PROJETO DE LEI Nº / 2017

Documentos relacionados
PROJETO DE LEI MUNICIPAL N 053/2017

TÍTULO I DO CONSELHO ESCOLAR, FINS E COMPETÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG COLEGIADO DA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 38, DE 16 DE MAIO DE 2017

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE - FURG SECRETARIA EXECUTIVA DOS CONSELHOS

Prefeitura Municipal de Rio Claro Estado de São Paulo

PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA LEI Nº 14788

REGULAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADES

UNIÃO DAS INSTITUIÇÕES DE SERVIÇOS, ENSINO E PESQUISA LTDA. REGULAMENTO INSTITUCIONAL DE COLEGIADO DE CURSO

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

REGULAMENTO DE COLEGIADO DE CURSO FACULDADE CNEC ILHA DO GOVERNADOR. Página 1 de 8

RESOLUÇÃO Nº 147-CONSELHO SUPERIOR, de 18 de fevereiro de 2014.

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE RIO GRANDE DA SERRA SP CAPÍTULO I DA INSTITUIÇÃO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE ENSINO

RESOLUÇÃO Nº 108/2018, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2018.

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE POJUCA

SEÇÃO VI Dos Colegiados de Curso das Licenciaturas

REGULAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO SUPERIOR EM TECNOLOGIA DE GESTÃO DO TURISMO. CAPÍTULO I Da Natureza e Composição

LEI N o 678 / 2007 DE 26 DE JUNHO DE 2007

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE PERNAMBUCO CONSELHO SUPERIOR

LEI MUNICIPAL N.º 846/07 Novo Tiradentes (RS), 19 de março de

Estado de Mato Grosso Prefeitura Municipal de Nobres CNPJ: / LEI MUNICIPAL Nº 1.282/2013 DE 21 DE OUTUBRO DE 2013.

REGIMENTO INTERNO DOCONSELHO CONSULTIVO DO OBSERVATÓRIO DE ANÁLISE POLÍTICA EM SAÚDE

RESOLUÇÃO ARES-PCJ Nº 01, de 21 de novembro de 2011

MODELO DE LEI DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE

Regimento do Colegiado do Curso de Bacharelado em Zootecnia

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ CONSELHO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO N 123/ CONSU/UEAP

REGULAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADES

RESOLUÇÃO CONSEPE/UFERSA N 004/2017, de 15 de maio de 2017.

REGULAMENTO DO COLEGIADO DE CURSO DA FACULDADE FAMETRO. TÍTULO I DA NATUREZA E DAS FINALIDADES CAPÍTULO I - Da Natureza e das Finalidades

REGULAMENTO DOS COLEGIADOS DE CURSO E CONSELHO DEPARTAMENTAL

PROPOSTA DE REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO SUPERIOR

MUNICIPIO SANTA TEREZINHA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE ENFERMAGEM REGULAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

o PRESIDENTE DO CONSELHO DE CÂMPUS DO INSTITUTO

Prefeitura Municipal de São João del-rei

ANEXO I REGULAMENTO DOS COLEGIADOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE Criado pela Lei Municipal nº 277/92 Lei Federal 8.142/90

Universidade Federal de São Paulo Campus São José dos Campos

Universidade Federal de São Paulo Comissão de Capacitação dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação REGIMENTO INTERNO

RESOLVE AD REFERENDUM DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO:

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA RESOLUÇÃO Nº 2, DE 3 DE JULHO DE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS RESOLUÇÃO Nº. 003/2006, DE 07 DE NOVEMBRO DE 2006.

LEI Nº 496/2013 DE 15 DE OUTUBRO DE 2013

R E S O L U Ç Ã O. Fica alterado, conforme anexo, o Regulamento da Comissão Própria de Avaliação - CPA, da Faculdade FAE São José dos Pinhais.

FACULDADE DE MEDICINA COLEGIADO DE PESQUISA COLPE REGIMENTO INTERNO

Regimento Geral dos Colegiados dos Cursos Superiores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia Campus Campo Novo do Parecis.

Universidade de Brasília - UnB

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

TÍTULO III DA GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DO ENSINO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL MÉDIO CAPÍTULO I DA GESTÃO DO ENSINO

Projeto de Lei n j b 3/05

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA GABINETE DO REITOR

LEI MUNICIPAL Nº 813/07.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO LEOPOLDO Estado do Rio Grande do Sul

SECRETARIA DE ÓRGÃOS COLEGIADOS RESOLUÇÃO Nº 08/2015

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO N 128, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CÂMARA MUNICIPAL DE JURANDA ESTADO DO PARANÁ

CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS FMU COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO CPA REGULAMENTO DA CPA

SOCIEDADE DE EDUCAÇÃO E CULTURA DE GOIANIA LTDA FACULDADE PADRÃO SUMÁRIO REGULAMENTO INSTITUCIONAL DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DOS CURSOS 2 CAPÍTULO I 2

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE REMUNERAÇÃO

REGULAMENTO INTERNO DO COLEGIADO DO CURSO MEDICINA. Seção I Do Colegiado e seus fins

Prof. José Darcísio Pinheiro Presidente

CÂMARA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DA EPPEN UNIFESP/CAMPUS OSASCO

MIINIISTÉRIIO DA EDUCAÇÃO UNIIVERSIIDADE FEDERAL DE IITAJUBÁ. Criada pela Lei nº , de 24 de abril de 2002

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 9, DE 26 DE MARÇO DE 2018 CAPÍTULO I DA FINALIDADE

R E S O L V E PORTARIA N 023/2005/FEST

3º O Secretário-Executivo do Conselho Curador será substituído pelo Vice-Presidente da FEAM

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAPÁ CONSELHO SUPERIOR UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 180/2017 CONSU/UEAP

RESOLUÇÃO Nº 043 DE 01 DE AGOSTO DE 2012.

Faculdade de Balsas REGULAMENTO INTERNO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA FACULDADE DE BALSAS

REGULAMENTO DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO CPA I - DA COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO CAPÍTULO I. Das Disposições Preliminares

PORTARIA INTERMINISTERIAL No , DE 11 DE NOVEMBRO DE 2010

Art. 1º Aprovar o Regimento Interno do Departamento de Arquitetura, Urbanismo e Artes Aplicadas DAUAP, anexo a esta Resolução.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 55/CS, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2012.

RESOLUÇÃO N 040/2011 CONSUNI Revogada pela Resolução nº 073/ CONSUNI

Lei nº de 17 de outubro de 2001.

Regimento Interno da Câmara de Graduação do Instituto Saúde e Sociedade do Campus Baixada Santista

Ministério da Educação MEC Universidade Federal de São Paulo Unifesp Escola Paulista de Política, Economia e Negócios EPPEN Campus Osasco

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

FACULDADE MACHADO DE ASSIS PORTARIA N 1.190, DE 16 DE OUTUBRO DE 1998

RESOLUÇÃO Nº 006/2010 AD REFERENDUM DO CONSUNI

RIO GRANDE DO NORTE LEI COMPLEMENTAR Nº 574, DE 21 DE JULHO DE 2016.

LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL Nº 1.146, DE 24 DE AGOSTO DE Cria a Aglomeração Urbana de Jundiaí-AU Jundiaí, e dá providências correlatas.

RESOLUÇÃO N 050, DE 22 DE MAIO DE 2017

LEI MUNICIPAL Nº 982

Coordenadoria de Graduação na Área da Saúde

LEI MUNICIPAL Nº1672/03, de 30 de Outubro de 2003.

RESOLUÇÃO CD Nº 14/2013

PREÂMBULO CAPÍTULO I DAS ATRIBUIÇÕES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CONSELHO UNIVERSITÁRIO RESOLUÇÃO Nº 19/2006

SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO CONSELHO ESCOLAR REGIMENTO INTERNO CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADE

PORTARIA ITP.0002/2018, DE 03 DE JANEIRO DE 2018

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DIRETOR DA FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADE

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO VICENTE CME

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM CONATENF CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, FUNCIONALIDADE E FORO.

TÍTULO I DAS ELEIÇÕES PARA A DIREÇÃO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS. CAPÍTULO I Das Disposições Preliminares

ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES DISCENTES e DOCENTES PARA O CONSELHO GESTOR DO INTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA (IFB), CAMPUS RIACHO FUNDO

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO COORDENADORA DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Transcrição:

PROJETO DE LEI Nº 061-01 / 2017 Dispõe sobre a Gestão Democrática do Ensino Público na Rede Municipal de Colinas e dá outras providências. SANDRO RANIERI HERRMANN, Prefeito Municipal de COLINAS, Estado do Rio Grande do Sul, FAÇO SABER que o Poder Legislativo aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1º - A Gestão Democrática do Ensino Público na Rede Municipal de Educação de Colinas/RS será exercida em consonância com o art. nº 206, inciso VI da Constituição Federal de 1988, do art. nº 197, inciso VI da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul, do art. nº 117da Lei Orgânica Municipal de Colinas/RS, do art. 9º da Lei nº 13.005 de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação, do art.8º da Lei Municipal nº 1.626 de 05 de junho de 2015, que aprova o Plano Municipal de Educação de Colinas/RS, visando a observância dos seguintes preceitos: I autonomia das Escolas na gestão administrativa e pedagógica; II livre organização dos segmentos da Comunidade Escolar; III participação dos segmentos da Comunidade Escolar nos processos decisórios em órgãos colegiados; IV transparência dos mecanismos administrativos, financeiros e pedagógicos; V valorização dos profissionais da educação; VI eficiência no uso dos recursos; VII garantia de descentralização do processo educacional. Art. 2º - As Escolas Públicas Municipais de Colinas/RS passam a ter o caráter de Instituições dotadas de autonomia na gestão administrativa e pedagógica sujeito à supervisão e orientação do Poder Executivo Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Educação. Parágrafo Único Quaisquer Escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental e que forem criadas, posteriormente à promulgação da presente Lei, estarão submetidas à mesma. CAPÍTULO I DA AUTONOMIA NA GESTÃO ADMINISTRATIVA Art. 3º - A administração das Escolas Públicas Municipais de Colinas será exercida pelos seguintes integrantes: I Equipe Diretiva - formada pelo Diretor, Vice-diretor, Coordenação da Escola de Educação Infantil e Especialistas de Educação; II Conselho Escolar.

1º Entende-se por Diretor de escola e Vice-diretor como as funções ocupadas por Membros do Magistério Público do Município, detentores de cargos efetivos de Professor, na função de docência e Especialista de Educação, na função de apoio pedagógico à docência, conforme Lei Municipal nº 706-03 / 2003, de 08 de dezembro de 2003, que institui o Plano de Carreira dos professores e especialistas em educação. 2º - O Conselho Escolar é um órgão colegiado permanente de debate e articulação entre vários segmentos da Comunidade Escolar e local, tendo em vista a democratização da escola pública e a melhoria da qualidade, socialmente referenciada, da educação nela oferecida. Art. 4º - A autonomia da gestão administrativa e pedagógica dos estabelecimentos de ensino será assegurada: I pela nomeação do Diretor, do Vice-diretor e Coordenadora da EMEI, com processo de escolha definido em regulamento próprio, através de Decreto do Prefeito Municipal; II pela instituição dos Conselhos Escolares, mediante escolha de representantes de segmentos da Comunidade; III pela garantia de participação dos segmentos da Comunidade nas deliberações do Conselho Escolar. CAPÌTULO II DOS CONSELHOS ESCOLARES Art. 5º - As Escolas Públicas Municipais de Colinas/RS contarão com os Conselhos Escolares, constituídos por representantes dos segmentos que compõem a Comunidade Escolar, indicados por eleição direta e aberta, ou seja, por aclamação da própria Comunidade. 1º - Entende-se por Comunidade Escolar, para efeito desta Lei, o conjunto de alunos e pais, mães ou responsável legal dos alunos regularmente matriculados no respectivo estabelecimento de ensino e membros do Magistério Público Municipal e demais Servidores Públicos Municipais, em exercício na respectiva unidade escolar. 2º - O Conselho Escolar é um colegiado permanente de debate e articulação entre os vários segmentos da Comunidade Escolar, tendo em vista a democratização da escola pública e a melhoria da qualidade socialmente referenciada da educação nela oferecida. 3º - Será constituído por representantes de profissionais do Magistério Público Municipal, pais ou responsável legal, alunos e demais servidores públicos municipais da unidade escolar e a direção da Escola. 4º - Terá como atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas e administrativas, criando uma nova forma de gestão, onde as decisões são integradas e coletivas. Art. 6º - Os Conselhos Escolares, resguardando os princípios constitucionais, as normas legais e as diretrizes da Secretaria Municipal de Educação,

terão função consultiva, deliberativa, fiscalizadora e mobilizadora nas questões pedagógicas e administrativas. a) Função Consultiva: aconselhar e emitir opiniões sobre determinado assunto ou problema relacionado à Escola, assessorar e encaminhar questões dos diversos segmentos, sobre Planos e Programas administrativos, pedagógicos e financeiros. b) Função Deliberativa: examinar uma situação concreta com vistas a uma decisão; dar parecer sobre determinados assuntos a ele submetidos; acompanhar as normas internas da Escola sobre questões referentes ao funcionamento nos aspectos administrativo, pedagógico e financeiro, examinar a prestação de contas dos recursos financeiros, emitindo um parecer, se houver. c) Função Fiscalizadora: acompanhar e avaliar as ações administrativas, pedagógicas e financeiras. d) Função Mobilizadora: promover, estimular e articular a participação integrada dos segmentos representativos da Escola e da comunidade local, em diversas atividades, contribuindo para a efetivação da democracia e para a melhoria da qualidade social da educação. 1º - Na definição das questões pedagógicas deverão ser resguardados os princípios constitucionais, as normas legais e diretrizes do Conselho Nacional e do Conselho Municipal de Educação e da Secretaria Municipal de Educação; 2º - A gestão pedagógica será exercida pelos Conselhos Escolares, Equipe Diretiva e Pedagógica, segundo as diretrizes da Secretaria Municipal de Educação; 3º - As Associações de Pais e Funcionários (APF s) e os Círculos de Pais e Mestres (CPM s) constituem órgãos auxiliares e de apoio na gestão administrativa e financeira das Escolas, tornando seu trabalho de relevância social na manutenção e funcionamento das instituições escolares. Art. 7º - Dentre as atribuições do Conselho Escolar, a serem definidas no respectivo regimento de cada unidade escolar, incluem-se as de: I Elaborar seu próprio Regimento; II Criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática da Comunidade Escolar na definição do projeto político e pedagógico, acrescido das ações administrativas, pedagógicas e financeiras da unidade escolar; III Coordenar, em conjunto com a direção da Escola, o processo de discussão, elaboração ou alteração do Regimento Escolar e do Projeto Político Pedagógico; IV Convocar Assembleias Gerais dos segmentos da Comunidade Escolar; V - Encaminhar, quando cabível, aos órgãos competentes, proposta de instauração de sindicância na Escola, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus membros e com razões fundamentadas e registradas formalmente; VI Analisar os resultados finais da avaliação interna e externa da Escola em relação ao rendimento escolar dos alunos e relatórios administrativos e pedagógicos, propondo alternativas para melhorar o desempenho escolar;

VII Analisar e apreciar as questões de interesse da Escola encaminhadas ao Conselho; VIII Examinar e dar um parecer sobre a prestação de contas de verbas oriundas do governo federal, estadual ou municipal, caso houver. IX Acompanhar o plano de aplicação financeira da Associação de Pais e Funcionários, ou do Círculo de Pais e Mestres e divulgar, anualmente, informações referentes à aplicação dos recursos financeiros, os resultados obtidos e a qualidade dos serviços prestados; X Apreciar e aprovar o plano anual do Diretor da Escola; ou da Equipe Diretiva; XI Supervisionar a manutenção e a conservação das instalações físicas da Escola e seus equipamentos; XII Recorrer a instâncias superiores sobre questões em que não se julgue apto a decidir, e não previstas no regimento escolar. Art. 8º - Cabe ao(s) Conselheiro(s) representar seu segmento discutindo, formulando e avaliando internamente propostas para serem apresentadas nas reuniões do Conselho. Art. 9º - O Conselho Escolar será composto por número ímpar de conselheiros, e o número de integrantes titulares não poderá ser inferior a 5 (cinco) nem exceder a 11 (onze) membros. Parágrafo Único: Para cada membro titular deverá haver um membro suplente do respectivo segmento. Art. 10 - A Direção da Escola integrará o Conselho Escolar, representada pelo Diretor, como membro nato ou, no caso de seu impedimento, por um dos vicediretores do educandário, ou ainda por Profissional do Magistério Público Municipal, por ele indicado. Art. 11 - Todos os segmentos existentes na Comunidade Escolar deverão estar representados no Conselho Escolar, assegurada a representatividade de alunos, pais, mães ou responsável legal por alunos, membros do Magistério Público Municipal e demais Servidores Públicos Municipais em exercício na unidade escolar. 1º - No impedimento legal do segmento Pais, o percentual de 50% (cinquenta por cento) do respectivo segmento será completado, respectivamente, por representantes de Alunos. 2º - Na inexistência ou no impedimento legal do segmento de Alunos, o percentual de 50% (cinquenta por cento) do respectivo segmento será completado, respectivamente, por representantes de Pais. 3º - Na inexistência ou no impedimento legal do segmento de Servidores Públicos Municipais, o percentual de 50% (cinquenta por cento) do respectivo segmento será complementado por representantes dos membros do Magistério Público Municipal.

Art. 12 - A eleição dos representantes dos segmentos da Comunidade Escolar que integrarão o Conselho Escolar, bem como a de seus respectivos suplentes, se realizará na Escola em Assembléias Gerais por segmento, a se realizarem bienalmente, no primeiro trimestre letivo, por eleição direta e aberta, ou seja, por aclamação, observando o disposto nesta Lei. Parágrafo Único: As Assembleias Gerais são soberanas em suas resoluções, respeitadas as disposições da legislação vigente. Art. 13 - Terão direito a votar: I - Os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental regular; II Alunos maiores de 12 (doze) anos; III Os familiares (pais, mães ou responsável legal) dos alunos menores de 18 (dezoito) anos regularmente matriculados na Escola; IV Os membros do Magistério Público Municipal em exercício na Escola no dia da eleição; e V Servidores Públicos Municipais em exercício na escola no dia da eleição. 1º - Somente terão direito a votar os alunos regularmente matriculados no respectivo estabelecimento de ensino; 2º - O membro do Magistério Público Municipal poderá votar em tantas unidades escolares quantas estiver em exercício no momento da eleição; 3º - Ninguém poderá votar mais de uma vez no mesmo estabelecimento de ensino, para qualquer efeito no processo eleitoral, ainda que seja pai, mãe ou responsável por mais de um aluno, represente segmentos diversos e/ou acumule cargos ou funções, devendo fazer sua opção de qual segmento representará, junto à mesa de votação no dia da eleição; 4º - Terão direito a votar os membros do Magistério Público Municipal e Servidores Públicos Municipais ainda que não concursados. Art. 14 - Terão direito a serem votados: I Alunos do 6º (sexto) ao 9º (nono) ano do Ensino Fundamental, quando a Escola oferecer este nível; II 1 (um) dos pais, mães ou responsável legal de cada um dos alunos menores de 18 (dezoito) anos regularmente matriculados na escola; III Membros do Magistério Público Municipal concursados e nomeados até a data da eleição; IV Servidores Públicos Municipais concursados e nomeados até a data da eleição. 1º - Somente terão direito a serem votados os alunos regularmente matriculados no respectivo estabelecimento de ensino; 2º - O membro do Magistério Público Municipal poderá ser votado em tantas unidades escolares quantas estiver em exercício no momento da eleição. 3º - Ninguém poderá ser votado mais de uma vez no mesmo estabelecimento de ensino para qualquer efeito no processo eleitoral, ainda que seja pai, mãe ou responsável por mais de um aluno, represente segmentos diversos e/ou acumule

cargos ou funções, podendo ser votado apenas no segmento em que optou por representar como votante. Art.15 - Nas Escolas Municipais que oferecem o Ensino Fundamental completo, do 1º (primeiro) ao 9º (nono) ano, o Conselho Escolar será composto pelos seguintes membros: I Diretor da Escola ou um dos Vice-diretores por ele designado; II 2 (dois) representantes do segmento de pais; III 2 (dois) representantes do segmento alunos, sendo pelo menos 1 (um) para cada turno de funcionamento, sempre que possível; IV 2 (dois) representantes do segmento de profissionais do Magistério Público Municipal; V 2 (dois) representantes do segmento de Servidores Públicos Municipais. Art. 16 - Nas Escolas Municipais que oferecem o Ensino Fundamental incompleto, de 1º (primeiro) ao 5º (quinto) ano, independente do número de alunos matriculados, o Conselho Escolar será composto pelos seguintes membros: I Diretor da Escola; II 2 (dois) representantes do segmento pais. III 2 (dois) representantes do segmento de profissionais do Magistério Público Municipal; IV 2 (dois) representantes do segmento de Servidores Públicos Municipais. Art. 17 - Nas Escolas Municipais de Educação Infantil o Conselho Escolar será composto pelos seguintes membros: I Diretor/Coordenador da Escola; II 2 (dois) representantes do segmento de pais; III 2 (dois) representantes do segmento de profissionais do Magistério Público Municipal; IV 2 (dois) representantes do segmento de Servidores Públicos Municipais. Art. 18 - O Edital convocando para a Assembléia Geral em que deverá ocorrer a escolha dos representantes de cada segmento indicando dia, hora e local de votação, além de outras instruções necessárias ao desenvolvimento do processo eleitoral, será afixado em local visível na escola, bem como, será remetido aviso do edital aos pais ou responsáveis por alunos, com antecedência mínima de 10 (dez) dias. Art. 19 - O Conselho Escolar tomará posse logo após a divulgação do resultado da eleição, na mesma data da realização da Assembléia Geral. 1º - A posse ao primeiro Conselho Escolar será dada pela Direção da Escola e, aos seguintes pelo Conselho Escolar anterior; 2º - O Conselho Escolar elegerá seu presidente, vice-presidente, secretário e vice-secretário entre os conselheiros eleitos;

3º - Todos os atos deverão ser registrados em Ata, em livro próprio do Conselho Escolar, assim como a composição da diretoria do Conselho Escolar de cada Escola; 4º - O Conselho Escolar elegerá seu Presidente e Vice-presidente dentre seus membros, maiores de 18 (dezoito) anos; 5º - O mandato de cada membro do Conselho Escolar terá a duração de dois anos, sendo permitida uma recondução; 6º - Havendo vacância dos cargos de Presidente e Vice-presidente durante a vigência do mandato, o Diretor da Escola deverá presidir a reunião que elegerá os novos ocupantes para os respectivos cargos. Art. 20 - O Conselho Escolar deverá reunir-se ordinariamente uma vez por trimestre, de acordo com o Calendário Escolar, e extraordinariamente quando for necessário, fazendo-se a sua convocação: I pelo seu presidente; II por solicitação da direção da Escola; III por requisição da metade mais um de seus membros. Art. 21 - O Conselho Escolar funcionará somente com quórum mínimo da metade e mais um de seus membros, pois o número de membros sempre deverá ser ímpar. 1º - Serão válidas as deliberações do Conselho Escolar tomadas por metade dos votos dos presentes à reunião; 2º - Excetua-se de qualquer contagem de integrantes para efeitos do caput deste artigo o Diretor da Escola, que poderá manifestar-se em votação apenas quando houver empate e deverá estar presente ou representado em todas as reuniões e Assembléias. Art. 22 - Ocorrerá vacância de membros do Conselho Escolar por término do mandato, renúncia, aposentadoria dos membros do Magistério Público Municipal ou de Servidores Públicos Municipais, desligamento da Escola, falecimento ou destituição. 1º - O não comparecimento injustificado do membro do conselho por 03 (três) reuniões ordinárias consecutivas ou a 05 (cinco) reuniões ordinárias ou extraordinárias alternadas também implicará na vacância da função de Conselheiro; 2º - O pedido de afastamento de qualquer membro só poderá ser aceito pelo Conselho se aprovado em Assembléia Geral, cujo pedido de convocação seja acompanhado de assinatura de no mínimo 20% (vinte por cento) de seus pares, com a devida justificativa; 3º - No prazo mínimo de 15 (quinze) dias, preenchidos os requisitos do parágrafo primeiro, será convocada uma Assembléia Geral, do respectivo segmento escolar, quando os pares, ouvidos as partes, deliberarão sobre o afastamento ou não do membro do Conselho Escolar, se a maioria dos presentes à Assembléia assim decidir; 4º - Caso houver vacância do cargo de Presidente este será substituído pelo Vice-presidente, o qual irá submeter aos membros do Conselho Escolar uma eleição de novo Vice-presidente.

Art. 23 - Cabe ao suplente: I substituir o titular em caso de impedimento; II completar o mandato do titular em caso de vacância. Parágrafo Único Caso algum segmento da Comunidade Escolar tenha a sua representação diminuída, o Conselho Escolar providenciará a eleição de novo representante, com seu respectivo suplente, dentre os membros de seus segmentos, no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a vacância. Art. 24 - Os estabelecimentos de ensino público municipal deverão contar com um Conselho Escolar em funcionamento num prazo máximo de 60 (sessenta dias) a contar da publicação da presente Lei. Parágrafo único - Excepcionalmente o primeiro mandato do Conselho Escolar, a contar da promulgação da presente Lei, será até o primeiro trimestre do ano seguinte à eleição. Art. 25 - O exercício da função de membro do Conselho Escolar não será remunerado e é considerado de relevante interesse público. Art. 26 - As atas das reuniões do Conselho Escolar, bem como as presenças e ausências de seus integrantes, serão registradas e arquivadas na escola. Art. 27 - Esta Lei se aplica a todas as unidades escolares municipais de Ensino Fundamental de Colinas, e Escolas Municipais de Educação Infantil. Art. 28 - Os estabelecimentos de ensino do município, que forem criados a partir da data da publicação desta lei, deverão possuir um Conselho Escolar em funcionamento no prazo máximo de 1 (um) ano, contando da data da publicação do ato de autorização do seu funcionamento. Art. 29 - Os casos omissos serão resolvidos por uma comissão formada por membros da Secretaria Municipal de Educação, e da Procuradoria Geral do Município e/ou Assessoria Jurídica do Município, nomeada através de Portaria emitida pelo Prefeito Municipal. Art. 30 - Esta Lei será regulamentada por Decreto do Chefe do Poder Executivo Municipal, no que couber. Art. 31 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. GABINETE DO PREFEITO, 01 de dezembro de 2017. SANDRO RANIERI HERRMANN Prefeito Municipal

MENSAGEM JUSTIFICATIVA DO PROJETO DE LEI N 061-01 / 2017 COLINAS, RS, 01 de dezembro de 2017 Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Vereadores: Em 05 de junho de 2015, o Município promulgou a Lei nº 1.626-03 / 2015, instituindo o Plano Municipal de Educação, em cumprimento ao Plano Nacional de Educação, de que trata a Lei Federal nº 13.005/2014. Dentre as principais diretrizes do Plano de Educação, destaca-se a erradicação do analfabetismo, a melhoria da qualidade da educação, formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade, além da promoção do princípio da gestão democrática da educação pública. Já o Artigo 8º da Lei 1.626/2015, estabelece que o Município aprovará leis específicas para o seu Sistema de Ensino, disciplinando a gestão democrática da educação pública nos respectivos âmbitos de atuação, no prazo de dois anos, a contar da publicação do Plano Nacional de Educação. Oportuno ainda observar que no texto do Plano Municipal, especificamente na Meta 19, há o reiterado compromisso de, no prazo de dois anos, serem promovidas as condições para a efetivação da gestão democrática da educação na Rede Municipal, através da nomeação das equipes diretivas das Escolas, a estruturação dos Conselhos Escolares, com a participação da Comunidade Escolar - profissionais, servidores públicos, pais e alunos - incentivando e fomentando, ainda, a organização dos estudantes em entidades como um Grêmio Estudantil. Portanto, o anexo Projeto de Lei vem atender e cumprir importantes propósitos do Plano Municipal de Educação e do próprio Plano Nacional de Educação, tratando da Gestão Democrática do Ensino Público da Rede Municipal, sendo o principal fundamento e objetivo a Gestão Administrativa das Escolas através da equipe diretiva e do Conselho Escolar, consagrando, efetivamente, a participação da Comunidade. No decorrer deste ano o Plano Municipal está sendo debatido e avaliado por uma ampla Comissão, concluindo-se que este passo, da instituição da gestão democrática é de fundamental importância nas ações do Município na área da Educação. E submetendo a presente matéria à apreciação de Vossas Senhorias, queremos conjuntamente superar a etapa que nos dá a condição de cumpridores das determinações da Legislação Federal pertinente. Respeitosamente, Ilustríssima Senhora Vereadora JUSTINÊS F. G. MAGAGNIN M. D. Presidente da Câmara de Vereadores COLINAS RS. SANDRO RANIERI HERRMANN Prefeito Municipal.