COMPETÊNCIAS DEMANDADAS POR BIBLIOTECÁRIOS NA GESTÃO DE BIBLIOTECAS: uma revisão bibliográfica

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Transcrição:

Powered by TCPDF (www.tcpdf.org) COMPETÊNCIAS DEMANDADAS POR BIBLIOTECÁRIOS NA GESTÃO DE BIBLIOTECAS: uma revisão bibliográfica Edinara Sobrinho da Silva Cativo (IFAM) - nara.sds@gmail.com Jorge Cativo (INPA) - jcativo@gmail.com Amélia Jandrea de Souza (IFAM) - amyjonas7@gmail.com Resumo: O artigo tem como objetivo mapear as principais competências demandadas por bibliotecários atuantes na gestão de bibliotecas. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa bibliográfica que identifica a partir das principais fontes impressas e em meio eletrônico, habilidades e atitudes recomendadas nas práticas profissionais de bibliotecários gestores em bibliotecas. Apresenta algumas reflexões para o alcance de boas práticas a bibliotecários gestores. Espera-se que tais competências, quando relacionadas à gestão, sirvam de parâmetros para a construção do diferencial na atuação de profissionais cientes da necessidade de empreender, inovar e liderar equipes com o propósito de garantir postura e atendimento de excelência à comunidade que desses espaços depende. Palavras-chave: Competências. Gestão. Bibliotecas. Bibliotecários gestores. Eixo temático: Eixo 3: Gestão de bibliotecas: aquisição e tratamento de materiais no ambiente físico e virtual, curadoria digital, coleções especiais, desenvolvimento de serviços e produtos inovadores, bibliotecas digitais e virtuais, portais e repositórios, acesso aberto.

XXVII Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação Fortaleza, 16 a 20 de outubro de 2017. 1 INTRODUÇÃO A literatura descreve competência em informação como [..] um conjunto de competências e habilidades que uma pessoa necessita incorporar para lidar, de forma crítica e reflexiva, com os diversos recursos informacionais existentes (BELLUZZO; SANTOS; ALMEIDA JUNIOR, 2014, p. 63). Essas competências, quando entendidas como conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, melhoram a comunicação e a interação de profissionais. O foco da pesquisa pretende identificar algumas dessas competências relativas ao gestores das bibliotecas. Como contexto, une-se a missão do bibliotecário gestor com a necessidade de mediação e interação com um público a partir de ações e mudanças comportamentais além de sua própria necessidade por informação. Entende-se que essa relação depende primordialmente da postura do responsável por planejar e executar ações e decisões dentro no ambiente informacional. Como objetivo e metodologia, a pesquisa bibliográfica mapeou à luz da literatura, algumas competências demandadas por bibliotecários que atuam na gestão de bibliotecas. Quanto à questão da pesquisa, indaga quais as principais competências demandadas aos bibliotecários atuantes nesse campo de atuação? Sobre a justificativa da pesquisa, considera-se a necessidade de gestores buscarem habilidades e atitudes somadas aos fazeres profissionais, adequando continuamente a prestação de novos produtos e serviços e a interação necessária para atendimento de seu público. 2 COMPETÊNCIAS DEMANDADAS NA GESTÃO Segundo Campello (2003, p. 34) os textos relembram a competência tradicional do bibliotecário no uso da informação e da tecnologia e na identificação de necessidades informacionais dos usuários. Devem reafirmar a convicção no seu papel único e vital, desde que assuma as mudanças e se transforme em membro ativo, [...] deixando para trás suas características de

passividade e isolamento. Em relação às competências demandadas à gestão, verificou-se à luz da literatura a necessidade dos profissionais: a) Manterem-se atualizados: trata-se da capacidade de inovar e propor mudanças em suas estratégias de atuação, em que atualização é um prérequisito (FARIA et al, 2005, p. 31). b) Trabalharem em rede: representa a criação de vínculos que favorecem a atuação em equipes e o compartilhamento de estratégias e interesses. Define a qualidade dos compromissos que as pessoas estabelecem e associabilidade, que é a capacidade de adaptar-se ao contexto e de ampliar sua rede de relacionamento (FARIA et al, 2005, p. 31). c) Conhecerem outro idioma: é considerada um desdobramento da competência comunicação que é a capacidade de expressar-se de forma clara, precisa e objetiva, bem como habilidade para ouvir, processar e compreender o contexto da mensagem, argumentar com coerência, usando feedback de forma adequada e facilitando a interação entre as partes (FARIA et al, 2005, p. 31). d) Buscarem a ética como princípio: a resolução 42 de 11 de janeiro de 2002, que dispõe sobre o Código de Ética do Conselho Federal de Biblioteconomia em seu artigo 2 da seção 2, que trata dos direitos e deveres descreve que os deveres do profissional de Biblioteconomia compreendem além do exercício de suas atividades: a) dignificar, através dos seus atos, a profissão, tendo em vista a elevação moral, ética e profissional da classe; b) observar os ditames da ciência e da técnica, servindo ao poder público, à iniciativa privada e à sociedade em geral; c) respeitar leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão; d) respeitar as atividades de seus colegas e de outros profissionais; e) contribuir, como cidadão e como profissional, para o incessante desenvolvimento da sociedade e dos princípios legais que regem o país (CÓDIGO, 2002, seção I, Art. 2º). e) Terem capacidade empreendedora: mostra o grau de motivação com que o profissional se envolve nas diversas situações de trabalho e sua ambição para crescer (FARIA et al, 2005, p. 31). f) Usarem raciocínio lógico: a indissociabilidade entre o consciente racional e as atividades criativas leva as organizações a nomear a criatividade

para representar as competências cognitivas (FARIA et al, 2005, p. 31). g) Terem concentração: pode ser equiparada à competência atenção/priorização, que revela a visão global e percepção do contexto, capacidade de finalização e forma com que define prioridades em seu trabalho. (FARIA et al, 2005, p. 31). h) Serem proativos: tem equivalência com a competência antecipar ameaças, que revela a capacidade para antecipar ameaças e oportunidades e promover ações estratégicas. (FARIA et al, 2005, p. 31). i) Terem espírito de liderança: Saber coordenar processos e pessoas (OTTONICAR; BASSETTO e FERES, 2015, p. 12) e ser otimista no planejamento e execução das atividades desenvolvidas pela equipe de trabalho (DIAS et al., 2004, p. 4). j) Serem criativos: Possuir criatividade para contribuir com a inovação (OTTONICAR; BASSETTO e FERES, 2015, p. 12). l) Serem flexíveis: capacidade de adaptar-se às necessidades e as situações que aparecem em seu cotidiano (SILVA, 2011, p. 61). m) Trabalharem em equipe: o trabalho em equipe deve envolver [...] diferentes profissionais, permitindo o amplo desenvolvimento de ações que visem ao atendimento com qualidade do público leitor (RASTELI E CAVALCANTE, 2013, p. 173). n) Buscarem educação contínua: Nesse caminho, vale a proposição do aprendizado ao longo da vida que dá ao sujeito a oportunidade de compreender que é necessário aprender sempre (RASTELI E CAVALCANTE, 2013, p. 175). o) Assumirem responsabilidades: comprometimento dos mesmos com as suas atividades rotineiras (SILVA, 2011, p. 61). 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao discutir as competências inerentes ao âmbito gerencial de bibliotecas, verifica-se a necessidade de do profissional da informação criativo, com visão empreendedora e capaz de lidar com sua equipe de trabalho. Nesse contexto, bibliotecários são agentes difusores de aprendizagem visando a transformação de suas comunidades por meio do conhecimento. Suas competências relativas à gestão precisam romper paradigmas:

indo além da formação e manutenção de coleções de um acervo ou dos processos administrativos que centralizam o funcionamento desses espaços ao serviço de empréstimo e devolução. Por fim, é importante frisar que competências são indispensáveis para que os bibliotecários gestores atuantes em bibliotecas não estejam à margem de um processo de mudança que dificulte a compreensão da identidade e do papel das bibliotecas. Tais competências são essenciais para a construção de um profissional capaz de ter uma visão empreendedora, valorize sua equipe de trabalho assumindo responsabilidades necessárias para mudanças e melhorias contínuas. Esperam-se que as sugestões trazidas na literatura orientem bibliotecários gestores sobre a necessidade de uma atuação pautada na ética, na liderança, no espírito empreendedor e principalmente na construção do conhecimento das comunidades que suas bibliotecas atendem. REFERÊNCIAS BELLUZZO, Regina Célia Baptista; SANTOS, Camila Araújo dos; ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. A Competência em informação e sua avaliação sob a ótica da mediação da informação: reflexões e aproximações teóricas. Informação & Informação, Londrina, v. 19, n.2, p. 60-77, maio./ ago. 2014. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/informacao/article/view/19995> Acesso em: 05 set. 2016. CAMPELLO, Bernadete. A escolarização da competência informacional. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação: Nova Série, São Paulo, v.2, n.2, p. 63-77, dez. 2006. ISSN: 1980-6949. Disponível em: <http://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/viewfile/18/6>. Acesso em 30 out 2015.. O movimento da competência informacional: uma perspectiva para o letramento informacional. Ci. Inf., Brasília, v. 32, n. 3, p. 28-37, set./dez. 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v32n3/19021.pdf >. Acesso em 30 maio 2017. CÓDIGO de Ética do Profissional Bibliotecário. Disponível em: <http://www.crb14.org.br/userfiles/file/c%c3%b3digo%20de%20%c3%89tica %20Bibliotec%C3%A1rio.pdf> Acesso em: 10 jun. 2017.

DIAS, Maria Matilde Kronka et al. Capacitação do bibliotecário como mediador do aprendizado no uso de fontes de informação. Revista Digital de Biblioteconomia & Ciência da Informação, Campinas, v. 2, n. 1, p. 1-16, jul./dez. 2004.Disponível em: <http://www.sbu.unicamp.br/seer/ojs/index.php/rbci/article/viewfile/299/178> Acesso em: 4 set. 2016. FARIA, Sueli et al. Competências do profissional da informação: uma reflexão a partir da Classificação Brasileira de Ocupações. Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 2, p. 26-33, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28552> Acesso em: 01 nov. 2015. OTTONICAR, Selma Letícia Capinzaiki; BASSETTO, Clemilton Luis; FERES, Glória Georges. Papel do gestor sob a ótica da mediação da informação: um estudo de caso em uma empresa de consultoria em gestão empresarial. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM INFORMAÇÃO E MEDIAÇÃO, 2., 2015, São Paulo. Anais São Paulo: UNESP, 2015. Disponível em: <http://gicio.marilia.unesp.br/index.php/iiepim/iiepim/paper/view/7>. Acesso em: 27 out. 2016. RASTELI, Alessandro; CAVALCANTE, Lídia Eugenia. A competência em informação e o bibliotecário mediador da leitura em Biblioteca Pública. Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 18, n. 36, p. 157-180, abr. 2013. ISSN 1518-2924. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2013v18n36p157/24518>. Acesso em: 08 nov. 2016. SILVA, Eurileide Araujo da Silva. Competência em Informação: educação continuada dos profissionais bibliotecários. 2011. 70 f. Monografia (Monografia em Biblioteconomia) UFPB/CCSA, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. 2011. Disponível em: <https://books.google.com.br/books?id=irfc7wmputyc&lpg=pa1&hl=pt- BR&pg=PA1#v=onepage&q&f=false >. Acesso em: 27 fev. 2017.