REGIONALIZAÇÃO DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza
MAPA POLÍTICO DO BRASIL
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: Criado em 1934.
AS DIVERSAS FORMAS DE REGIONALIZAR O BRASIL
AS DIVERSAS FORMAS DE REGIONALIZAR O BRASIL 1946: Primeira divisão regional, objetivando uniformizar e comparar os estudos e levantamentos estatísticos realizados por diversos órgãos federais. Região Natural: Clima, relevo, vegetação, levando-se em conta, também, os limites interestaduais.
1969: Nova divisão regional, regiões homogêneas, características físicas, demográficas e econômicas. Está em vigor, com as seguintes alterações: 1970 Acre torna-se estado; 1974 Guanabara se funde ao Rio de Janeiro; 1981 Rondônia torna-se estado; 1977 Mato Grosso sofre divisão: Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; 1988 Goiás se fragmenta, originando Tocantins; Territórios de Roraima e Amapá tornam-se estados, Território de Fernando de Noronha se integra a Pernambuco.
AS NOVAS FRONTEIRAS DO CAPITALISMO GLOBAL
AS NOVAS FRONTEIRAS DO CAPITALISMO GLOBAL
Aplicabilidade: AS NOVAS FRONTEIRAS DO CAPITALISMO GLOBAL Elaboração de políticas públicas. Subsidiar o sistema de decisões quanto à localização de atividades econômicas, sociais e tributárias. Subsidiar o planejamento, estudos e identificação das estruturas espaciais de regiões metropolitanas e outras formas de aglomerações urbanas e rurais.
Regionalização Geoeconômica (Complexos Regionais): Trata-se de uma regionalização não oficial, no entanto, bastante utilizada em publicações geográficas; Divide o Brasil em três complexos regionais (regiões geoeconômicas): Amazônia, Centro-Sul, Nordeste.
Criada por Pedro Pinchas Geiger em 1967;
Amazônia: Baixa densidade demográfica, processo de ocupação recente, ligado aos grandes projetos agropecuários e minerais, pelo clima quente e de alta pluviosidade e pela vegetação Equatorial.
Nordeste: Estagnação econômica, pela repulsão populacional e pela disseminação da pobreza, expressa nos altos índices de mortalidade infantil, subnutrição e analfabetismo.
Centro-Sul: Destaca-se como centro econômico do Brasil, concentrando 70% da população e a maior parte da produção industrial e agropecuária do país.
Divisão regional de Milton Santos Proposta pelo geógrafo Milton Santos e Maria Laura Silveira em 2001, no livro. Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Baseada nas características do território brasileiro. Pretende registrar a difusão diferencial do meio técnico-científico-informacional.
Quantidade de recursos tecnológicos avançados. Número de atividades econômicas modernas nas áreas financeiras, comercial, de serviços, industrial e agropecuária.
Divisão regional de Milton Santos Região Concentrada: abrange as regiões Sul e Sudeste. Caracteriza-se pela densidade do sistema de relações que intensifica os fluxos de mercadorias, capitais e informações. Elevados índices de urbanização e do alto padrão de consumo das empresas e de parte das famílias. Centro econômico e financeiro.
O seu núcleo é a metrópole paulista, que desempenha funções de cidade global e reforça o comando sobre o território nacional.
Divisão regional de Milton Santos Centro-Oeste: caracteriza-se como área de ocupação periférica, apresentando áreas de agricultura mecanizada, com uso intensivo de fertilizantes e de defensivos agrícolas, cuja produção é destinada à exportação.
CERRADO CLIMA TROPICAL COLHEITA DA SOJA
A produção agropecuária ocorre em fazendas modernas, comandadas por empresas globais com sede na região concentrada. Abrange os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. PECUÁRIA EXTENSIVA
Divisão regional de Milton Santos Nordeste: mais antiga área de povoamento do Brasil. Sempre teve precária circulação de pessoas, produtos, informação e dinheiro, em razão da agricultura pouco intensiva e da urbanização irregular. A prática de atividades econômicas modernas e o uso de recursos tecnológicos avançados ocorrem apenas em determinadas áreas da região.
PRESENÇA DE VEGETAÇÃO DE CAATINGA EM ÁREA DE CLIMA SEMI-ÁRIDO NO SERTÃO NORDESTINO
Divisão regional de Milton Santos Amazônia: região de baixa densidade populacional e com poucos recursos tecnológicos. São raras as áreas reservadas à agricultura e a outras atividades mais modernas. Predominam os transportes fluvial e aéreo e apresenta poucos núcleos centralizadores, com destaque para a Zona Franca de Manaus.
ZONA FRANCA DE MANAUS CRIADO EM 1967 PARA DESENVOLVER A REGIÃO NORTE DO BRASIL
Alterações dos limites interestaduais no Brasil na atualidade Caso os Projetos de Lei (PLs) que tratam da criação de novos Estados no País sejam aprovados pelo Congresso Nacional, o Brasil passará a ter trinta e nove Estados e três territórios federais. Atualmente, são vinte e seis Estados mais o Distrito Federal. A região Sul é a única que não sofreria modificações.
REGIÃO NORTE DO BRASIL
Região Norte Com uma superfície de 3.853.327 km 2, a Região Norte, definida pelo IBGE, corresponde a quase metade do território brasileiro. É formada pelos estados do Amazonas, Amapá, Acre, Tocantins, Rondônia, Roraima e Pará. A Amazônia abrange uma área maior, que ultrapassa os limites nacionais, coberta por floresta amazônica.
Colômbia Venezuela Guiana Suriname Guiana Francesa. quador Peru Bolívia
Outra delimitação da Amazônia foi criada pelo governo brasileiro para promover políticas de desenvolvimento da região: A Amazônia Legal, que inclui áreas da Região Norte, mais o Norte do Mato Grosso e Oeste do Maranhão.
Mapa da Amazônia Legal ou Brasileira Área: 5 217 423 Km 2
Vegetação: Floresta Amazônica Grande parte dessa região é formada por Floresta Amazônica e da rede de rios que a banham. A vegetação nativa é formada por uma floresta pluvial, características de ambientes úmidos e altas temperaturas. Nela encontramos as Matas de Várzea, Matas de Igapó e Matas de Terra firme.
Hidrografia: Região das Águas Além da floresta amazônica, outra característica da região é a presença de extensos e volumosos rios, como o Amazonas e o Tocantins que formam 2 bacias hidrográficas: Bacia Amazônica e Bacia do Tocantins-Araguaia. Os rios da região são usados como vias de transporte, tanto de mercadorias como de pessoas, além do grande potencial para produção de energia elétrica não aproveitável.
RIO AMAZONAS
Clima da Região Norte O clima predominante na região é o Equatorial úmido, caracterizado por: 1 Elevados índices de pluviosidade (Chega a superar 2500 mm anuais) 2 Médias térmicas anuais elevadas (Chegam a ultrapassar os 27º C) O clima equatorial úmido apresenta baixa amplitude térmica.
Relevo da Região Norte É composto em sua maior parte de terrenos com pequena declividade, formado por depressões, planaltos e planícies. Os planaltos ocupam áreas reduzidas e descontinuas, abrigando os dois pontos mais altos do Brasil (Pico da Neblina e Pico 31 de Março). As depressões ocupam a maior parte da região. As Planícies são encontradas nas proximidades do Rio Amazonas.
Exploração e ocupação da Região Norte
Devastação da floresta As principais causas da devastação são: 1 Expansão Urbana 2 Extração de madeira ilegal 3 Implantação de áreas de agropecuária.
Integração da Amazônia A Partir da década de 1950, o governo brasileiro tomou algumas medidas para integrar a região norte ao restante do país, visando impedir a invasão e a perda de soberania do nosso território. Entre as medidas tomadas pelo governo se destacam: 1 Construção de rodovias 2 Incentivo a instalação de indústrias 3 Criação da Zona Franca de Manaus 4 Criação de órgãos de desenvolvimento (SUDAM)
Extrativismo Mineral na Região Norte A Região Norte abriga as maiores reservas minerais do planeta. Os projetos para extração de minérios, foram os que mais atraíram investimentos de países compradores dessa matéria-prima. Entre as reservas minerais da Região Norte, destacam-se as de: Ferro, Manganês, Bauxita, Cassiterita, Ouro e etc.
REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
Aspectos físicos da Região Nordeste
Sub-Regiões nordestinas Devido a diversidade natural, política e econômica da região nordeste, ela foi dividida em 4 sub-regiões, são elas: 1 Zona da Mata 2 Agreste 3 Sertão 4 Meio-norte
Zona da Mata Ocupa a faixa litorânea do nordeste. Clima Tropical úmido ou litorâneo, possuem temperaturas elevadas e chuvas abundantes em todo o ano. Vegetação Mata Atlântica, possuem árvores altas, densamente distribuídas, copas entrelaçadas e etc. Relevo Formada por planícies e tabuleiros.
Hidrografia é formada por pequenos rios que nascem nas serras e planaltos de leste e sudeste e deságuam no oceano atlântico.
Agreste Faixa de transição entre a Zona da Mata e o Sertão. Apresenta características mescladas das duas subregiões. Clima Nem tão seco e nem tão úmido, predomina o clima tropical semiúmido. Vegetação apresenta a mata Atlântica e em uma parte a caatinga.
Relevo Formado por planaltos e serras. O mais importante deles é o planalto da Borborema. Hidrografia A maior parte dos rios do agreste são temporários, ou seja, secam durante as estiagens.
Planalto da Borborena
Sertão É a maior sub-região nordestina. Clima Tropical semiárido, marcado principalmente pelas longas estiagens. Vegetação Predomina a caatinga, típica de lugares secos, caracterizada pelas cactáceas. Relevo Predomina a depressão sertaneja e a do São Francisco.
Hidrografia A maioria dos rios da região são temporários. A maior bacia da região, a do Rio São Francisco, banha a região.
Polígono das secas Região reconhecida pelo governo federal, desde 1936, como sujeita a sucessivas estiagens e para a qual devem ser planejadas políticas específicas contra as secas.
A Indústria da Seca A seca no Nordeste é um problema antigo e que se repete de tempos em tempos. O eventual desvio de recursos destinados a diminuir os efeitos da desigualdade e das dificuldades do aproveitamento da água no nordeste é o que se denomina indústria da seca. É o dinheiro público que deveria ser investido na construção de açudes para levar água a população mais pobre.
Meio-Norte Transição entre o nordeste e a Amazônia. Clima Predomina o clima Equatorial, principalmente no Maranhão. Grandes índices de chuva e temperaturas elevadas. Vegetação Encontramos na região a Caatinga, o Cerrado, Mata de Cocais e por fim a Floresta Amazônica.
Relevo Predominam os planaltos e as chapadas da bacia do Parnaíba. Hidrografia A região é drenada por inúmeros rios, todos perenes, que formam a bacia do Parnaíba.
REGIÃO SUDESTE DO BRASIL
Região Sudeste
Vegetação Original e Devastação A Região teve sua vegetação original devastada pela ação humana, desde o Brasil colônia, dando lugar a plantações de café, centros urbanos e etc. A vegetação da região é muito diversificada, constituída, principalmente, por: Mata atlântica, Cerrado, Caatinga e vegetação litorânea.
Climas do sudeste Destaca-se pelos climas tropical, tropical de altitude, litorâneo úmido e Subtropical úmido. É marcado por verão chuvoso e inverno seco, abrangendo parte dos estados de Minas Gerais e de São Paulo. O Clima tropical de altitude ocorre em áreas serranas do sudeste. O Clima litorâneo é encontrado no Espírito Santo e Rio de Janeiro e o Subtropical no sul de São Paulo.
Relevo do Sudeste A maior parte do relevo da região encontra-se acima de 500 m de altitude. Destacam-se as serras do Mar, Mantiqueira e do Espinhaço. Uma característica marcante da região é a formação de um conjunto de serras com topo arredondado encontrado no trecho leste de Norte a sul, denominado de Mares de Morros.
Mares de morros
Hidrografia do Sudeste É abrangida pelas bacias hidrográficas do Rio Paraná, do Rio São Francisco e pelas bacias de Leste e do Sudeste. Os rios da região tem sua importância restrita a navegação através da construção de Hidrovias e eclusas e produção de energia elétrica em grandes usinas, principalmente no Rio Paraná.
REGIÃO MAIS URBANIZADA DO PAÍS
CENTRO ECONÔMICO DO PAÍS
Atividades industriais do Sudeste O parque industrial é bastante diversificado, podendo-se verificar a presença de todos os tipos de indústria: de transformação, extrativa e da construção. Nessa região, são encontrados os principais Tecnopolos ou centros de alta tecnologia do Brasil.
ESPAÇO AGRÁRIO DO SUDESTE
REGIÃO SUL DO BRASIL
Região Sul
Aspectos físicos da Região Sul
Clima da Região Sul Localizada abaixo do trópico de capricórnio, na zona temperada. A região é dominada pelo clima Subtropical, que se caracteriza por temperaturas médias entre 14º e 20ºC, fazendo da região Sul, a mais fria do Brasil. Os índices de chuva da região são elevados, que ficam entre 1250 mm e 2000 mm, bem distribuídas durante o ano.
Vegetação da Região Sul Predominam as Matas de araucárias ou Mata de pinhais (Paraná e Santa Catarina), além dos campos gaúchos (Rio Grande do Sul e vestígios de Mata atlântica (No litoral, na Serra do Mar).
Relevo e Hidrografia da Região Sul A maior parte da região Sul é composta por Planaltos, representados por serras e chapadas, representando as maiores altitudes da região. Nas vertentes voltadas para o interior, estão localizadas as nascentes de grande parte dos rios, que se dirigem para o interior. As principais bacias hidrográficas da Região são: Bacia do Uruguai e do Paraná.
Hidrografia
Relevo
Aparatos da serra
REGIÃO CENTRO OESTE DO BRASIL
Climas da Região Centro-Oeste
Vegetação da Região Centro-Oeste A vegetação predominante é de cerrado nos planaltos. No Pantanal, os campos cerrados dividem o espaço com floresta, que se tornam mais fechada e úmida na região norte do Mato Grosso.
A oeste do Mato Grosso do sul e sudoeste do Mato Grosso encontra-se a depressão do Pantanal Matogrossense.
Relevo da Região Centro-Oeste
Chapadas
Chapada dos Guimarães