Regulamento de Prevenção e Controlo da Violência nas Competições da Federação Portuguesa de Surf

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Transcrição:

Regulamento de Prevenção e Controlo da Violência nas Competições da Federação Portuguesa de Surf Introdução A fim de cumprir o disposto na Lei é elaborado o presente regulamento, o qual é complementado pelos regulamentos de provas, regras de competição, regulamento disciplinar e estatutos da FPS. À excepção de algumas competições de skate que se realizam em pavilhões, é característica das competições que se realizam sobre a tutela da FPS a realização em ambiente natural, ao ar livre e mais particular nas praias. Tal leva a que as medidas de controlo sejam dificultadas. No entanto beneficia a FPS da tradição da não existência de violência com características de gravidade, vivendo-se ainda um ambiente de assistência a um espetáculo onde o espectador beneficia sempre independentemente das suas preferências e do resultado da contenda. Não existe igualmente cobrança de bilhetes e salvo em competições internacionais de algum relevo onde existem algumas bancadas, os espectadores assistem em locais por si livremente escolhidos no espaço natural onde decorre não estando condicionados a movimentações. CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º Objecto O presente regulamento tem por objecto prevenir e controlar as manifestações de violência associadas aos desportos tutelados pela FPS através do estabelecimento de normas de disciplina e ordenamento a aplicar

nas áreas de competição e anexas ás mesmas, por forma a permitir que os eventos desportivos decorram em conformidade com os princípios éticos inerentes à práctica do desporto. Artigo 2º Âmbito O disposto no presente regulamento aplica-se a todas as provas desportivas organizadas pela FPS ou por ela homologadas. Artigo 3º Definições Para efeitos do presente regulamento entendem-se por: a) Área de competição Zona onde decorre a competição, incluindo as zonas de circulação que permitem aos competidores acederem ou saírem da zona onde realizam a sua prestação. b) Àrea anexa Zona onde estão implantadas as estruturas de apoio ao corpo técnico, órgãos de comunicação social, competidores, de espaço institucional dos patrocionadores e de estacionamento reservado à organização, membros da FPS e convidados de honra e respectiva comitiva. c) Organizador da competição: a FPS, clube ou sociedade desportiva/promotora de eventos que se encontram responsáveis isolada ou conjuntamente pela organização da prova. d) Coordenador de segurança: Elemento designado pela organização da competição para em cooperação com as autoridades policiais zelar pela segurança de espectáculo desportivo. Artigo 4º Regulamentos desportivos O presente regulamento é complementado pelos regulamentos abaixo enumerados os quais prevêem nomeadamente: a) Regulamento disciplinar No que respeita á aplicação de medidas disciplinares: -Âmbito da aplicação -Sujeição ao poder disciplinar

-Conceito de infracção disciplinar -Pressupostos de punição -Aplicação no tempo -Competência disciplinar -Procedimentos disciplinares -Penas disciplinares e seus efeitos -Medida e graduação das penas -Tramitação do processo -Multas e seu destino b)regulamento de provas c) Estatutos Penalizações por: -Denegrir a imagem do desporto por má conduta -Destruição de propriedade do evento -Agressão e/ou gestos grosseiros a juiz -Utilização de linguagem grosseira em área restrita -Utilização de linguagem grosseira para com os juízes -Agressão e/ou insultos ao staff da prova -Danificação de equipamento na prova e em área competitiva -Ocupação da área de competição enquanto a mesma decorre -Insultos e/ou agressão à imprensa Sanções e sua graduação, órgãos federativos competentes para apreciação e instauração de penalizações bem como os moldes geraisem que deverá decorrer o processo. e) Regulamento de Arbitragem Relatório da prova e participação de anomalias ou actos de indisciplina

CAPÍTULO II DEVERES DOS ORGANIZADORES Artigo 5º Deveres dos Organizadores de Competição a) Sempre que for previsível a existência de situações de risco de violência assegurar o policiamento estabelecendo conjuntamente com as autoridades um plano de actuação. b) Promover a vigilância da zona de prova identificando e referenciando ás autoridades policiais os elementos que pelo seu estado de alcoolemia ou utilização de estupefacientes possam desancadear situações de violência. c) Assegurar conjuntamente com as forças policiais que as vias de acesso estejam desimpedidas. d) Designar um coordenador de segurança para desempenhar as funções determinadas no artigo 3º alínea d). e) Definir as condições de trabalho e circulação da comunicação social. f) Incentivar através dos meios ao seu alcance o espírito ético e desportivo dos competidores e espectadores. g) Quando seja a FPS a organizar as competições, tomar medidas contra os seus associados envolvidos em actos de violência. h) Quando sejam outros que não a FPS a organizar as competições, deverão comunicar a esta sempre que os associados a ela pertencentes estejam envolvidos em actos de violência. CAPÍTULO III SANÇÕES E PROCEDIMENTO DISCIPLINAR Artigo 6º Sanções por não cumprimento dos deveres dos organizadores da competição Para além das sanções previstas nos regulamentos referidos ao Artigo 4º poderão os organizadores de provas homologadas pela FPS ver recusada a homologação de provas por eles realizadas por tempo a determinar pela direcção da FPS depois de ouvidos sempre que necessário o Conselho

Disciplinar e Conselho Jurisdicional quando se verifiquem nas provas por estes organizadas as seguintes faltas que a estes possam ser imputadas: a) Disturbios ocorridos na área de competição ou anexas que provoquem lesões em espectadores, dirigentes, médicos, treinadores, elementos do corpo técnico, competidores ou elementos das autoridades policiais com funções de manutenção da ordem bem como os que causarem danos patrimoniais. b) Actos referidos na alínea anterior que criem dificuldades que levem a organização da prova ou o director técnico da prova justificadamente a não dar inicio á competição, a interrompê-la ou a dá-la por terminada. A recusa de homologação poderá ser igualmente aplicada em casos de tentativa de agressão ou da práctica de actos intimidatórios contra entidades e elementos referidos na alínea a) do numero anterior. Artigo 7º Procedimento disciplinar As sanções só poderão ser aplicadas mediante a instauração de procedimento disciplinar seguindo os trâmites previstos no regulamento disciplinar podendo ser adoptadas medidas preventivas durante o tempo em que decorrer o processo. CAPÍTULO IV DAS CONTRAS ORDENAÇÕES Prevêem os artigos 21º e 22º da Lei nº38/98 de4 de Agosto entre outras as seguintes contra-ordenações e coimas. Artigo 8º Contra ordenações Constituem contra-ordenação punida com coima para efeitos do disposto na lei acima referida com as devidas adaptações ás competições da FPS ou por ela homologadas: a)o arremesso na área de competição e anexas de quaisquer objectos, ainda que de tal facto não resulte ofensa corporal para qualquer pessoa; b)a entrada não autorizada de qualquer pessoa na área de competição, enquanto nela permanecerem os elementos do corpo técnico ou intervenientes na competição;

c)a práctica de actos, na área de competição e anexas, que incitem à violência, ao racismo e à xenofobia. d)a introdução ou utilização de material produtor de fogo de artificio ou objectos similares, sem prejuízo de outras sanções aolicáveis. Artigo 9º Coimas 1-As coimas a aplicar estão sujeitas ao regime geral de contra-ordenações. 2- Constituem contra-ordenação muito grave, punida com coima prevista por lei, o estatuído nas alíneas a), b), c) e d9. 3- O não cumprimento por parte dos promotores de espectáculo desportivo, do disposto no artigo anterior é punido com coima prevista por lei. Artigo 10º Dos dirigentes, promotores do espectáculo desportivo e dos agentes desportivos 1-Os agentes desportivos, nomeadamente dirigentes, juízes, treinadores, praticantes, que, por qualquer forma, praticarem ou incitarem à prática de actos enquadráveis na alínea c) do nº1 do artigo 9º são punidos com coima prevista por lei, quando tal não constituir ílicito criminal e sem prejuízo das sanções disciplinares a que houver lugar. 2- O disposto no número anterior é aplicável aos médicos, massagistas, empregados dos clubes ou atletas, que serão punidos com coima prevista por lei. Artigo 11º Determinação da medida de coima 1-A determinação da medida de coima, dentro dos seus limites, faz-se em função da gravidade da contra-ordenação, da culpa, da situação económica do agente e do beneficio económico que este retirou da prática da contraordenação. 2- A tentativa e a negligência são puníveis, com redução a metade dos limites mínimo e máximo da coima aplicável.

Artigo 12º Instrução do processo e aplicação da coima 1-A instrução dos processos de contra-ordenação referidos neste capitulo compete à autoridade policial que verifica a ocorrência. 2- A aplicação das coimas no âmbito das competições não profissionais, é da competência dos governadores civis do distrito no território do continente e, nas Regiões Autónomas, do membro do Governo responsável pela área do desporto, consoante o local onde tenha ocorrido a contra-ordenação. Artigo 13º Produto e processamento das coimas 1-O produto das coimas previstas no artigo anterior constitui receita, em igual percentagem, do Ministério da Administração Interna e do Instituto do Desporto e Federação Portuguesa de Surf para suporte de encargos com o policiamento dos espectáculos desportivos, para a modernização dos recintos desportivos e para o fomento de campanhas de prevenção e combate à violência associada ao desporto. 2- Nas Regiões Autónomas o produto das coimas previstas no artigo anterior constitui receita própria afecta às finalidades referidas no nº1. Artigo 14º Entrada em vigor do regulamento O presente regulamento passará a vigorar com as alterações que eventualmente venham a ser introduzidas após aprovação em Assembleia Geral. Regulamento aprovado em Assembleia Geral de 1 de Maio de 1999