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Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais Subsecretaria de Vigilância e Proteção à Saúde Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador Boletim epidemiológico 20/06/2018 Febre Amarela Silvestre em Minas Gerais 1) Situação epidemiológica No período de monitoramento 2016/2017 (julho/2016 a junho/2017) foram registrados 475 casos confirmados de febre amarela silvestre no estado de Minas Gerais, sendo que destes, 162 evoluíram para óbito. O último caso confirmado teve início dos sintomas no dia 09 de junho de 2017. Os dados referentes ao período de monitoramento 2017/2018 (julho/2017 a junho/2018), atualizados até 20/06/2018, estão apresentados na Tabela 1 e Figura 1. Tabela 1 Casos notificados de febre amarela silvestre, segundo classificação, Minas Gerais, 2017/2018* Classificação Internação/Alta Óbito Total Confirmado Descartado Em investigação Inclassificável Total 351 177 528 874 75 949 59 5 64 38 3 41 1322 260 1582 Fonte: DVA/SVEAST/SES-MG Data da atualização: 20/06/2018 *Período de monitoramento: 01/07/2017 a 30/06/2018 - dados parciais, sujeitos à alteração Ressaltamos que o aumento no número de casos confirmados entre o boletim publicado no dia 05/06/2018 para o presente boletim não reflete a ocorrência de casos no período atual. Trata-se de casos que ocorreram ao longo do período de transmissão, cuja investigação somente foi concluída nesse momento, após a obtenção de informações essenciais para a caracterização do caso.

A categoria Inclassificável, incluída nesta publicação, se refere aos casos em que os pacientes foram vacinados até 30 dias antes do início dos sintomas. Com isso, tornou-se necessário realizar a investigação para definir se era um caso de febre amarela silvestre ou evento adverso pós-vacinação (EAPV). No entanto, para alguns casos, as provas laboratoriais não foram conclusivas ou não haviam amostras adequadas para a realização do diagnóstico, não sendo possível fazer a diferenciação entre doença e EAPV. Desse modo, esses casos foram considerados Inclassificáveis. Dentre os casos confirmados, há registro de 16 pacientes com histórico de vacinação prévia. Para esses pacientes foi realizada uma extensa investigação, incluindo exames laboratoriais, que permitiram concluir que se tratavam de casos de febre amarela. Esses casos foram investigados e confirmados por uma comissão, sendo observado os seguintes critérios de encerramento: - presença de sinais e sintomas compatíveis com a definição de caso suspeito de febre amarela - alterações laboratoriais compatíveis com a doença - resultado laboratorial reagente ou detectável para febre amarela, realizado em laboratório de referência - vínculo epidemiológico com casos confirmados e/ou epizootias nos municípios e/ou regionais de residência - comprovação de vacinação para febre amarela através do Cartão de vacina e/ou registro da vacina na Unidade de saúde Os 16 casos confirmados têm mediana de idade de 21 anos (7 86 anos), sendo 68,7% dos casos (11/16) do sexo masculino e 31,2% (5/16) do sexo feminino. Quinze casos confirmados (15/16) receberam uma dose da vacina de febre amarela (VFA) e um (01/16) recebeu duas doses de VFA. A mediana de idade de vacinação foi de 15 anos de idade, variando entre 9 meses a 78 anos. Entre os casos, 87,5% (14/16) evoluíram para cura e 12,5% (02/16) evoluíram para óbito. Considerando que em Minas Gerais, no período de 2007 a 2018, foram aplicadas mais de 18 milhões de doses de vacina de febre amarela, e que registrou-se, em 2018, apenas 16 casos em pacientes vacinados, a vacina tem mostrado altas taxas de segurança e efetividade na prevenção da população quanto à transmissão do vírus, sendo ainda a principal medida a ser adotada. Como medida adicional, para a população mais exposta à circulação do vírus, recomenda-se também a utilização de repelente como medida de proteção individual. É importante salientar que a recomendação preconizada pelo Regulamento Sanitário Internacional da Organização Mundial de Saúde, ratificado pelo Ministério da Saúde, é de que uma única dose da vacina contra Febre Amarela confere proteção por toda a vida. A Tabela 2 evidencia a distribuição dos casos confirmados de febre amarela silvestre, segundo município e evolução. Ressaltamos que se trata dos municípios de residência ou notificação dos casos, visto que o local provável de infecção (LPI) ainda permanece em investigação. O primeiro caso confirmado de febre amarela silvestre no período de

monitoramento 2017/2018 teve início dos sintomas em 23 de dezembro de 2017 (SE 51/2017; Figura 2). O último caso confirmado, até o momento, teve início dos sintomas no dia 06 de maio de 2018 (SE 19/2018). Tabela 2 Distribuição dos casos confirmados de febre amarela silvestre, segundo evolução, Minas Gerais, 2017/2018* REGIONAL MUNICIPIO INTERNAÇÃO/ ALTA ÓBITO Alfenas Poço Fundo** 0 1 1 Barbacena Antônio Carlos 2 2 4 TOTAL Alto Rio Doce 0 1 1 Barbacena 0 2 2 Carandaí 2 0 2 Caranaíba 0 1 1 Cipotânea 2 0 2 Congonhas 2 1 3 Conselheiro Lafaiete 8 2 10 Itaverava 2 2 4 Jeceaba 0 1 1 Ouro Branco 7 4 11 Paiva 0 1 1 Piranga 8 3 11 Rio Espera 1 0 1 Santana dos Montes 1 0 1 Senhora de Oliveira 0 2 2 Belo Horizonte Belo Horizonte 9 4 13 Belo Vale 2 1 3 Brumadinho 11 4 15 Caeté 11 4 15 Contagem 5 2 7 Itabirito 14 0 14 Jaboticatubas 1 0 1 Mariana 38 7 45 Mateus Leme 2 2 4 Moeda 1 0 1 Nova Lima 25 10 35 Nova União 1 0 1 Ouro Preto 10 7 17 Raposos 0 1 1 Rio Acima 9 2 11 Rio Manso 1 1 2 Sabará 11 2 13 Santa Luzia 4 0 4 Divinópolis Aguanil 0 1 1 Carmo da Mata 0 1 1

Carmópolis de Minas 1 0 1 Divinópolis 1 0 1 Itaguara 1 0 1 Itaúna 1 0 1 Passa Tempo 1 1 2 Itabira Barão de Cocais 12 10 22 Bom Jesus do Amparo 1 0 1 Catas Altas 0 1 1 Ferros 0 1 1 Itabira 3 8 11 João Monlevade 2 0 2 Rio Piracicaba 1 0 1 Santa Bárbara 13 4 17 São Domingos do Prata 1 1 2 São Gonçalo do Rio Abaixo 5 0 5 Juiz de Fora Belmiro Braga 0 1 1 Bicas 0 1 1 Goianá 0 1 1 Juiz de Fora 33 10 43 Lima Duarte 1 6 7 Mar Espanha 0 1 1 Maripá de Minas 1 1 2 Matias Barbosa 4 3 7 Pequeri 1 1 2 Piau 1 2 3 Rio Novo 0 1 1 Rio Preto 3 3 6 Santana do Deserto 1 0 1 Santa Bárbara do Monte Verde 1 1 2 Santa Rita de Jacutinga 2 1 3 Santos Dumont 2 1 3 Simão Pereira 0 1 1 Leopoldina Santo Antônio do Aventureiro 1 1 2 Ponte Nova Acaiaca 4 0 4 Alvinópolis 0 2 2 Barra Longa 0 2 2 Diogo Vasconcelos 2 0 2 Guaraciaba 4 2 6 Paula Cândido 1 0 1 Pedra do Anta 1 1 2 Ponte Nova 2 5 7 Porto Firme 10 2 12 São Miguel do Anta 1 0 1 Teixeiras 1 2 3 Viçosa 5 4 9 Pouso Alegre Brasópolis 1 1 2

São João del Rei Conceição dos Ouros 0 4 4 Consolação 1 0 1 Heliodora 0 1 1 Jacutinga 1 0 1 Natércia 1 0 1 Paraisópolis 3 1 4 Piranguçu 0 1 1 Poços de Caldas** 1 0 1 Pouso Alegre*** 0 1 1 Santa Rita do Sapucaí 1 0 1 São Sebastião da Bela Vista 1 0 1 Sapucaí-Mirim 2 2 4 Barroso 0 1 1 Lagoa Dourada 0 1 1 Ubá Ervália 0 1 1 Guarani 1 0 1 Mercês 2 0 2 Muriaé 1 0 1 Presidente Bernardes 6 2 8 Rio Pomba 1 0 1 Ubá 2 0 2 Varginha Baependi 0 2 2 Cambuquira 1 0 1 Carmo da Cachoeira 0 1 1 Coqueiral 0 1 1 Lambari 1 0 1 São Gonçalo do Sapucaí 1 0 1 São Thomé das Letras 7 3 10 Total - 351 177 528 Fonte: DVA/SVEAST/SES-MG Data da atualização: 20/06/2018 *Período de monitoramento: 01/07/2017 a 30/06/2018 - dados parciais, sujeitos à alteração; **Caso importado do estado de São Paulo ***LPI indeterminado

Casos confirmados (N=528) Casos em investigação (N= 64) Figura 1 Distribuição dos casos confirmados e em investigação de febre amarela silvestre, Minas Gerais, 2017/2018 * Fonte: DVA/SVEAST/SES-MG Data da atualização: 20/06/2018 - *dados parciais, sujeitos a alteração Do total de casos confirmados de febre amarela silvestre, 454 (85,9%) são do sexo masculino e 74 (14,1%) do sexo feminino. Dentre os óbitos, 15 foram do sexo feminino, representando 8,5% do total de óbitos confirmados. Todos os casos foram confirmados laboratorialmente. A mediana de idade dos casos confirmados é de 48 anos (0 88 anos). A letalidade por febre amarela em Minas Gerais no período de 2017/2018 é de aproximadamente 33,5% (Tabela 3). 140 120 100 80 60 40 20 0 51 52 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Confirmados Em investigação Figura 2 Distribuição dos casos de febre amarela silvestre, confirmados e em investigação, segundo semana epidemiológica (SE), Minas Gerais, 2017/2018 Fonte: DVA/SVEAST/SES-MG Data da atualização: 20/06/2018 Semanas epidemiológicas 51 e 52 ano de 2017; Semanas epidemiológicas 01 a 21 ano de 2018

Tabela 3 Distribuição dos casos e óbitos confirmados de Febre Amarela, segundo faixa etária, Minas Gerais, 2017/2018* Faixa etária Casos Óbitos Letalidade (%) N % N % 0 a 9 anos 3 0,6 1 0,6 33,3 10 a 19 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 59 anos 60 ou mais 23 4,4 1 0,6 4,3 37 7,0 6 3,4 16,2 76 14,4 16 9 21,1 167 31,6 62 35 37,1 105 19,9 40 22,6 38,1 117 22,2 51 28,8 43,6 Total 528 100 177 100 33,5 Fonte: DVA/SVEAST/SES-MG Data da atualização: 20/06/2018 *dados parciais, sujeitos a alteração No período de monitoramento 2017/2018, ocorreram epizootias em primatas não humanos (PNH) em 379 municípios mineiros, com confirmação de circulação do vírus amarílico em 86 municípios, descritos na Tabela 4. Além dos 86 municípios com epizootias confirmadas, 188 municípios apresentam epizootia em investigação e 105 municípios com epizootia indeterminada (sem coleta de amostra) (Figura 3). Figura 3 Epizootias em primatas não humanos (PNH), segundo município de ocorrência, Minas Gerais, 2017/2018. Fonte: DVA/SVEAST/Sub.VPS/SES-MG - *Dados parciais sujeitos à alteração Data da atualização: 18/06/2018

Tabela 4 - Municípios com epizootias de primatas não humanos (PNH) confirmadas, Minas Gerais, 2017/2018* Período de Ocorrência Município URS 2017 2018 Alfenas Muzambinho - fevereiro Barbacena Alfredo Vasconcelos - fevereiro Alto Rio Doce - fevereiro Antônio Carlos - fevereiro Barbacena - janeiro Capela Nova - fevereiro Casa Grande novembro - Catas Altas da Noruega - fevereiro Congonhas novembro - Conselheiro Lafaiete novembro - Desterro do Melo janeiro Itaverava - janeiro Piranga - janeiro Queluzito - janeiro Ressaquinha - janeiro Santa Rita de Ibitipoca - janeiro Senhora de Oliveira - fevereiro Belo Horizonte Belo Horizonte julho e novembro - Belo Vale - janeiro Bonfim - janeiro Brumadinho - janeiro Caeté novembro janeiro Esmeraldas novembro - Itabirito - janeiro Mariana dezembro - Moeda - janeiro Nova Lima novembro janeiro Nova União - janeiro Ouro Preto - janeiro Ribeirão das Neves - janeiro Rio Manso - janeiro Sabará outubro janeiro Santa Luzia - janeiro Sarzedo - janeiro Taquaraçu de Minas abril Coronel Fabriciano Santana do Paraíso - fevereiro Divinópolis Carmo da Mata - janeiro Itaguara - janeiro Itatiaiuçu - janeiro Itaúna - janeiro Santo Antônio do Amparo - fevereiro Itabira Barão de Cocais - janeiro

Bom Jesus do Amparo - fevereiro João Monlevade - janeiro Santa Bárbara - janeiro Juiz de Fora Andrelândia março Belmiro Braga - janeiro Coronel Pacheco - fevereiro Juiz de Fora dezembro janeiro Lima Duarte - janeiro Mar de Espanha novembro - Matias Barbosa dezembro - Olaria - janeiro Piau dezembro - Santana do Deserto outubro e novembro - Santos Dumont - março Simão Pereira dezembro - Leopoldina Além Paraíba julho - Leopoldina - janeiro Santo Antônio do Aventureiro dezembro - Ponte Nova Alvinópolis novembro - Paula Cândido - janeiro Porto Firme - janeiro Pouso Alegre Cachoeira de Minas - fevereiro Camanducaia - janeiro Congonhal - janeiro Extrema novembro - Itajubá - abril Gonçalves agosto - Sapucaí-Mirim - fevereiro São João Del Rei Entre Rios de Minas novembro - Lagoa Dourada agosto - Madre de Deus de Minas novembro - Nazareno outubro - Resende Costa - janeiro São João Del Rei julho - Tiradentes - abril Sete Lagoas Caetanópolis novembro - Sete Lagoas - fevereiro Ubá Brás Pires - abril Presidente Bernardes - janeiro Silveirânia - janeiro Uberlândia Uberlândia novembro - Varginha Conceição do Rio Verde - abril Ijaci - fevereiro Nepomuceno - fevereiro Fonte: DVA/SVEAST/Sub.VPS/SES-MG - Data da atualização: 18/06/2018 *Período de monitoramento: 01/07/2017 a 30/06/2018 - dados parciais, sujeitos à alteração

2) Imunização No atual Calendário Nacional de Vacinação, a população alvo a ser vacinada contra febre amarela é a partir dos nove meses de idade, tendo como meta a ser atingida, 95% de cobertura vacinal. Vale ressaltar que, o Estado de Minas Gerais em sua totalidade é área com recomendação para vacinação contra febre amarela desde o ano de 2008. Atualmente, a cobertura vacinal acumulada de febre amarela em Minas Gerais está em torno de 95,16%. Ainda há uma estimativa de 691.450 pessoas não vacinadas contra a febre amarela, especialmente na faixa-etária de 15 a 59 anos de idade, que também foi a mais acometida pela epidemia de febre amarela silvestre ocorrida em 2017. Entre os 853 municípios do Estado, 14,65% (142) deles não alcançaram 80% de cobertura vacinal; outros 33,18% (283) dos municípios têm entre 80% e 94,9% de seus moradores vacinados; com mais de 95%, estão 50,18% (428) das cidades mineiras com recomendação de vacina, como apresentado na Figura 04. As ações de intensificação vacinal estão sendo realizadas em 853 municípios mineiros. Minas Gerais ainda apresenta 16 Unidades Regionais de Saúde com cobertura vacinal menor que 95% (Tabela 5). Permanecendo ainda necessário a continuidade das ações de vacinação para garantir a homogeneidade da cobertura em todos os municípios, de acordo com a meta preconizada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). No ano de 2017, a Secretaria Estadual de Saúde SES/MG distribuiu o quantitativo de 9.899.866 doses da vacina contra a Febre Amarela. Em 2018, foram entregues aos municípios 3.147.145 doses da referida vacina para atender as áreas selecionadas com estratégia de intensificação vacinal e rotina de vacinação. Diante da ocorrência de casos humanos suspeitos de febre amarela silvestre ou epizootias (morte de macacos), ou municípios que são limítrofes a regiões com casos humanos e epizootias confirmadas, a intensificação vacinal deverá ser iniciada imediatamente. Esta deve ser realizada prioritariamente nos domicílios e peri-domicílios dos casos suspeitos, sendo estendida por todo o município. Recomendamos a vacinação CASA A CASA, com verificação do Cartão de Vacinação, devendo cessar apenas quando o município atingir comprovadamente a cobertura vacinal de 95% e realizar o Monitoramento Rápido de Coberturas Vacinais (MRC) após a intensificação vacinal. Considerando o presente cenário de circulação do vírus da febre amarela silvestre na Região Sudeste do País, faz-se o alerta quanto a necessidade de investigação de rumores de morte de macacos; da intensificação da vacinação nos municípios com coberturas abaixo de 95%.

Figura 4 Cobertura vacinal acumulada (2007 a 2018) de febre amarela segundo município de vacinação Minas Gerais, 2018. Fonte: http://pni.datasus.gov.br Atualizado em 14/05/2018 (*) Dados preliminares de 2017 e 2018 (1a dose e reforço - D1+Ref) Tabela 5 - Cobertura vacinal acumulada (2007 a 2018) de febre amarela silvestre segundo Gerência/Superintendência Regional de Saúde Minas Gerais, 2018. Regional N de municípios com intensificação vacinal Cobertura Vacinal Acumulada 2018 Alfenas 26 85,73 Barbacena 31 100,00 Belo Horizonte 39 98,42 Coronel Fabriciano 35 96,28 Diamantina 33 85,07 Divinópolis 54 93,58 Governador Valadares 51 94,25 Itabira 25 100,00 Ituiutaba 9 80,02 Januária 26 100,00 Juiz de Fora 37 100,00 Leopoldina 15 85,47 Manhumirim 34 95,30 Montes Claros 53 86,90 Passos 24 84,15 Patos de Minas 21 91,07 Pedra Azul 25 79,23 Pirapora 7 93,71 Ponte Nova 30 97,62 Pouso Alegre 53 90,49 São João Del Rei 20 98,01

Sete Lagoas 35 89,36 Teófilo Otoni 32 100,00 Ubá 31 87,68 Uberaba 27 94,49 Uberlândia 18 95,62 Unaí 12 100,00 Varginha 50 85,76 Minas Gerais 853 95,16 Fonte: http://pni.datasus.gov.br CI/DVE/SVEAST/Sub.VPS/SES-MG. Data de atualização: 14/05/2018. *Dados parciais/sujeitos à alteração e revisão Orientações para a vacinação de febre amarela: Os profissionais de saúde devem fazer a avaliação das contraindicações de todos os indivíduos antes da vacinação contra a febre amarela, conforme Nota Informativa n⁰ 94 de 2017/CGPNI/DEVIT/SVS/MS. A partir dos 9 meses de idade não vacinado: Uma dose. Gestantes NÃO VACINADAS: Deverá ser vacinada com uma dose da vacina (em qualquer período gestacional) se residir ou for se deslocar para área com transmissão ativa da doença (municípios com casos humanos ou epizootias confirmadas). Neste caso, deverá ser avaliada pelo médico. Mulheres NÃO VACINADAS amamentando crianças menores de 6 meses: Deverão ser vacinadas somente se residirem ou forem se deslocar para área com transmissão ativa da doença. Suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação. A nutriz deverá ser encaminhada ao serviço de saúde para orientação e acompanhamento a fim de manter a produção e garantir o retorno à lactação Pessoas acima de 60 anos NÃO VACINADAS: Na atual situação epidemiológica vivenciada no Estado de Minas Gerais, deverão ser vacinadas. Viajantes para áreas com vigência de surto no país ou para países que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia NÃO VACINADOS: Administrar uma dose pelo menos 10 dias antes da viagem, respeitando as precauções e contraindicações da vacina. Pacientes suspeitos/confirmados de febre amarela pós alta hospitalar: Deverá ser verificado o cartão de vacinação do paciente e proceder a vacinação: o Caso confirmado de febre amarela (diagnóstico encerrado e confirmado): Não é necessário vacinar o paciente pós alta. o Caso não confirmado de febre amarela (outro diagnóstico ou diagnóstico duvidoso): É necessário vacinar o paciente pós alta. Doadores de Sangue: Os doadores de sangue e/ou órgãos, vacinados contra febre amarela devem aguardar um período de 4 (quatro) semanas após a vacinação para realizar a doação. É importante que os doadores doem sangue antes de receber a vacina. No caso de dúvidas em relação às contraindicações a vacinação, consultar a Nota Informativa n⁰ 94 de 2017/CGPNI/DEVIT/SVS/MS e a Nota Técnica Conjunta DVE/SVEAST/ DPAPS/CSPPL/SAPS/ SES-MG Nº 03/2018, disponíveis nos links: http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/nota%20informativa%20dose%20%c3%ba nica%20fa.pdf http://www.saude.mg.gov.br/images/noticias_e_eventos/000_2018/01-jan-fev-marcabril/docfebreamarela/nota%20tcnica%20fa%2003%202018%20final.pdf