ESTATUTO PROFISSIONAL DO DOCENTE DO CONSERVATÓRIO SUPERIOR DE MÚSICA DE GAIA

Documentos relacionados
Regulamento de Prestação de Serviço dos Docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Prestação de Serviço dos Docentes. Regulamento. Artigo 1º

ESTATUTO PROFISSIONAL DO DOCENTE DA UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA (A vigorar a partir do Ano Lectivo de ) CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS ORIENTADORES PARA A CONTRATAÇÃO E EQUIPARAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE ESPECIALMENTE CONTRATADO. Preâmbulo

REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DOS DOCENTES

REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DOS DOCENTES DO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

CAPITULO I Disposições Gerais

CAPÍTULO I Disposições gerais

Reitoria. Universidade do Minho, 2 de janeiro de 2013

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DO PORTO

Equiparação a Bolseiro

Capítulo I. Disposições gerais. Artigo 1.º. Âmbito de aplicação

Regulamento de Bolsas de Mérito a Estudantes do 3.º Ciclo do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa CAPÍTULO I. Artigo 1.º.

REGULAMENTO DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE, ESPECIALMENTE CONTRATADO, AO ABRIGO DO ARTIGO 8.º DO ECPDESP DO INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO

DISPOSIÇÕES GERAIS. Artigo 1.º Âmbito de aplicação e objeto. Artigo 2.º Princípios gerais e garantias. Artigo 3.º Vertentes de avaliação

REGIMENTO Do Conselho de Turma

Universidade do Minho Reitoria

PROJETO DE REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DOS DOCENTES DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE LISBOA

PROPOSTA DE REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DOS DOCENTES DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA

CONSERVATÓRIO SUPERIOR DE MÚSICA DE GAIA REGULAMENTO REGIME APLICÁVEL AO TRABALHADOR-ESTUDANTE

Diário da República, 2.ª série N.º de março de CAPÍTULO I Disposições gerais

Regulamento do Pessoal Docente e Investigador

PROJECTO DE REGULAMENTO INTERNO DE CONTRATAÇÃO DE DOCENTES ESPECIALMENTE CONTRATADOS EM REGIME CONTRATO DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS

ORIENTAÇÃO NORMATIVA nº 02/2004 de 20/02/2004

CAPITULO I Âmbito e objecto. Artigo 1.º Âmbito de aplicação

19578 Diário da República, 2.ª série N.º de junho de 2016

23282 Diário da República, 2.ª série N.º de agosto de 2015

REGIMENTO DE DEPARTAMENTOS CURRICULARES E RESPETIVAS ÁREAS DISCIPLINARES

O SNESup considera apresentar a seguinte proposta de regime do pessoal docente e de investigação das instituições de ensino superior privadas:

REGULAMENTO DISCIPLINAR DOS ESTUDANTES PREÂMBULO

UNIVERSIDADE DE AVEIRO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO E ARTE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO

CAPÍTULO I Disposições Gerais

PROPOSTA DE RECOMENDAÇÃO PARA ALTERAÇÃO DO ANEXO AO ARTº 35 do REGULAMENTO 262/2017 DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

REGULAMENTO DE INVESTIGAÇÃO - ESCS. Artigo 1º. Missão

referidos contratos ou subsídios, nos termos de regulamento aprovado pela própria instituição de ensino superior.

[DIRETOR] Despacho D-19/2015

PROPOSTA NEGOCIAL CONTRATO COLETIVO DE TRABALHO ENSINO SUPERIOR PARTICULAR E COOPERATIVO. Fundamentação

Regulamento de prestação de serviço dos docentes da Universidade de Coimbra

REGULAMENTO DA SALA DE ESTUDO

Projeto de Regulamento de Prestação de Serviço dos Docentes da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

51978 Diário da República, 2.ª série N.º de Outubro de 2010

REGULAMENTO. [Aprovado pelo Conselho Científico da Faculdade de Filosofia]

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

REGULAMENTO DA DIREÇÃO E GESTÃO DOS CICLOS DE ESTUDOS DA ESCOLA DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO MINHO 12

O ESTATUTO DO TRABALHADOR ESTUDANTE

Alteração ao Regulamento de Contratação de Pessoal Docente do IPV (fevereiro de 2016)

Regimento Grupo Disciplinar E. Visual e E. Tecnológica. Departamento de Expressões

REGULAMENTO DO DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

REGULAMENTO Nº. 5/2013

Regulamento da Prestação de Serviços dos Docentes

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE

Despacho n.º /2015. Regulamento de Avaliação e Frequência dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais do Instituto Politécnico de Leiria

Regulamento de Formação. CAPÍTULO I Objetivo e caracterização da formação profissional contínua. Artigo 1.º Conceito

REGULAMENTO DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DOS CURSOS DE 2º CICLO

Regulamento para a Contratação de Pessoal Docente Especialmente Contratado para o IPCB ao abrigo do artigo 8.º do ECPDESP

1. A Empresa tem poder disciplinar sobre os trabalhadores que se encontrem ao seu serviço, enquanto vigorarem os contratos de trabalho.

CRITÉRIOS DE QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE PARA A ACREDITAÇÃO DE CICLOS DE ESTUDOS

CAPÍTULO I Disposições Gerais. Artigo 1.º Âmbito

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA. Decreto-Lei n.º xx/2012

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA

Decreto-Lei n.º 22/2014 de 11 de Fevereiro

REGIMENTO do CONSELHO PEDAGÓGICO. Elementos/participantes

Estatuto do Aluno e Ética Escolar (EAEE) MEDIDAS DISCIPLINARES CORRETIVAS E SANCIONATÓRIAS

Regulamento Interno do Departamento de Economia e Gestão da Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal

CONSELHO DE ÉTICA DA UNIVERSIDADE DO MINHO REGULAMENTO INTERNO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO DO CURSO DE MESTRADO EM ENSINO DE DANÇA ESCOLA SUPERIOR DE DANÇA INSTITUTO POLITÉNICO DE LISBOA

Projeto de decreto-lei Carreira médica

Projeto de alteração ao Regulamento de Avaliação e Frequência dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais do Instituto Politécnico de Leiria

ANEXO I REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE DIRETORES DE TURMA. Agrupamento de Escolas de Vila d Este

Elaborado por: Aprovado por: Versão Assembleia Geral ISPA CRL Direção ISPA, CRL 1.1 Revisto e Confirmado por: Data de Aprovação Inicial Página

Avaliação do Desempenho

PROPOSTA DE RECOMENDAÇÃO PARA ALTERAÇÃO DO ANEXO AO ARTº 33 do REGULAMENTO 262/2017 DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

Regulamento. Conselho Municipal de Juventude de Castelo Branco

REGULAMENTO DO SEGUNDO CICLO. DE ESTUDOS EM DIDÁTICA (Português/Matemática/Ciências da Natureza)

DISTRIBUIÇÃO DE SERVIÇO DOCENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 27/2016

Regulamento (Contratação de pessoal especialmente contratado)

Instituto Politécnico de Leiria. Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Instituto Politécnico de Bragança

Reitoria. Universidade do Minho, 27 de julho de 2017.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS VALE DO TAMEL. Plano de Atividades Educativas de Complemento Curricular AECC

REGULAMENTO DOS PROGRAMAS DE PÓS-DOUTORAMENTO NA ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINHO

DESPACHO-IPVC-P- /2016 ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DE CONTRATAÇÃO DE PESSOAL DOCENTE, ESPECIALMENTE CONTRATADO, AO ABRIGO DO ARTIGO 8º DO ECPDESP

DESPACHO ESTSP/P 19-A/2015

REGULAMENTO DO REGIME DE VINCULAÇÃO DO PESSOAL DOCENTE DE CARREIRA CONTRATO EM FUNÇÕES PÚBLICAS ISCTE-INSTITUTO UNIVERSITÁRIO DE LISBOA

Escola Superior de Educação Almeida Garrett. NORMAS REGULAMENTARES DO CURSO TÉCNICO SUPERIOR PROFISSIONAL (CTeSP) DE INTERVENÇÃO SOCIAL E COMUNITÁRIA

PREÂMBULO REGULAMENTO

REGULAMENTO DO PROGRAMA DO DESPORTO ESCOLAR (a que se refere o Despacho nº 9332-A/2013 de 16 de julho)

Conselhos de turma do ensino secundário. Conselhos de turma dos cursos profissionais

REGULAMENTO ESPECÍFICO DE AVALIAÇÃO DE DISCENTES DA FEUP

ESCOLA SUPERIOR DE ARTES E DESIGN REGULAMENTO DE ESTUDOS DA LICENCIATURA

Ministério d. Decreto-lei n.º

REGULAMENTO DO ESTUDANTE ATLETA

Regulamento da Formação em Contexto de Trabalho

NORMAS REGULAMENTARES DO CURSO TÉCNICO SUPERIOR PROFISSIONAL (CTESP) EM INTERVENÇÃO EDUCATIVA EM CRECHE. Preâmbulo

34762 Diário da República, 2.ª série N.º de novembro de 2015

Bolsa de Avaliadores Externos - Regulamento (Aprovado em reunião da Comissão Pedagógica de 3/12/2012)

Regulamento Interno do Departamento de Comportamento Organizacional e Gestão de Recursos Humanos (DCOGRH)

Transcrição:

ESTATUTO PROFISSIONAL DO DOCENTE DO CONSERVATÓRIO SUPERIOR DE MÚSICA DE GAIA Artigo 1º (Objeto) 1. O presente Estatuto, adiante designado por EPD-CSMG, estabelece o regime da docência, a definição, os direitos e deveres do pessoal docente e o regime contratual, em cumprimento do Artigo 52º da Lei nº 62/2007 de 10 de Setembro, e do disposto no Decreto-Lei n.º 207/2009 de 31 de agosto sobre esta matérias e dos artigos 33, 34, 35, 36, 37 e 38 dos Estatutos do Conservatório Superior de Música de Gaia, publicados no Diário da República, 2ª série Nº 165 26 de Agosto de 2009. 2. Com o presente estatuto, cria-se a carreira do pessoal docente do CSMG. O regime contratual dos docentes é da responsabilidade da entidade instituidora do Conservatório Superior de Música de Gaia, nos termos da alínea i), do nº 3, do Artigo 7º, dos Estatutos referidos. Artigo 2º (Regimes contratual e de docência) 1. Os docentes do quadro da CSMG exercem a docência: 1.1. em regime de tempo integral 1.2. em regime contratual de tempo parcial Artigo 3º (Coordenação e distribuição de serviço docente) 1. Compete ao diretor da escola apresentar a proposta da distribuição do serviço docente e da orientação científica e pedagógica, acompanhada do parecer do respetivo conselho técnicocientífico ao Presidente da Fundação Conservatório Regional de Gaia para homologação. 2. As propostas da distribuição de serviço docente e da orientação científica e pedagógica devem manter, o mais possível, estabilidade de ano para ano, sem prejuízo da indispensável atualização científica, artística e metodológica. Artigo 4º (Tipificação das categorias) 1. As categorias do pessoal docente abrangidas por este Estatuto Profissional do Docente são as seguintes: (a) Assistente; (b) Professor; (c) Professor Adjunto; (d) Professor Coordenador; (e) Professor Coordenador Principal.

Artigo 5º (Outras categorias de pessoal docente) 1. Além das categorias mencionadas no Art.º 4º, poderão ser recrutadas, para a prestação de serviço docente, individualidades, nacionais ou estrangeiras, de reconhecida competência científica, pedagógica ou artística, cuja colaboração, pontual ou permanente, constitua maisvalia para a qualidade do ensino do CSMG 2. Essas individualidades, consoante as funções que desempenhem, designam-se por professores visitantes, professores convidados, assistentes convidados. 3. Podem ainda ser contratados como monitores estudantes de ciclos de estudos de mestrado, para auxiliares de ensino prático. Artigo 6º (Funções gerais dos docentes) 1. Compete a todos os docentes do Conservatório Superior de Música de Gaia cumprir, entre outras, as seguintes funções: (a) Leccionar, em regime presencial, a(s) unidade(s) curricular(es) que lhe(s) for(em) atribuída(s) e proceder às consequentes avaliações e respectivos registos administrativos; (b) Orientar, em regime presencial ou à distância, estágios, trabalhos, projetos, monografias, dissertações ou teses; (c) Atender, em regime presencial ou à distância, os alunos em sessões de tutoria ou fora delas; (d) Integrar júris de provas académicas; (e) Participar nos órgãos científicos e pedagógicos e nas respetivas reuniões; (f) Realizar atividades de investigação científica ou de criação cultural; (g) Participar em outras tarefas distribuídas pelos órgãos de gestão competentes e que se incluem no âmbito da atividade de docente do ensino politécnico; (h) Contribuir para a credibilidade e qualidade de ensino do CSMG. 2. Cabe ainda ao docente a elaboração do programa da unidade curricular de que é responsável, devendo ter em conta o conteúdo a lecionar, a planificação e execução dos ECTS, o critério de avaliação dos alunos, bem como outros elementos de trabalho. Artigo 7º (Funções específicas dos professores) 1. Aos professores compete a coordenação científica e pedagógica de uma ou mais unidades curriculares, de uma área científica ou de um ciclo de estudos, assim como: (a) Lecionar, em regime presencial, aulas teóricas e teórico-práticas e orientar seminários, trabalhos de investigação, projetos, dissertações ou teses dos diversos ciclos de estudos; (b) Coordenar programas pedagógicos e metodologias de ensino e de investigação; (c) Efetuar e dirigir trabalhos de investigação; (d) Participar em programas de docência ou de investigação de cooperação nacional ou internacional do CSMG; (e) Participar em reuniões dos órgãos de que façam parte e colaborar, em geral, na vida do Conservatório; (f) Contribuir para a permanente dignificação e qualificação do projeto educativo do CSMG.

Artigo 8º (Direitos gerais) 1. Constituem direitos gerais dos docentes: (a) Gozar da liberdade de orientação e opinião científica na lecionação e na investigação, sem prejuízo da coordenação que seja estabelecida pelos respetivos órgãos das unidades orgânicas; (b) Redução adequada no horário pedagógico semanal, quando exerçam funções de confiança da Diretora; (c) Obter dispensa parcial ou total do serviço docente para conclusão do doutoramento, sem perda de retribuição, sempre que se justifique. 2. O quadro dos direitos dos docentes poderá sofrer alterações em determinadas situações específicas, sob proposta ao Presidente da entidade instituidora e à Diretora. Artigo 9º (Regime especial) 1. No caso dos docentes além do quadro e dos docentes especialmente contratados, o pagamento da docência tem em conta o número de horas efetivamente lecionadas pelo docente. 2. Em casos justificados e tendo em conta o perfil curricular e profissional, os docentes indicados no número anterior e aqueles em tempo parcial poderão ser remunerados com base no cálculo de uma percentagem sobre o salário ilíquido mensal correspondente à respetiva categoria docente do quadro. 2.1. O regime anterior não pode ser aplicado a docentes em acumulação letiva, a menos que possuam o grau de doutor. 2.2. A aplicação desse regime remuneratório proporcional mensal aos docentes mencionados no número anterior é decidida, caso a caso, pela entidade instituidora, sob parecer do Presidente da entidade instituidora. Artigo 10º (Férias e licenças) 1. As férias, a que o pessoal docente contratado tenha direito por lei, terão de ser gozadas obrigatoriamente no mês de Agosto. 1.1. Caso o número de dias úteis de férias não caibam no mês de Agosto, devem os docentes marcar os restantes dias nos períodos de férias dos alunos (férias de Natal e de Páscoa). 2. Fora do período referido no número 1., nenhum docente contratado poderá ausentar-se, sem prévia autorização escrita da Diretora. 2.1. Nos casos previstos no número anterior, o docente deve fundamentar em requerimento à Diretora, e com a antecedência mínima de 10 (dez) dias seguidos, relativamente à data da ausência prevista, os motivos do pedido, juntando elementos que a justifiquem. Artigo 11º (Deveres dos docentes) 1. São deveres de todos os docentes: (a) Exercer as suas funções profissionais com competência científico-pedagógica, ética e lealdade institucional; (b) Desenvolver permanentemente uma pedagogia dinâmica e atualizada, orientada para a aquisição de competências pelos alunos;

(c) Contribuir para o desenvolvimento do espírito crítico e criativo dos alunos, apoiando-os na sua formação cultural, científica, profissional e cívica; (d) Realizar investigação e divulgar os seus resultados em publicações científicas credenciadas; (e) Desempenhar ativa e corretamente as funções de docente, definidas neste estatuto, fornecendo aos alunos elementos de estudo e apoio didático; (f) Cooperar nas atividades de extensão de serviço comunitário do CSMG, como forma de apoio à formação dos alunos em contextos sociais reais; (g) Contribuir para a permanente dignificação e qualificação do projeto educativo do CSMG, assumindo sempre e publicitando a sua condição de membro do Conservatório, quando em congressos, seminários, concertos, reuniões ou outros eventos para que tenham sido convidados ou nos quais participem de moto próprio; (h) Ser solidário, honesto e leal com a instituição, os colegas, os funcionários e os alunos; (i) Empenhar-se em atividades da organização e de apoio ao ensino e à cultura interna da instituição, designadamente através de reuniões, colóquios, seminários, concertos, conferências e congressos; (j) Participar ativamente em reuniões dos órgãos de que façam parte; (k) Colaborar com o Conservatório Superior de Música de Gaia na cooperação internacional com instituições congéneres; (l) Atualizar anualmente a sua informação curricular, nos moldes definidos pela direção. 2. São ainda deveres dos docentes, sem prejuízo da liberdade de orientação e de opinião científica: (a) Manter os programas e as bibliografias das unidades curriculares lecionadas permanentemente atualizados; (b) Registar e manter atualizados sumários descritivos precisos da matéria lecionada e divulgálos aos alunos; (c) Ser pontual e assíduo às aulas, respeitando os horários de tutoria e de atendimento aos alunos; (d) Corrigir, dentro dos prazos estabelecidos regulamentarmente, os exames e outras provas de avaliação de conhecimentos, lançando as notas em pautas e nos respetivos termos de avaliação; (e) Colaborar com os colegas em tarefas de vigilâncias de avaliações e integrar júris de provas escritas e orais, para que hajam sido nomeados; (f) Participar em ações de formação desenvolvidas no âmbito da educação corporativa, da aprendizagem ao longo da vida, assim como em programas de pós-graduação, conferentes ou não de grau académico, para que hajam sido indigitados, lecionando e orientando trabalhos de investigação, dissertações ou teses; (g) Cumprir efetivamente na instituição o horário pedagógico semanal contratualizado com a entidade instituidora; (h) Participar das reuniões dos órgãos de que façam parte e cumprir as normas regulamentares das unidades orgânicas a que estão afetos. 3. Constitui conflito de interesses e incumprimento grave dos deveres de docente a sua participação, não autorizada, direta ou indireta, em instituições com atividades de formação ou de docência em cursos, cujas áreas e domínios que sejam concorrenciais com o CSMG. 3.1. Constitui do mesmo modo quebra de confiança institucional a ocultação ou a utilização da condição de docente do CSMG, para fins incompatíveis com os objetivos da instituição. 4. São considerados faltas profissionais especialmente graves as faltas sistemáticas às aulas e o incumprimento dos prazos estabelecidos para lançamento de notas dos alunos. 4.1. Essas faltas deverão ser obrigatoriamente participadas pela Diretora, para abertura de procedimento disciplinar. 5. Sob proposta da Diretora ao Presidente, poderão vir a ser definidas outras situações de incompatibilidades e de conflito de interesses.

Artigo 12º (Sanções) Sem prejuízo das regras gerais do direito e da eventual responsabilidade civil e criminal, em virtude da violação dos seus deveres profissionais e de conduta, bem como das normas deste estatuto, o docente pode ainda estar sujeito às seguintes sanções que ficarão a constar do seu processo individual: a) repreensão verbal; b) repreensão registada; c) suspensão da atividade, com perda de retribuição, por período definido em despacho da Diretora e depois de ser instaurado um inquérito de averiguação da verdade dos factos imputados ao docente; d) despedimento proferido em processo disciplinar e sem qualquer direito a indemnização, em virtude de comportamento culposo do docente, que torne insustentável a relação de trabalho. Artigo 13º (Formas de cessação do contrato) São formas de cessação do contrato de docência, entre outras, as seguintes: (a) Rescisão, por parte do CSMG, nos termos previstos na lei e pelo incumprimento do presente estatuto; (b) Rescisão por parte do docente, com aviso prévio e antecedência mínima de trinta dias seguidos; (c) Revogação por mútuo acordo, a todo o tempo; (d) Caducidade; (e) Por decisão final proferida na sequência de processo disciplinar. Artigo 14º (Causas de rescisão contratual por parte do CSMG) 1. Além dos casos previstos no presente estatuto, designadamente quanto a incompatibilidades e conflitos de interesses, podem constituir justa causa de rescisão do contrato de docência, por parte da entidade CSMG, todo o comportamento culposo do docente que ponha em causa a normal confiança que subjaz à relação contratual, tornando-a irremediavelmente irrecuperável. 2. Para os casos previstos no número anterior, torna-se necessária a instauração de um processo disciplinar de averiguação da verdade dos factos, onde estejam garantidos ao docente todos os meios de defesa. Artigo 15º (Título de especialista) 1. No âmbito do ensino politécnico e nos termos do Artigo 48º do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES Lei nº 62/2007, de 10 de Setembro), o título de especialista pode substituir o grau de doutor para acesso às categorias de professor coordenador e de professor adjunto. 2. A Fundação Conservatório Regional de Gaia procurará promover a atribuição do título de especialista dentro do quadro das condicionantes legais ora existentes.

Artigo 16º (Vigência e modificação do Estatuto) 1. O presente estatuto entra em vigor no ano letivo de 2010-2011. 2. A proposta de modificação do estatuto é prerrogativa do Diretor, competindo ao Presidente da entidade instituidora a decisão final. Artigo 17º (Casos omissos) Os casos omissos são resolvidos segundo a legislação em vigor sobre a matéria. Vila Nova de Gaia, 18 de Junho de 2010 O Presidente da Fundação Conservatório Regional de Gaia Prof. Doutor Mário Mateus