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Transcrição:

Ressurreição Por Silvio Dutra Nov/2018

A474 Alves, Silvio Dutra Ressurreição / Silvio Dutra Alves Rio de Janeiro, 2018. 44p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Vida Cristã. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 252 2

Em todo o décimo quinto capítulo da primeira epístola aos Coríntios, o apóstolo Paulo discorre sobre a ressurreição do corpo. 1 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebestes e no qual ainda perseverais; 2 por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4 e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. 5 E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. 6 Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. 7 Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos 8 e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo. 3

9 Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus. 10 Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo. 11 Portanto, seja eu ou sejam eles, assim pregamos e assim crestes. 12 Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 4

17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. 18 E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. 20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. 21 Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. 22 Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo. 23 Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. 24 E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. 5

25 Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. 26 O último inimigo a ser destruído é a morte. 27 Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele que tudo lhe subordinou. 28 Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. 29 Doutra maneira, que farão os que se batizam por causa dos mortos? Se, absolutamente, os mortos não ressuscitam, por que se batizam por causa deles? 30 E por que também nós nos expomos a perigos a toda hora? 31 Dia após dia, morro! Eu o protesto, irmãos, pela glória que tenho em vós outros, em Cristo Jesus, nosso Senhor. 32 Se, como homem, lutei em Éfeso com feras, que me aproveita isso? Se os mortos não ressuscitam, comamos e bebamos, que amanhã morreremos. 6

33 Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 34 Tornai-vos à sobriedade, como é justo, e não pequeis; porque alguns ainda não têm conhecimento de Deus; isto digo para vergonha vossa. 35 Mas alguém dirá: Como ressuscitam os mortos? E em que corpo vêm? 36 Insensato! O que semeias não nasce, se primeiro não morrer; 37 e, quando semeias, não semeias o corpo que há de ser, mas o simples grão, como de trigo ou de qualquer outra semente. 38 Mas Deus lhe dá corpo como lhe aprouve dar e a cada uma das sementes, o seu corpo apropriado. 39 Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes. 40 Também há corpos celestiais e corpos terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres. 7

41 Uma é a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e estrela há diferenças de esplendor. 42 Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. 43 Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. 44 Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual. 45 Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. 46 Mas não é primeiro o espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual. 47 O primeiro homem, formado da terra, é terreno; o segundo homem é do céu. 48 Como foi o primeiro homem, o terreno, tais são também os demais homens terrenos; e, como é o homem celestial, tais também os celestiais. 8

49 E, assim como trouxemos a imagem do que é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial. 50 Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. 51 Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, 52 num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. 53 Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. 54 E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. 55 Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? 9

56 O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. 57 Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. 58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão. (I Coríntios 15) O homem é um ser tripartite, formado de corpo, alma e espírito. É justo para Deus que o homem receba de volta, pela ressurreição, o seu corpo que havia morrido, ainda que em uma forma diferente, conforme o apóstolo argumenta no capítulo que acabamos de ler. A ressurreição do corpo, depois da morte física, mesmo no caso de ímpios, é uma demanda do plano de criação, conforme Deus previu desde o princípio que este corpo natural que carregamos deveria ser substituído no porvir, por um corpo glorificado e espiritual, no caso dos santos, e de um corpo ressuscitado capaz de suportar os sofrimentos eternos no lago de fogo e enxofre, no caso do ímpios não justificados. 10

5 Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. 6 Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil anos. (Apocalipse 20.5,6). 12 Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. 13 Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras. 14 Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. 15 E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Apocalipse 20.12-15). 11

Muitos tentam partir de um argumento natural para tentar invalidar a ressurreição por uma alegada impossibilidade de se ter o corpo completo e intacto, depois da morte, por ser até mesmo conforme em muitos casos, cremado, e como seria possível reunir cada uma de suas partes constitutivas para serem ressuscitadas? Ao se partir de uma premissa falsa não se pode chegar a uma afirmação verdadeira. O ponto de partida não é o corpo em sua totalidade, até mesmo porque não o temos como sendo o mesmo durante as diversas fases da vida, em que fica sujeito a muitas transformações e até mesmo perdas de partes, como dentes etc. O ponto de partida é a identidade genética que pode ser encontrada em uma única célula. De uma célula-tronco, o próprio homem tem sido capaz de reproduzir clones perfeitos da matriz original, que na verdade podem ser considerados formas ressuscitadas. Deus precisa de uma única célula de uma pessoa para trazê-la de volta à existência com suas características genéticas originais. Quanto à capacidade de encontrar, de localizar estas células de cada pessoa que já viveu neste mundo, por ocasião do dia da ressurreição, não 12

se pode colocar em xeque a Sua Onipotência, Onisciência, e Onipresença, quando ao próprio homem finito e limitado deu a capacidade de reunir em um servidor de informática bilhões de informações diferentes que é possível localizar e separar qualquer uma delas das demais, instantaneamente, por um simples toque em um teclado. Que este corpo natural deveria ser substituído é ensinado em muitas partes das Escrituras. Ele foi feito do pó da terra, e portanto, não é nele que existe implicitamente a fonte da vida eterna, senão no espírito, que não é pertencente ao mundo natural das coisas criadas e que estão destinadas a passar pela morte. O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida. (João 6.63) 5 Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. (João 3.5,6). Ora, se a carne de si mesma é inerte e não responde à vida espiritual de Deus, porque lhe é 13

dada tanta atenção e importância, a ponto de se falar em necessidade de ressurreição? Observe bem, não se fala em ressurreição de um corpo de carne e sangue como o que temos, porque carne e sangue não podem herdar o reino de Deus, mas de um novo corpo, pois, diferentemente dos anjos, que são apenas espíritos, Deus dotou o homem de um corpo, e então, o homem está completo à vista de Deus, quando é constituído também de um corpo. A justiça de Deus exige que tenhamos um corpo porque a nossa criação o inclui. Não importa que no porvir este corpo não possua todas as faculdades que ele possui presentemente, como por exemplo a da reprodução e a da digestão. Outras faculdades sobrenaturais lhe serão acrescentadas e muito mais necessárias e gloriosas para a nova vida que nos está destinada. Por isso o apóstolo se refere ao nosso corpo em seu estado presente como se fosse apenas uma semente da planta gloriosa que há de surgir na ressurreição. Foi semeado corpo natural para ser colhido corpo espiritual e glorificado. 14

Para isto ele se vale dos diferentes graus de glória existentes entre os corpos celestes, destacando o sol e a lua, e também aos diversos tipos de carnes que possuem os animais, como que para nos convencer de que o Deus que pode estabelecer tais diferenças tão marcantes, é poderoso também para nos dar um corpo ressuscitado diferente do que temos agora, quanto à estrutura e glória que Ele lhe tem reservado. A ressurreição dos mortos foi atacada e ainda é atacada por aqueles que são chamados cristãos, mesmo por aqueles que são chamados ministros cristãos, mas que, no entanto, afastam a ideia da ressurreição dos mortos, de modo que nós estamos, hoje, na mesma condição, até certo ponto, como a igreja de Corinto estava quando, em seu meio, levantaram-se homens que professavam ser seguidores de Cristo, que diziam que não havia ressurreição dos mortos! O apóstolo Paulo, tendo dado o seu testemunho e recapitulado o testemunho sobre a ressurreição de Cristo, mostrou as terríveis consequências que devem se seguir se não houver ressurreição dos mortos, e se Cristo não ressuscitou. Ele mostrou que isso era uma verdade fundamental de Deus e, se fosse tirado, 15

muito mais se perderia do que se supunha - de fato, tudo se iria - como Paulo passou a provar. Uma das verdades mais seguramente acreditadas entre nós é que haverá uma ressurreição de todos aqueles que dormem em Cristo. Haverá uma ressurreição dos ímpios e dos piedosos. Nosso Senhor Jesus disse aos judeus: Na verdade, na verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que ouvirem viverão. Porque, assim como o Pai tem vida em si mesmo; Ele também deu ao Filho ter vida em si mesmo; e lhe deu autoridade para executar o julgamento, também, porque Ele é o Filho do Homem. Não vos admireis disto, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem até a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação. Paulo declarou diante de Félix a doutrina da ressurreição dos mortos, tanto dos justos como dos injustos, mas seu argumento com os coríntios referia-se especialmente aos crentes que ressuscitarão dos mortos, e estarão com Cristo no dia de Seu aparecimento, vivificados com a vida que O vivificou, e levantados para compartilharem a glória que o Pai deu a Ele. 16

Mas, diz alguém, Cristo pode ter ressuscitado e ainda não o Seu povo. Não pode ser assim, pois de acordo com nossa fé e firme convicção, Cristo é um com o Seu povo. Quando Adão pecou, toda a raça humana caiu nele, pois eles eram um com ele - em Adão todos morreram. Mesmo aqueles que não pecaram segundo a semelhança da transgressão de Adão, no entanto, morreram. Mesmo em bebês, a sentença de morte entrou em vigor porque eram um só com Adão. Não há como separar Adão de sua posteridade. Agora, Cristo é o segundo Adão e Ele tem uma posteridade. Todos os crentes são um com Ele e ninguém pode separar-se dele. Se eles não vivem, então Ele não viveu. E se Ele não ressuscitou, então eles não ressuscitarão - o que quer que tenha acontecido com Ele também deve acontecer com eles. Eles estão tão unidos, à Cabeça sendo seus membros, que não há como dividi-los! Se Ele tivesse dormido um sono eterno, então toda alma justa teria feito o mesmo. Se Ele ressuscitou, eles devem ressuscitar, pois Ele os tomou para Si para ser parte e parcela de Seu próprio ser! Ele morreu para que eles pudessem viver. Porque Ele vive, eles devem viver também, e em 17

Sua vida eterna eles devem ser sempre participantes. Este é o primeiro argumento de Paulo, então, para a ressurreição dos justos, que, na medida em que Cristo ressuscitou, eles devem ressuscitar, pois eles estão identificados com Ele. O tipo de ressurreição que Jesus experimentou é o fundamento da ressurreição dos justos, porque não foi um simples ressurgir do corpo da morte, que se deu no seu caso, pois, naquele corpo Ele havia carregado os nossos pecados, e ao ter morrido, morremos também com Ele, segundo a justiça de Deus, para a sentença que pousava sobre nós por causa do pecado. Então, foi pelo próprio Cristo ter sido considerado justificado pelo Pai em sua obra expiatória do pecado, que Ele recebeu o sinal da Sua aprovação em ter sido ressuscitado. Prova de que sendo justificado em Sua obra, nós também seríamos juntamente com Ele, e o sinal definitivo desta aprovação nos será dado quando o nosso corpo for também ressuscitado dentre os mortos. Quão diferente foi então a ressurreição de Lázaro por Cristo, em Betânia, pois ele voltou a morrer e foi sepultado, mas Cristo, tendo ressuscitado já não morreria jamais quanto ao 18

corpo, e recebendo um corpo glorificado, vive nele para sempre. Na verdade, somente Jesus experimentou até hoje, este tipo de morte e ressurreição definitiva, pois Enoque e Elias encontram-se em corpos glorificados no céu, mas ambos não passaram pela morte. Moisés, que foi visto no Monte da Transfiguração juntamente com Elias e o Senhor Jesus, não estava em um corpo glorificado, porque seu corpo passou pela morte e Deus mesmo o sepultou em um lugar onde ainda espera pela ressurreição que ocorrerá no dia do arrebatamento da Igreja. Por isso é dito que Jesus é primícias dos que dormem. Se nosso Senhor Jesus não tivesse ressuscitado dentre os mortos, nossa fé nele não teria a pedra angular do fundamento sobre o qual ela repousa. Paulo escreve mais positivamente - Se Cristo não ressuscitou, então é vã nossa pregação, e vossa fé é também vã. Ele declara que os apóstolos teriam sido encontrados falsas testemunhas de Deus, porque, ele diz, nós temos testificado de Deus que Ele ressuscitou a Cristo: a quem Ele não ressuscitou, se é que os 19

mortos não ressuscitarão. Se Cristo não ressuscitou, a vossa fé é vã; você ainda está em seus pecados. A ressurreição de Jesus é a pedra angular do arco de nossa santa fé; se você tirar a ressurreição, toda a estrutura está em ruínas. A morte de Cristo, embora seja a base de nossa confiança para o perdão do pecado, não teria fornecido tal fundamento se Ele não tivesse ressuscitado dos mortos. Se Ele ainda estivesse morto, Sua morte teria sido como a morte de qualquer outra pessoa - e não teria nos dado nenhuma garantia de aceitação. Sua vida, com toda a beleza de sua santidade, teria sido simplesmente um exemplo perfeito de conduta, mas não poderia ter se tornado nossa justiça se Seu sepultamento na tumba de José de Arimateia tivesse sido o fim de tudo. Era essencial para a confirmação do Seu ensinamento de vida e do Seu sofrimento de morte que Ele fosse ressuscitado dos mortos. Se ele não tivesse ressuscitado, mas ainda estivesse entre os mortos, poderiam também dizer de nós que pregamos a você uma fábula engenhosamente inventada. Testemunhas honestas, em número mais que suficiente, declaram que Jesus Cristo, que morreu no Calvário e foi sepultado no túmulo de José de Arimateia, ressuscitou dentre os mortos. Na boca de muitas testemunhas, o fato é 20

estabelecido - e esse fato estabelecido prova outros fatos abençoados. Se a nuvem de testemunhas pode não parecer suficiente em si mesma, vejo aquela nuvem tingida de carmesim, avermelhada como o sol poente, a nuvem de testemunhas na vida torna-se uma nuvem de mártires na morte! Seus discípulos foram colocados em mortes cruéis, afirmando ainda o fato de que Jesus havia ressuscitado da sepultura. Eles e seus seguidores imediatos, nunca duvidando, "não consideravam suas vidas queridas por eles", para que pudessem testemunhar essa verdade de Deus. Eles sofreram a perda de todas as coisas - foram banidos e foram considerados a escória de todas as coisas - mas não podiam e não iriam contradizer sua fé! Eles foram pregados em cruzes e amarrados a estacas para serem queimados. Mas o entusiasmo de sua convicção nunca foi abalado. Contemple uma matriz de mártires alcançando através dos séculos! Veja como todos eles estão seguros do evangelho, porque têm a certeza da vida eterna de seu Senhor! Esta não é uma grande evidência do "poder de Sua ressurreição"? O Livro dos Mártires é um registro desse poder. A ressurreição de Cristo lança uma luz sobre o evangelho, provando sua realidade e literalidade. 21

As testemunhas são muitas para terem sido enganadas, e suas pacientes mortes por conta de sua crença provaram que eles não eram apenas homens honestos, mas bons homens que valorizavam a verdade de Deus mais que a vida. Sabemos que Jesus ressuscitou dos mortos - seja lá o que formos forçados a questionar, não temos dúvidas sobre isso. Podemos ser lançados sobre o mar em referência a outras declarações, mas nós voltamos para a terra firme e encontramos terra firme nesta verdade inquestionável e firmemente estabelecida - O Senhor ressuscitou, de fato. Lembra-se de como Ele disse: Eu sou a ressurreição e a vida? Não diga: "Eu acredito em Cristo e desejo a vida". Você tem isso. Cristo e a vida não são duas coisas. Ele diz: "Eu sou a ressurreição e a vida". Se você tem Jesus Cristo, você tem a ressurreição. Se os apóstolos não tivessem sido testemunhas da ressurreição de nosso Senhor e sua ascensão ao céu de glória em seu corpo ressuscitado, é bem provável que eles jamais tivessem saído do esconderijo em que se encontravam temendo por suas vidas, em razão da perseguição dos judeus. Mas quando eles o virão ressuscitado, quão grande mudança houve neles, e que corajoso e ousado testemunho eles deram da 22

Sua ressurreição, como vemos no sermão de Pedro no dia de Pentecostes: 22 Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis; 23 sendo este entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; 24 ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela. 25 Porque a respeito dele diz Davi: Diante de mim via sempre o Senhor, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado. 26 Por isso, se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança, 27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção. 28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, encher-me-ás de alegria na tua presença. 23

29 Irmãos, seja-me permitido dizer-vos claramente a respeito do patriarca Davi que ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje. 30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, 31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. 32 A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. 33 Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. 34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, 35 até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. (Atos 2.22-35). Pedro e João sustentaram o mesmo testemunho sobre a ressurreição do Senhor quando o coxo foi curado junto à Porta Formosa do Templo: 24

11 Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo correu atônito para junto deles no pórtico chamado de Salomão. 12 À vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, por que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar? 13 O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós traístes e negastes perante Pilatos, quando este havia decidido soltá-lo. 14 Vós, porém, negastes o Santo e o Justo e pedistes que vos concedessem um homicida. 15 Dessarte, matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, do que nós somos testemunhas. 16 Pela fé em o nome de Jesus, é que esse mesmo nome fortaleceu a este homem que agora vedes e reconheceis; sim, a fé que vem por meio de Jesus deu a este saúde perfeita na presença de todos vós. (Atos 13.11-16) O testemunho da ressurreição estava atrelado à pregação do evangelho como um todo, 25

especialmente no que dizia respeito à necessidade da salvação do espírito. Muitos convertidos foram feitos pela pregação de Pedro em ambas ocasiões citadas, tanto no dia de Pentecostes, quanto no Templo. Quão importante e significativo então, foi que Jesus se apresentasse ressuscitado dentre os mortos diante deles, para fortificarem a sua fé nele, e receberem um firme argumento para o testemunho de que somente Ele é de fato o Senhor e Salvador. Os apóstolos continuaram dando testemunho da ressurreição de nosso Senhor, e este testemunho foi passado para as gerações posteriores de crentes e tem sido mantido na Igreja até os nossos dias. 8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos, 9 visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, 10 tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem 26

Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós. 11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. 12 E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. (Atos 4.8-12) 27 Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, 28 dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. 29 Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens. 30 O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro. 31 Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. 27

32 Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem. (Atos 5.27-32) Pedro destacou no testemunho que deu na casa do centurião romano Cornélio que a ressurreição de Cristo foi dada a conhecer àqueles que eram Seus, conforme escolhidos por Deus. Não era um fato para ser de conhecimento público geral, divulgado pela imprensa, porque a finalidade não era a de maravilhar o mundo inteiro, mas alcançar os eleitos para a sua salvação, como era agora o caso da casa de Cornélio. 37 Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judeia, tendo começado desde a Galileia, depois do batismo que João pregou, 38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; 39 e nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual também tiraram a vida, pendurando-o no madeiro. 28

40 A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse manifesto, 41 não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; 42 e nos mandou pregar ao povo e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos. 43 Dele todos os profetas dão testemunho de que, por meio de seu nome, todo aquele que nele crê recebe remissão de pecados. (Atos 10.37-43) O apóstolo Paulo, a quem Jesus se manifestou como a um abortivo, conforme as próprias palavras do apóstolo, sustentou também o testemunho da ressurreição do Senhor em todas as partes que pregou e ensinou o evangelho: 26 Irmãos, descendência de Abraão e vós outros os que temeis a Deus, a nós nos foi enviada a palavra desta salvação. 27 Pois os que habitavam em Jerusalém e as suas autoridades, não conhecendo Jesus nem os ensinos dos profetas que se leem todos os 29

sábados, quando o condenaram, cumpriram as profecias; 28 e, embora não achassem nenhuma causa de morte, pediram a Pilatos que ele fosse morto. 29 Depois de cumprirem tudo o que a respeito dele estava escrito, tirando-o do madeiro, puseram-no em um túmulo. 30 Mas Deus o ressuscitou dentre os mortos; 31 e foi visto muitos dias pelos que, com ele, subiram da Galileia para Jerusalém, os quais são agora as suas testemunhas perante o povo. 32 Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, 33 como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. 34 E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. 35 Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção. 30

36 Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção. 37 Porém aquele a quem Deus ressuscitou não viu corrupção. 38 Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; 39 e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés. (Atos 13.26-39). 23 E não somente por causa dele está escrito que lhe foi levado em conta, 24 mas também por nossa causa, posto que a nós igualmente nos será imputado, a saber, a nós que cremos naquele que ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor, 25 o qual foi entregue por causa das nossas transgressões e ressuscitou por causa da nossa justificação. (Romanos 4.23-25) 4 Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que 31

ressuscitou dentre os mortos, a fim de que frutifiquemos para Deus. (Romanos 7.4). 10 Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. 11 Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita. 12 Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. 13 Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. 14 Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. (Romanos 8.10-14). O espírito do crente foi vivificado pelo Espírito Santo por causa da justiça de Cristo que lhe foi imputada, de modo que tendo sido justificado pela fé, pôde ser também instantaneamente ser regenerado pelo Espírito como uma nova criatura. O espírito que se encontrava morto, 32

separado de Deus, foi aproximado dele, reconciliado com ele, porque Cristo morreu por eles e ressuscitou. Já o corpo físico, como traz sobre si a sentença de aniquilação, por causa do pecado, e como é formado do que é natural e deve voltar ao seu estado original, não pode ser alcançado pela justificação de modo a que seja eterno, assim como é o espírito humano. Daí a necessidade que tem de ser ressuscitado no dia do arrebatamento da Igreja. (No caso dos ímpios a ressurreição do corpo ocorrerá somente depois do final do milênio). 6 Mas a justiça decorrente da fé assim diz: Não perguntes em teu coração: Quem subirá ao céu?, isto é, para trazer do alto a Cristo; 7 ou: Quem descerá ao abismo?, isto é, para levantar Cristo dentre os mortos. 8 Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. 9 Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. (Romanos 10.6-9) 33

14 Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará a nós pelo seu poder. (I Coríntios 6.14) 13 Tendo, porém, o mesmo espírito da fé, como está escrito: Eu cri; por isso, é que falei. Também nós cremos; por isso, também falamos, 14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará convosco. (II Coríntios 4.13,14) 15 E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 16 Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a carne, já agora não o conhecemos deste modo. 17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. (II Coríntios 5.15-17) 1 Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos, (Gálatas 1.1). 34

Nos textos a seguir Paulo se refere à ressurreição espiritual do crente, quando se converteu a Cristo. Aqui não está em foco a ressurreição do corpo. 4 Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, 5 e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos, 6 e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; (Efésios 2.4-6). 11 Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, 12 tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. 13 E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; (Colossenses 2.11-13). 35

É pela ressurreição do espírito que trazemos conosco a promessa da ressurreição futura do nosso corpo, e tudo isto é alcançado somente e exclusivamente por meio da fé em Jesus. Assim, Paulo sempre dava testemunho, juntamente com os demais apóstolos da ressurreição de Jesus, porque é ela que traz em si a promessa da nossa própria ressurreição, tanto a espiritual, neste mundo, quanto a futura do corpo, no dia do Arrebatamento da Igreja. 9 pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro 10 e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura. (I Tessalonicenses 1.9,10). 13 Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. 36

14 Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. 15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. 18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras. (I Tessalonicenses 4.13-18). O apóstolo Pedro destaca que a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo é o fato em que se apoia a fé de todos os crentes, porque é em Sua obra de morte, ressurreição e glorificação nos céus que deve estar fundamentada a fé da Igreja, conforme a vontade de Deus. 37

Não é em ritos, cerimônias, doutrinas morais ou em qualquer forma de ensino religioso relativo às coisas espirituais que a fé dos crentes deve estar fundada, mas na vida do próprio Cristo que morreu e ressuscitou por eles. Tão fundamental e vital é isto para a vida da própria Igreja, que nosso Senhor enfatizou por diversas vezes em seu ministério terreno que seria necessário que ele morresse e ressuscitasse e subisse aos céus, para a nossa salvação. 20 Então, advertiu os discípulos de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo. 21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. (Mateus 16.20,21). 22 Reunidos eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens; 23 e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente. (Mateus 17.22,23). 38

9 Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. 10 Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos. (Marcos 9.9,10). 30 E, tendo partido dali, passavam pela Galileia, e não queria que ninguém o soubesse; 31 porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará. 32 Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo. (Marcos 9.30-32). 32 Estavam de caminho, subindo para Jerusalém, e Jesus ia adiante dos seus discípulos. Estes se admiravam e o seguiam tomados de apreensões. E Jesus, tornando a levar à parte os doze, passou a revelar-lhes as coisas que lhe deviam sobrevir, dizendo: 33 Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas; condená-lo-ão à morte e o entregarão aos gentios; 39

34 hão de escarnecê-lo, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo; mas, depois de três dias, ressuscitará. (Marcos 10..32-34). 9 Havendo ele ressuscitado de manhã cedo no primeiro dia da semana, apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expelira sete demônios. 10 E, partindo ela, foi anunciá-lo àqueles que, tendo sido companheiros de Jesus, se achavam tristes e choravam. 11 Estes, ouvindo que ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram. 12 Depois disto, manifestou-se em outra forma a dois deles que estavam de caminho para o campo. 13 E, indo, eles o anunciaram aos demais, mas também a estes dois eles não deram crédito. 14 Finalmente, apareceu Jesus aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e dureza de coração, porque não deram crédito aos que o tinham visto já ressuscitado. 15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. 40

16 Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. (Marcos 16.9-16). 3 A estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus. 4 E, comendo com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. (Atos 1.3,4). Para que não houvesse qualquer dúvida entre os discípulos que Jesus é de fato o autor da vida, e que Ele tem todo o poder e autoridade sobre a morte, trazendo de volta à vida a quem quiser, Deus, o Pai, acrescentou muitos sinais para confirmá-lo, como por exemplo, que no exato momento em que Jesus expirou na cruz, o véu do templo se rasgou de cima abaixo, e muitos santos que haviam morrido voltaram à vida, saindo de seus túmulos. Aquela morte de Jesus na cruz significava a vitória sobre a própria morte, e por isso Deus acrescentou estes e outros sinais naquela ocasião. 41

50 E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito. 51 Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes de alto a baixo; tremeu a terra, fenderamse as rochas; 52 abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; 53 e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54 O centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor e disseram: Verdadeiramente este era Filho de Deus. (Mateus 27.50-54). A súmula de tudo isto é que temos em Jesus um Salvador tanto do corpo, quanto da alma e do espírito. Ele salva o homem integralmente, mas não podemos jamais esquecer que o alvo da salvação é não simplesmente que venhamos a alcançar a ressurreição do nosso corpo no futuro. O que está em foco em crermos em Jesus é sobretudo sermos justificados e perdoados de nossos pecados, para que possamos ser regenerados e santificados, de modo a 42

atingirmos o propósito de Deus em ter um povo santo, exclusivamente seu, zeloso de boas obras. Isto é feito sobretudo por sermos tornados espirituais, deixando de ser carnais, de modo tragamos conosco a imagem do que é celestial e divino, enquanto ainda vivemos neste mundo. 34 Então, lhes acrescentou Jesus: Os filhos deste mundo casam-se e dão-se em casamento; 35 mas os que são havidos por dignos de alcançar a era vindoura e a ressurreição dentre os mortos não casam, nem se dão em casamento. 36 Pois não podem mais morrer, porque são iguais aos anjos e são filhos de Deus, sendo filhos da ressurreição. 37 E que os mortos hão de ressuscitar, Moisés o indicou no trecho referente à sarça, quando chama ao Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. 38 Ora, Deus não é Deus de mortos, e sim de vivos; porque para ele todos vivem. (Lucas 20.34-38). 44 A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de 43

mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. 45 Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; 46 e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia 47 e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. 48 Vós sois testemunhas destas coisas. 49 Eis que envio sobre vós a promessa de meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder. 50 Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. 51 Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu. 52 Então, eles, adorando-o, voltaram para Jerusalém, tomados de grande júbilo; 53 e estavam sempre no templo, louvando a Deus. (Lucas 24.44-53). 44