UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA THAIS ANDREZZA DOS PASSOS

Documentos relacionados
PROCESSO DE SOLDAGEM TIG

Características. Fundamentos. Histórico SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR

Leste Universitário Goiânia-GO.

MARCELO NIEHUES SCHLICKMANN

FERNANDA MAZUCO CLAIN

Trabalho de solidificação. Soldagem. João Carlos Pedro Henrique Gomes Carritá Tainá Itacy Zanin de Souza

PRECIPITAÇÃO DA AUSTENITA SECUNDÁRIA DURANTE A SOLDAGEM DO AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX S. A. Pires, M. Flavio, C. R. Xavier, C. J.

Terminologia de Soldagem Equipamentos, Processos e Acessórios

Processo de Soldagem Eletroescória HISTÓRICO

INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS DE SOLDAGEM COMO TENSÃO E CORRENTE NA TAXA DE DEPOSIÇÃO PARA DIFERENTES ESPESSURAS DE CHAPA

XLI CONSOLDA CONGRESSO NACIONAL DE SOLDAGEM SALVADOR - BA 12 a 15 de Outubro de 2015

Processo, Consumíveis, Técnicas e Parâmetros, Defeitos e Causas

SOLDAGEM TIG. Prof. Dr. Hugo Z. Sandim. Marcus Vinicius da Silva Salgado Natália Maia Sesma William Santos Magalhães

5º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

XLI CONSOLDA CONGRESSO NACIONAL DE SOLDAGEM SALVADOR - BA 12 a 15 de Outubro de 2015

INFLUÊNCIA DA SOLDA NA VIDA EM FADIGA DO AÇO SAE 1020

Rua Dário Freire Meireles, 541 Campo dos Amarais Campinas SP CEP:

ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DE SOLDAGEM SOBRE A GEOMETRIA DO CORDÃO DE SOLDA POR PROJETO DE EXPERIMENTOS FATORIAL FRACIONADO

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM METALURGIA DA SOLDAGEM

Construção dos Navios. Seção B LIGAÇÃO DAS PEÇAS DE CONSTRUÇÃO

Trabalho Prático N o :. Técnica Operatória da Soldagem SAW

INFLUÊNCIA DO NÚMERO DE PASSES E DO GRAU DE RESTRIÇÃO NA DISTORÇÃO ANGULAR EM SOLDAGEM MIG/MAG DOS AÇOS INOXIDÁVEIS 304L E 316L

Revestimento de Aço Carbono com Aço Inoxidável Austenítico

Universidade Federal do Rio Grande FURG Escola de Engenharia Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica - PPMEC. Edilson Nunes Pollnow

EPS 10 FACIULDADE SENAI NADIR DIAS DE FIGUEIREDO

Soldagem por Alta Frequência. Maire Portella Garcia -

3. PROCESSO DE SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

SOLDAGEM COM PLASMA E FORA DA GRAVIDADE.

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ECONÔMICAS DE ELETRODOS TUBULARES E ARAME SÓLIDO EM SOLDAS DE REVESTIMENTO

C R E E M SOLDAGEM DOS MATERIAIS. UNESP Campus de Ilha Solteira. Prof. Dr. Vicente A. Ventrella

Título do projeto: SOLDABILIDADE DE UM AÇO ACLIMÁVEL DE ALTO SILÍCIO PARA CONSTRUÇÃO METÁLICA COM RESISTENCIA EXTRA A CORROSÃO MARINHA

23º CBECiMat - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 04 a 08 de Novembro de 2018, Foz do Iguaçu, PR, Brasil

XLII CONSOLDA CONGRESSO NACIONAL DE SOLDAGEM 28 a 30 de novembro de 2016 Belo Horizonte MG

FRACTOGRAFIA DE JUNTAS SOLDADAS PELOS PROCESSOS GTAW, SMAW E FCAW DE AÇO INOX DUPLEX 2205 APÓS ENSAIO DE TRAÇÃO *

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA CORRENTE MÉDIA DE SOLDAGEM NO PROCESSO TIG PULSADO

Técnica Operatória da Soldagem SAW

SOLDAGEM Mig/Mag (GMAW) FCAW - Aula 05. Faculdade Pitágoras Núcleo de Engenharias Engenharia Mecânica 8º e 9º Período Barreiro, Setembro 2016

22º CBECiMat - Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais 06 a 10 de Novembro de 2016, Natal, RN, Brasil

Processos de Soldagem Soldagem a Arco com Arame Tubular

AVALIAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO INOXIDÁVEL AUSTENÍTICO PARA USO NAVAL PELO PROCESSO TIG

Submerged Arc Welding

Exercício de Fixação Aula 06 MIG-MAG - TIG

Pós-Graduação em Engenharia de Materiais Programa de Disciplinas

Grupo I Caso Prático (10 valores) tempo estimado: 1h05min

Processo de Soldagem MIG/MAG. Processo MIG / MAG Prof. Vilmar Senger

COMPARATIVO ENTRE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX (UNS S32304) PELOS PROCESSOS DE SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA E TIG*

APOSTILA SOLDAGEM É OBRIGATÓRIO O USO DESTA APOSTILA E DO ÓCULOS DE SEGURANÇA NAS AULAS DE LABORATÓRIO

Processo de Soldadura com Eléctrodo não consumível de Tungsténio e Protecção Gasosa Inerte TIG / GTAW / WIG / 141

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

Caracterização de soldas dissimilares depositadas pelo processo MIG com uma superliga de níquel

POR QUE ESTUDAR O ARCO ELÉTRICO?

Processo d e soldagem

CAPÍTULO 7 SOLDAGEM TIG

SOLDAGEM. Engenharia Mecânica Prof. Luis Fernando Maffeis Martins

AVALIAÇÃO DO GRAU DE SENSITIZAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS PELOS PROCESSOS GTAW E FCAW EM AÇOS INOXIDÁVEIS AUSTENÍTICO AISI 304 E AISI 304 L

Soldagem com Arame Sólido sob Proteção Gasosa - GMAW

Manufatura aditiva por LASER Metal Deposition e por Soldagem a Arco. Milton Pereira, Prof. Dr. Eng. Mec. 25/04/2018 FEIMEC São Paulo

NOÇÕES DE SOLDAGEM. aula 2 soldabilidade. Curso Debret / 2007 Annelise Zeemann. procedimento de soldagem LIGAS NÃO FERROSAS AÇOS.

INTRODUÇÃO A TECNOLOGIA DA SOLDAGEM.

Processo Eletrodos Revestidos 1. Soldagem Elétrica Prof. Vilmar Senger

ESTUDO COMPARATIVO DE JUNTAS SOLDADAS DE AÇO NAVAL ASTM A131 GRAU AH36 PELOS PROCESSOS SMAW E FCAW

ESPECIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTO DE SOLDAGEM EPS 003

Material Didático do Curso de Engenharia Mecânica da UniEVANGÉLICA

Trincas a Frio. Fissuração pelo Hidrogênio. Mecanismo de Formação. Trincas a Frio. Mecanismo de Formação Trincas a Frio

A Tabela 2 apresenta a composição química do depósito do eletrodo puro fornecida pelo fabricante CONARCO. ELETRODO P S C Si Ni Cr Mo Mn

Processo, Tipos, Técnicas, Defeitos e Causas

Análise das regiões de uma junta soldada com e sem adição de calor através do Pré e Pós aquecimento.

SOLDAGEM MIG/MAG. Prof. Marcos Dorigão Manfrinato 1 MIG/MAG BIG MAC

Backings Cerâmicos e suas aplicações

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DO CORDÃO DE SOLDA ENTRE SOLDAGEM TIG E ELETRODOS REVESTIDOS EM AÇO INOX RESUMO

LIGAÇÕES PERMANENTES. Processo e processos de soldadura

Terminologia de Soldagem Consumíveis de Soldagem e Corte

CARACTERIZAÇÃO DE SOLDAS DISSIMILARES DEPOSITADAS PELO PROCESSO MIG COM UMA SUPERLIGA DE NÍQUEL

Soldagem arco submerso III

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG Escola de Engenharia. Programa de Pós Graduação em Engenharia Mecânica PPMec

Ligações Soldadas FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SÃO PAULO - FATEC SP DISCIPLINA: ESTRUTURAS III DEPARTAMENTO: EDIFÍCIOS

Processo, Tipos e Classificação de Eletrodos, Técnicas, Defeitos e Causas

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Escola de Engenharia. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica PPMec

RECUPERAÇÃO DE ROLOS DE LAMINAÇÃO *

Área de Educação e Treinamento

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 6 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO

(Automated Welding of Overlay Using the New GMAW Process with Inversion of Polarity Synchronized with the Weaving Path of the Weld Beads)

MÉTODO DE DETECÇÃO DE PONTOS DE INTERESSE PARA SENSOR DE TRIANGULAÇÃO LASER APLICADA A SOLDAGEM

SEM Elementos de Máquinas II

Caracterização do Cordão na Soldagem FCAW com um Arame Tubular Rutílico

SOLDAGEM MANUAL A ARCO ELÉTRICO I. Felipe Chicoli Villar Leandro Peres Ferreira Raphael Oliveira Ferreira. Definição (De Acordo com DIN 1910 Parte 2)

Processo de Soldagem por Difusão

Aços Alta Liga Resistentes a Corrosão IV

Soldagem por resistência III

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO III SOLDAGEM FORMAÇÃO DO CORDÃO DE SOLDA E CUSTOS DE SOLDAGEM

Metalurgia da Soldagem dos Aços Inoxidáveis Duplex

TIG : Tungsten Inert Gas, também conhecido como GTAW : Gas Tungsten Arc Welding.

SOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 10 DEFEITOS EM OPERAÇÕES DE SOLDAGEM

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO PROCESSO DE SOLDAGEM TIG - DUPLO ELETRODO COM VISTAS À OPERAÇÕES DE REVESTIMENTO

CAPÍTULO V CARACTERIZAÇÃO MICROESTRUTURAL E DE MICRODUREZA

INFLUÊNCIA DOS PARÂMETROS DO PROCESSO DE SOLDAGEM INNERSHIELD NAS CARACTERÍSTICAS DA SOLDA DE UM AÇO ESTRUTURAL ASTM - A36

72º Congresso Anual da ABM

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA THAIS ANDREZZA DOS PASSOS EFEITO DA OSCILAÇÃO MAGNÉTICA DO ARCO NA MICROESTRUTURA E NA GEOMETRIA DO CORDÃO DE REVESTIMENTO DE AÇO INOXIDÁVEL DEPOSITADOS POR SOLDAGEM TIG Rio Grande RS 2016

Thais Andrezza dos Passos EFEITO DA OSCILAÇÃO MAGNÉTICA DO ARCO NA MICROESTRUTURA E NA GEOMETRIA DO CORDÃO DE REVESTIMENTO DE AÇO INOXIDÁVEL DEPOSITADOS POR SOLDAGEM TIG Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Engenharia Mecânica. Orientador: Dr. Douglas Bezerra de Araújo Rio Grande RS 2016

Dedicado à vovó Rosita.

AGRADECIMENTOS Agradeço à minha mãe Jussara do Rocio Passos pela dedicação de uma vida inteira e ao meu esposo Gibran Teixeira pelo incentivo e amor. Ao Engenheiro de Soldagem, parceiro e paciente amigo Daniel Souza pela paciência única e por tanto incentivo nos trabalhos dentro do LAPES Laboratório de Pesquisa em Engenharia da Soldagem. Ao também parceiro Professor Dr. Douglas Bezerra de Araújo pela orientação neste trabalho. Ao paciente Professor Dr. Luciano Volcanoglo Biehl, coordenador do Laboratório de Metalografia pelo máximo apoio na realização deste trabalho. Aos amigos Adilar G. S. Jr, Daniela L. P. Oliveira, Edilson N. Pollnow, Geordano M. Valadão e Tárique H. Schneider pelos momentos de alegria compartilhados nestes dois breves anos em que trabalhamos e ajudamos uns aos outros dentro dos laboratórios. Ao programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Rio Grande pela oportunidade e à FAPERGS pela concessão da bolsa de estudos.

RESUMO O uso de dispositivos para desenvolver processos de soldagem a fim de agregar novas possibilidades de melhoria no produto final é de suma importância para indústria metal-mecânica. A oscilação magnética do arco controlada através da aplicação de um campo magnético externo ao arco surge como uma das formas de alteração da microestrutura dos cordões de solda. Desta forma, o presente trabalho propõe verificar o efeito da oscilação magnética transversal e longitudinalmente à direção de soldagem sobre a microestrutura de depósitos de aço inoxidável austenítico (ER 316LSi) sobre aço comum ao carbono, aplicados pelo processo TIG (Tungsten Inert Gas). Para tanto, caracterizou-se a deflexão magnética do arco em função da corrente de soldagem, distância eletrodo-peça (DEP), distância eletroímãeletrodo (DEE) e tensão de alimentação do eletroímã. Posteriormente foram realizadas amostras variando-se a amplitude da deflexão e a frequência de oscilação a fim de avaliar o resultado na morfologia do cordão e em sua microestrutura. Os depósitos tiveram suas seções transversais analisadas por meio de um microscópio óptico. Os resultados mostraram que a frequência de oscilação não influência na microestrutura, porém apresenta influência na geometria do depósito. Palavras-chave: TIG; Microestrutura; Oscilação Magnética; Aço Inoxidável.

ABSTRACT The use of devices to develop welding processes by adding new possibilities for improvement in the final product is of great importance to the mechanical industry. The magnetic oscillation of the arc, controlled by an applied external magnetic, emerges as a way of changing the microstructure of the weld beads. Thus, the present study proposes to check the effect of transverse and longitudinal magnetic oscillation to the direction of welding on the microstructure of austenitic stainless steel (ER 316LSi) deposits on carbon steel in TIG (Tungsten Inert Gas) welding. The magnetic deflection of the arc was characterized as a function of welding current, electrode-to-work distance (EWD), electromagnet-to-electrode distance (EED) and electromagnet voltage. Following, samples were carried out by varying the deflection amplitude and the oscillation frequency. The deposits had their cross sections analyzed through optical microscope. The results showed that the oscillation frequency does not influence the final microstructure, but it affects the geometry of the deposits. Key-words: TIG; microstructure; magnetic oscillation; stainless steel

LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Esquema dos equipamentos para soldagem TIG.... 4 Figura 2 - Processo TIG com alimentação com vareta.... 5 Figura 3 - Fonte de soldagem com alimentador de arame frio.... 5 Figura 4 - Esquema de alimentação de arame quente.... 6 Figura 5 - Arco elétrico processo TIG.... 6 Figura 6 - Campo magnético gerado em um condutor sólido... 7 Figura 7 - Força produzida numa carga positiva em um campo magnético.... 7 Figura 8 - Diagrama do comportamento do arco... 9 Figura 9 - Comportamento das linhas de campo magnético induzido.... 10 Figura 10 - Imagens do arco elétrico com e sem deflexão magnética.... 11 Figura 11 - Modelo do defletor de arco elétrico proposto por Greene.... 12 Figura 12 - Exemplo de equipamentos (eletroímã+tocha)... 13 Figura 13 - Exemplo de movimentos de deflexão.... 14 Figura 14 - Eletroímãs utilizados como osciladores de arco.... 14 Figura 15 - Formas de arco diversas geradas utilizando o eletroímã 14(c).... 15 Figura 16 - Formas de solidificação para aço inoxidável austenítico.... 16 Figura 17 - Microestrutura típica de solidificação ferítica-austenítica.... 17 Figura 18 - Microestrutura resultante dos diversos tipos de solidificação.... 18 Figura 19 - Micrografias realizadas diferentes frequências de oscilação... 19 Figura 20 - Vista superior do cordão com e sem oscilação... 19 Figura 21 - Efeito do tecimento mecânico no centro do cordão de solda... 20 Figura 22 - Perfil geométrico desejado do cordão... 21 Figura 23 - Geometria do cordão de solda... 22 Figura 24 - Bancada de testes.... 23 Figura 25 - Fonte TIG.... 24 Figura 26 - Alimentador Automático de Arame... 24 Figura 27 - Detalhe do dispositivo para fixação do eletroímã.... 25 Figura 28 - Alimentador de arame acoplado à tocha de soldagem.... 26 Figura 29 - Alimentador de arame acoplado à tocha de soldagem.... 26 Figura 30 - Interface de controle da frequência de oscilação.... 27 Figura 31 - Interface de controle da frequência de oscilação.... 28 Figura 32 - Composição química do arame.... 28

Figura 33 - Configuração da oscilação magnética transversal... 29 Figura 34 - Configuração da oscilação magnética longitudinal... 30 Figura 35 - Detalhe da montagem do eletroímã... 31 Figura 36 - Montagem da câmera fotográfica... 32 Figura 37 - (a) Esquema da medição da deflexão magnética do arco elétrico. 33 Figura 38 - (a) Medição da Largura, Reforço e (b) áreas de Reforço e Penetração.... 34 Figura 39 - Densidade de fluxo magnético em função da deflexão do arco... 36 Figura 40 - Amplitude de deflexão do arco elétrico para DEE = 11,6m... 37 Figura 41 - Amplitude de deflexão do arco elétrico para DEE = 11,6m... 38 Figura 42 - Amplitude de deflexão do arco elétrico para DEE=18,2 mm... 39 Figura 43 - Amplitude de deflexão do arco elétrico para DEE=18,2 mm... 40 Figura 44 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 6 mm... 42 Figura 45 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 7 mm... 43 Figura 46 - Relação L/R versus frequência de oscilação (150 A)... 44 Figura 47 - Diluição versus frequência de oscilação (150 A)... 46 Figura 48 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 12 mm. 48 Figura 49 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 15 mm. 49 Figura 50 - Relação L/R versus frequência de oscilação (200 A).... 50 Figura 51 - Diluição versus frequência de oscilação (200 A).... 52 Figura 52 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 4 mm... 54 Figura 53 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 7 mm... 55 Figura 54 - Relação R/L versus frequência de oscilação (150 A).... 56 Figura 55 - Diluição versus frequência de oscilação (150 A).... 57 Figura 56 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 4 mm... 58 Figura 57 - Macrografias dos cordões com amplitude de deflexão de 9 mm... 59 Figura 58 - Relação R/L versus frequência de oscilação (200 A).... 60 Figura 59 - Diluição versus frequência de oscilação (200 A).... 61 Figura 60a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 6 mm (150 A).... 63 Figura 60b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 6 mm (150 A).... 64 Figura 61a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 7mm (150 A).... 65 Figura 61b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 7mm (150 A).... 66 Figura 62a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 12 mm (200 A).... 67 Figura 62b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 12 mm (200 A).... 68

Figura 63a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 15 mm (200 A).... 69 Figura 63b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 15 mm (200 A).... 70 Figura 64a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 4 mm (150 A).... 72 Figura 64b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 4 mm (150 A).... 73 Figura 65a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 7 mm (150 A)... 74 Figura 65b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 7 mm (150 A).... 75 Figura 66a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 4 mm (200 A)... 76 Figura 66b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 4 mm (200 A)... 77 Figura 67a - Micrografias: Amplitude de deflexão = 9 mm (200 A).... 78 Figura 67b - Micrografias: Amplitude de deflexão = 9 mm (200 A).... 79

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Patentes requeridas ao longo dos anos.... 12 Tabela 2 - Parâmetros para caracterização da deflexão magnética do arco... 31 Tabela 3 - Campo de trabalho para confecção das amostras.... 33 Tabela 4 - Parâmetros de soldagem.... 34 Tabela 5 - Amplitude 6 mm - (150 A)... 87 Tabela 6 - Amplitude 7 mm - (150 A)... 87 Tabela 7 - Amplitude 12 mm - ( 200 A)... 87 Tabela 8 - Amplitude 15 mm - (200 A)... 88 Tabela 9 - Amplitude 4 mm - (150 A)... 88 Tabela 10 - Oscilação Amplitude 7 mm - (150 A)... 88 Tabela 11 - Amplitude 4 mm - ( 200 A)... 89 Tabela 12 - Amplitude 9 mm - ( 200 A)... 89

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA... 4 2.1 Soldagem TIG - Tungsten Inert Gas (GTAW - Gas Tungsten Arc Welding)... 4 2.2 Conceitos da oscilação magnética do arco... 7 2.3 Equipamentos para controle da oscilação magnética do arco élétrico... 11 2.4 Microestrura para aços inoxidáveis austeníticos... 15 2.4.1 Tipos de Microestrutura na Zona Fundida... 16 2.5 Microestrura com a Utilização de Oscilação Magnética do Arco... 18 2.6 Geometria de Cordões para Revestimento... 21 2.7 Geometria de Cordões com a Utilização de Oscilação Magnética do Arco... 22 3 MATERIAIS E MÉTODOS... 23 3.1 Equipamentos e Montagem Experimental... 23 3.1.7.1 Interface do controle de oscilação... 27 3.2 Insumos... 28 3.3 Configuração para a Deflexão Magnética do Arco.... 29 3.4 Parametrização para Caracterização da Deflexão Magnética do Arco... 30 3.5 Metodologia para a Medição da Amplitude de Deflexão Magnética do Arco... 32 3.6 Definição do Campo de Trabalho... 33 3.7 Metodologia para Análise da Geometria do Cordão... 34 3.8 Metodologia para Análise da Microestrutura do Cordão... 35 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO... 36 4.1 Considerações sobre deflexão do arco... 36 4.2 Considerações sobre geometria do cordão... 41 4.2.1 Geometria do cordão - oscilação magnética no sentido transversal - corrente nominal 150 A... 41 4.2.2 Geometria do cordão - oscilação magnética no sentido transversal - corrente nominal 200 A... 47 4.2.3 Geometria do cordão - oscilação magnética no sentido longitudinal - corrente nominal 150 A... 53 4.2.4 Geometria do cordão - oscilação magnética no sentido longitudinal - corrente nominal 200 A... 58 4.3 Considerações sobre a microestrutura do cordão... 62

4.3.1 Microestrutura do cordão - oscilação magnética no sentido transversal... 62 4.3.2 Microestrutura do cordão - oscilação magnética no sentido longitudinal... 71 5 CONCLUSÃO... 80 6 TRABALHOS FUTUROS... 81 7 REFERÊNCIAS... 82 APENDICE I... 87

3 1 INTRODUÇÃO Os processos de soldagem a arco são de grande importância para a indústria mundial. Dentre estes processos destaca-se o processo TIG (Tungsten Inert Gas) devido a sua característica de estabilidade de arco, o que lhe confere superior qualidade em soldagens de chapas finas. Outra característica importante é que na versão com alimentação de arame frio há o desmembramento entre a energia de soldagem gerada e o volume de material depositado, o que promove maior possibilidade de controle da geometria do cordão de solda. A busca por soluções de melhoria de qualidade e produtividade impulsionam investimentos em automação, mecanização ou soluções que simplesmente auxiliem a obtenção de melhores resultados na área de soldagem. Dentre as várias técnicas e dispositivos existentes para este fim, uma que ainda carece de estudos é a técnica de oscilação do arco por meio da aplicação de um campo magnético externo, pois as consequências desta oscilação no cordão de solda ainda não são totalmente entendidas. A oscilação magnética do arco pode, como já mostrado na literatura, promover alterações geométricas e microestruturais no cordão. Uma aplicação deste efeito poderia ser benéfica, por exemplo, em soldagens de revestimento contra corrosão. Sabe-se que a microestrutura governa, em grande parte, a resistência à corrosão do material depositado e, por isso, sua alteração provocaria variações na resistência da camada revestida. Além disso, as alterações geométricas que podem ser provocadas, destacando-se o aumento da molhabilidade do cordão, poderiam melhorar a qualidade das camadas de revestimento. Desta forma, o objetivo geral deste estudo é avaliar o efeito da oscilação magnética do arco elétrico sobre a geometria do cordão e microestrutura do revestimento de aço inoxidável 316L Si depositado em chapa de aço comum, utilizando o processo de soldagem TIG com alimentação de arame frio.