CÓDIGO DE CONDUTA FUNDAÇÃO DR. AGOSTINHO ALBANO DE ALMEIDA (Aprovado em reunião do Conselho de Administração de 25/06/2014) INTRODUÇÃO A Fundação Dr. Agostinho Albano de Almeida (doravante designada «Fundação»), assim designada por despacho superior de 4 de fevereiro de 1977, tem as suas raízes no Hospital Civil de Santo Agostinho fundado em 1 de outubro de 1891, em obediência às disposições testamentárias do Dr. Agostinho Albano de Almeida. A Fundação é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos, reconhecida como pessoa coletiva de utilidade pública que prossegue objectivos no âmbito da solidariedade social, tendo como fins principais o apoio e proteção a idosos e a crianças e jovens, designadamente os mais carenciados. Tem como respostas principais uma Estrutura Residencial para Idosos, Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário e, num outro espaço da mesma cidade de Ourém, um Lar de Infância e Juventude. O presente Código de Conduta pretende constituir uma referência para todos os colaboradores, voluntários e membros dos órgãos sociais da Fundação no que respeita aos padrões de conduta, contribuindo para que a mesma seja reconhecida como um exemplo de responsabilidade e rigor. A Fundação compromete-se a defender os valores de integridade, transparência, autoregulação e prestação de contas, entre outros, compreendendo obrigações e responsabilidades relativamente a todos os interessados, utentes e colaboradores nas suas atividades. Compromete-se também a desenvolver padrões de qualidade nos serviços prestados, promovendo o bem-estar de utentes e colaboradores, a todos tratando com o máximo respeito e dignidade.
Capítulo I Âmbito de Aplicação Artigo 1º (Âmbito) 1. O Código de Conduta aplica-se a todos os colaboradores da Fundação, entendendo-se como tal todas as pessoas que aí prestem atividade, incluindo os membros dos órgãos sociais, trabalhadores, voluntários e outros prestadores com ela relacionados. 2. A aplicação do presente Código de Conduta e a sua observância não impede, nem dispensa, a aplicação de outras regras de conduta ou deontológicas, de fonte legal ou de qualquer outra natureza, aplicáveis a determinadas funções, atividades ou grupos profissionais e pressupõe o respeito pelos Estatutos e Regulamentos em vigor na Fundação. Capítulo II Princípios Gerais Artigo 2º (Princípios Gerais) No exercício das suas atividades, funções e competências, os colaboradores da Fundação devem atuar tendo em vista a prossecução dos interesses da instituição e o respeito pelos princípios da legalidade, boa fé, responsabilidade, transparência, lealdade, integridade, profissionalismo e confidencialidade, tendo em consideração a missão e as políticas de atuação em vigor na Fundação. Artigo 3º (Legalidade) A Fundação deve respeitar e zelar pelo cumprimento escrupuloso das normas legais e regulamentares aplicáveis às suas atividades.
Artigo 4º (Igualdade de Tratamento e não Discriminação) Os colaboradores da Fundação não devem adotar comportamentos discriminatórios em relação aos demais colaboradores ou a terceiros, sejam eles utentes dos serviços da Fundação ou não, com base na raça, sexo, idade, incapacidade física, orientação sexual, opiniões políticas, religião ou crença. Artigo 5º (Diligência, Eficiência e Responsabilidade) 1. Os colaboradores da Fundação devem cumprir sempre com zelo, eficiência e responsabilidade os encargos e deveres que lhes sejam cometidos no exercício das suas funções. 2. No relacionamento com os utentes e público em geral, os colaboradores devem evidenciar disponibilidade e eficiência, correção e cortesia. Capítulo III (Conflito de interesses e incompatibilidades) Artigo 6º (Conflito de Interesses) Os membros dos órgãos sociais e os colaboradores da Fundação que, no exercício das suas funções e competências, sejam chamados a intervir em processos ou decisões em que estejam ou possam estar em causa interesses financeiros ou outros do próprio membro ou colaborador, ou de pessoas ou entidades relacionadas com aquele, devem comunicar à Fundação a existência dessas relações e de eventual conflito de interesses e abster-se de participar na tomada de decisões a esse respeito. Artigo 7º (Incompatibilidades) Sem prejuízo do disposto quanto ao desempenho de determinadas funções ou ao exercício de cargos sociais, nenhum colaborador da Fundação poderá exercer atividade profissional em entidade externa sem estar autorizado pela Administração da Fundação.
Capítulo IV Confidencialidade e Proteção de Dados Artigo 8º ( Informação e Confidencialidade ) Os colaboradores da Fundação devem guardar absoluto sigilo e reserva, em relação ao exterior, de toda a informação de que tenham conhecimento no exercício das suas funções que, pela sua natureza, possa afetar a imagem, o interesse ou a atividade da Fundação. Artigo 9º (Proteção de Dados) 1. Os colaboradores que trabalham com dados pessoais relativos a outros colaboradores, a utentes ou a quaisquer terceiros ou que tenham acesso a esses dados, devem respeitar a privacidade, em conformidade com o disposto na Lei n.º67/98, de 26 de outubro e demais legislação aplicável. 2. Os colaboradores da fundação devem atuar no estrito cumprimento dos limites das responsabilidades inerentes às funções que exercem, utilizando os meios que tenham sido colocados à sua disposição, exclusivamente no âmbito e para o efeito do exercício das suas funções. Artigo 10.º (Dever de Lealdade) Os colaboradores da Fundação devem assumir um compromisso de lealdade para com a mesma, empenhando-se em salvaguardar a sua credibilidade, prestígio e imagem em todas as situações, agindo com verticalidade, isenção, empenho e objetividade na análise das decisões tomadas em nome da Fundação.
Artigo 11º (Relações entre Colaboradores e Aperfeiçoamento Profissional) 1. Os colaboradores devem pautar a sua atuação na instituição pela motivação do aumento da produtividade, pelo envolvimento e participação, pela manutenção de um clima sadio e de confiança, no respeito pela estrutura hierárquica, colaborando proativamente, partilhando conhecimento e informação e cultivando o espírito de equipa, sempre no interesse dos utentes. 2. Os colaboradores da Fundação devem procurar, de forma contínua, aperfeiçoar e atualizar os seus conhecimentos, tendo em vista a manutenção ou melhoria das suas capacidades profissionais. Artigo 12º (Proteção dos Bens da Fundação) 1. Os colaboradores devem, a todo o momento, zelar pela manutenção e proteção dos bens que integram o património da Fundação, não os utilizando de forma abusiva ou imprópria, nem permitindo esse tipo de utilização por terceiros. 2. Os colaboradores devem, de igual forma, adotar no exercício da sua atividade todas as medidas adequadas, tendo em vista limitar os custos e despesas da Fundação, com a finalidade de permitir a utilização mais eficiente dos recursos disponíveis. Artigo 13º (Relações com Terceiros) 1. Os colaboradores da Fundação devem guiar a sua atividade com total respeito pelos fins da Fundação, não podendo favorecer interesses de terceiros em prejuízo desta, e recusando qualquer benefício ou privilégio pessoal. 2. Os colaboradores da Fundação devem atuar de forma a permitir que sejam honrados os compromissos com fornecedores de produtos ou serviços e a exigir, da parte destes, o integral cumprimento das suas obrigações, bem como a observância das boas práticas e regras subjacentes à atividade em causa. 3. A escolha dos fornecedores deve ser efetuada com base em critérios imparciais e transparentes, sem concessão de privilégios ou favoritismos evitando, sempre que possível, situações de exclusividade.
Artigo 14º (Relacionamento com Entidades de Regulação e Supervisão) A Fundação, através dos colaboradores designados, prestará às autoridades de regulação e supervisão toda a colaboração solicitada ou que se afigure útil ou necessária. Artigo 15º (Relacionamento com o Público) As informações prestadas aos meios de comunicação ou contidas em publicidade devem possuir caráter informativo e verdadeiro, respeitando os parâmetros culturais e éticos da comunidade e a vontade do seu fundador e devem contribuir para uma imagem de dignificação da Fundação. Capítulo V Administração da Fundação Artigo 16º (Mandato dos Órgãos Sociais) De acordo com o estabelecido na Lei-Quadro das Fundações, Lei nº 24/2012, de 9 de Julho, os Estatutos da Fundação estabelecem as disposições relativas à renovação da composição dos seus Órgãos Sociais, sendo que, a Fundação tem de comunicar qualquer alteração à referida composição à Presidência do Conselho de Ministros, até 30 (trinta) dias após a sua verificação. Artigo 17º (Transparência na Atuação e Publicitação das Contas) De acordo com o estabelecido na Lei-Quadro das Fundações, Lei nº 24/2012, de 9 de Julho, no Site da Fundação, www.fagostinho.com, é disponibilizada informação atualizada, quer no quadro institucional, quer sobre a sua atividade e o seu património.
Artigo 18.º (Gestão e Finanças) 1. A Fundação promove uma organização e funcionamento que visa assegurar a eficiência na gestão e utilização dos seus recursos segundo métodos e procedimentos de investimentos prudentes e sustentáveis. 2. A Fundação possui um sistema de contabilidade adequado à sua natureza e dimensão, cumprindo todas as disposições legais quanto a esta matéria, nomeadamente o regime declarativo decorrente da Informação Empresarial Simplificada e o regime de normalização contabilística para as entidades do setor não lucrativo, podendo complementar as obrigações legais com medidas adicionais. Capítulo VI Disposições Gerais Artigo 19º (Divulgação, Compromisso e Aplicação) 1. O presente Código de Conduta, que se aplica a todos os colaboradores da Fundação, entra em vigor imediatamente após a sua aprovação pelo Conselho de Administração e a sua divulgação a todos os colaboradores. 2. O presente Código de Conduta será disponibilizado no sítio da Internet da Fundação de modo a informar eficazmente o público acerca do seu conteúdo. 3. No processo de admissão dos colaboradores deverá constar a declaração de conhecimento e aceitação das normas vigentes no presente Código de Conduta. 4. A violação das disposições constantes do presente Código de Conduta poderá ter como consequência a abertura de um procedimento disciplinar.