... 11 Conclusões... 19 Referências Bibliográficas... 19

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de H. W. L. de Carvalho 1, M. J. Cardoso 2, J. N. Tabosa 3, M. A. Lira 4, P. E. O. Guimarães 5, C. A. P. Pacheco 5, M. M. de Albuquerque 1, A. R. de M. B. Brito 3, M. H. B. Cavalcante 6, M. M. A. do Nascimento 3, J. J. G. de Macedo 7, A. R. S. Rodrigues 8, E. M. Souza 8, S. S. Ribeiro 9, V. D. de Oliveira 8, K. F. Rodrigues 8 Resumo Trinta e cinco híbridos de milho foram avaliados, em rede, no Nordeste brasileiro, no ano agrícola de, em blocos ao acaso, com três repetições objetivando conhecer a adaptabilidade e a estabilidade desses materiais, para fins de recomendação. Os municípios de Teresina e Baixa Grande do Ribeiro, PI; Ipanguassu, RN; Simão Dias e Frei Paulo, SE e Barra do Choça e Paripiranga, BA, destacaramse como mais favoráveis ao cultivo do milho. Os híbridos 2 B 710 e DAS 90 destacaramse para os ambientes favoráveis. Os híbridos Pioneer 30 F 44, Pioneer 30 F 70, Tork, DAS 8420, DAS 8480, Pioneer 30 F 98, Pioneer 30 F 90, dentre outros, pertencentes ao grupo de híbridos que apresentaram melhor adaptação, evidenciaram adaptabilidade ampla, constituindose em alternativas importantes para exploração comercial nos diferentes sistemas de produção prevalecentes no Nordeste brasileiro. Palavraschave: Zea mays, L., cultivares, semiárido, agreste, sertão, interação híbridos x ambientes. 1 Pesquisador, Embrapa Tabuleiros Costeiros, Caixa Postal 44, CEP 0240, Aracaju, SE, helio@cpatc.embrapa.br, marcondes@cpact.embrapa.br 2 Pesquisador, Embrapa MeioNorte, Duque de Caixas,, CEP 640020, Teresina, PI, milton@cpamn.embrapa.br 3 Pesquisador, IPA, Caixa Postal 1022, CEP 7000, Recife, PE, tabosa@ipa.br 4 Pesquisador, Embrapa/Emparn, Rua Chile, 172, CEP 0122 Natal, RN marceloemparn@rn.gov.br 5 Pesquisador, Embrapa Milho e Sorgo, Caixa Postal 285, CEP 35701970, Sete Lagoas, MG, xavier@cnpms.embrapa.br 6 Pesquisador, Secretaria de Estado da Agricultura de Abastecimento e Pesca do Estado de Alagoas, Rua Domingos Correia, 11, Bairro São Luiz, CEP 57301070, Arapiraca, AL 7 Pesquisador, EBDA, Av. Dorival Caymmi, 1, CEP 4451, Salvador BA 8 Bolsista DTIG/CNPq/Embrapa Tabuleiros Costeiros 9 Estagiária Embrapa Tabuleiros Costeiros

Adaptability and Stability of Maize Hybrids in Northeat Region in the Agricultural Year Abstract Thirtyfive corn hybrids were evaluated across the Brazilian Northeast region in the agricultural year in a randomized block design with three replications, in a network schema aiming to determine their adaptability and stability in view their recommendation. The Counties of Terezina and Baixa Grande do Ribeiro, PI; Ipanguassu, RGN; Sim?o Dias and Frei Paule, SE; Barra do Cho?a and Piripirange, BA, detached from the other as favorable to corn cultivation. The hybrids 2 B 710 and DAS 90 detached as indicated for favorable environments. The hybrids Pioneer 30 F 44, Pioneer 30 F 70, Tork. DAS 8420, DAS 8480, Pioneer 30 F 98, and Pioneer 30 F 90, belonging to group of hybrids that presented better adaptation, showed large adaptability, constituting as important alternatives for a commercial exploration at the different crop systems thought Brazilian Northeast region. Key words: Zea mays, L, cultivars, semiarid region, agrete, outback, hybrids x environmet interaction

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 7 Introdução O mercado para híbridos de milho no Nordeste brasileiro é crescente, ocupando mais de um milhão de hectares, distribuídos, principalmente, em áreas de cerrados do Oeste baiano, Sul do Maranhão e sudoeste piauiense, onde as produtividades de grãos, tanto em nível comercial quanto experimental, têm ultrapassado o patamar das 7,0t/ha (Cardoso et al., 2004; Souza et al., 2004 a e Carvalho et al. 2004 a e 2005) O agreste nordestino vem se caracterizando como uma nova fronteira agrícola para o cultivo do milho, mostrando um crescimento significativo a partir de 2003, quando resultados altamente positivos, obtidos em nível experimental, estimularam os agricultores a intensificarem o uso de híbridos de melhor adaptação. De fato, os resultados experimentais realizados nesses últimos anos têm identificado híbridos superiores, com patamares de produtividades entre 6,0t/ha a 9,0t/ha, além de evidenciarem adaptabilidade ampla e alta estabilidade de produção (Souza et al., 2004a e 2004b e Carvalho et al., 2004, 2005). Anualmente, empresas oficiais e particulares, interessadas nesse mercado, têm disponibilizado novos híbridos, que antes de serem utilizados pelos produtores, devem ser avaliados em uma rede de ensaios, distribuídos nesses diferentes ambientes, visando subsidiar os agricultores na escolha daqueles de melhor adaptação e portadores de atributos agronômicos desejáveis. A classificação relativa entre esses materiais pode não ser coincidente, o que dificulta a identificação de materiais efetivamente superiores. Esse efeito é minimizado, mediante a seleção de genótipos com maior estabilidade fenotípica (Ramalho et al., 1993). O objetivo deste trabalho foi avaliar a adaptabilidade e a estabilidade de híbridos de milho, visando à recomendação desses materiais para as diferentes condições ambientais do Nordeste brasileiro. Material e Métodos Os ensaios, constituídos por 35 híbridos, foram realizados no ano agrícola de e, distribuídos nos Estados do Maranhão (quatro), Piauí (cinco), Rio Grande do Norte (um), Pernambuco (um), Alagoas (dois), Sergipe (três) e Bahia (três). Utilizouse o delineamento experimental em blocos ao acaso, com três repetições. Cada parcela constou de quatro fileiras de 5,0 m de comprimento,

8 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de espaçadas de 0,80 m e com 0,40 m entre covas, dentro das fileiras. Foram colocadas três sementes por cova, deixandose, após o desbaste, duas plantas por cova. Foram colhidas as duas fileiras centrais de forma integral, correspondendo a uma área útil de 8,0 m 2. As adubações foram realizadas conforme a análise de solo de cada área experimental. Os municípios estão compreendidos entre os paralelos 03º44, no Município de Anapurus, MA e 14º36, em Barra do Choça, BA (Tabela 1). Os ambientes mostraram diferentes regimes pluviométricos, observandose uma variação de 480 mm, em Barra do Choça, BA, a 1.012 mm, em São Raimundo das Mangabeiras, MA (Tabela 2). O plantio foi feito no inicio das chuvas, dentro de cada área experimental. Foram medidos os florescimentos masculino e feminino, alturas de plantas e de espigas, estande de colheita e peso de grãos. Os dados de florescimento masculino e feminino foram medidos quando % das plantas das duas fileiras centrais mostraram, respectivamente, os pendões e os estilosestígmas. A altura da planta foi medida do solo até a base do pendão e a altura de espiga do solo até a base de inserção da primeira espiga. Todos esses dados à exceção dos florescimentos masculino e feminino, foram submetidos à análise de variância pelo modelo em blocos ao acaso. As análises de variância conjuntas obedeceram ao critério de homogeneidade dos quadrados médios residuais (Gomes, 1990) e foram realizadas conforme Vencovsky & Barriga (1992), considerandose como aleatórios os efeitos de blocos e locais, e como fixo, o efeito de cultivares. O seguinte modelo foi utilizado : Y ijk = m + C i + A j + CA ij + B/A k(j) + ε ijk, em que : µ : média geral; C i : efeito da cultivar i; A j : efeitos do ambientes i; CA ij : efeito da interação da cultivar i com o local j; B/A k(j) : efeito do bloco k dentro do ambiente j; ε ijk : erro aleatório. Os parâmetros de adaptabilidade e estabilidade foram estimados pelo método de Cruz et al., (1989), o qual baseiase na análise de regressão bissegmentada, tendo como parâmetros de adaptabilidade a média (b 0 ), a resposta linear aos ambientes desfavoráveis (b 1 ) e aos ambientes favoráveis (b 1 +b 2 ). Foi utilizado o seguinte modelo:

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 9 Y ij = b oi + b 1i I J + b 2i T(I j ) + σ ιj + e ij onde Y ij : média da cultivar i no ambiente j; I j : índice ambiental; T (I j )=0 se I J <0; T (I J )= I j I + se I j >0, sendo I + a média dos índices I j positivos; b 0i : média geral da cultivar i; b 1i : coeficiente de regressão linear associado a variável I j ; b 2i : coeficiente de regressão linear associado à variável T (I j ); σ ji : desvio da regressão linear; e ij : erro médio experimental. Tabela 1. Coordenadas geográficas dos municípios. Região Nordeste do Brasil,. Municípios Latitude (S) Longitude (W) Altitude (m) Paraibano/MA Colinas/MA Anapurus/MA São Raimundo das Mangabeiras/MA Teresina/PI Baixa Grande do Ribeiro/PI Nova Santa Rosa/PI Uruçuí/PI Ipanguassu/RN Araripina/PE Arapiraca/AL Teotônio Vilela/AL Frei Paulo/SE Nossa Senhora das Dores/SE Simão Dias/SE Irecê/BA Barra do Choça/BA Paripiranga/BA 6º18 6º01 3º44 7º22 5º5 7º32 08 o 24 07 o 30 5º37 7º33 9 45 9º04 10 55 10º30 10º44 11º32 14º36 10 14 43º57 44º14 43º21 45º36 42º 45º14 45o55 44 o 12 36º 40º34 36 33 36º27 37 53 37º13 37º48 41º41 40º36 37 51 241 141 105 225 72 325 9 445 70 0 248 1 272 200 283 700 880 430

10 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de Tabela 2. Índices pluviais (mm) ocorridos durante o período experimental. Região Nordeste do Brasil,. Locais 2004 2005 Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Total Paraibano/MA Colinas/MA Anapurus/MA S. R. Mangabeira/MA Baixa G. do Ribeiro/PI Nova S. Rosa/PI Teresina/PI Uruçuí/PI Ipanguassu/RN Araripina/PE Teotônio Vilela/AL Arapiraca/AL N. Sra das Dores/SE Frei Paulo/SE Simão Dias/SE Paripiranga/BA Irecê/BA Barra do Choça/BA * 176* 164* 130* 147* 233* 95* 266 208 197 284* 155 1* 136* 278 220 265 266 280 236 126 70* 197 202 280 301 305 232 220 300 324 170 126 86 88 390 1 65 77 80 244* 170* 90* 129* 145 145 129 1 192 187 113 200 93 114 102 135 879 1006 1012 870 827 981 752 385 4 6 434 3 5 480 *mês de plantio

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 11 Resultados e Discussão Na Tabela 3, notase que nos Estados do Piauí, do Maranhão e do Rio Grande do Norte os híbridos requereram menor espaço de tempo para atingir a fase de florescimento masculino e feminino, registrandose uma maior precocidade do conjunto avaliado.nos Estados de Pernambuco, Sergipe e Bahia os materiais necessitaram de um maior espaço de tempo para atingir a fase de florescimento, tornandoos mais tardios. Carvalho et al., (1999 e 2000), observaram, também, uma maior precocidade dos conjuntos avaliados nos Estados localizados mais ao Norte (Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte), registrandose reduções entre dez a quinze dias no florescimento nesse Estados em relação àqueles encontrados nos Estados de Pernambuco, Sergipe e Bahia. Observaramse, nas análises conjuntas de variância, efeitos significativos das fontes de variação: ambientes, híbridos e interação híbridos x ambientes (p<0,01), evidenciando diferenças marcantes entre os ambientes e os híbridos e inconsistência no comportamento desses híbridos perante às oscilações ambientais, no tocante às alturas de plantas e de espigas e estande de colheita (Tabela 4). As médias obtidas para as alturas de plantas e de espigas foram de 200 cm e 98 cm, respectivamente, sobressaindo com menores alturas de planta os híbridos DAS 8480, AS 18, SHS, 2 B 6, 2 B 710, DAS 8420 e Tractor A utilização de materiais de menor altura de planta e de espiga permite o uso de um maior número de plantas por área, além de favorecer uma maior tolerância ao acamamento e quebramento da coluna. O estande médio foi de 41 plantas/parcela, correspondendo a uma população de 51.2 plantas/ha. No tocante ao peso de grãos, constataramse diferenças entre os híbridos, o que evidencia comportamento diferenciado entre os materiais, dentro de cada área experimental (Tabela 5). Os coeficientes de variação obtidos oscilaram de 6,5% a 20,2%, o que demonstra boa precisão dos ensaios, conforme Scapim et al. (1995). A produtividade média de grãos variou de 3.477 kg/ha, em Presidente Dutra, BA, a 7.980 kg/ha, Barra do Choça, BA. Essa oscilação devese à variação pronunciada nas condições climáticas, especialmente na quantidade e na distribuição de chuvas (Tabela 2), e nas condições de solo em que foram realizados os ensaios, o que reflete, conseqüentemente, também no comportamento diferenciado das cultivares nesses mesmos locais. Os municípios de Teresina e Baixa Grande do Ribeiro, no PI, Ipanguassu, RN, Simão Dias e Frei

12 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de Paulo, SE; Barra do Choça e Paripiranga, BA, destacaramse como mais favoráveis ao cultivo do milho, com rendimentos médios de grão acima da média geral (5.705 kg/ha). Constatada à presença da interação híbridos x ambientes, procurouse verificar as respostas de cada um deles nos ambientes considerados, pelo método proposto. Constam na Tabela 6, as estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade. Quanto ao coeficiente de regressão (b 1 ), que corresponde à resposta linear da cultivar à variação nos ambientes desfavoráveis, as estimativas variaram de 0,76 a 1,36, respectivamente, em relação aos híbridos AS 18 e 2 B 710, sendo ambos estatisticamente diferentes da unidade, o que evidencia comportamento diferenciado desses híbridos nos ambientes desfavoráveis. Considerandose os 17 híbridos que expressaram melhor adaptação (b 0 >média geral), quatro mostraramse exigentes nas condições desfavoráveis (b 1 >1). Os híbridos 2 B 710, Pioneer 30 F 70, DAS 90, Tork e Fort responderam à melhoria ambiental (b 1 +b 2 >1). Vinte e quatro dos trinta e cinco híbridos avaliados mostraram baixa estabilidade em ambientes desfavoráveis (s 2 d?0). Apesar disso, Cruz et al., (1989) consideram que aqueles materiais que apresentam valores de R 2 > 80% não devam ter os seus graus de previsibilidade comprometidos. Analisandose o comportamento dos híbridos que apresentaram melhor adaptação (b 0 > média geral), inferese que os híbridos 2 B 710 e DAS 90 atenderam a um maior número de requisitos para adaptação nos ambientes favoráveis (b 1 e b 1 +b 2 >1). Os híbridos 2 B 9 e Fort, por serem exigentes nas condições desfavoráveis (b 1 >1) e, Pioneer 30 F 70 e Tork, por serem responsivas à melhoria ambiental, devem também ser recomendadas por essa classe de ambientes. Ainda nesse grupo de híbridos de melhor adaptação, o que mostraram estimativas de b 1 semelhante à unidade, apresentaram adaptabilidade ampla, consubstanciandose em alternativas importantes para os diferentes sistemas de produção prevalecentes nos diferentes ecossistemas do Nordeste brasileiro.

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 13 Tabela 3. Florescimentos masculinos e femininos (dias) registrados no Nordeste brasileiro no ano agrícola de. Híbridos Fort Strike Master Tractor Exceler Tork SHS 4070 SHS SHS 70 SHS 80 SHS 4080 A 2555 A 015 2 B 710 A 010 A 44 A 44 AS 32 AS 18 P 30 F 90 P 30 F 80 P 30 K 75 P 30 F 87 P 30 F 98 P 30 F 70 P 3041 P 30 F 44 2 B 9 DAS 657 DAS 90 2 C 9 Orion Taurus DAS 8480 DAS 8420 Maranhão S. R. Mangabeiras (feminino) 57 Anapurus (masculino) 57 57 53 52 53 52 52 55 52 53 52 52 53 Piauí Terezina Baixa G. do Ribeiro (masculino) (masculino) 43 43 45 43 45 57 52 53 57 57 55 55 53 53 53 51 53

14 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de Tabela 3. Continuação... Híbridos Rio Grande Norte Ipanguassu (masculino) 55 52 48 51 52 48 48 47 53 48 48 47 48 48 47 Pernanbuco Araripina (masculino) Alagoas Arapiraca (masculino) Bahia Irecê (masculino) Fort Strike Master Tractor Exceler Tork SHS 4070 SHS SHS 70 SHS 80 SHS 4080 A 2555 A 015 2 B 710 A 010 A 44 A 44 AS 32 AS 18 P 30 F 90 P 30 F 80 P 30 K 75 P 30 F 87 P 30 F 98 P 30 F 70 P 3041 P 30 F 44 2 B 9 DAS 657 DAS 90 2 C 9 Orion Taurus DAS 8480 DAS 8420 68 68 68 68 68 68 68 57 66 64 65 74 66 65 64 64 64 64 65 64 70 73 74 65

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 15 Tabela 4. Médias e resumo das análises de variância conjunta dos caracteres avaliados. Região Nordeste do Brasil,. Híbridos Pioneer 30 F 90 SHS 4070 Pioneer 3041 A 44 Pioneer 30 F 98 Taurus SHS 80 Master SHS 4080 Orion A 44 Strike Pioneer 30 F 70 Pioneer 30 F 87 A 010 Pioneer 30 F 80 A 2555 DAS 657 AS 32 Pioneer 30 F 44 2 C 9 Exceler SHS 70 A 015 Pioneer 30 K 75 Tork DAS 90 Fort Tractor DAS 8420 2 B 710 2 B 9 SHS AS 18 DAS 8480 Média C.V(%) F (Híbridos) F (Ambientes) F (H x A) Altura planta (cm) 223 a 217 b 216 b 215 b 214 b 210 c 210 c 206 d 205 d 205 d 204 d 204 d 204 d 203 d 202 d 201 d 199 d 199 d 198 e 197 e 196 e 196 e 196 e 195 e 193 f 193 f 193 f 192 f 192 g 190 g 190 g 190 g 189 g 188 g 187g 200 6 27,8** 384,2** 1,9** Altura espiga (cm) 106 b 110 a 105 b 107 b 108 a 100 c 104 b 105 b 102 c 101c 100 c 95 e 100 c 101 c 102 c 100 c 97 d 100 c 100 c 98 d 96 d 96 d 95 e 94 f 97 d 98 d 93 f 97 d 97 d 96 d 89 g 93 f 92 f 86 g 91 f 98 10 16,2** 409,7** 1,8** Estande colheita 39 a 38 a 38 a 39 a 38 a 41 16 1,0 ns 17,2** 1,5* ** e * Significativas a 1% e 5% de probabilidade, respectivamente, pelo teste F. As médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si pelo teste de ScottKnott.

16 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de Tabela 5. Resumo das análises de variância da produtividade de grãos (kg.ha1) de cada ensaio. Região Nordeste do Brasil, 2005. Ambientes Paraibano/MA Colinas/MA São Raimundo das Mangabeiras/MA Anapurus/MA Teresina sequeiro/pi Teresina irrigado/pi Uruçuí/PI Baixa Grande do Ribeiro/PI Nova Santa Rosa/PI Ipanguasu/RN Araripina/PE Arapiraca/AL Teodoro Vilela/AL Simão Dias/SE N. Sra das Dores/SE Frei Paulo/SE Barra Choca/BA Presidente Dutra/BA Paripiranga/BA Quadrado Médio Híbridos Resíduo Média CV (%) 79 ** 11432 ** 8516 ** 1066685 ** 1191385 ** 12800 ** 3533 ** 1111696 ** 10948 ** 27028 ** 11532 ** 2287730 ** 148 ** 171 ** 15238 ** 1843745 ** 264 ** 8785 ** 1478112 ** 198380 297076 103016 289953 393247 4024 1377 195209 124080 879269 422817 369489 406920 432786 299684 13 1153747 6520 3335 29 48 10 4725 15 78 5177 31 5289 7143 51 32 3987 47 5514 6916 7980 3477 7320 8,8 11,2 6,5 11,3 10,0 8,3 7,7 7,6 6,7 13,1 13,9 10,8 16,0 10,7 9,9 11,3 13,4 23,2 7,8 ** significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 17 Tabela 6. Estimativas dos parâmetros de adaptabilidade e estabilidade de 35 híbridos de milho em 19 ambientes do Nordeste brasileiro no ano agrícola de 2005. Medidas de grãos (kg/ha) Híbridos b 1 b Geral Desfavorável Favorável 2 b1 +b 2 S 2 d R 2 (%) 2 B 9 2 B 710 Pioneer 30 F 44 Pioneer 30 F 70 DAS 90 TORK DAS 8420 DAS 8480 Pioneer 30 F 98 Pioneer 30 F 90 Pioneer 30 K 75 Pioneer 3041 2 C 9 DAS 657 Taurus Fort Orion a 6452 a 86 a 47 b 13 c 97 c 00 c c 01 c 26 d 18 d d 55 d 53 d 42 d 5768 d 5742 d 45 5332 53 5329 17 5117 5236 51 53 29 43 81 4898 64 47 48 7930 7990 75 79 70 7445 7288 7443 7305 71 7122 6936 7172 7083 6913 7144 6973 1,19 * 1,36 ** 0,93 ns 0,98 ns 1,18 * 1,10 ns 1,08 ns 1,13 ns 1,00 ns 1,07 ns 1,08 ns 0,88 ns 1,09 ns 1,02 ns 0,94 ns 1,18 * 1,02 ns 0,29 ns 0,85 ** 0,05ns 0,73 ** 0,11 ns 0, * 0,06 ns 0,34 ns 0,25 ns 0,19 ns 0,00 ns 0,24 ns 0,13 ns 0,27 ns 0,13 ns 0,52 ** 0,18 ns 0,89 ns 0, ** 0,99 ns 1,72 ** 1,30 * 1, ** 1,15 ns 0,79 ns 1,25 ns 1,27 ns 1,07 ns 1,13 ns 1,23 ns,075 ns 0,80 ns 0,65 ** 1,20 ns 9841 ** 25770 ** 803570 ** 1942926 ** 11651 ** 9971 ** 8821 ** 116 ** 1082457 ** 6452 ns 7810 ns 729641 * 4183 ns 7193 * 481176 ns 1931928 ** 402122 ns 87 76 85 77 86 88 87 84 83 90 91 85 93 87 90 77 93

18 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de Tabela 6. Continuação... Medidas de grãos (kg/ha) Híbridos b 1 b Geral Desfavorável Favorável 2 b1 +b 2 S 2 d R 2 (%) A 010 AS 32 Pioneer 30 F 87 Pioneer 30 F 80 SHS 4080 A 44 SHS SHS 80 Tractor Strike SHS 70 AS 18 A 2555 A 44 Master Exceler A 015 SHS 4070 74 e e 37 e 09 e e 76 f 52 f 36 f 05 f 5390 f 5307 g 5241 g 5228 g 5223 g 5214 g 5191 g 5114 g 13 g 4753 87 4711 99 4778 4574 4748 4416 45 4514 4571 4487 4447 4369 44 4395 42 6940 6972 6577 6843 6436 66 82 66 66 96 48 91 78 09 03 1,10 ns 1,04 ns 0,86 ns 0,99 ns 0,96 ns 0,75 ** 1,04 ns 0,77 ** 1,04 ns 0,98 ns 0,94 ns 0,76 ** 0,82 * 0,94 ns 0,96 ns 0,86 ns 0,88 ns 0,93 ns 0,47 * 0,02 ns 0,04 ns 0,09 ns 0,10 ns 0,48 * 0,12 ns 0,05 ns 0,05 ns 0,27 ns 0,16 ns 0,10 ns 0,18 ns 0,02 ns 0,07 ns 0,01 ns 0,16 ns 0,04 ns 0, * 1,01 ns 0,82 ns 1,09 ns 0,86 ns 1,23 * 1,16 ns 0,71 ns 1,10 ns 0,70 ns 1,11 ns 0,66 ns 1,00 ns 0,91 ns 1,04 ns 0,84 ns 0,71 ns 0,97 ns 570952 ns 95 ns 701096 * 0987 ns 932400 ** 51 ns 1032039 ** 1522704 ** 12407 ** 1031933 ** 2876 ns 893793 ** 5178 ns 429351 ns 2195 ns 709396 * 1280940 ** 1120317 ** 90 90 84 90 83 85 84 66 82 81 90 76 87 91 88 84 75 80 * e ** significativamente diferente da unidade, para b 1 e b 1 +b 2, e de zero, para b 2 a 5% e a 1% de probabilidade pelo teste t de Student, respectivamente. ** significativamente diferente de zero, pelo teste F, Q.M. do desvio. As médias seguidas pelas mesmas letras não diferem entre si pelo teste ScottKnott.

Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de 19 Conclusões Os híbridos mostram alta adaptação às diferentes condições ambientais do Nordeste brasileiro destacandose aqueles que evidenciam adaptabilidade ampla, os quais se constituem em excelentes alternativas para exploração comercial nessa região. Referências CARDOSO, M. J.; CARVALHO, H. W. L. de.; OLIVEIRA, A. C.; SOUZA, E. M. de. Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de milho em diferentes ambientes do MeioNorte brasileiro. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v.35, n.1, p.6875, 2004. CARVALHO, H. W. L. de.; CARDOSO, M. J.; LEAL, M. de L da S.; SANTOS, M. X. dos.; SANTOS, D. M. dos.; TABOSA, J. N.; LIRA, M. A.; SOUZA, E. M. de. Adaptabilidade e estabilidade de híbridos de milho no Nordeste brasileiro. Revista Científica Rural, Bagé, RS, v.9, n.1, p.118125, 2004. CARVALHO, H. W. L. de.; CARDOSO, M. J.; LEAL, M. de L da S.; SANTOS, M. X. dos.; SANTOS, D. M. dos.; TABOSA, J. N.; LIRA, M. A.; SOUZA, E. M. de. Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de milho no Nordeste brasileiro no ano agrícola de 2003. Revista Científica Rural, Bagé, RS, v.10, n.2, p.4352, 2005. CARVALHO, H. W. L. de; LEAL, M. de L. da S.; CARDOSO, M. J.; SANTOS, M. S. dos; TABOSA, J. N.; CARVALHO, B.C.L. de; ALBUQUERQUE, M. M. e SANTOS, D.M. Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de milho no Nordeste brasileiro no ano agrícola de 1998/99. Agrotrópica, Itabuna, BA, v.12, n.1, p.2128, 2000. CARVALHO, H. W. L. de.; SANTOS, M X. dos.; LEAL, M. de L da S. PACHECO, C. A. P; CARDOSO, M. J.; MONTEIRO A. A. T. Adaptabilidade e estabilidade de produção de cultivares de milho no Nordeste brasileiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v.34, n.9, p.1111, 1999.

20 Adaptabilidade e Estabilidade de Híbridos de Milho no Nordeste Brasileiro no Ano Agrícola de CRUZ, C. D.; TORRES, R. A. de.; VENCOVSKY, R. An alternative approach to the stability analisis by Silva and Barreto. Revista Brasileira de Genética, Ribeirão Preto, SP, v. 12, p. 70, 1989. GOMES, F. P. Curso de estatística experimental. 8. ed. São Paulo: Nobel, 1990. 4 p. RAMALHO, M A. P.; SANTOS, J. B. dos.; ZIMMERMANN, M. J de O. Genética quantitativa em plantas autógamas: aplicação no melhoramento do feijoeiro. Goiânia: UFG, 1993. P. 131169. (Publicação, 120). SCAPIM, C. A.; CARVALHO, C. G. P de.; CRUZ, C. D. Uma proposta de classificação dos coeficientes de variação para a cultura do milho. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 30, n. 5, p. 683686, 1995. SOUZA, E. M. de.; CARVALHO. H. W. L. de.; LEAL, M. de L. da S.; SANTOS, D. M. dos Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de milho nos Estados de Sergipe e Alagoas. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 35, n. 1, p. 76 81, 2004 a. SOUZA, E. M. de. CARVALHO. H. W. L. de.; LEAL, M. de L. da S.; Adaptabilidade e estabilidade de variedades e híbridos de milho no Estado de Sergipe no ano agrícola de 2002.. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 35, n. 1 p. 52, 2004 b VENCOVSKY. R.; BARRIGA, P. Genética biométrica no fitomelhoramento. Ribeirão Preto: Sociedade Brasileira de Genética, 1992. 6 p.

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