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Transcrição:

Conselho da União Europeia Bruxelas, 13 de maio de 2016 (OR. en) Dossiê interinstitucional: 2016/0027 (COD) 8793/16 NOTA de: para: TELECOM 75 AUDIO 56 MI 320 CODEC 633 Comité de Representantes Permanentes (1.ª Parte) Conselho n.º doc. ant.: 8207/16 TELECOM 60 AUDIO 48 MI 258 CODEC 511 + COR 1 n. doc. Com.: Assunto: 5814/16 TELECOM 13 AUDIO 6 MI 61 CODEC 125 +ADD1 +ADD2 Proposta de decisão do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à utilização da faixa de frequências de 470-790 MHz na União - Orientação geral 1. Em 2 de fevereiro de 2016, a Comissão adotou e enviou ao Conselho e ao Parlamento Europeu a proposta referida em epígrafe que regula a atribuição pelos Estados-Membros, até 30 de junho de 2020, da utilização das faixas de 694-790 MHz ("faixa de frequências de 700 MHz") para serviços de banda larga sem fios. Tal deverá facilitar a implantação das redes 5G prevista a partir de 2020. A parte inferior da faixa UHF (470-694 MHz) permaneceria disponível para a prestação terrestre de serviços de radiodifusão, incluindo a televisão de acesso livre, e para a utilização de equipamento áudio PMSE (equipamentos para a realização de programas e eventos especiais) sem fios. 2. Na sequência de um processo de consulta com as partes europeias interessadas, a Comissão desenvolveu uma estratégia da União a longo prazo sobre a utilização da banda UHF. Esta estratégia promoverá o mercado único digital e assegurará uma gestão eficiente do espetro radioelétrico na banda UHF, refletindo o seu valor social, cultural e económico. 8793/16 mam/ec/fc 1 DGE 2B PT

3. Em fevereiro de 2016, o Grupo das Telecomunicações e da Sociedade da Informação iniciou a análise da proposta em epígrafe, tendo avaliado igualmente a avaliação de impacto da Comissão. Na sequência do debate que teve lugar ao longo de várias reuniões do Grupo, a Presidência alterou em diversos pontos a proposta da Comissão a fim de ter em conta as preocupações manifestadas pelos Estados-Membros. Os considerandos foram igualmente adaptados às disposições substantivas. 4. Em 11 de maio de 2016, o projeto de orientação geral foi submetido à apreciação do Comité de Representantes Permanentes. No decurso dessa reunião do Coreper, as delegações chegaram a acordo sobre o texto constante do anexo, defendendo que se mantivesse o delicado equilíbrio do compromisso da Presidência. De momento, uma delegação apresentou a sua abstenção à orientação geral e outra delegação apresentou uma reserva de análise parlamentar. 5. A Comissão apoia a intenção de se definir uma orientação geral na próxima reunião do Conselho. No entanto, reserva a sua posição sobre a proposta na presente fase do processo. 6. O Conselho TTE (Telecom) é convidado a adotar, na sua reunião de 26 de maio de 2016, uma orientação geral sobre a proposta constante do anexo. 8793/16 mam/ec/fc 2 DGE 2B PT

ANEXO 2016/0027 (COD) Proposta de DECISÃO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativa à utilização da faixa de frequências de 470-790 MHz na União O PARLAMENTO EUROPEU E O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nomeadamente o artigo 114.º, Tendo em conta a proposta da Comissão Europeia, Após transmissão do projeto de ato legislativo aos parlamentos nacionais, Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu 1, Tendo em conta o parecer do Comité das Regiões 2, Deliberando de acordo com o processo legislativo ordinário, Considerando o seguinte: 1 2 JO C [ ] de [ ], p [ ]. JO C [ ] de [ ], p [ ]. 8793/16 mam/ec/fc 3

(1) No programa plurianual da política do espetro radioelétrico (PPER) instituído pela Decisão 243/2012/UE 3, o Parlamento Europeu e o Conselho fixaram os objetivos de identificar pelo menos 1 200 MHz de espetro adequado para serviços de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga na União até 2015, de apoiar o maior desenvolvimento de serviços inovadores de radiodifusão garantindo a disponibilização de espetro suficiente para a prestação desses serviços por via satélite e terrestre, caso a necessidade seja claramente demonstrada, e de assegurar a disponibilidade de espetro suficiente para equipamentos PMSE (equipamentos para a realização de programas e eventos especiais). (1-A) A presente decisão não deverá prejudicar as medidas tomadas a nível nacional, nos termos do direito da União, que prosseguem objetivos de interesse geral relacionados com o direito de os Estados-Membros organizarem e utilizarem o seu espetro para efeitos de ordem e segurança públicas e de defesa. (2) Na sua estratégia para o mercado único digital 4, a Comissão destaca a importância da faixa de 694-790 MHz (a seguir designada "faixa de 700 MHz") para garantir a prestação de serviços em banda larga em zonas rurais e realça a necessidade de uma introdução coordenada dessa faixa de frequências, sem deixar de atender às necessidades específicas da distribuição dos serviços de radiodifusão. 3 4 Decisão n.º 243/2012/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de março de 2012, que estabelece um programa plurianual da política do espetro radioelétrico (JO L 81 de 21.3.2012, p. 7). Ver http://ec.europa.eu/priorities/digital-single-market/index_en.htm. 8793/16 mam/ec/fc 4

(3) O espetro na faixa de frequências de 470-790 MHz é um trunfo valioso para a implantação eficiente em termos de custos das redes sem fios com cobertura universal. Este espetro está atualmente a ser utilizado em toda a União para a TDT e para os equipamentos áudio PMSE sem fios. Apoia o desenvolvimento dos setores da comunicação social, criativos e culturais, que dependem amplamente desta parte do espetro para o fornecimento de conteúdos sem fios a utilizadores finais. (4) Na região 1, que inclui a União, os regulamentos das radiocomunicações da União Internacional das Telecomunicações, adotados pela Conferência Mundial das Radiocomunicações em 2015, atribuíram a faixa de frequências de 700 MHz à radiodifusão e serviços móveis (com exceção do serviço móvel aeronáutico) a título coprimário, e a faixa de frequências de 470-694 MHz (a seguir designada "sub-700 MHz") continua a ser exclusivamente atribuída ao serviço de radiodifusão, a título primário, e à utilização de equipamentos áudio PMSE sem fios, a nível secundário. (5) O rápido crescimento do tráfego de banda larga sem fios torna necessária uma maior capacidade da rede sem fios. O espetro da faixa de frequências de 700 MHz proporciona tanto capacidade adicional como uma cobertura universal, em especial para fazer face ao desafio económico de servir as zonas rurais e remotas, em áreas prioritárias nacionais previamente definidas, por exemplo ao longo das principais vias de transporte terrestre, e para utilização no interior e para uma grande variedade de comunicações tipo máquina. Neste contexto, impõe-se a adoção de medidas coerentes para estabelecer uma cobertura sem fios terrestre de elevada qualidade em toda a União, com base nas melhores práticas nacionais em matéria de obrigações para os operadores concessionados, com vista à prossecução do objetivo do PPER de que, até 2020, todos os cidadãos tenham acesso à banda larga a velocidade não inferior a 30 Mb/s. Deste modo, as medidas vão promover os serviços digitais inovadores e assegurar benefícios socioeconómicos a longo prazo. 8793/16 mam/ec/fc 5

(6) A partilha do espetro dentro de uma faixa de frequências comuns entre, por um lado, a utilização da banda larga sem fios bidirecional de longo alcance (ascendente e descendente) e, por outro, a utilização unidirecional para emissões de televisão ou para a utilização de equipamentos áudio PMSE sem fios, é problemática do ponto de vista técnico quando as respetivas áreas de cobertura se sobrepõem ou estão próximas. Tal implica que a reorientação da faixa de frequências de 700 MHz para os serviços terrestres de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga bidirecionais iria privar a televisão digital terrestre e os utilizadores de áudio PMSE sem fios de uma parte dos seus recursos do espetro. Os setores da TDT e PMSE necessitam, por conseguinte, de previsibilidade regulamentar a longo prazo em relação à disponibilidade de espetro suficiente, para poderem salvaguardar a prestação e o desenvolvimento sustentável dos seus serviços, nomeadamente de televisão com acesso livre, e assegurar os seus investimentos. Poderão ser necessárias medidas a nível nacional e da União para garantir recursos adicionais de espetro para utilização de equipamentos áudio PMSE sem fios fora da faixa de frequências de 470-790 MHz. (7) No seu relatório à Comissão (a seguir designado por "Relatório Lamy") 5, Pascal Lamy, presidente do grupo de alto nível sobre a futura utilização da faixa de frequências de 470- -790 MHz, recomendou que a faixa de frequências de 700 MHz fosse atribuída à banda larga sem fios até 2020 (+/ dois anos). Tal contribuiria para atingir o objetivo de previsibilidade regulamentar a longo prazo para a TDT, assegurando o acesso à faixa de frequências sub- -700 MHz até 2030, embora sujeito a revisão até 2025. 5 Relatório de Pascal Lamy, disponível em: https://ec.europa.eu/digital-agenda/en/news/report- -results-work-high-level-group-future-use-uhf-band. 8793/16 mam/ec/fc 6

(8) O Grupo para a Política do Espetro Radioelétrico (GPER) recomenda, no seu parecer sobre uma estratégia a longo prazo para a futura utilização da faixa de frequências de 470-790 MHz na União (a seguir designado "parecer do RSPG"), a adoção de uma abordagem coordenada em toda a União para disponibilizar a faixa de frequências de 700 MHz para utilização eficaz pelos serviços de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga até ao final de 2020, assinalando que os Estados-Membros podem decidir, com base em motivos devidamente fundamentados, adiar a disponibilização da faixa por um período máximo de dois anos. Esse processo será concomitante com a garantia de disponibilização a longo prazo, até 2030, da faixa de frequências sub-700 MHz para a prestação de serviços de radiodifusão. O GPER recomenda que os Estados-Membros disponham de flexibilidade para usarem a faixa de frequências sub-700 MHz para serviços de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga "desde que essa utilização seja compatível com as necessidades de radiodifusão no Estado- -Membro em causa e não provoque restrições ao funcionamento da TDT nos países vizinhos". (9) Alguns Estados-Membros já lançaram ou completaram os processos nacionais para autorizar a utilização da faixa de frequências de 700 MHz para os serviços terrestres de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga bidirecionais. É necessária uma abordagem coordenada para a futura utilização da faixa de frequências de 700 MHz, que deverá igualmente proporcionar previsibilidade regulamentar, encontrar um equilíbrio entre a diversidade dos Estados-Membros e os objetivos do mercado único, bem como promover a liderança europeia na evolução tecnológica internacional. Neste contexto, os Estados-Membros deverão ser obrigados a reorientar a faixa de frequências de 700 MHz em tempo útil, em conformidade com o direito da União e o direito nacional. 8793/16 mam/ec/fc 7

(9-A) Se não estiverem em condições de permitir, até 30 de junho de 2020, a utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz pelos sistemas terrestres capazes de fornecer serviços de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga, os Estados-Membros deverão justificar devidamente quaisquer adiamentos. Os motivos que justificam tais adiamentos poderão incluir, embora não exclusivamente, problemas de coordenação transfronteiriça pendentes, interferências nocivas pendentes, a necessidade de assegurar a migração técnica para normas avançadas de radiodifusão devido à existência de uma grande quantidade de pessoas afetadas pelo processo, custos financeiros de transição superiores às receitas previstas nos procedimentos de adjudicação ou casos de força maior. Os restantes Estados-Membros e a Comissão deverão ser devidamente informados desses adiamentos nos roteiros nacionais publicados nos termos da presente decisão. Os Estados-Membros deverão tomar todas as medidas necessárias para minimizar a consequente interferência nos Estados-Membros vizinhos. (10) A utilização da faixa de frequências de 700 MHz por outras aplicações em países terceiros, ao abrigo de acordos internacionais, ou em partes do território nacional fora do controlo efetivo das autoridades do Estado-Membro, poderá limitar a utilização da faixa pelos serviços terrestres de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga em alguns Estados-Membros, impedindo-os de cumprir o calendário comum estabelecido a nível da União. Os Estados- -Membros em causa deverão tomar todas as medidas necessárias para minimizar a duração e a área geográfica dessas limitações e solicitar a assistência da União, se necessário, nos termos do artigo 10.º, n.º 2, do PPER. Os Estados-Membros deverão ainda notificar a Comissão dessas limitações nos termos do artigo 6.º, n.º 2, e do artigo 7.º, devendo essa informação ser publicada em conformidade com o artigo 5.º da Decisão n.º 676/2002/CE 6. 6 Decisão n.º 676/2002/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de março de 2002, relativa a um quadro regulamentar para a política do espetro de radiofrequências na Comunidade Europeia (decisão espetro de radiofrequências) (JO L 108 de 24.4.2002, p. 1). 8793/16 mam/ec/fc 8

(11) A utilização da faixa de frequências de 700 MHz pelos serviços terrestres de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga deverá estar sujeita a um regime de autorização flexível, assim que possível. Tal deverá incluir a possibilidade de os titulares de direitos de utilização do espetro cederem ou locarem os seus direitos existentes no contexto da aplicação dos artigos 9.º, 9.º-A e 9.º-B da Diretiva 2002/21/CE 7. (12) É importante atingir uma previsibilidade regulamentar a longo prazo para a TDT no que diz respeito ao acesso à faixa de frequências sub-700 MHz, tendo em consideração os resultados da Conferência Mundial das Radiocomunicações de 2015. Em conformidade com os artigos 9.º e 9.º-A da Diretiva 2002/21/CE, os Estados-Membros deverão, sempre que possível, aplicar uma abordagem flexível e poderão permitir a introdução de utilizações alternativas de acordo com as necessidades nacionais e com a atribuição primária dessa faixa aos serviços de radiodifusão nos regulamentos das radiocomunicações da União Internacional das Telecomunicações. Ao permitir utilizações alternativas na faixa de frequências sub- -700 MHz, os Estados-Membros deverão assegurar que essa utilização não provoca interferências nocivas com a radiodifusão digital terrestre nos Estados-Membros vizinhos, tal como previsto no acordo da Conferência Regional de Radiocomunicações de 2006 8. 7 8 Diretiva 2002/21/CE, de 7 de março de 2002, relativa a um quadro regulamentar comum para as redes e serviços de comunicações eletrónicas (Diretiva-Quadro), (JO L 108 de 24.4.2002, p. 33). Conferência Regional de Radiocomunicações de 2006 para o planeamento do serviço de radiodifusão digital terrestre em certas partes das regiões 1 e 3, nas faixas de frequências 174- -230 MHz e 470-862 MHz (RRC-06), realizada em Genebra. 8793/16 mam/ec/fc 9

(13) (suprimido) (14) Os Estados-Membros deverão adotar roteiros nacionais coerentes para facilitar a utilização da faixa de frequências de 700 MHz pelos serviços terrestres de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga, assegurando simultaneamente a continuidade dos serviços de radiodifusão televisiva que libertam essa faixa. Uma vez adotados, os Estados-Membros deverão comunicar esses roteiros de forma transparente em toda a União. Os roteiros deverão abranger as atividades e calendários para a reorganização das frequências, a evolução técnica da rede e dos equipamentos dos utilizadores finais, a coexistência de equipamentos rádio e não radio, os regimes de autorização existentes e novos e informações sobre a possibilidade de oferecer compensações pelos custos de migração, quando existam, nomeadamente para evitar custos para os utilizadores finais ou para os organismos de radiodifusão. Caso os Estados-Membros pretendam manter a TDT, os roteiros deverão considerar a opção de facilitar a evolução para equipamentos de radiodifusão mais eficientes na utilização do espetro, tais como as tecnologias avançadas de vídeo (por exemplo, HEVC) ou tecnologias de transmissão de sinais (por exemplo, DVB-T2). (15) O âmbito e o mecanismo de eventuais compensações para a conclusão do período de transição da utilização do espetro deverão ser analisados em conformidade com as disposições nacionais relevantes, em conformidade com o artigo 14.º da Diretiva 2002/20/CE 9 e têm de ser coerentes com o disposto nos artigos 107.º e 108.º do TFUE. 9 Diretiva 2002/20/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de março de 2002, relativa à autorização de redes e serviços de comunicações eletrónicas (Diretiva Autorização) (JO L 108 de 24.4.2002, p. 21). 8793/16 mam/ec/fc 10

(16) Atendendo a que o objetivo da presente decisão, a saber assegurar uma abordagem coordenada para a utilização do espetro na faixa de frequências de 470-790 MHz na União de acordo com objetivos comuns, não pode ser suficientemente alcançado pelos Estados- -Membros e pode, portanto, devido à sua dimensão e efeitos, ser mais bem alcançado ao nível da União, a União pode tomar medidas em conformidade com o princípio da subsidiariedade consagrado no artigo 5.º do Tratado da União Europeia. Em conformidade com o princípio de proporcionalidade, consagrado no mesmo artigo, a presente decisão não excede o necessário para alcançar esse objetivo, ADOTARAM A PRESENTE DECISÃO: 8793/16 mam/ec/fc 11

Artigo 1.º (1) Até 30 de junho de 2020, os Estados-Membros só podem permitir a utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz pelos sistemas terrestres capazes de fornecer serviços de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga de acordo com condições técnicas harmonizadas estabelecidas pela Comissão em conformidade com o artigo 4.º da Decisão 676/2002/CE. Os Estados-Membros podem decidir, com base em motivos devidamente fundamentados, adiar a disponibilização da faixa por um período máximo de dois anos. Sempre que decidam adiar a disponibilização da faixa, os Estados-Membros informam os restantes Estados-Membros e a Comissão no roteiro nacional a que se refere o artigo 5.º. Sempre que necessário, os Estados-Membros realizam o processo de autorização ou alteram os atuais direitos relevantes de utilização do espetro em conformidade com Diretiva 2002/20/CE, a fim de permitir essa utilização. (2) A fim de permitir a utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz em conformidade com o n.º 1, os Estados-Membros concluem, até 31 de dezembro de 2017, todos os acordos necessários de coordenação transfronteiriça de frequências no interior da União. (3) Os Estados-Membros não ficam vinculados às obrigações previstas nos n.ºs 1 e 2 relativamente às zonas geográficas em que a coordenação de frequências com os países terceiros continue em falta, desde que desenvolvam todos os esforços possíveis para minimizar a duração e o âmbito geográfico dessa falta de coordenação, e comunicam anualmente os seus resultados à Comissão, até as questões de coordenação pendentes estarem resolvidas. O presente número aplica-se igualmente aos problemas de coordenação do espetro na República de Chipre resultantes do facto de o governo cipriota estar impedido de exercer um controlo efetivo em parte do seu território. (3-A) A presente decisão não prejudica o direito dos Estados-Membros de organizarem e utilizarem o seu espetro para efeitos de ordem e segurança públicas e de defesa. 8793/16 mam/ec/fc 12

Artigo 2.º Os Estados-Membros autorizam a transferência ou locação dos direitos de utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz para sistemas terrestres capazes de fornecer serviços de comunicações eletrónicas sem fios em banda larga. Artigo 3.º Quando autorizarem a utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz ou alterarem os direitos de utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz, os Estados-Membros têm devidamente em conta a possibilidade de aumentarem o nível e a qualidade dos serviços e da cobertura da sua população e território através dos serviços que utilizam esta faixa. Tal poderá incluir, quando necessário, medidas destinadas a serviços em áreas prioritárias nacionais previamente definidas, por exemplo ao longo das principais vias de transporte terrestre. Estas medidas podem incluir condições para facilitar ou incentivar a partilha das infraestruturas de rede ou do espetro, em conformidade com o direito da União. Para o efeito, os Estados-Membros devem avaliar e, sempre que adequado, proceder a consultas com as partes interessadas sobre a necessidade de impor condições aos direitos de utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz. 8793/16 mam/ec/fc 13

Artigo 4.º Os Estados-Membros asseguram, pelo menos até 2030, a disponibilização da faixa de frequências de 470-694 MHz para a prestação de serviços terrestres de radiodifusão, incluindo a televisão de acesso livre, e para utilização por equipamentos áudio PMSE sem fios, com base nas necessidades nacionais. Os Estados-Membros asseguram que qualquer outra utilização da faixa de frequências de 470-694 MHz no seu território é compatível com as necessidades nacionais de radiodifusão no Estado-Membro em causa e não provoca interferências nocivas com a prestação de serviços terrestres de radiodifusão num Estado-Membro vizinho nem beneficia de proteção contra a prestação desses serviços. Essa utilização não prejudica as obrigações resultantes de acordos internacionais e do direito da União, tais como acordos de coordenação transfronteiriça de frequências. Artigo 5.º Até 30 de junho de 2018, os Estados-Membros aprovam e publicam o seu plano e calendário nacional ("roteiro nacional") para respeitar as suas obrigações decorrentes dos artigos 1.º e 4.º da presente decisão. A fim de garantir que a utilização da faixa de frequências de 694-790 MHz está em conformidade com o artigo 1.º, n.º 1, os Estados-Membros incluem nos seus roteiros nacionais, se necessário, informações sobre as medidas destinadas a limitar o impacto do futuro processo de transição para o público e para os utilizadores de equipamentos áudio PMSE sem fios e a facilitar a disponibilização atempada de equipamentos para redes de radiodifusão televisiva e recetores de televisão interoperáveis no mercado interno. 8793/16 mam/ec/fc 14

Artigo 5.º-A Os Estados-Membros podem assegurar que, se for caso disso e nos termos do direito da União, os custos diretos de migração ou reatribuição da utilização do espetro sejam devidamente compensados nos termos do direito nacional. Artigo 6.º (suprimido) Artigo 7.º A presente decisão entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. Artigo 8.º Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão. Feito em Bruxelas, em Pelo Parlamento Europeu Pelo Conselho O Presidente O Presidente 8793/16 mam/ec/fc 15