Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Documentos relacionados
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTOS DAS NANOTECNOLOGIAS: MÉTODO E SOFTW ARE IMP ACTOS- NANOTEC. Katia Regina Evaristo de Jesus',Odílio

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Prolaminas do Milho: Análise por Espectroscopia na Região do Infravermelho e sua Utilização para Obtenção de Filmes Contendo Óleos Vegetais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de N anotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do '7 Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

E RADIAÇÃO UV. e-rnail Resumo

IMPACTOS AMBIENTAIS: ESTUDO DE CASO DAS. Leonardo da Silva Granzíera"; Katia Regina Evaristo de Jesus': Catiana Regina Brumatti', Odílío B. G.

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Geleia de Cupuaçu C O L E Ç Ã O I A F A M. 2 a edição revista e atualizada

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Instrumentação Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Efeito do Cozimento e Mercaptoetanol nas Proteínas do Glúten de Trigo

Atlas de Morfologia Espermática Bovina

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

ANALISADOR GRANULOMÉTRICO AUTOMATIZADO APLICADO NA CARACTERIZAÇÃO DE PÓS DE VIDRO PROCESSADOS POR MOAGEM

Química Analítica Ambiental

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Caracterização Da Produção Tecnológica Via Proteção Da Propriedade Intelectual Pela Embrapa Instrumentação Agropecuária

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Metodologia para análise de mosto e suco de uva

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

KIT MEDIDOR DE SEMENTES PARTIDAS DE SOJA

Aspectos Práticos da Micropropagação de Plantas

Manual de Métodos de Análise de Solo

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Manual de Métodos de Análise de Solo

A Cevada Irrigada no Cerrado

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento A CULTURA DO SAPOTI

Hortaliças Leguminosas

Manual de Métodos de Análise de Solo

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Meio-Norte. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

ISSN Outubro, Boletim Agrometeorológico Fazenda Nhumirim

PECUÁRIA FAMILIAR no Município de Bagé, RS

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Castanha-do-Brasil Despeliculada e Salgada

MELÃO. Pós-Colheita. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical Ministério da Agricultura e do Abastecimento

Documentos. ISSN O X Dezembro Boletim Agrometeorológico de 2015 para o Município de Parnaíba, Piauí

Castanha de Caju. Iniciando um Pequeno Grande Negócio Agroindustrial. Série Agronegócios

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio Anais do V Workshop 2009

Guia para o reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas

O produtor pergunta, a Embrapa responde

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Piscicultura de pirarucu

Peixe Defumado. 2 a edição revista e atualizada

O produtor pergunta, a Embrapa responde

Boletim agrometeorológico de 2017 para o município de Teresina, PI

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Uva e Vinho Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Uva e Vinho

Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio. Anais do V Workshop 2009

Transferência de Tecnologia

EFEITO DA ADIÇÃO DE ÁCIDO TÂNICO SOBRE PROPRIEDADES DE FILMES DE ZEÍNA

IV REUNIÃO TÉCNICA DE PESQUISAS EM MARACUJAZEIRO. Trabalhos apresentados

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Documentos 228

Criação de bovinos de leite no Semi-Árido

ESTUDO COMPARATIVO DO COEFICIENTE DE DIFUSÃO, PERMEABILIDADE AO VAPOR D ÁGUA, E TEOR DE UMIDADE DE FILMES DE QUITOSANA COM ADIÇÃO DE CORANTES.

Produção de morangos em sistema de base ecológica

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Instrumentação Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Saneamento básico rural

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Milho e Sorgo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento A CULTURA DO MINIMILHO

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Pecuária Sul Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ovinos

Aceitabilidade da Carne de Rã Desfiada em Conserva

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Arroz e Feijão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Comunicado Técnico 43

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroenergia Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Análise Química da Biomassa

O produtor pergunta, a Embrapa responde

Farinha Mista de Banana Verde e de Castanhado-Brasil

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agropecuária Oeste Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Manual de Laboratório

SELEÇÃO DA 16ª TURMA DE DOUTORADO EM EDUCAÇÃO Edital PPGE/FE/UFG 04/2017. Cronograma do Exame Oral

A PROPAGAÇÃO DO ABACAXIZEIRO

2 Agricultura de Precisão. Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Boletim agrometeorológico de 2017 para o município de Parnaíba, PI

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Documentos 180

Documentos. ISSN Agosto, Boletim Agrometeorológico 2013

Coleta de parasitos em peixes de cultivo

Criação de abelhas (Apicultura)

ISSN Novembro, Boletim Agrometeorológico 2000: Estação Agroclimatológica da Embrapa Amazônia Ocidental, no Km 29 da Rodovia AM 010

Documentos. ISSN Agosto, Boletim Agrometeorológico 2014

Transcrição:

ISSN 2175-8395 Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento REDE DE NANOTECNOLOGIA APLICADA AO AGRONEGÓCIO ANAIS DO VI WORKSHOP 2012 Maria Alice Martins Morsyleide de Freitas Rosa Men de Sá Moreira de Souza Filho Nicodemos Moreira dos Santos Junior Odílio Benedito Garrido de Assis Caue Ribeiro Luiz Henrique Capparelli Mattoso Editores Fortaleza, CE 2012

Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na: Embrapa Instrumentação Rua XV de Novembro, 1452, CEP 13560-970 São Carlos, SP Fone: (16) 2107-2800 Fax: (16) 2107-2902 http://www.cnpdia.embrapa.br E-mail: sac@cnpdia.embrapa.br Comitê de Publicações da Embrapa Instrumentação Presidente: João de Mendonça Naime Membros: Débora Marcondes Bastos Pereira Milori, Washington Luiz de Barros Melo, Sandra Protter Gouvêa, Valéria de Fátima Cardoso. Membro suplente: Paulo Sérgio de Paula Herrmann Júnior Embrapa Agroindústria Tropical Rua Dra. Sara Mesquita, 2270, CEP 60511-110 Fortaleza, CE Fone: (85) 3391-7100 Fax: (85) 3391-7109 http:// www.cnpat.embrapa.br E-mail: sac@cnpat.embrapa.br Comitê de Publicações da Embrapa Agroindústria Tropical Presidente: Antonio Teixeira Cavalcanti Júnior Secretário-Executivo: Marcos Antonio Nakayama Membros: Diva Correia, Marlon Vagner Valentim Martins, Arthur Cláudio Rodrigues de Souza, Ana Cristina Portugal Pinto de Carvalho, Adriano Lincoln Albuquerque Mattos e Carlos Farley Herbster Moura Supervisor editorial: Dr. Victor Bertucci Neto Capa: Mônica Ferreira Laurito, Pedro Hernandes Campaner Imagens da capa: Imagem de MEV-FEG de Titanato de potássio Henrique Aparecido de Jesus Loures Mourão, Viviane Soares Imagem de MEV de Eletrodeposição de cobre Luiza Maria da Silva Nunes, Viviane Soares Imagem de MEV de Colmo do sorgo Fabrício Heitor Martelli, Bianca Lovezutti Gomes, Viviane Soares Imagem de MEV-FEG de HPMC com nanopartícula de quitosana Marcos Vinicius Lorevice, Márcia Regina de Moura Aouada, Viviane Soares Imagem de MEV-FEG de Vanadato de sódio Waldir Avansi Junior Imagem de MEV de Fibra de pupunha Maria Alice Martins, Viviane Soares 1ª edição 1ª impressão (2012): tiragem 300 Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n o. 9.610). CIP-Brasil. Catalogação na publicação. Embrapa Instrumentação Anais do VI Workshop da rede de nanotecnologia aplicada ao agronegócio 2012 São Carlos: Embrapa Instrumentação; Fortaleza: Embrapa Agroindústria Tropical, 2012. Irregular ISSN: 2175-8395 1. Nanotecnologia Evento. I. Martins, Maria Alice. II. Rosa. Morsyleide de Freitas. III. Souza Filho, Men de Sá Moreira de. IV. Santos Junior, Nicodemos Moreira dos. V. Assis, Odílio Benedito Garrido de. VI. Ribeiro, Caue. VII. Mattoso, Luiz Henrique Capparelli. VIII. Embrapa Instrumentação. IX. Embrapa Agroindústria Tropical.! Embrapa 2012

C A R A C T E RI Z A Ç Ã O PO R A F M D E F IL M ES D E Z E Í N AS C O M DI F E R E NT ES C O N C E N T R A Ç Õ ES D E Á C ID O O L E I C O C O M O PL AST IF I C A N T E Rubens Bernardes-Filho. Juliana A. Scramim. Lucimara A. Forato, Odilio B.G. Assis Embrapa Instrumentação São Carlos SP. rubens@cnpdia.embrapa.br; odilio@cnpdia.embrapa.br Projeto Componente: PC3 Plano de Ação: 3 Resumo Zeínas puras são frágeis, quebradiças não apropriadas à confecção de filmes seja para emprego como embalagens ou para uso geral. Para elevar a plasticidade, a adição de plastificante é necessária. Neste trabalho avaliamos pequenas adições de ácido oleico como plastificante em filmes a base de zeínas processados por casting. As caracterizações foram realizadas por microscopia de força atômica, enfocando aspectos como rugosidade, porosidade e principalmente a avaliação da alteração na hidrofilicidade por meio de medida de força de adesão. Palavras-chave: Zeínas, filmes finos, plastificante, análise superficial, AFM Publicações relacionadas SCRAMIM, J.A.; BRITTO, D.; FORATO, L.A.; BERNARDES-FILHO, R.; COLNAGO, L.A., ASSIS, O.B.G. Characterisation of zein oleic acid films and applications in fruit coating. International Journal of Food Science & Technology. 46[10]:2145-2152 (2011). Introdução Zeínas consistem em proteínas do milho, o que faz deste material uma fonte abundante e de matériaprima. As zeínas, ou prolaminas, do milho têm sido consideradas como interessantes para diversas aplicações com o objetivo de substituir os polímeros sintéticos convencionais [1,2]. Estas proteínas também são reconhecidas como GRAS (Generally Recognized as Safe) pelo FDA (Food and Drug Administration, USA), o que as torna apropriadas para o emprego em alimentos. Zeínas puras contudo, são extremamente frágeis e com pouca elasticidade. Para a formação de filmes há a necessidade da adição de plastificantes para que as propriedades mecânicas sejam no mínimo melhoradas para que os filmes produzidos apresentem razoável manuseabilidade. Segundo a literatura, os plastificantes adicionados às zeínas são o glicerol, o poli(etileno glicol) e o sorbitol. Recentemente temos acompanhado uma série de trabalhos que empregam o ácido oleico (AO) como plastificante, principalmente para aplicações de zeínas na área de alimentos [3]. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito de pequenas adições de AO sobre as propriedades superficiais de filmes a base de zeínas, por análises de Microscopia de Força Atômica (AFM). M ateriais e métodos As zeínas foram extraídas do glúten de milho fornecido pela Corn Products Brasil (São Paulo, 162

SP), segundo procedimento detalhadamente descrito em Forato et al., [4]. Os filmes foram obtidos por casting sobre superfície apolar plana (acrílico) nas concentrações de zeínas a 4,0% (w/w) em solução aquosa de etanol a 70% e com adições de AO de 0,25; 0,50 e 1,0 % (em massa). Empregou-se um Utilizou-se ponta piramidal modelo RTESP com altura de 15 m. Imagens foram registradas em áreas aleatórias de 10 m X 10 m. Para a análise de valores de aderência, empregou-se uma ponta de nitreto de silício modelo MLCT também da Veeco. Resultados e discussão Imagens típicas de AFM geradas nos filmes estão dispostas na Figura 1. Vemos que filmes processados sem adição de plastificante apresentam uma topografia bastante irregular, revelando fraturas e descontinuidades (depressão central da Figura 1(a)). Para as amostras com plastificante temos uma matriz contínua com poucas características. Predominam poros circulares com dimensões variáveis de acordo com o teor de plastificante (Tabela 1). Para filmes processados com 1,0 %AO, apesar da presença de poros de maiores dimensões, a superfície final é relativamente menos rugosa. O tamanho médio de poros medido é de 1,21 ± 0,67 µm sendo os resultados bem similares aos registrados para filmes processados com glicerol como plastificante [5]. Demais características superficiais dos filmes também são fortemente influenciadas pelo teor de plastificante adicionado. Segundo as medidas de AFM, há uma clara correlação entre as medidas de força de adesão e a quantidade de AO adicionado (Figura 2 e Tabela 1). Durante a medida de força, ao haver a aproximação com a superfície a ponta sofre ação de forças atrativas. No processo de afastamento da ponta, a força necessária (a pull-off force) para vencer a atração é dependente da umidade e consequentemente da hidrofilicidade da amostra [6]. Assim observa-se que com o aumento do teor de plastificante há uma elevação da hidrofilicidade superficial, o que acarreta em um proporcional aumento da força de adesão (Fig. 2). O aumento da hidrofilicidade com o aumento do teor de plastificante, em filmes de zeínas, tem sido observado em diversos trabalhos realizados pelo grupo [7]. Figura 1. Imagens topográficas por AFM para filmes de zeínas processados sem (a) e com plastificante (0.25% (b); 0.5% (c); 1.0% (d)). Tabela 1. Força de adesão, tamanho de poros e rugosidade em função do teor de plastificante (AO) % of AO added Apparent pore size (µm) Adhesion force (nn) 0.00-3.73 ± 0.21 0.25 0.60 ± 0.12 24.22 ± 0.44 0.50 0.84 ± 0.71 25.84 ± 0.88 1.00 1.21 ± 0.67 55.10 ± 0.30 *standard uncertainty of 0.5nm Para o caso específico da adição de AO em zeínas, temos uma correspondência linear com relação à adesão. Este resultado indiretamente indica que uma maior quantidade de moléculas de água é adsorvida na superfície, ou seja, a presença de plastificante reduz a hidrofobicidade inicial medida para as zeínas. A rugosidade também contribui para este aspecto. Geralmente a rugosidade desempenha papel fundamental na molhabilidade, considerando que um abaixamento da rugosidade leva a um aumento da força de adesão [8]. Contudo, como observado para os filmes de zeinas, com o aumento do teor de plastificante a rugosidade é levemente reduzida (Tabela 1). A força de adesão por sua vez te um acréscimo proporcional sugerindo que a hidrofilicidade é fortemente dependente do teor de plastificante, com efeito superior à rugosidade. 163

Referências Figure 2. Força de adesão entre a ponta do AFM e a superfície do filme. Conclusões Filmes a base de zeínas podem ser obtidos por técnicas de casting com pequenas adições de plastificantes. Analises topográficas realizadas por microscopia de força atômica indicam forte influencia do teor adicionado nas propriedades superficiais como rugosidade, formação de poros e principalmente na alteração da hidrofilicidade, aqui avaliada por meio da força de adesão entre a ponta do AFM e a superfície do filme. Quanto maior o teor de AO maior será a hidrofilicidade do filme. 1. J.W. Lawton Cereal Chem. 2002, 79, 1-18. 2. H. Zhang; G. Mittal Environ. Progress & Sustainable Energy. 2010, 29, 203-220. 3. L. Fernández; E.D. Apodaca; M. Cebrián; M.C. Villarán,; J.I. Maté, J.I. Eur. Food Res. Techn. 2007, 224, 415 420. 4. L.A. Forato; T.C. Bicudo; L.A. Colnago. Biopolymers (Biospectroscopy), 2003, 72, 421-426. 5. B. Ghanbarzadeh; A.R. Oromiehie; M. Musavi; P.M. Falcone; Z.E. D-Jomeh; E.R. Rad Pack. Techn. Sci. 2007, 20, 155-163. 6. M. Farshchi-Tabrizi; M. Kappl; Y. Cheng; J. Gutmann; H-J. Butt Langmuir, 2006, 22, 2171-2184. 7. J.A Scramim; D. de Britto; L.A. Forato; R, Bernardes-Filho; L.A. Colnago; O.B.G. Assis Intern. J. Food Sci. Techn. 2011, 46, 2145-2152. 8. K.N.G. Fuller; D. Tabor, D Proceedings of the Royal Society A. 345, 1975, 327-342. Agradecimentos Os autores agradecem a EMBRAPA (Rede AgroNano), CAPES, Finep e ao CNPQ, pela concessão de bolsa e de recursos. 164