UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA



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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA CINTIA JUNKES O impacto de óbito adicional à estabilidade do coeficiente de mortalidade neonatal e infantil: análise estatística e epidemiológica nos municípios catarinenses. FLORIANÓPOLIS (SC) 2012

2 CINTIA JUNKES O impacto de óbito adicional à estabilidade do coeficiente de mortalidade neonatal e infantil: análise estatística e epidemiológica nos municípios catarinenses. Monografia apresentada ao XIV Curso de Especialização em Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Saúde Pública. Orientador: Prof. Dr. Sérgio F. Torres de Freitas FLORIANÓPOLIS (SC) 2012

3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA XIV CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA O impacto de óbito adicional à estabilidade do coeficiente de mortalidade neonatal e infantil: análise estatística e epidemiológica nos municípios catarinenses. CINTIA JUNKES Essa monografia foi analisada pelo professor orientador e aprovada para obtenção do grau de Especialista em Saúde Pública no Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, fevereiro de 2012. Profª Dra. Jane Maria de Souza Philippi. Coordenadora do Curso Prof. Dr.Sérgio Fernando Torres de Freitas Orientador do trabalho

4 CINTIA JUNKES. O impacto de óbito adicional à estabilidade do coeficiente de mortalidade neonatal e infantil: análise estatística e epidemiológica nos municípios catarinenses. Trabalho de Conclusão de Curso. (Especialista em Saúde Pública). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2012. XX p. RESUMO Os coeficientes de mortalidade neonatal e infantil são indicadores utilizados para a avaliação das condições de saúde de uma população, por serem sensíveis às modificações sociais, econômicas e demográficas, mas seu uso tem restrições quandose trabalha em populações muito pequenas.este estudo tem como objetivo analisar a estabilidade estatística e epidemiológica dos indicadores de mortalidade infantil e neonatal dos municípios de Santa Catarina. Trata-se de um estudo descritivo com técnica de análise quantitativa. Foi realizado a partir da obtenção de dados secundários de mortalidade sobre os municípios de Santa Catarina no ano de 2010. Os dados foram obtidos na página eletrônica da Secretaria do Estado de Santa Catarina e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Dos 293 municípios catarinenses, 161 apresentavam coeficientes de mortalidade neonatal e infantil concomitantemente. Os demais foram desconsiderados na pesquisa. Analisou-se a mudança de significado do coeficiente de mortalidade infantil (CMI), utilizando-se a classificação adotada por Pereira (2001),que consideracoeficientes altos os maiores ou iguais a 50%, médios aqueles entre 20% e 49% e baixos os menores do que 20%, com a adição de um óbito aos dados existentes.posteriormente, foi analisado o impacto percentual de aumento com essa adição. As variáveis demográficas de tamanho da população e número de nascidos vivos demonstraram serem fatores primordiais na estabilidade estatística dos coeficientes. 64% dos municípios apresentaram impactos maiores que um terço nos seus CMI, e 73 dos 161 municípios analisados dobraram seus coeficientes com adição de um óbito. Conclui-se queem populações muito pequenas e ou com baixo número de nascidos vivos o CMI tem pouca estabilidade para ser adotado como indicador das condições de saúde. Quanto maior o número de nascidos vivos, e por vezes maior o número populacional, menor o impacto estatístico e as mudanças de escore nos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil. Palavras-chave: Coeficiente de mortalidade infantil.coeficiente de mortalidade neonatal.mortalidade infantil.

5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 06 2 OBJETIVOS 08 2.1 OBJETIVO GERAL 08 2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 08 3 METODOLOGIA 09 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 10 4.1 MUDANÇA DE CLASSIFICAÇÃO IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO 12 4.2 IMPACTO ESTATÍSTICO 15 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 17 6 REFERÊNCIAS 18 ANEXOS 19

6 1INTRODUÇÃO O coeficiente de mortalidade infantil é definido pelo número de óbitos de menores de um ano de idade por cada mil nascidos vivos, em determinada área geográfica e período. Interpreta-se como a estimativa do risco de um nascido vive morrer durante o seu primeiro ano de vida (DUARTE, 2007). Tal coeficiente pode ser dividido em componentes: mortalidade neonatal, que estima o risco de óbitos nos primeiros 27 dias de vida (0 a 6 dias mortalidade neonatal precoce; 7 a 27 dias mortalidade neonatal tardia), e mortalidade pós-neonatal, que estima o risco de óbito entre o 28º dia de vida até o final do primeiro ano de vida (MEDRONHO; CARVALHO; BLOCH; et al,2003). Os coeficientes de mortalidade neonatal e infantil são calculados a partir do número de óbitos de residentes com menos de 27 dias de vida e com menos de um ano de idade, respectivamente, divididos pelo número de nascidos vivos de mães residentes multiplicados por mil (BRASIL, 2008). Os coeficientes de mortalidade infantil são classificados em função da proximidade ou distância de valores já alcançados em sociedades mais desenvolvidas, o que varia com o tempo. Em geral, são considerados coeficientes altos os maiores ou iguais a 50%, médios aqueles entre 20% e 49% e baixos os menores do que 20% (PEREIRA, 2001). Os dados de óbitos e nascimentos necessários para o cálculo da mortalidade infantil e neonatal são originários de duas fontes principais: o Ministério da Saúde, através do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelas estatísticas do registro civil. (SZWARCWALD; LEAL; CASTILHO; et al,1997). Os óbitos ocorridos no primeiro ano de vida são considerados um evento-sentinela, um excelente indicador para medir a qualidade de vida de uma população, a eficácia e o acesso aos serviços de saúde (JOBIM; AERTS, 2008). A relação desse indicador de saúde com o desenvolvimento socioeconômico de um país está bem estabelecida, entretanto, outros determinantes estão envolvidos. A redução da mortalidade infantil no Brasil na última década foi acompanhada de mudanças expressivas nos indicadores demográficos, socioeconômicos e de saúde que, no entanto, ocorreram de forma heterogênea, com diferenças entre os estados e

7 municípios(oliveira; MENDES, 1999; SIMÕES; MONTEIRO, 2000; VENTURA; OLIVEIRA; SILVA; et al, 2008). Uma limitação na aplicação do coeficiente de mortalidade infantil e neonatal está na dinâmica da mudança demográfica. As imprecisões são bem maiores em populações pequenas (BRASIL, 2008). O Brasil tem muitos estados com municípios de pequeno porte. Santa Catarina é um exemplo disso; dos 293 municípios que compõem o estado, 231 (78,8%) possuem menos de 20 mil habitantes. Por ser um indicador de saúde sensível às modificações sociais, econômicas e demográficas, e ser adotado pelo Ministério da Saúde para se avaliar condições de saúde dos municípios, nota-se a necessidade de avaliaçãoem relação a sua estabilidade, quando utilizado com finalidade avaliativa. A partir desta perspectiva este estudo tem como propósito analisar a estabilidade estatística e epidemiológica dos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil em municípios do Estado de Santa Catarina.

8 2 OBJETIVOS 2.1OBJETIVO GERAL - Analisar a estabilidade estatística e epidemiológica dos indicadores de mortalidade infantil e neonatal dos municípios de Santa Catarina. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Identificar os municípios catarinenses em que a adição de um óbito neonatal altera a classificação da mortalidade neonatal e infantil. - Identificar os municípios catarinenses em que a adição de um óbito neonatal provoca mudanças estatisticamente significativas na mortalidade neonatal e infantil.

9 3METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo com técnica de análise quantitativa. Foi realizado a partir da obtenção de dados secundários de mortalidade para os municípios de Santa Catarina no ano de 2010. Santa Catarina está localizada no centro da região sul do país com uma área de 95.703,48 km² e uma população de 6.248.436 habitantes. É o vigésimo estado brasileiro em área, o décimo primeiro mais populoso, e o nono em número de municípios, com 293 municípios (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística - IBGE, 2010). Os dados referentes ao número da população residente, número de nascidos vivos das mães residentes, número absoluto de óbitos neonatais e infantis, coeficientes de mortalidade neonatal e infantil de cada município catarinense foram obtidos nos bancos de dados disponíveis na página eletrônica da Secretaria de Saúde de Santa Catarina (http//www.saude.sc.gov.br -Informações em Saúde - Indicadores de saúde, acessado em 18/Ago/2011)e pelas estimativas de óbitos e nascidos vivos calculadas pelo IBGE. A partir dessa coleta, os dados foram organizados em planilha Excell, e adicionouse mais um óbito ao número absoluto de óbitos neonatal e infantil e recalcularam-se os coeficientes de mortalidade infantil e neonatal.foram incluídos na pesquisa todos os municípios catarinenses que apresentaram coeficientes de mortalidade neonatal e infantil concomitantemente, no ano de 2010. Dois parâmetros foram utilizados para análise da estabilidade: se houve mudança de classificação em alto, médio e baixo coeficiente de mortalidade infantil, de acordo com PEREIRA (2001); esta mudança foi chamada de impacto epidemiológico. E se houve diferença estatisticamente observável entre os dois coeficientes obtidos, a partir de análise de distribuição por quartis.

10 4RESULTADOS E DISCUSSÃO A partir dos dados secundários do ano de 2010 coletados na página eletrônica da Secretaria Estadual de Saúde/SC observou-se que dos 293 municípios catarinenses 161 apresentavam coeficientes de mortalidade neonatal e infantil concomitantemente. Os demais foram desconsiderados na pesquisa por não apresentarem ambos os coeficientes para a análise do impacto de estabilidade estatística e epidemiológica As características dos municípios analisados, em termos de informações demográficas e de nascimentos e óbitos infantis estão disponibilizados nas tabelas abaixo. Tabela 1: Faixa populacional dos municípios analisados no ano de 2010. População (n o. de habitantes) Nº % < 5.000 23 14,3 5.000 10.000 34 21,1 10.000 20.000 45 27,9 20.000 50.000 32 19,9 50.000 27 16,8 Total 161 100 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. É importante considerar a predominância de municípios de pequeno porte populacional em Santa Catarina, em que dos 161 municípios estudados, apenas 16,8% dos municípios analisados apresentavam população acima de 50.000 habitantes, enquanto 63.3% tinham população de até 20.000 habitantes. Tabela 2: Dados estatísticos descritivos dos municípios analisados no ano de 2010. Média Mediana Desvio-padrão População 34.333,8 14.674 65.547.9 Nascidos vivos 471,1 182 902 Óbitos neonatais 3,8 2 6 Óbitos pós-neonatais 1,5 1 2,74 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010.

11 Observa-se a disparidade populacional entre os municípios analisados a partir dos valores acima calculados. O desvio padrão é maior que a média, ou seja, a variação entre os valores é muito grande. Além de a mediana ser menor que a média, indicando queas variações mais acentuadas estão nos valores mais altos; isso acontece porque são muitos municípios pequenos e alguns muito grandes em relação ao conjunto.os dados referentes aos municípios não analisados estão no anexo 1. A média dos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil foi respectivamente 14,45 e 18,02. A adição de mais um óbito ao número absoluto de óbitos neonatais de cada município resultou em uma média de coeficiente de mortalidade neonatal de 23,57 e infantil de 27,14. Ou seja, teve-se um aumento de aproximadamente 63% e 51% respectivamente. Observando os valores acima mencionados, que representam a média dos municípios catarinenses com CM infantil e neonatal, comparados aos do Estado de Santa Catarina que apresenta coeficientes de mortalidade neonatal e infantil, respectivamente de 7,24 e 10,43 nota-se como a variável demográfica influencia nos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil. A adição de mais um óbito neonatal aos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil do Estado de Santa Catarina obteve os seguintes valores respectivos 7,25 e 10,44, um aumento de apenas 0,14% e 0,1%. A média dos números de óbitos neonatal e pós-neonatal de Santa Catarina reflete a realidade nacional. A taxa de mortalidade neonatal ainda mantem-se como principal componente da mortalidade infantil em detrimento a redução da mortalidade pós-neonatal. Os períodos que caracterizam os componentes da mortalidade infantil apresentam causas de morte distintas, o que permite verificar a influência de fatores de caráter diversosnos seus comportamentos estatísticos e, consequentemente, do impacto de medidas com efeito sobre estes fatores (DUARTE, 2007). A mortalidade neonatal reflete mais a assistência à saúde recebida pelas crianças e mães do que o bem-estar social. Está associada tanto a fatores biológicos como à assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. A redução da mortalidade neonatal é mais difícil. Sua prevenção envolve investimentos em serviços hospitalares de tecnologia mais complexa (BERCINI, 1994). SegundoLansky; França; Leal (2002), a redução da mortalidade peri e neonatal tem sido mais difícil e lenta do que a da mortalidade pós-neonatal, já que esta última é mais vulnerável às melhorias globais da condição de vida e às intervenções do setor de saúde.

12 No entanto, em decorrência de um maior investimento tecnológico no setor saúde e facilidade do acesso à assistência de gestantes e recém-nascidos de alto risco houve em muitas regiões brasileiras aumento da sobrevida das crianças nos períodos neonatal precoce e tardio. Assim, uma tendência observada recentemente é o aumento na proporção das afecções perinatais e malformações congênitas relacionadas aos óbitos pós-neonatais (BRASIL, 2009). Observa-se o aumento no número de casos de óbitos neonatais por causas não evitáveis o que interfere na caracterização do coeficiente de mortalidade infantil como indicador das condições de saúde de uma população. Nestes casos, mesmo em países desenvolvidos com alta tecnologia e avanços na área da saúde,a aplicação de tal coeficiente como base para análise dos serviços de saúde torna-se prejudicada. 4.1 MUDANÇA DE CLASSIFICAÇÃO IMPACTO EPIDEMIOLÓGICO A partir da adição de mais um óbito neonatal aos coeficientes de mortalidade infantil e neonatal observou-se as alteraçõesda classificação de mortalidade dos municípios. Para verificação da mudança de classificação dos coeficientes de mortalidade infantil e neonatalapós a adição de um óbito neonatal,consideraram-se os seguintes parâmetros: coeficiente de mortalidade alto para taxas maiores do que 50%, médioaquelas entre 20% e 49% e baixo as menores do que 20%, como indicado por Pereira (2001). Sendo que os coeficientes alto, médio, baixo foram denominados neste estudo pelos seguintes escores: 1 (baixo), 2 (médio), 3 (alto). Os resultados obtidos foram os seguintes: em relação à mortalidade neonatal,37 municípios mudaram de escore com a adição de um óbito neonatal. Destes, 30 passaram do escore 1 para 2, correspondendo à 18,6%. Os outros 7 mudaram de escore 2 para 3, ou seja 4,3% dos 161 municípios analisados.quanto à mortalidade infantil 35 municípios apresentaram mudança de escore, sendo que destes, 22 municípios (13,6%) mudaram de escore 1 para 2 e 13 (8,1%)apresentaram mudança de escore 2 para 3. Explanando melhor observa-se que aproximadamente 23% e 22% dos 161 municípios apresentaram modificação de escore nos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil respectivamente. Tais mudanças de escore podem ser observadas nas tabelas 3 e 4.

13 Tabela 3: Municípios com mudanças de escore no Coeficiente de Mortalidade Neonatal com a adição de um óbito neonatal. Municípios População Nascidos Vivos Escore Coeficiente Mortalidade Neonatal Escore Coeficiente Mortalidade Neonatal +1 óbito neo Águas de Chapecó 6110 89 1 2 Anchieta 6380 84 1 2 Arabutã 4193 37 2 3 Atalanta 3300 32 2 3 Aurora 5549 68 1 2 Balneário Barra do Sul 8430 88 1 2 Benedito Novo 10336 121 1 2 Canelinha 10603 121 1 2 Capão Alto 2753 24 2 3 Gravatal 10635 123 1 2 Guabiruba 18430 212 1 2 Guaraciaba 10498 89 1 2 Ilhota 12355 157 1 2 Iporã do Oeste 8409 105 1 2 Ipumirim 7220 88 1 2 Itá 6426 77 2 3 Maracajá 6404 73 1 2 Massaranduba 14674 184 1 2 Novo horizonte 2750 32 2 3 Ouro 7372 88 1 2 Ouro Verde 2271 24 2 3 Paulo Lopes 6692 93 1 2 Ponte Alta 4894 72 1 2 Porto Belo 16083 175 1 2 Rio do Campo 7370 82 1 2 Salete 3961 85 1 2 Saltinho 4301 61 1 2 Salto Veloso 8054 35 2 3 Santa Rosa do Sul 5012 94 1 2 São Cristóvão do Sul 12998 67 1 2 Siderópolis 17260 130 1 2 Taió 5308 220 1 2 Timbé do Sul 36774 57 1 2 Três Barras 18129 293 1 2 Tunápolis 4633 46 1 2 Turvo 11854 139 1 2 Witmarsum 3600 57 1 2 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010.

14 Tabela 4: Municípios com mudanças de escore no Coeficiente de Mortalidade Infantil com a adição de um óbito neonatal. Municípios População Nascidos vivos Escore Coeficiente de Mortalidade Infantil Escore Coeficiente de Mortalidade Infantil + 1 óbito neonatal Atalanta 3300 32 2 3 Aurora 5549 68 1 2 Barra Bonita 1878 22 2 3 Canelinha 10603 121 1 2 Capão Alto 2753 24 2 3 Catanduvas 9555 136 1 2 Chapadão do Lageado 2762 34 2 3 Cocal do Sul 15159 167 1 2 Cordilheira Alta 3767 35 2 3 Correia Pinto 14785 118 2 3 Ermo 2050 35 2 3 Guabiruba 18430 212 1 2 Herval d'oeste 21239 269 1 2 Iporã do Oeste 8409 105 1 2 Ipumirim 7220 88 1 2 Itá 6426 77 2 3 Itapiranga 15409 210 1 2 Laurentino 6004 74 2 3 Lontras 10244 130 1 2 Maracajá 6404 73 1 2 Novo Horizonte 2750 32 2 3 Ouro 7372 88 1 2 Ouro Verde 2271 24 2 3 Paulo Lopes 6692 93 1 2 Pomerode 27759 350 1 2 Rio do Campo 6192 82 1 2 Salete 7370 85 1 2 Saltinho 3961 61 1 2 Salto Veloso 4301 35 2 3 São Cristovão do Sul 5012 67 1 2 Siderópolis 12998 130 1 2 Taió 17260 220 1 2 Timbé do Sul 5308 57 1 2 Witmarsum 3600 57 1 2 Xavantina 4142 50 2 3 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. Existe uma relação diretamente proporcional entre o número de nascidos vivos e a população de cada município,equanto menor o número de nascidos vivos, maior será o

15 coeficiente de mortalidade neonatal e infantil. Assim, o acréscimo de mais um óbito traz impacto epidemiológico aos coeficientes de mortalidade infantil e neonatal, mesmo que os escores adotados tenham muito pouca sensibilidade: mudanças maiores que 100% podem não provocar mudanças de escores, como por exemplo um município que aumente seu CMI de 21 para 45. Ressalta-se, no entanto, que os valores dependerão muito da taxa de natalidade dos municípios, mesmo que estes tenham baixo número populacional. Como por exemplo, a cidade catarinense de Trombudo Central que possui, segundo dados de 2010, uma população de 6.553 habitantes, considerada de baixo porte, e 101 nascidos vivos. Este último valor transfere ao município citado um escore decoeficiente de mortalidade neonatal e infantil, segundo Pereira (2001), considerado baixo (escore 1). 4.2 IMPACTO ESTATÍSTICO Obteve-se o impacto estatístico a partir da verificação do aumento percentual do coeficiente de mortalidade neonatal e infantil com a adição de mais um óbito. Considerouse impacto estatístico importante o aumento em porcentagemdos coeficientes calculados maiores que o primeiro quartil. O primeiro quartil de impacto, após a adição de um óbito neonatal aos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil, foi respectivamente: 33,3% e 20,0%. Em relação ao coeficiente de mortalidade neonatal após a adição de mais um óbito foram encontrados os seguintes resultados: 58 municípios apresentaram aumentos de até 33,3% (1º quartil), 30 municípios apresentaram aumento de 50% (2º quartil) e 73 municípios apresentaram aumento de 100% (3º quartil) no coeficiente. Observa-se assim que 103 dos 161 municípios analisados apresentaram um impacto neonatal considerado importante (> de 33,3%), correspondendo a 64% dos municípios analisados. Os resultados para o coeficiente de mortalidade infantil apontam que 45 municípios tiveram um impacto de até 20% (1º quartil), 68 municípios apresentaram aumento de 25 a 50% e 48 municípios apresentaram aumento de 100% neste coeficiente. Assim, dos 161 municípios, 116 (72%) apresentaram impacto infantil importante (>20%). O número de nascidos vivos e consequentemente o número populacional dos municípios influencia diretamente na classificação de impacto segundo os quartis calculados. De acordo com o coeficiente de mortalidade neonatal dos 161 municípios analisados observou-se conforme o 1º quartil uma média populacional de

16 aproximadamente 67.030 habitantes e 1022 nascidos vivos, no 2º quartil 15.312 habitantes e 197 nascidos vivos e no 3º quartil 11.205 habitantes e 145 nascidos vivos. Em relação ao coeficiente de mortalidade infantil observou-se no 1ºquartil uma média populacional de aproximadamente 91.365 habitantes e 1.278 nascidos vivos, no 2º quartil 16.340 habitantes e 214 nascidos vivos, no 3º quartil 7922 habitantes e 101 nascidos vivos. Nota-se que quanto menor o impacto estatístico,ou seja, o valor percentual de acréscimo aos coeficientes acima citados com a adição de um óbito neonatal, maior é o valor da média do número de habitantes e nascidos vivos. Abaixo seguem as tabelas 5 e 6 com as médias populacionais, de nascidos vivos e de impacto em relação aos quartis calculados sobre os Coeficientes de Mortalidade Neonatal e infantil. Os resultados completos por município estão disponíveis no anexo 2. Tabela 5: Média populacional, de nascidos vivos e de impacto estatístico referente aos quartis do Coeficiente de Mortalidade Neonatal. Quartil Média populacional Média de Nascidos Vivos Média do impacto sobre Coeficiente Mortalidade Neonatal (%) 1º 67.030,53 1.021,62 20,32 2º 15.311,71 197,58 50,00 3º 11.204,91 145,36 100,00 Fonte:Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. Tabela 6: Média populacional, de nascidos vivos e de impacto estatístico referente aos quartis do Coeficiente de Mortalidade Infantil. Quartil Média populacional Média de Nascidos Vivos Média do impacto sobre Coeficiente Mortalidade Infantil (%) 1º 91.365 1277,82 11,34 2º 16.339,65 214,14 40,22 3º 7921,92 100,93 100,00 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010.

17 5CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da análise da estabilidade e impacto estatístico dos coeficientes de mortalidade neonatal e infantilobservou-se a necessidade da correlação destes dados com a realidade socioeconômica e geográfica de cada município. Apesar da classificação de Pereira (2001) apresentar uma margem grande, teoricamente com pouca sensibilidade para o deslocamento dos coeficientes acima citadoshouve mudanças estatísticas importantes com a adição de um óbito neonatal. Dos 161 municípios analisados 23 e 22% apresentaram mudança de escore e 64 e 72% apresentaram impacto estatístico importante nos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil respectivamente, ou seja, não possuem estabilidade estatística para utilização do coeficiente como critério de avaliaçãodos municípios. O impacto percentual de aumento de 100% com a adição de um óbito neonatal foram observados em 45 e 30% dos municípios analisados em relação aos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil respectivamente. As variáveis demográficas: número populacional e nascidos vivosdemonstraramserem fatoresprimordiaisnaestabilidade estatística dos coeficientes. Quanto maior o número de nascidos vivos, e por vezes maior o número populacional, menor o impacto estatístico eas mudanças de escore nos coeficientes de mortalidade neonatal e infantil. Observou-se também que a instabilidade estatística foi maior no coeficiente de mortalidade neonatal: sendo a média e 1º quartil de impacto, com a adição de um óbito neonatal, 62% e 33% respectivamente. Em contrapartida os valores para a mortalidade infantil foram 50% e 20% para os mesmos itens. Sugerem-se mais estudos de avaliação e validação dos indicadores de saúde de mortalidade infantil, a fim de que sejam encontradas saídas que considerem as fragilidades discutidas neste trabalho.

18 6REFERÊNCIAS Brasil. Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA). Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. 2ª ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; 2008. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Manual de vigilância do óbito infantil e fetal e do comitê de prevenção do óbito infantil e fetal. 2.ed. Brasília/DF. Editora do Ministério da Saúde, 2009. 96 p. Bercini, L. O. Mortalidade neonatal de residentes em localidade urbana da região sul do Brasil. Rev. Saúde Pública, 1994; 28 (1): 38-45. Duarte CMR. Reflexos das políticas de saúde sobre as tendências da mortalidade infantil no Brasil: revisão da literatura sobre a última década. Cad. Saúde Pública. 2007; 23(7):1511-28. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Disponível em:<http://www.saude.pr.gov.br>. Acesso em: 12 de agosto de 2010 Jobim R, Aerts D. Mortalidade infantil evitável e fatores associados em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, 2000-2003. Cad Saúde Pública. 2008; 24(1): 179-87. Lansky S, França E, Leal MC. Mortalidade perinataleevitabilidade: revisão da literatura. Rev Saúde Pública 2002; 36:759-72. Medronho RA, Carvalho DM, Bloch VK, et al. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu; 2003.p. 39-43. Oliveira LAP, Mendes MMS. Mortalidade infantil no Brasil: uma avaliação de tendências recentes. In: Minayo MCS. Os muitos Brasis: saúde e população na década de 80. 2ª ed. São Paulo: Hucitec; 1999. p.291-303. Pereira MG. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2001. Simões CCS, Monteiro CA. Tendência secular e diferenciais regionais da mortalidade infantil no Brasil. In: Monteiro CA. Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e suas doenças. 2ªed. São Paulo: Hucitec; 2000. p.153-6. Szwarcwald CL, Leal MC, Castilho EA, et al.mortalidade infantil no Brasil: Belíndia ou Bulgária? Cad Saúde Pública 1997; 13:503-16. Ventura RN, Oliveira EM, Silva, EMK, et al. Condições de vida e mortalidade infantil no município do Embu, São Paulo. Revista Paul Pediatr. 2008; 26(3):251-7

19 ANEXOS ANEXO 1 Características dos municípios que não apresentaram óbitos infantil e neonatal concomitantemente em Santa Catarina no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Óbitos 0-27 dias Óbitos 28 dias 0< 1 ano Abdon Batista 2653 35 0 0 Abelardo Luz 17100 264 0 2 Agrolândia 9323 127 0 0 Agronômica 4904 59 0 0 Águas Frias 2424 25 0 0 Águas Mornas 5548 51 0 0 Alto Bela Vista 2005 18 0 0 Angelina 5250 68 0 2 Anitápolis 3214 33 0 0 Armazém 7753 104 0 0 Arroio Trinta 3502 31 0 1 Arvoredo 2260 31 0 0 Bandeirante 2906 23 0 0 Barra Velha 22386 325 0 1 Bela Vista do Toldo 6004 61 0 0 Belmonte 2635 29 0 0 Bocaina do Sul 3290 38 0 0 Bom Jesus 2526 33 0 0 Bom Jesus do Oeste 2132 24 0 0 Botuverá 4468 39 0 0 Braço do Trombudo 3457 48 0 1 Brunópolis 2850 29 0 0 Caibi 6219 53 0 0 Calmon 3387 70 0 1 Campo Alegre 11748 131 0 0 Campo Belo do Sul 7483 95 0 0 Campo Erê 9370 130 0 0 Caxambu do Sul 4411 47 0 0 Celso Ramos 2771 30 0 0 Cerro Negro 3581 35 0 0 Coronel Freitas 10213 88 0 0 Coronel Martins 2458 20 0 0 Corupá 13852 192 0 0 Cunha Porã 10613 114 0 0 Cunhataí 1882 25 0 0 Descanso 8634 79 0 1 Dona Emma 3721 52 0 0 Doutor Pedrinho 3604 28 0 0 Entre Rios 3018 43 0 0 Erval Velho 4352 37 0 0 Faxinal dos Guedes 10661 160 0 0 Formosa do Sul 2601 33 0 1 Forquilhinha 22548 309 0 1 Frei Rogério 2474 25 0 0 Galvão 3472 46 0 0 Grão Pará 6223 72 0 1 Guarujá do Sul 4908 66 0 0 Guatambú 4679 57 0 0 Ibiam 1945 14 0 0

Municípios População Nascidos vivos Óbitos 0-27 dias Óbitos 28 dias 0< 1 ano Ibicaré 3373 30 0 1 Imbuia 5707 78 0 0 Iomerê 2739 18 0 0 Ipira 4752 44 0 0 Irani 9531 104 0 0 Irati 2096 23 0 0 Irineópolis 10448 129 0 0 Itapoá 14763 167 0 1 Jaborá 4041 34 0 0 Jaguaruna 17290 202 0 1 José Boiteux 4721 80 0 1 Jupiá 2148 22 0 0 Lacerdópolis 2199 20 0 0 Lajeado Grande 1490 12 0 0 Leoberto Leal 3365 41 0 0 Lindóia do Sul 4642 49 0 0 Luiz Alves 10438 142 0 0 Luzerna 5600 56 0 0 Macieira 1826 26 0 0 Major Gercino 3279 24 0 0 Major Vieira 7479 101 0 0 Matos Costa 2839 43 0 0 Mirim Doce 2513 24 0 0 Modelo 4045 41 0 0 Monte Castelo 8346 119 0 1 Morro Grande 2890 33 0 0 Nova Itaberaba 4267 48 0 0 Paial 1763 23 0 0 Painel 2353 19 0 0 Palma Sola 7765 113 0 0 Palmeira 2373 25 0 0 Palmitos 16020 198 0 1 Paraíso 4080 50 0 0 Passo de Torres 6627 81 0 0 Passos Maia 4425 76 0 0 Pedras Grandes 4107 36 0 0 Peritiba 2988 23 0 0 Pinheiro Preto 3147 30 0 0 Piratuba 4786 65 0 1 Planalto Alegre 2654 24 0 1 Ponte Alta do Norte 3303 46 0 0 Praia Grande 7267 96 0 1 Presidente Castello Branco 1725 17 0 0 Presidente Nereu 2284 23 0 0 Princesa 2758 25 0 0 Quilombo 10248 111 0 1 Rancho Queimado 2748 29 0 0 Rio Fortuna 4446 60 0 0 Rio Rufino 2436 25 0 0 Riqueza 4838 43 0 0 Romelândia 5551 50 0 0 Sangão 10400 178 0 2 Santa Helena 2382 18 0 0 Santa Rosa de Lima 2065 26 0 0 Santa Terezinha 8767 94 0 1 Santa Terezinha do Progresso 2896 28 0 0 Santiago do Sul 1465 13 0 0 20

Municípios População Nascidos vivos Óbitos 0-27 dias Óbitos 28 dias 0< 1 ano Santo Amaro da Imperatriz 19823 230 0 1 São Bernardino 2677 25 0 0 São Bonifácio 3008 21 0 0 São Domingos 9491 123 0 0 São João do Itaperiú 3435 44 0 0 São João do Oeste 6036 50 0 1 São João do Sul 7002 64 0 1 São José do Cerrito 9273 70 0 0 São Ludgero 10993 143 0 0 São Martinho 3209 35 0 1 São Miguel da Boa Vista 1904 14 0 0 Saudades 9016 97 0 0 Serra Alta 3285 31 0 0 Sul Brasil 2766 29 0 0 Tangará 8674 109 0 0 Tigrinhos 1757 15 0 0 Timbó Grande 7167 118 0 2 Treviso 3527 35 0 0 Treze de Maio 6876 79 0 0 Treze Tílias 6341 92 0 0 União do Oeste 2910 30 0 0 Urupema 2482 24 0 0 Vargeão 3532 51 0 0 Vargem 2808 30 0 0 Vargem Bonita 4793 65 0 0 Zortéa 2991 42 0 0 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. 21

22 ANEXO 2 Impacto percentual da mortalidade infantil com a adição de um óbito neonatal correspondente ao 1º quartil dos municípios catarinenses analisados no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Impacto 1º quartil Joinville 515288 7279 1,67 Florianópolis 421240 5295 2,08 Lages 156727 2309 2,22 Blumenau 309011 4066 2,44 Jaraguá do Sul 143123 2115 3,85 Criciúma 192308 2537 3,85 Itajaí 183373 2729 4,00 Chapecó 183530 2864 4,17 São José 209804 2826 4,76 Tubarão 97235 1172 5,88 Palhoça 137334 2008 5,88 Brusque 105503 1499 7,14 Caçador 70762 1121 7,14 São Bento do Sul 74801 1095 7,69 São Joaquim 24812 377 7,69 Balneário Camboriú 108089 1334 9,09 São Francisco do Sul 42520 639 10,00 Biguaçu 58206 807 10,00 Curitibanos 37748 627 10,00 Indaial 54854 819 10,00 Navegantes 60556 940 11,11 Videira 47188 710 11,11 Porto União 33493 473 11,11 Timbó 36774 418 11,11 Concórdia 68621 964 12,50 Canoinhas 52765 796 12,50 Araranguá 61310 887 12,50 Camboriú 62361 1062 12,50 Ibirama 17330 268 14,29 São João Batista 26260 415 14,29 Fraiburgo 34553 565 14,29 Gaspar 57981 744 14,29 Içara 58833 830 14,29 Três Barras 18129 292 16,67 Pomerode 27759 350 16,67 Ituporanga 22250 329 20,00 Herval d'oeste 21239 269 20,00 Ascurra 7412 74 20,00 Rio Negrinho 39846 579 20,00 Braço do Norte 29018 394 20,00 Correia Pinto 14785 118 20,00 Imbituba 40170 450 20,00 Xanxerê 44128 597 20,00 Ponte Serrada 11031 182 20,00 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010.

23 Impacto percentual da mortalidade infantil com a adição de um óbito neonatal correspondente ao 2º quartil dos municípios catarinenses analisados no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Impacto 2º quartil Itapiranga 15409 210 25,00 Ilhota 12355 157 25,00 Porto Belo 16083 175 25,00 Lebon Régis 11838 159 25,00 Araquari 24810 387 25,00 Santa Cecília 15757 290 25,00 Taió 17260 220 25,00 Massaranduba 14674 183 25,00 Itapema 45797 624 25,00 Papanduva 17928 248 25,00 Guabiruba 18430 212 25,00 Itaiópolis 20301 291 25,00 Sombrio 26613 402 25,00 Anita Garibaldi 8623 106 25,00 Nova Trento 12190 130 25,00 Garuva 14761 250 33,33 Cocal do Sul 15159 167 33,33 São Lourenço do Oeste 21792 342 33,33 Vitor Meireles 5207 82 33,33 Urubici 10699 151 33,33 Joaçaba 27020 338 33,33 Tijucas 30960 479 33,33 Anchieta 6380 84 33,33 Apiúna 9600 109 33,33 São Carlos 10291 118 33,33 Itá 6426 77 33,33 Bom Retiro 8942 122 33,33 Imaruí 11672 87 33,33 São Miguel do Oeste 36306 455 33,33 Laurentino 6004 74 33,33 Benedito Novo 10336 121 33,33 Gravatal 10635 123 33,33 Balneário Barra do Sul 8430 88 33,33 Iporã do Oeste 8409 105 50,00 Meleiro 7000 77 50,00 Campos Novos 32824 459 50,00 Jardinópolis 1766 24 50,00 Rio do Oeste 7090 68 50,00 Canelinha 10603 121 50,00 Turvo 11854 139 50,00 Siderópolis 12998 130 50,00 Urussanga 20223 192 50,00 Orleans 21393 255 50,00 Guaramirim 35172 473 50,00 Xavantina 4142 50 50,00 Arabutã 4193 37 50,00 Ponte Alta 4894 72 50,00 Águas de Chapecó 6110 96 50,00 Santa Rosa do Sul 8054 94 50,00 Catanduvas 9555 136 50,00 Lontras 10244 130 50,00 Lauro Muller 14367 207 50,00 Schroeder 15316 226 50,00

Municípios População Nascidos vivos Impacto 2º quartil Morro da Fumaça 16126 239 50,00 Garopaba 18138 205 50,00 Penha 25141 358 50,00 Laguna 51562 589 50,00 Mafra 52912 751 50,00 Rio do Sul 61198 846 50,00 São Pedro de Alcântara 4704 29 50,00 Vidal Ramos 6290 79 50,00 Água Doce 6961 89 50,00 Alfredo Wagner 9410 95 50,00 Presidente Getúlio 14887 185 50,00 Maravilha 22101 275 50,00 Guaraciaba 10498 89 50,00 Xaxim 25713 402 50,00 Petrolândia 6131 78 50,00 Capinzal 20769 315 50,00 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. 24

25 Impacto percentual da mortalidade infantil com a adição de um óbito neonatal correspondente ao 3º quartil dos municípios catarinenses analisados no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Impacto 3º quartil Flor do Sertão 1588 18 100,00 Barra Bonita 1878 22 100,00 Ermo 2050 35 100,00 Marema 2203 17 100,00 Ouro Verde 2271 24 100,00 Novo Horizonte 2750 32 100,00 Capão Alto 2753 24 100,00 Chapadão do Lageado 2762 34 100,00 Atalanta 3300 32 100,00 Witmarsum 3600 57 100,00 Cordilheira Alta 3767 35 100,00 Saltinho 3961 61 100,00 Iraceminha 4253 49 100,00 Nova Erechim 4275 42 100,00 Salto Veloso 4301 35 100,00 Bom Jardim da Serra 4395 50 100,00 Tunápolis 4633 46 100,00 São Cristovão do Sul 5012 67 100,00 Timbé do Sul 5308 57 100,00 Aurora 5549 68 100,00 Rio das Antas 6143 50 100,00 Rio do Campo 6192 82 100,00 Maracajá 6404 73 100,00 Trombudo Central 6553 101 100,00 Paulo Lopes 6692 93 100,00 Ipuaçu 6798 137 100,00 Ipumirim 7220 88 100,00 Salete 7370 85 100,00 Ouro 7372 88 100,00 Antônio Carlos 7458 105 100,00 Balneário Gaivota 8234 114 100,00 Monte Carlo 9312 128 100,00 Balneário Arroio do Silva 9586 113 100,00 Mondaí 10231 104 100,00 Rio dos Cedros 10284 119 100,00 Jacinto Machado 10609 120 100,00 Rodeio 10922 101 100,00 Governador Celso Ramos 12999 148 100,00 Nova Veneza 13309 148 100,00 São José do Cedro 13684 156 100,00 Bombinhas 14293 217 100,00 Pouso Redondo 14810 206 100,00 Dionísio Cerqueira 14811 230 100,00 Pinhalzinho 16332 210 100,00 Otacílio Costa 16337 229 100,00 Seara 16936 216 100,00 Balneário Piçarras 17078 250 100,00 Capivari de Baixo 21674 329 100,00 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010.

26 Impacto percentual da mortalidade neonatal com a adição de um óbito neonatal correspondente ao 1º quartil dos municípios catarinenses analisados no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Impacto 1º quartil Joinville 156727 7279 2,44 Florianópolis 421240 5295 2,86 Blumenau 309011 4066 3,23 Lages 156727 2309 3,45 Jaraguá do Sul 143123 2115 5,26 Itajaí 183373 2729 5,26 Criciúma 192308 2537 5,26 Chapecó 183530 2864 5,88 São José 209804 2826 7,14 Brusque 105503 1499 8,33 São Bento do Sul 74801 1095 8,33 Palhoça 137334 2008 9,09 São Joaquim 24812 377 11,11 São Francisco do Sul 42520 639 11,11 Caçador 70762 1121 12,50 Tubarão 97235 1172 12,50 Balneário Camboriú 108089 1334 12,50 Biguaçu 58206 807 14,29 Videira 47188 710 14,29 Indaial 54854 819 14,29 Navegantes 60556 940 14,29 Ibirama 17330 268 16,67 Porto União 33493 473 16,67 Timbó 36774 418 16,67 Curitibanos 37748 627 16,67 Camboriú 62361 1062 16,67 Concórdia 68621 964 16,67 Ituporanga 22250 329 20,00 Canoinhas 52765 796 20,00 Ascurra 7412 74 20,00 Três Barras 18129 292 20,00 São João Batista 26260 415 20,00 Rio Negrinho 39846 579 20,00 Fraiburgo 34553 565 25,00 Santa Cecília 15757 290 25,00 Taió 17260 220 25,00 Gaspar 57981 744 25,00 Araranguá 61310 887 25,00 Guabiruba 18430 212 25,00 Braço do Norte 29018 394 25,00 Massaranduba 14674 183 33,33 Garuva 14761 250 33,33 Correia Pinto 14785 118 33,33 Cocal do Sul 15159 167 33,33 Itaiópolis 20301 291 33,33 São Lourenço do Oeste 21792 342 33,33 Sombrio 26613 402 33,33 Imbituba 40170 450 33,33 Itapema 45797 624 33,33 Itá 6426 77 33,33 Bom Retiro 8942 122 33,33 Imaruí 11672 87 33,33 Ilhota 12355 157 33,33

Municípios População Nascidos vivos Impacto 1º quartil Porto Belo 16083 175 33,33 Herval d'oeste 21239 269 33,33 Pomerode 27759 350 33,33 Içara 58833 830 33,33 Itapiranga 15409 210 33,33 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. 27

28 Impacto percentual da mortalidade neonatal com a adição de um óbito neonatal correspondente ao 2º quartil dos municípios catarinenses analisados no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Impacto 2º quartil Iporã do Oeste 8409 105 50,00 Meleiro 7000 77 50,00 Lebon Régis 11838 159 50,00 São Miguel do Oeste 36306 455 50,00 Jardinópolis 1766 24 50,00 Vitor Meireles 5207 82 50,00 Laurentino 6004 74 50,00 Rio do Oeste 7090 68 50,00 Benedito Novo 10336 121 50,00 Canelinha 10603 121 50,00 Gravatal 10635 123 50,00 Urubici 10699 151 50,00 Turvo 11854 139 50,00 Siderópolis 12998 130 50,00 Papanduva 17928 248 50,00 Urussanga 20223 192 50,00 Orleans 21393 255 50,00 Araquari 24810 387 50,00 Joaçaba 27020 338 50,00 Guaramirim 35172 473 50,00 Xanxerê 44128 597 50,00 São Pedro de Alcântara 4704 29 50,00 Vidal Ramos 6290 79 50,00 Água Doce 6961 89 50,00 Alfredo Wagner 9410 95 50,00 Ponte Serrada 11031 182 50,00 Presidente Getúlio 14887 185 50,00 Maravilha 22101 275 50,00 Tijucas 30960 479 50,00 Petrolândia 6131 78 50,00 Capinzal 20769 315 50,00 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010.

29 Impacto percentual da mortalidade neonatal com a adição de um óbito neonatal correspondente ao 3º quartil dos municípios catarinenses analisados no ano de 2010. Municípios População Nascidos vivos Impacto 3º quartil Flor do Sertão 1588 18 100,00 Barra Bonita 1878 22 100,00 Ermo 2050 35 100,00 Marema 2203 17 100,00 Ouro Verde 2271 24 100,00 Novo Horizonte 2750 32 100,00 Capão Alto 2753 24 100,00 Chapadão do Lageado 2762 34 100,00 Atalanta 3300 32 100,00 Witmarsum 3600 57 100,00 Cordilheira Alta 3767 35 100,00 Saltinho 3961 61 100,00 Xavantina 4142 50 100,00 Arabutã 4193 37 100,00 Iraceminha 4253 49 100,00 Nova Erechim 4275 42 100,00 Salto Veloso 4301 35 100,00 Bom Jardim da Serra 4395 50 100,00 Tunápolis 4633 46 100,00 Ponte Alta 4894 72 100,00 São Cristovão do Sul 5012 67 100,00 Timbé do Sul 5308 57 100,00 Aurora 5549 68 100,00 Águas de Chapecó 6110 96 100,00 Rio das Antas 6143 50 100,00 Rio do Campo 6192 82 100,00 Anchieta 6380 84 100,00 Maracajá 6404 73 100,00 Trombudo Central 6553 101 100,00 Paulo Lopes 6692 93 100,00 Ipuaçu 6798 137 100,00 Ipumirim 7220 88 100,00 Salete 7370 85 100,00 Ouro 7372 88 100,00 Antônio Carlos 7458 105 100,00 Santa Rosa do Sul 8054 94 100,00 Balneário Gaivota 8234 114 100,00 Balneário Barra do Sul 8430 88 100,00 Anita Garibaldi 8623 106 100,00 Monte Carlo 9312 128 100,00 Catanduvas 9555 136 100,00 Balneário Arroio do Silva 9586 113 100,00 Apiúna 9600 109 100,00 Mondaí 10231 104 100,00 Lontras 10244 130 100,00 Rio dos Cedros 10284 119 100,00 São Carlos 10291 118 100,00 Guaraciaba 10498 89 100,00 Jacinto Machado 10609 120 100,00 Rodeio 10922 101 100,00 Nova Trento 12190 130 100,00 Governador Celso Ramos 12999 148 100,00 Nova Veneza 13309 148 100,00

Municípios População Nascidos vivos Impacto 3º quartil São José do Cedro 13684 156 100,00 Bombinhas 14293 217 100,00 Lauro Muller 14367 207 100,00 Pouso Redondo 14810 206 100,00 Dionísio Cerqueira 14811 230 100,00 Schroeder 15316 226 100,00 Morro da Fumaça 16126 239 100,00 Pinhalzinho 16332 210 100,00 Otacílio Costa 16337 229 100,00 Seara 16936 216 100,00 Balneário Piçarras 17078 250 100,00 Garopaba 18138 205 100,00 Capivari de Baixo 21674 329 100,00 Penha 25141 358 100,00 Xaxim 25713 402 100,00 Campos Novos 32824 459 100,00 Laguna 51562 589 100,00 Mafra 52912 751 100,00 Rio do Sul 61198 846 100,00 Fonte: Secretaria do Estado de Santa Catarina, DATASUS, 2010. 30