ANÁLISE COMPARATIVA DE UM PROJETO DE IRRIGAÇÃO SEMIPORTÁTIL, COM DIFERENTES CONFIGURAÇÕES, PARA A CULTURA DE FEIJÃO

Documentos relacionados
Irriga, Botucatu, v. 04, n. 3, p , setembro-dezembro,

ASPERSÃO CONVENCIONAL: SIMULAÇÕES DE DIMENSIONAMENTO ECONÔMICO EM PLANILHA ELETRÔNICA

AJUSTE DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO FEIJÃO

Avaliação da eficiência do sistema de pivô central e sua uniformidade de aplicação de lâmina d água

DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO PARA FEIJÃO USANDO-SE SIMULAÇÃO DE LONGO PERÍODO RESUMO

AVALIAÇÃO DA UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA DE MICROASPERSORES NOVOS E USADOS

COMPARAÇÃO DE CUSTOS PARA DIFERENTES SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO EMPREGADOS NA CAFEICULTURA IRRIGADA EM ÁREAS DE CERRADO DE MINAS GERAIS 1

RENDIMENTO DE MILHO VERDE EM FUNÇÃO DA UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA EM UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

Jorge Luiz Moretti de Souza 2, José Antônio Frizzone 3, Eliezer Santurbano Gervásio 4

DISTÂNCIA DA REDE ELÉTRICA QUE VIABILIZA O USO DE MOTORES DIESEL EM ÁREAS IRRIGADAS DO BRASIL

Avaliação do sistema de irrigação por aspersão via catch3d

ESTUDO DA REDISTRIBUIÇÃO DE UMIDADE NO PERFIL DO SOLO COM BASE NA UNIFORMIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA

XX Encontro de Iniciação à Pesquisa Universidade de Fortaleza 20 à 24 de Outubro de 2014

EFEITO DO MANEJO DA IRRIGAÇÃO SOB DIFERENTES MÉTODOS CONTROLE E TENSÕES DE ÁGUA DO SOLO NA CULTURA DO FEIJOEIRO

CARACTERÍSTICAS FENOLÓGICAS, ACAMAMENTO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO ARROZ-DE-SEQUEIRO (Oryza sativa L.), CONDUZIDA SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS.

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO RENDIMENTO DO CONJUNTO MOTOBOMBA NO GASTO DE ENERGIA EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO

Bacharelado em Agronomia, Instituto Federal do Tocantins, 2

AVALIAÇÃO DE SISTEMA DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA SOB DIFERENTES VAZÕES E COMPRIMENTO DE MICROTUBOS

Saneamento Ambiental I. Aula 08 Rede de Distribuição de Água: Parte III

VIABILIDADE ECONÔMICA DA IRRIGAÇÃO NA CULTURA DO PÊSSEGO NA SERRA GAÚCHA, RS

UNIFORMIDADE DEDISTRIBUIÇAO DO PERFIL DE APLICAÇÃO PARA MICROASPERSORES

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE IRRIGAÇÃO VIA ASPERSÃO EM ESPAÇEMENTO TRIANGULAR

AVALIAÇÃO DO COEFICIENTE DE UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO PARA FINS PAISAGÍSTICOS

Comunicado Técnico. Tensão de Água no Solo para Maiores Lucratividades do Feijoeiro Irrigado em Ambiente de Cerrado. Material e Métodos.

Programa Analítico de Disciplina ENG340 Hidráulica, Irrigação e Drenagem

SIMULAÇÃO DA ECONOMIA DE ENERGIA E ÁGUA PARA A HORTA IFSULDEMINAS CÂMPUS INCONFIDENTES RESUMO

AVALIAÇÃO DA VAZÃO E UNIFORMIDADE DE UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO

DESEMPENHO DO MÉTODO DAS PESAGENS EM GARRAFA PET PARA A DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO

AVALIAÇÃO DA UNIFORMIDADE EM UM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR GOTEJAENTO EM CAMPO COM A CULTURA DO MILHO E FAVA. Apresentação: Pôster

Programa Analítico de Disciplina ENG401 Projeto de Sistemas de Irrigação e Drenagem

Comunicado Técnico. Espaçamento entre Aspersores e entre Linhas Laterais na Irrigação por Aspersão Convencional. Juscelino Antonio de Azevedo 1

OBSTRUÇÃO DE EMISSORES UTILIZANDO ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO COM FERTIRRIGAÇÃO PARA A CULTURA DO MELAO

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE BIOSSISTEMAS AULA 4 ROTEIRO

XV ENCONTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA Universidade de Fortaleza 19 a 23 de outubro de 2015

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

3 Aluno do curso de graduação em Eng. Agronômica da Un.Fed. Santa Catarina.

AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DE ENERGIA DE BOMBEAMENTO E DETERMINAÇÃO DO DIÂMETRO ECONÔMICO DA TUBULAÇÃO

INFLUÊNCIA DA VELOCIDADE DE SEMEADURA NA CULTURA DO FEIJÃO

Efeito de lâminas efetivas totais de água sobre a produtividade, açúcar total recuperável e atributos qualitativos da cana-de-açúcar, segunda ''soca''

Antonio Marcos de Melo Medeiros Universidade Federal de Goiás

COMPRIMENTO MÁXIMO DE LINHAS LATERAIS DE EMISSORES ALTERNATIVOS UTILIZADOS NA IRRIGAÇÃO LOCALIZADA DA CAFEICULTURA 1

INFLUÊNCIA DO CUSTO DA ENERGIA ELÉTRICA E DO MATERIAL DA TUBULAÇÃO NA VELOCIDADE ECONÔMICA DE BOMBEAMENTOS 1 RESUMO

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E POTÁSSIO APLICADOS POR UM SISTEMA ACOPLADO A UM PIVÔ CENTRAL

AVALIAÇÃO DO ASPERSOR AGROPOLO SETORIAL MODELO NY-23 S

VIABILIDADE ECONÔMICA DO CULTIVO DA ALFACE AMERICANA, IRRIGADA COM DIFERENTES NÍVEIS DE REPOSIÇÃO DE ÁGUA

DESEMPENHO DE UMA SEMEADORA-ADUBADORA UTILIZANDO UM SISTEMA DE DEPOSIÇÃO DE SEMENTES POR FITA.

UTILIZAÇÃO DO SOFTWARE IRRISIMPLES NO MANEJO DA IRRIGAÇÃO DO CAFEEIRO CONILON EM PEQUENAS E MÉDIAS PROPRIEDADES NO NORTE DO ESPÍRITO SANTO

Consultoria em Irrigação e Fertirrigação. 3ª Reunião do GIC. Ribeirão Preto-SP, 18 de Setembro de 2012

VARIAÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO CEARÁ

Dimensionar um projeto de irrigação por aspersão para as seguintes condições:

Kelly Nascimento Leite 1, Diego Natan Bonifacio Rodrigues 2, Eugenio Paceli de Miranda 3. Raimundo Nonato F. Monteiro 4

9 IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO CONVENCIONAL

Resumo. Resumen. Introdução. Júlio Storion de Oliveira 1 ; João Luis Zocoler 2

ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA PARA O MUNICIPIO DE APODI-RN

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR MICROASPERSÃO NO PROJETO IRRIGADO DE APOLÔNIO SALES

COMPARAÇÃO DOS MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE ETc PARA O FEIJÃO- COMUM EM UNAÍ - MG

EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO DA IRRIGAÇÃO EM PIVÔ CENTRAL UTILIZANDO INVERSOR DE FREQUÊNCIA NO SISTEMA DE BOMBEAMENTO

VIABILIDADE ECONÔMICA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO SOJA- MILHO SAFRINHA 1.INTRODUÇÃO

5 Funções de produção na agricultura irrigada

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DA LÂMINA E DE ÍONS ESPECÍFICOS PARA A CULTURA DA MANGA

INCORPORAÇÃO ENERGÉTICA EM ADUTORA DE PVC PARA SISTEMAS DE IRRIGAÇÃO 1

UNIFORMIDADE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA EM SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO EM DUAS ALTURAS E DOIS PERÍODOS DE APLICAÇÃO

SIMULAÇÃO DA QUALIDADE DE IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO NA SUPERFÍCIE E SUBSUPERFICIE DO SOLO

CRESCIMENTO DE FRUTOS DE LIMOEIRO SOB USO DO MOLHAMENTO PARCIAL DO SISTEMA RADICULAR EM CONDIÇÕES SEMI-ÁRIDAS DO NORTE DE MINAS

COMPARAÇÃO ENTRE TRÊS MÉTODOS PARA ESTIMAR A LÂMINA DE IRRIGAÇÃO DO FEIJOEIRO NA REGIÃO DE BAMBUÍ-MG

Otimização do Uso da Água na Agricultura Irrigada

BALANÇO DE ÁGUA NO SOLO EM CULTIVO DE MILHO IRRIGADO

VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO IRRIGADO

Irrigação. Irrigação. Escoamento ou gravidade 09/03/2011. Infiltração, utilizando canais abertos entre fileiras de plantas

ARTIGO TÉCNICO CUSTO DO BOMBEAMENTO DE ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO NO BRASIL

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

SIMULAÇÃO DA PRODUTIVIDADE, EM UM MODELO APLICADO AO PLANEJAMENTO DE PROJETOS DE IRRIGAÇÃO PARA A CULTURA DO CAFEEIRO 1

113 Irriga, Botucatu, v. 04, n. 3, p , setembro-dezembro, 1999

CARACTERIZAÇÃO HIDRÁULICA DO ASPERSOR SENNIGER

Por que estudar uniformidade de aplicação da água?

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO E DO NÚMERO DE DIAS DE CHUVA NO MUNICÍPIO DE PETROLINA - PE

Resumo de exercícios de bombas. Exercício 1

MODELAGEM PARA O DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA DE MICROIRRIGAÇÃO UTILIZANDO MICROTUBOS RAMIFICADOS 1

INTRODUÇÃO Bacia hidrográfica do Tietê - Paraná

EFEITO DOS NÍVEIS DE SALINIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO NA PRODUÇÃO DO FEIJOEIRO COMUM*

PROGRAMAÇÃO MATEMÁTICA LINEAR NA DETERMINAÇÃO DA CARGA HIDRÁULICA SOB DIFERENTES UNIFORMIDADES DE EMISSÃO * F. F. N. MARCUSSI 1, J. C. C.

AVALIAÇÃO DE SISTEMA SEMI-FIXO DE ASPERSÃO ESPAÇADO DE 15 EM 15 METROS NO SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO

UNIFORMIDADE DE APLICAÇÃO DE ÁGUA NA SUPERFICIE E PERFIL DO SOLO UTILIZANDO A TÉCNICA TDR

64 Irriga, Botucatu, v. 10, n. 1, p , janeiro-abril, 2005 ISSN

Avaliação de uniformidades de distribuição de água em um sistema fechado de irrigação

Progresso genético em 22 anos de melhoramento do feijoeiro-comum do grupo carioca no Brasil.

EVAPOTRANSPIRAÇÃO NA CULTURA DO MILHO NA REGIÃO NOROESTE PAULISTA

Manejo de água em cultivo orgânico de banana nanica

Jorge Luiz Moretti de Souza 2, José Antônio Frizzone 3

EFEITO DA IRRIGAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO (Coffea arabica L.) 1

COEFICIENTES DE CULTURA PARA O ALHO IRRIGADO

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

CIRCULAR TÉCNICA N o 141. Janeiro/1982 CUSTO-PREÇO: UMA ALTERNATIVA FINANCEIRA NA AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO FLORESTAL

DETERMINAÇÃO DO DESEMPENHIO DE CARNEIROS HIDRÁULICOS

PLANEJAMENTO DE IRRIGAÇÃO DA CULTURA DO FEIJÃO NO MUNICÍPIO DE BOTUCATU COM AUXÍLIO DO SOFTWARE CROPWAT

AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA IRRIGAÇÃO POR ASPERSÃO COM APLICAÇÃO DO INVERSOR DE FREQÜÊNCIA NO CONJUNTO MOTOBOMBA 1 RESUMO

PRODUTIVIDADE DO FEIJÃO BRS-PONTAL IRRIGADO COM EFLUENTE DOMÉSTICO TRATADO E DIFERENTES NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

Adaptabilidade e Estabilidade de Cultivares de Milho na Região Norte Fluminense

COMPARAÇÃO DE TRÊS MÉTODOS DE MANEJO DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO: TENSIOMÉTRICO, EVAPOTRANSPIRAÇÃO POR TANQUE CLASSE A EVAPOTRANSPIRAÇÃO POR PENMAN-MONTEITH

Transcrição:

21 ISSN 1808-3765 ANÁLISE COMPARATIVA DE UM PROJETO DE IRRIGAÇÃO SEMIPORTÁTIL, COM DIFERENTES CONFIGURAÇÕES, PARA A CULTURA DE FEIJÃO Luís Fernando de Souza Magno Campeche Maurício Antonio Coelho Filho Sérgio Antônio Veronez de Sousa Rubens Duarte Coelho ESALQ-USP- Depto de Engenharia Rural Fone: (019) 429-4217 CEP: 13418-900 - Piracicaba-SP 1 RESUMO O objetivo do presente trabalho foi analisar o custo de implantação e a receita líquida de um projeto de irrigação para cultura do feijão em duas regiões, com demandas evapotranspirométricas diárias de 7 e 4 mm. Analisou-se o efeito de diferentes espaçamentos de aspersores, motores (Elétrico e Diesel) e condição da adução. Os resultados mostraram que para as duas regiões, as maiores receitas líquidas foram obtidas com o uso de motor elétrico, jornada diária de 16 horas e condição de adução favorável. Em todas as situações as maiores receitas líquidas foram obtidas para o espaçamento de 18x18 metros. A condição de adução foi determinante, podendo inviabilizar o projeto em determinadas situações. UNITERMOS: Aspersão, custo de implantação, irrigação. CAMPECHE, L.F.S.M., COELHO FILHO, M.A., SOUSA, S.A.V., COELHO, R.D. COMPARATIVE ANALYSIS OF HAND MOVE IRRIGATION PROJECT WITH DIFFERENT CONFIGURATIONS FOR BEAN CROPS. 2 ABSTRACT The cost of implantation and the net income of an irrigation project for bean crop were analyzed in two regions with 7 and 4 mm of evapotranspirometric daily demand. The sprinkles spacings, motors (Electric and Diesel) and adduction conditions were evaluated. In both regions, the best results with regard to net income were obtained with the electromotor, 16 hours daily work and suitable adduction condition. The spacing of 18x18 m in all the treatments showed the best results regarding the net income. The project can be infeasible depending on the adduction condition. DOI: http://dx.doi.org/10.15809/irriga.1999v04n1p21-30

Campeche, et. al 22 KEYWORDS: Sprinkling, implantation cost, irrigation. 3 INTRODUÇÃO A irrigação é um instrumento utilizado na agricultura para proporcionar ao produtor obter maiores rendimentos e melhor qualidade do produto final. Para tanto, não basta apenas adquirir sistemas de irrigação e instalá-los na propriedade. O manejo e o dimensionamento adequado, juntamente com outros fatores irão proporcionar uma melhor relação entre o custo e o benefício, promovendo o aumento da produtividade e redução do custo de unidade por área produzida. Ao se projetar um sistema de irrigação por aspersão convencional pode-se encontrar diversas opção de configuração para o mesmo. Na seleção da configuração mais adequada, dois aspectos devem ser enfatizados: uniformidade de aplicação de água e custo total anual do sistema. O estudo da uniformidade de distribuição de água é uma das maneiras de avaliar se o sistema de irrigação está trabalhando corretamente. Através deste estudo, juntamente com as funções de produção das culturas, pode-se obter a estimativa da produtividade por unidade de área e se chegar a relação que melhor representa o espaçamento entre aspersores e a produtividade. Em qualquer método de irrigação utilizado, desejamos sempre obter o máximo de eficiência, para obtenção de sensíveis aumentos na produtividade das culturas, que contribui substancialmente para a estabilidade e garantia da produção. Por isso, a escolha do melhor método para uma determinada localidade é de suma importância, assim como, a configuração do sistema que será instalado no campo. A configuração diz respeito à energia utilizada para o bombeamento, aspersores que venham proporcionar maior rendimento à cultura, assim como o seu espaçamento, pressão de serviço, jornada diária, que podem ser responsáveis para um incremento maior ou menor dos custos fixos e variáveis do sistema. A análise desses parâmetros pode indicar uma melhor configuração de um sistema para o irrigante, deixando-o mais confiante na irrigação que está realizando, evitando o abandono da irrigação ou prejuízos ao implementar um sistema mal dimensionado para a sua situação. Segundo Azevedo (1983), Frizzone et al. (1994) e Scaloppi (1986) a altura de captação, energia no bombeamento, transporte, controle e distribuição de água, além de gastos com mão-de-obra, representam importantes custos adicionais na produção. Melo (1993), analisando os custos da irrigação por aspersão em Minas Gerais, concluiu que os custos variáveis são maiores para sistemas de autopropelido, seguido pelo pivô central e por último aspersão convencional. Analisando participação da energia nos custos totais variáveis, chegou-se a conclusão que o componente energia foi o que mais participação teve nesses custos, principalmente quando o sistema foi acionado por motor Diesel. Assim, os custos totais com o motor Diesel foram sempre maiores que os motores elétricos. Esses resultados estão de acordo com Scaloppi (1985), que afirma que um dos aspectos de grande importância a ser considerado, diz respeito ao tipo de energia disponível para irrigação. Os combustíveis líquidos utilizados em motores de combustão interna, são muito mais caros que a energia elétrica, em nossas condições. O custo do óleo supera em cerca de seis vezes o custo da

23 Análise comparativa... eletricidade. Segundo Hoffmann 1, citado por Zocoler (1994), os custos fixos são aqueles que não variam com a quantidade produzida (juros sobre capital empatado, impostos fixos, seguro, arrendamentos etc.). A somatória entre os custos variáveis e o custo fixo anual corresponderá aos custos totais do sistema durante o ano, devendo ser abatido da receita bruta conseguida através da produção, resultando na receita líquida do empreendimento. O emprego das funções de produção na análise e discussão dos resultados dos experimentos agrícolas, está bastante difundido. Sua utilização para determinar os níveis economicamente ótimos dos fatores é o principal ponto crítico da aplicação em experimentos agrícolas. A produção das culturas em resposta à água aplicada depende de muitos fatores, tais como quantidade e freqüência de irrigação, método de aplicação de água, estádio de desenvolvimento da cultura, variabilidade do solo, condições climáticas etc. A irrigação é tão menos eficiente quanto mais a quantidade de água aplicada se aproxima da irrigação sem déficit. Este declínio na eficiência está associado com a variabilidade na quantidade de água aplicada, com as características da cultura e características do solo, Frizzone (1993). 4 MATERIAL E MÉTODOS Para realização do trabalho, foram criadas algumas situações que foram estudadas em etapas diferentes de forma separada. As etapas de realização do trabalho foram as seguintes, na ordem em que foram realizadas: a) determinação da uniformidade de distribuição de água, representadas pelos espaçamentos entre os aspersores. b) realização de cálculos de produtividade da cultura em função da lâmina aplicada e espaçamento dos aspersores, pela função de produção do feijão. c) dimensionamento do projeto, custos e receita líquida do produtor. 4.1 Determinação da uniformidade de distribuição de água pelo aspersor nas diferentes situações estudadas. Os testes foram realizados no laboratório de Irrigação e Drenagem do Departamento de Engenharia Rural da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. O aspersor utilizado no teste foi da marca Fabrimar, modelo A232 ECO, bocais de 5,6 e 3,2 mm, com pressão de 245,2 kpa, monitoradas por um manômetro digital. Os coletores apresentavam espaçamento eqüidistante de 1m. Foi usado o programa de software Catch 3d para realizar simulações do perfil de distribuição do aspersor e sobreposições para os espaçamento estudados (12x12, 12x18, 18x18, 18x24 e 24x24 m), fornecendo os valores de Coeficiente de Uniformidade de Christiansen (CUC). De posse desse dados de sobreposição de lâmina e lâmina média para cada espaçamento, foi possível a realização dos cálculos para obtenção da produtividade através função de produção da cultura estudada, obtendo as produtividades para cada espaçamento. 1 Hoffmann, R.; Engler, J. J. C.; Serrano, O.; Thame, A. C. M.; Neves, E. M. Administração da empresa agrícola. 5 ed. São Paulo, Pioneira, 1987. 325p.

Campeche, et. al 24 4.2 Seqüência utilizada para o dimensionamento do projeto e custo anual total para cada situação estudada. Para estudar o sistema nas suas diversas configurações, criou-se uma situação hipotética para viabilizar o projeto, pois teríamos que partir de um ponto inicial onde algumas situações foram pré fixadas. A seguir são apresentadas algumas situações estudadas e análise dos resultados: Para todas as situações estudadas, foram feitos os cálculos referentes à irrigação de uma área cultivada com feijão (Phaseolus vulgaris, L), cultivar carioca. O espaçamento entre plantas foi de 0,40 m, totalizando aproximadamente 365.000 plantas por hectare. A lâmina total necessária utilizada para os projetos foram de 345 e 534 mm, com demanda evapotranspirométrica de 4 e 7 mm, respectivamente. O sistema opera com duas situações diferentes: 8 e 16 horas de funcionamento. Os diâmetro utilizados para cada situação, foram pré-fixados em 4 de diâmetro da linha lateral, 5 de diâmetro da linha principal e 5 de diâmetro da adutora e sucção. A altura de elevação dos aspersores foi de um metro. Com o objetivo de comparar custos em diferentes situações, foram consideradas três situações para o dimensionamento da adutora: (i) situação mais favorável, com 100 metros de comprimento e 15 metros de desnível geométrico; (ii) situação mediana, com 500 metros de comprimento e 30 metros de desnível geométrico e (iii), situação desfavorável, com 2.000 metros de comprimento e 65 metros de desnível geométrico. Para o acionamento da bomba, foram comparados projetos com acionamento de motores elétricos e motores Diesel. No caso da energia elétrica, foi considerada que a energia elétrica está disponível na propriedade, não entrando nos custos gastos com postes, transformadores etc. Para cada configuração do sistema foi selecionada uma bomba e um motor Diesel ou elétrico correspondente ao projeto, com seus respectivos preços. Não foram considerados descontos com tarifação de energia elétrica. Quanto à seleção das bombas, estas foram da KSB, a partir do catálogo do fabricante. Motores elétricos aqueles correspondente à faixa de potência requerida pela bomba e motores Diesel também aqueles correspondente à faixa de potência, com o seu consumo específico (CE), fornecido pelo catálogo do fabricante. Foi considerado como 10 anos a vida útil dos equipamentos utilizados no projeto, sendo ainda considerados após esse período como material sem qualquer valor comercial. Considerou-se como gastos de manutenção dos equipamentos como sendo igual a 3% sobre o valor investido em equipamentos. A metodologia usada para o dimensionamento teórico do sistema de irrigação em suas diferentes configurações foi uma adaptação da metodologia proposta por Zocoler (1994), auxiliada pela utilização de planilha eletrônica. 4.3 Aplicação da superfície de resposta na cultura do feijoeiro. No presente estudo, variou-se diversas configurações do sistema de irrigação e para cada configuração estudada, esperou-se uma produtividade diferente da cultura. Para estimar a produtividade, utilizou-se a função de produção da cultura do feijão, tendo como fator de variação a lâmina aplicada. As Equações 1 e 2, representam as funções de produção que

25 Análise comparativa... foram obtidas por Saad (1991) e Dantas Neto (1994), para as regiões de 4 e 7 mm de demanda evapotranspirométrica, respectivamente. Y = -23577,14 + 139,61.W - 0,1825.W 2 (1) Y = -8064,46 + 33,95.W - 0,026.W 2 (2) em que, Y = Produtividade (kg/ha) W = Lâmina de água aplicada (mm) Após o cálculo da produtividade em função das situações estudadas, foi possível o cálculo da receita líquida para cada situação estudada. Para o cálculo foi utilizada a Equação 3: RL = Py.Y - (GAMO + GAMR + CFAE + GABO) (3) Em que, RL = Receita líquida, em R$ Py* = Preço do produto na propriedade, R$0,56/Kg*. Y = Produção de grãos, em Kg/ha. GAMO = Gasto anual de mão-de-obra (R$.ha -1 ). GAMR = Gasto anual com manutenção e reparos (R$.ha -1 ). CFAE = Custo fixo anual do equipamento (R$.ha -1 ). GABO = Gasto anual com bombeamento (R$.ha -1 ). *Preço do produto, representando a média de preço do feijão dos últimos 10 anos. 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Diante dos resultados obtidos no ensaio do aspersor nos espaçamentos estudados (12x12, 12x18, 18x18, 18x24 e 24x24 m), observou-se que ao tempo em que se aumentava o espaçamento, o CUC diminuía, com exceção para o espaçamento de 18x18 metros, que também apresentou o maior valor de CUC, visto no Quadro 1. Como os testes foram realizados em laboratório, o efeito do vento não interferiu nos resultados de sobreposição e consequentemente nos valores de CUC. O que pode ser dito é que, quando em funcionamento no campo, esses valores podem diminuir e o efeito poderá ser maior nos espaçamentos maiores, promovendo maior redução nos valores de CUC, comparado aos efeitos no espaçamento menor. Com relação à produtividade determinada através da função de produção da cultura do feijão, verificou-se que os resultados são coerentes com o esperado. As produtividades obtidas para todos os espaçamentos foram iguais para todas as situações estudadas dentro de um mesmo espaçamento, visto que, a lâmina aplicada foi igual para todas as situações. As maiores produtividades foram obtidas para o espaçamento de 18x18 m, que foram de 2.670 e 2.805 Kg.ha -1 nas regiões de 4 e 7 mm de evapotranspiração, respectivamente. Quadro 1 - Valores de CUC e produtividade, em função do espaçamento. Espaçamento CUC Produtividade (Kg.ha -1 ) (metros) (%) 4 mm ET 7 mm ET 12x12 83,4 2.424 2.670 12x18 80,7 2.367 2.486

Campeche, et. al 26 18x18 85,5 2.670 2.805 18x24 74,1 2.236 2.382 24x24 65,1 1.941 2.200 A seguir, na Figura 1 são apresentados os resultados das médias das rendas líquidas para todas as situações estudadas. Como era esperado, as maiores rendas ocorreram na situação da adutora mais favorável, pois, nessa situação o incremento dos gastos tanto fixo como variável é menor quando comparado às outras situações, visto que um maior comprimento e desnível traduz-se em maior perda de carga ao longo da tubulação necessitando de maior potência do conjunto. Quando comparamos motores elétricos e motores Diesel, estes apresentaram rendimentos inferiores àqueles, pois o motor a Diesel além do custo de aquisição ser bem maior que o motor elétrico, aumentando os custos fixos, o gasto com energia de bombeamento é bem mais acentuado, aumentando também os custos variáveis e consequentemente nos custos totais. Portanto, em situações muito desfavoráveis de desnível geométrico e comprimento da adutora, o incremento causado pelos elevados custos fixos e custos variáveis em sistemas com acionamento à Diesel poderá inviabilizar economicamente projetos de irrigação, pois a receita líquida acaba tornando-se menor ou bem próxima dos custos do projeto, tornando-se em alguns casos a obter valores negativos de receitas. Com relação à jornada de trabalho, verifica-se que, para todos os casos, ocorreu um incremento na receita líquida por hectare quando trabalha-se 16 horas por dia. Isto ocorreu, pois com o aumento da jornada diária a área irrigada aumentou, com um pequeno aumento no custo fixo, o que vai refletir no aumento da receita líquida por hectare para o sistema operando 16 horas por dia. 700 600 8 horas 4 mm ET 16 horas 4 mm ET 582 8 horas 7 mm ET 16 horas 7 mm ET 606 500 506 505 520 510 R e c e i t a l í q u i d a 400 300 200 100 375 249 366 198 Faforável Mediana Desfavorável 0-100 -82-200 ELÉTRICO -158

27 Análise comparativa... 700 500 8 horas 4 mm ET 16 horas 4 mm ET 498 8 horas 7 mm ET 16 horas 7 mm ET 478 410 399 392 341 R e c e i t a l í q u i d a 300 100-100 264 75 208-76 Favorável Mediana Desfavorável -300-276 -500 DIESEL Figura 1 - Média das Receitas líquidas para motores elétricos e Diesel, com diferentes condições de adução de água, evapotranspiração e jornada de trabalho. Pelo Quadro 2 observa-se que os custos fixos para jornada diária de 8 horas e evapotranspiração de 4 mm suplantaram em maior magnitude os custos variáveis à medida que a adução tornava-se desfavorável. Quando o sistema operava com 16 horas de jornada diária na situação mais favorável, os custos variáveis suplantaram os custos fixos, porém, quando a situação da adutora passou a desfavorável os custos fixos foram maiores, pois há um maior incremento dos custos fixos em relação aos custos variáveis. Quando se compara na mesma situação, com acionamento à Diesel, observa-se o mesmo comportamento, só que os custos variáveis foram proporcionalmente maiores, visto que sistemas com acionamento à Diesel há um maior gasto com a energia de bombeamento. Com relação aos custos fixos para jornada diária de 8 horas e evapotranspiração de 7 mm, ocorreu o inverso da primeira situação, onde os custos fixos foram menores em relação aos custos variáveis, visto que haverá maior gasto com energia de bombeamento, pois a quantidade de água bombeada é maior, exceto para a condição de adutora desfavorável, na qual o custo fixo superou o custo variável. Quando se opera o sistema com jornada diária de 16 horas, o incremento dos custos variáveis torna-se mais acentuado, pois o sistema vai ficar mais tempo trabalhando, traduzindo em maiores gastos para operacionalização do sistema. Com relação ao acionamento à Diesel, observa-se que em todos os casos houve uma maior contribuição dos custos variáveis nos custos totais, independente das condições de adução. Em síntese, as simulações que apresentaram menores custos variáveis e consequentemente maiores custos fixos foi as que operaram com motores elétricos, 8 horas de jornada diária e com demanda evapotranspirométrica de 4 mm. Por outro lado, as simulações que apresentara maiores custos variáveis e menores custos fixos foram as que operaram com 16 horas de jornada diária, motores Diesel e demanda evapotranspirométrica de 7 mm. Quadro 2 - Percentagem média dos custos variáveis e fixos nos custos totais 4 mm 7 mm Elétrico Diesel Elétrico Diesel 8 hrs 16 hrs 8 hrs 16 hrs 8 hrs 16 hrs 8 hrs 16 hrs cv cf cv cf cv cf cv cf cv cf cv cf cv cf cv cf F. 45 55 52 48 47 53 58 42 55 45 62 38 60 40 70 30 M. 43 57 50 50 47 53 58 42 53 47 61 39 59 41 70 30 D. 38 62 46 54 41 59 53 47 46 54 56 44 52 48 65 35-425

Campeche, et. al 28 F=Favorável, M=Mediana, D=Desfavorável, cv=custo variável e cf=custo fixo. Nas Figuras 2, 3 e 4 são apresentadas as curvas que representam a variação da receita líquida com os espaçamentos para as diferentes situações estudadas, para as condições de adução favorável, mediana e desfavorável, respectivamente. Observando-se as Figuras, verifica-se que para as três condições de adutora, as maiores receitas foram obtidas com o uso de motor elétrico (ME) e jornada diária de 16 horas, tanto para a região de 4 como para 7 mm de demanda evapotranspirométrica. Percebe-se também que o comportamento da receita com o espaçamento foi semelhante em todas as situações, sendo que a receita líquida atingiu um valor máximo, em todos os casos, no espaçamento de 18x18 metros. Isto se deve ao fato de que os maiores valores de CUC foram obtidos para este espaçamento e consequentemente as maiores produtividades. 800 700 600 500 400 300 ME-8h-4mm ME-16h-4mm MD-8h-4mm MD-16h-4mm ME-8h-7mm ME-16h-7mm MD-8h-7mm MD-16h-7mm 200 12x12 12x18 18x18 18x24 24x24 Figura 2 - Receita líquida para os diferentes espaçamentos e condição de adutora favorável, para motor elétrico (ME) e motor Diesel (MD). 800 700 600 500 400 300 200 100 ME-8h-4mm ME-16h-4mm MD-8h-4mm MD-16h-4mm ME-8h-7mm ME-16h-7mm MD-8h-7mm MD-16h-7mm 0 12x12 12x18 18x18 18x24 24x24 Espaçamento (m) Figura 3 - Receita líquida para os diferentes espaçamentos e condição de adutora mediana, para motor elétrico (ME) e motor Diesel (MD).

29 Análise comparativa... 500 400 300 200 100 0-100 -200-300 -400-500 -600 ME-8h-4mm ME-16h-4mm MD-8h-4mm MD-16h-4mm -700 ME-8h-7mm ME-16h-7mm MD-8h-7mm MD-16h-7mm -800 12x12 12x18 18x18 18x24 24x24 Espaçamento (m) Figura 4 - Receita líquida para os diferentes espaçamentos e condição de adutora desfavorável, para motor elétrico (ME) e motor Diesel (MD). Pode-se observar também que as menores receitas líquidas foram obtidas com a utilização de motores Diesel (MD) e jornada diária de 8 horas, sendo que a região de demanda de 7 mm foi a que proporcionou as menores receitas na maioria dos casos. 6 CONCLUSÃO Com base nas simulações para as condições preestabelecidas e análises realizadas, pode-se concluir que: - Os maiores valores de CUC e consequentemente de produtividade foram obtidos para o espaçamento de 18x18 m. - As menores percentagens do custos variáveis, nos custos totais, foram obtidas para acionamento por motor elétrico, jornada de 8 horas e demanda evapotranspirométrica de 4 mm. As maiores percentagens ocorreram com a utilização de motor Diesel, jornada de 16 horas e demanda de 7 mm. - As maiores receitas foram obtidas com o uso de motor elétrico e jornada diária de 16 horas, tanto para a região de 4 como para 7 mm de demanda evapotranspirométrica. - As menores receitas líquidas foram obtidas com a utilização de motores Diesel e jornada diária de 8 horas. - As maiores receitas líquidas foram obtidas para o espaçamento de 18x18 m, para todos os casos estudados. - A condição de adução foi determinante, inviabilizando o projeto em determinadas situações, pois apresentou receita líquida negativa. 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Campeche, et. al 30 AZEVEDO, J. A. Aspectos sobre o manejo de irrigação por aspersão para o cerrado. Circ. Téc. Centro de Pesquisa de Agricultura dos Cerrados/EMBRAPA, n.16, p.1-53, 1983. DANTAS NETO, J. Modelos de decisão para otimização do padrão de cultivo, em áreas irrigadas, baseadas nas funções de resposta das culturas à água. Botucatu, 1994. 125p. (Doutorado em Irrigação e Drenagem)-Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista. FRIZZONE, J. A. Funções de resposta das culturas à irrigação. Piracicaba: Departamento de Engenharia Rural, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade Estadual de São Paulo, 1993. 42p. (Didática, 6). FRIZZONE, J. A., BOTREL, T. A., FREITAS, H. A. C. Análise comparativa dos custos de irrigação por pivô-central, em cultura de feijão, utilizando energia elétrica e óleo Diesel. Eng. Rur., v.5 p.34-63, 1994. MELLO, J. F. Custos da irrigação por aspersão em Minas Gerais. Viçosa, 1993. 147p. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem)-Universidade Federal de Viçosa. SAAD, A. M. Uso do tensiômetro no controle de irrigação de pivô central no cultivo do feijoeiro. Piracicaba, 1991. 143p. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagen)-Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo. SCALOPPI, E. J. Exigências de energia para irrigação. ITEM: Irrig. e Tecnol. Mod.,v.12, n.2, p.13-7, 1985. SCALOPPI, E. J. Critérios básicos para seleção de sistemas de irrigação. Inf. Agropecu. v. 139, n.12, p.54-63, 1986. ZOCOLER, J. L. Custos da irrigação por aspersão semiportátil nas diversas configurações. Piracicaba, 1994. 120p. Dissertação (Mestrado em Irrigação e Drenagem) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo.