Prefeitura do Município de Carapicuíba do Estado de São Paulo CARAPICUÍBA-SP. ADEB Auxiliar de Desenvolvimento da Educação Básica

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Transcrição:

Prefeitura do Município de Carapicuíba do Estado de São Paulo CARAPICUÍBA-SP ADEB Auxiliar de Desenvolvimento da Educação Básica Edital nº 06/2018 AG062-2018

DADOS DA OBRA Título da obra: Prefeitura do Município de Carapicuíba do Estado de São Paulo Cargo: ADEB Auxiliar de Desenvolvimento da Educação Básica (Baseado no Edital nº 06/2018) Lingua Portuguesa Matemática Conhecimentos Específicos Gestão de Conteúdos Emanuela Amaral de Souza Diagramação/ Editoração Eletrônica Elaine Cristina Igor de Oliveira Ana Luiza Cesário Thais Regis Produção Editoral Suelen Domenica Pereira Julia Antoneli Leandro Filho Capa Joel Ferreira dos Santos

SUMÁRIO Língua Portuguesa Interpretação de texto....83 Significação das palavras: sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos, sentido próprio e figurado das palavras. Ortografia Oficial....76 Pontuação....50 Acentuação....47 Emprego das classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção (classificação e sentido que imprime às relações entre as orações).... 07 Concordância verbal e nominal....52 Regência verbal e nominal....58 Colocação pronominal....74 Crase....73 Sintaxe...63 Matemática Resolução de situações-problema....95 Números Inteiros: Operações, Propriedades, Múltiplos e Divisores; Números Racionais: Operações e Propriedades....01 Razões e Proporções, Divisão Proporcional, Regra de Três Simples.... 11 Porcentagem....74 Juros Simples....77 Sistema de Medidas Legais....19 Conceitos básicos de geometria: cálculo de área e cálculo de volume.... 48 Relação entre grandezas: tabelas e gráficos....37 Raciocínio Lógico...95 Conhecimentos Específicos Crescimento e desenvolvimento....01 Atividades diárias na construção de hábitos saudáveis....03 Sinais e sintomas de doenças....06 Acidentes e Primeiros socorros....07 Cuidados essenciais: alimentação, repouso, higiene e proteção.... 19 Jogos e brincadeiras. Histórias infantis....22 Crianças com necessidades educativas especiais....23 Noções de puericultura....29 Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (e respectivas atualizações) - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional....30 Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (e respectivas atualizações) - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do adolescente e dá outras providências....46 BRASIL. Critérios para um desenvolvimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. MEC, 2009...73

LÍNGUA PORTUGUESA Letra e Fonema...01 Estrutura das Palavras...04 Classes de Palavras e suas Flexões...07 Ortografia...44 Acentuação...47 Pontuação...50 Concordância Verbal e Nominal...52 Regência Verbal e Nominal...58 Frase, oração e período...63 Sintaxe da Oração e do Período...63 Termos da Oração...63 Coordenação e Subordinação...63 Crase...71 Colocação Pronominal...74 Significado das Palavras...76 Interpretação Textual...83 Tipologia Textual...85 Gêneros Textuais...86 Coesão e Coerência...86 Reescrita de textos/equivalência de Estruturas...88 Estrutura Textual...90 Redação Oficial...91 Funções do que e do se...100 Variação Linguística...101 O processo de comunicação e as funções da linguagem...103

LÍNGUA PORTUGUESA PROF. ZENAIDE AUXILIADORA PACHEGAS BRANCO Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista Unesp LETRA E FONEMA A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono ( som, voz ) e log, logia ( estudo, conhecimento ). Significa literalmente estudo dos sons ou estudo dos sons da voz. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da língua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também, de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: amor ator / morro corro / vento - cento Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc. Fonema e Letra - O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). - Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio. - Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por exemplo, pode representar: - o fonema /sê/: texto - o fonema /zê/: exibir - o fonema /che/: enxame - o grupo de sons /ks/: táxi - O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. Tóxico = fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 Galho = fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o 1 2 3 4 1 2 3 4 5 - As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n. - A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema. Hoje = fonemas: ho / j / e / letras: h o j e 1 2 3 1 2 3 4 Classificação dos Fonemas Os fonemas da língua portuguesa são classificados em: 1) Vogais As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal. 1

LÍNGUA PORTUGUESA Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser: - Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/. - Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. /ã/: fã, canto, tampa / ẽ /: dente, tempero / ĩ/: lindo, mim /õ/: bonde, tombo / ũ /: nunca, algum - Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola. - Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola. Quanto ao timbre, as vogais podem ser: - Abertas: pé, lata, pó - Fechadas: mês, luta, amor - Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras: dedo ( dedu ), ave ( avi ), gente ( genti ). 2) Semivogais Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que estas não desempenham o papel de núcleo silábico. Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, história, série. 3) Consoantes Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela cavidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros ruídos, incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam ( soam com ) as vogais. Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. Encontros Vocálicos Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo e o hiato. 1) Ditongo É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou viceversa) numa mesma sílaba. Pode ser: - Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal) - Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal) - Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai - Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe 2) Tritongo É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal. 3) Hiato É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a). Encontros Consonantais O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal. Existem basicamente dois tipos: 1-) os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se. 2-) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta. Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go. Dígrafos De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o c e o h. Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos. 2

MATEMÁTICA Números inteiros e racionais: operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação); expressões numéricas; Frações e operações com frações...01 Múltiplos e divisores, Máximo divisor comum e Mínimo divisor comum... 07 Números e grandezas proprocionais: Razões e proporções; Divisão em partes proporcionais... 11 Regra de três...15 Sistema métrico decimal...19 Equações e inequações...23 Funções...29 Gráficos e tabelas...37 Estatística Descritiva, Amostragem, Teste de Hipóteses e Análise de Regressão... 43 Geometria...48 Matriz, determinantes e sistemas lineares...62 Sequências, progressão aritmética e geométrica...70 Porcentagem...74 Juros simples e compostos...77 Taxas de Juros, Desconto, Equivalência de Capitais, Anuidades e Sistemas de Amortização... 80 Lógica: proposições, valor-verdade negação, conjunção, disjunção, implicação, equivalência, proposições compostas...95 Equivalências lógicas....95 Problemas de raciocínio: deduzir informações de relações arbitrárias entre objetos, lugares, pessoas e/ou eventos fictícios dados....95 Diagramas lógicos, tabelas e gráficos... 112 Princípios de contagem e noção de probabilidade... 117

MATEMÁTICA NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS: OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES. Números Naturais Os números naturais são o modelo matemático necessário para efetuar uma contagem. Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, obtemos o conjunto infinito dos números naturais - Todo número natural dado tem um sucessor a) O sucessor de 0 é 1. b) O sucessor de 1000 é 1001. c) O sucessor de 19 é 20. Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. - Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um antecessor (número que vem antes do número dado). Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero. a) O antecessor do número m é m-1. b) O antecessor de 2 é 1. c) O antecessor de 56 é 55. d) O antecessor de 10 é 9. Expressões Numéricas Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, multiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utilizamos alguns procedimentos: Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a subtração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primeiro. Exemplo 2 40 9 x 4 + 23 40 36 + 23 4 + 23 27 Exemplo 3 25-(50-30)+4x5 25-20+20=25 Números Inteiros Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por: Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...} Subconjuntos do conjunto : 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero Z*={...-2, -1, 1, 2,...} 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos Z + ={0, 1, 2,...} 3) Conjunto dos números inteiros não positivos Z - ={...-3, -2, -1} Números Racionais Chama-se de número racional a todo número que pode ser expresso na forma, onde a e b são inteiros quaisquer, com b 0 São exemplos de números racionais: -12/51-3 -(-3) -2,333... As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, portanto são consideradas números racionais. Como representar esses números? Representação Decimal das Frações Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número decimal terá um número finito de algarismos após a vírgula. Exemplo 1 10 + 12 6 + 7 22 6 + 7 16 + 7 23 1

MATEMÁTICA 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racional OBS: período da dízima são os números que se repetem, se não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que trataremos mais a frente. Exemplo 2 Seja a dízima 1,1212... Façamos x = 1,1212... 100x = 112,1212.... Subtraindo: 100x-x=112,1212...-1,1212... 99x=111 X=111/99 Números Irracionais Identificação de números irracionais Representação Fracionária dos Números Decimais 1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o denominador seguido de zeros. O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa, um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. - Todas as dízimas periódicas são números racionais. - Todos os números inteiros são racionais. - Todas as frações ordinárias são números racionais. - Todas as dízimas não periódicas são números irracionais. - Todas as raízes inexatas são números irracionais. - A soma de um número racional com um número irracional é sempre um número irracional. - A diferença de dois números irracionais, pode ser um número racional. -Os números irracionais não podem ser expressos na forma, com a e b inteiros e b 0. Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional. - O quociente de dois números irracionais, pode ser um número racional. Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional. 2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como podemos transformar em fração? Exemplo 1 Transforme a dízima 0, 333....em fração Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada de x, ou seja X=0,333... Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por 10. - O produto de dois números irracionais, pode ser um número racional. Exemplo:. = = 7 é um número racional. Exemplo:radicais( a raiz quadrada de um número natural, se não inteira, é irracional. Números Reais 10x=3,333... E então subtraímos: 10x-x=3,333...-0,333... 9x=3 X=3/9 X=1/3 Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período. 2

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ADEB Auxiliar de Desenvolvimento da Educação Básica Crescimento e desenvolvimento....01 Atividades diárias na construção de hábitos saudáveis....03 Sinais e sintomas de doenças....06 Acidentes e Primeiros socorros....07 Cuidados essenciais: alimentação, repouso, higiene e proteção.... 19 Jogos e brincadeiras. Histórias infantis....22 Crianças com necessidades educativas especiais....23 Noções de puericultura....29 Lei Federal nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (e respectivas atualizações) - Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional....30 Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (e respectivas atualizações) - Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do adolescente e dá outras providências....46 BRASIL. Critérios para um desenvolvimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. MEC, 2009...73

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ADEB Auxiliar de Desenvolvimento da Educação Básica CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO. As necessidades básicas do ser humano envolvem desde a nutrição até o ambiente psicossocial; e na infância, exercem influência significativa sobre o processo de desenvolvimento. Ao conceituar saúde como bem-estar biopsicossocial, a Organização Mundial de Saúde fornece as bases para uma abordagem transdisciplinar da atenção integral à criança. A saúde da criança, portanto, deve abranger as condições para o seu pleno desenvolvimento, que inclui o crescimento físico, psicológico e social e a aquisição de habilidades, capacidades e comportamento humanos. Acompanhar o desenvolvimento da criança configura- -se em mais do que consultar gráficos e tabelas para certificar sua saúde e seu desempenho. Envolve observar o modo como a criança estabelece contato com o meio circundante, percebe este meio, assimila a experiência cultural e se torna parte ativa do sistema de grupos sociais que constitui seu ambiente. Exige um olhar sobre a criança como sujeito e sobre o lugar que ela ocupa nas relações familiares e sociais. Nesta perspectiva, é básico compreender o modo de interagir da criança - com o seu próprio corpo, com o outro, com o objeto, com o meio físico e com o meio social - e as etapas do seu processo de desenvolvimento, para percepção de desequilíbrios, suas causas e consequências, e também para estimulação de processos de aprendizagem, por meio de estratégias de prevenção de distúrbios e maximização das potencialidades de cada criança individualmente. O desenvolvimento é a história de como se constroem novas atividades mentais, a maneira como a criança vai adquirindo gradualmente modos de interagir com o mundo, caracteristicamente humanos e herdados socialmente. A forma de cada indivíduo realizar esta construção é uma assimilação individual da experiência histórica, uma atualização das transformações acumuladas por sua espécie: o desenvolvimento de cada um é uma história peculiar, que o particulariza e o distingue dos outros humanos. A construção do humano em cada indivíduo é o resultado do desenvolvimento da cognição, da capacidade de aprender a aprender, de decodificar o mundo, de adquirir estratégias para assegurar a sobrevivência, manter a saúde, o bem-estar. Estratégia cognitiva é o modo de interagir, no sentido de perceber e reagir ao meio circundante. O que diferencia o homem do animal é a forma como orienta o seu desenvolvimento: aprende a transformar seu comportamento instintivo, herdado, de recém-nascido, no comportamento do adulto, construído a partir de influências socioculturais. O complexo processo de adquirir um comportamento especificamente humano - culturalmente orientado, voluntário, dirigido a metas - é denominado desenvolvimento. O desenvolvimento é o resultado do entrelaçamento de dois processos fundamentais: maturação e aprendizagem. A maturação condensa os processos biológicos elementares que, ao longo do tempo, vão funcionando de modo cada vez mais complexo e específico, orientados por um programa geneticamente determinado. A aprendizagem diz respeito a processos psicológicos superiores, dependentes da fala na sua organização, e determinados sócio historicamente pelas condições reais de vida de cada indivíduo. O processo de maturação prepara e possibilita uma determinada aprendizagem, enquanto o processo de aprendizagem estimula a maturação. Esta referenciação recíproca faz o desenvolvimento avançar. No processo de desenvolvimento, a criança adquire formas socialmente organizadas de interagir. Para os humanos, as formas básicas de interação abarcam as relações que um indivíduo pode estabelecer com seu próprio corpo, com outro humano, com o objeto, com o conjunto dos objetos do meio físico e com sua sociedade. A todo instante existe a possibilidade de interação nas diferentes esferas, mas, no curso do desenvolvimento, a cada etapa estão permeáveis canais específicos que se constroem no entrelaçamento da maturação com a aprendizagem. Através de distintas formas de interação, as relações que o indivíduo estabelece nos vários níveis transformam as estratégias cognitivas de concretas em simbólicas. A cada etapa do processo, transforma-se a estratégia cognitiva: novas e mais sofisticadas formas de receber e processar a informação produzem uma decodificação mais precisa do meio, levando a respostas adaptativas cada vez mais diferenciadas. Com base no que decodifica, o organismo responde com um comportamento, um conjunto articulado de reações oriundas de múltiplas e distintas partes do corpo. A aquisição de formas de fazer humanas acontece por meio do processo de internalização, com a apropriação individual de procedimentos culturais, pela transformação de operações externas concretas em operações internas simbólicas. Ao longo da sua história, a humanidade construiu dois tipos de instrumentos culturais para a cognição, para a decodificação do mundo: as ferramentas e os signos. As ferramentas são instrumentos concretos de trabalho, os objetos; os signos são os instrumentos simbólicos da comunicação, as palavras. A fala modifica qualitativamente o comportamento humano, permite pensar simbolicamente e encontrar, a cada momento, a resposta mais adequada para garantir ao homem sua sobrevivência, tanto na natureza quanto na sociedade. Com sua função de organizar a atividade mental, a fala é a responsável pela transição de um momento a outro do desenvolvimento. A internalização da fala - seu percurso de fala externa social para a fala egocêntrica, e depois até a fala interna - produz modificações qualitativas importantes no uso dos instrumentos que medeiam a cognição, marcando três distintos momentos de organização funcional sistêmica da atividade mental e do comportamento no curso do desenvolvimento. A organização sistêmica do MOVIMENTO, da ATENÇÃO e do PENSAMENTO, são etapas consecutivas, que permitem a estruturação de um modus operandi peculiar e individual ao longo de um desenvolvimento marcado pelas relações que a criança estabelece, em cada momento, com cada esfera relacional. 1

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ADEB Auxiliar de Desenvolvimento da Educação Básica Cada um dos momentos representa a internalização de uma função nervosa, seu processo de transição de formas elementares (concretas, biologicamente determinadas) para formas superiores (simbólicas, socialmente organizadas) de funcionamento. Esta transformação resulta da modificação no tipo de informação/sinal que produz a atividade do sistema nervoso central (SNC): sinais físicos, materiais, por meio dos órgãos dos sentidos (primeiro sistema de sinalização da realidade, instrumento concreto da cognição) ou sinais simbólicos da fala (segundo sistema de sinais, instrumento simbólico da cognição). Na transição entre cada momento, a fala, com suas diferentes funções, é o fator que intervém produzindo e instaurando as mudanças qualitativas na operação do SNC. Estas transições entre os sucessivos momentos de organização funcional sistêmica marcam períodos críticos do desenvolvimento, onde uma função nervosa mais organizada fornece a base para novas e qualitativamente superiores formas de operação do SNC, desde um comportamento elementar até formas exclusivamente humanas de atividade. Em cada um dos momentos de organização funcional sistêmica a criança atravessa cinco estágios relacionais: o corpo, o outro, o objeto, o meio físico e o meio social. Nesta passagem, acontece a modificação na qualidade das relações que a criança é capaz de estabelecer: deslocam- -se de concretas a simbólicas gradualmente, com o SNC desenvolvendo novas estratégias de cognição, novos procedimentos, pela construção de sistemas funcionais integrados pela palavra. Durante o desenvolvimento, sinais observáveis nas atividades habituais da criança apontam o tipo de estratégia cognitiva que ela emprega para promover sua interação com o mundo exterior, revelando o seu estágio relacional. O espaço permeável à internalização de novas estratégias cognitivas é a zona de desenvolvimento cognitivo proximal (ZDCP) que se desloca, progressivamente, nas transições entre os estágios relacionais. O estágio concluído representa o nível de desenvolvimento cognitivo real (NDCR), aquilo que a criança consegue executar com seus próprios recursos. O estágio que se inicia a seguir representa o nível de desenvolvimento cognitivo potencial (NDCP), aquilo que a criança consegue realizar com auxílio. Na transição entre estágios, delimita-se a ZDCP, o instante em que ocorre a aquisição de novas formas operativas, onde o potencial (NDCP) se transforma em real (NDCR). Em cada ZDCP, distintas formas de internalização dependentes do NDC Real determinam os diferentes apoios que podem ser oferecidos para a concretização do NDC Potencial. As etapas do desenvolvimento relatam a construção do humano: a história das interações de cada indivíduo com o seu tempo e a sua cultura. São modelos construídos na história das sociedades humanas que orientam as formas de interação, levando simultaneamente a uma unidade de eu diferenciada dos outros eus, e a um lugar dentro do grupo social onde este eu se reconheça entre semelhantes. Nas peculiaridades de cada história se inscreve a identidade, que é a marca da diferença em relação aos outros indivíduos da espécie. A extrema fragilidade do bebê humano ao nascer torna-o dependente do adulto para sobreviver, de uma forma que não acontece em nenhuma outra espécie animal. O seu desenvolvimento, complexo e demorado permite que as influências da cultura se façam intensamente. É o domínio do código linguístico que possibilita a aprendizagem por signos, a ampliação do universo cognitivo para além da percepção sensorial biológica, permitindo a abstração, fazendo a criança usufruir dos conhecimentos e das experiências acumuladas pela humanidade e inscrevendo-a na sociedade dos homens. É a fala que nos faz humanos, dando-nos acesso a uma forma superior de comportamento - o comportamento voluntário - construído como ato social, peculiar a cada cultura, mas trazendo em cada representante da espécie a marca da individualidade da sua história. O conteúdo das experiências, os tipos de habilidades adquiridas e o repertório de operações mentais construídas na internalização de formas socialmente organizadas de atividade fazem com que cada indivíduo viva o desenvolvimento como uma história particular, mas que reflete a história do seu grupo social, do seu tempo e do seu espaço na história da espécie. E, por se construir num ato social, o fazer de todos os homens verdadeiros humanos é responsabilidade de cada humano com a sua própria espécie. Em resumo, a construção do humano na perspectiva sócio histórica de L.S.Vygotsky considera que só oferecendo as condições adequadas ao desenvolvimento infantil para superar as desigualdades sociais pode-se alcançar a igualdade de oportunidades. Para concretizar esta possibilidade toma como pontos de reflexão e ação os seguintes conceitos: - Desenvolvimento integral é biopsicossocial. - Necessidades básicas são nutrição, higiene e estímulos adequados. - Janelas de oportunidade para o desenvolvimento surgem na interação entre maturação e aprendizagem. - Comportamentos adquiridos socialmente são os modos de fazer humanos. - Aprendizagem depende de atenção compartilhada com o outro cultural que deve fornecer modelos de operações para internalização. - Fala, pensamento e ação geram programas mentais que produzem comportamento. - A internalização da fala organiza formas simbólicas superiores de atividade mental e comportamento. - Momentos críticos podem ser fatores de risco para o desenvolvimento saudável mas também são estímulo para a aprendizagem de novos comportamentos. Fonte: http://www.espacolabore.com/palestras/1 2