ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR



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Transcrição:

ESTADO DE GOIÁS SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DIRETORIA DE DEFESA CIVIL Gerência de Segurança Contra Incêndio e Pânico NORMA TÉCNICA n. 32, de 05/03/07 Produtos Perigosos em Edificação e Áreas de Risco SUMÁRIO a) 1 Objetivo 2 Aplicação 3 Referências normativas e bibliográficas 4 Definições 5 Procedimentos

1 OBJETIVO Esta Norma Técnica estabelece os parâmetros de segurança à edificação e área que contenha produtos perigosos, atendendo o previsto no Código Estadual de Proteção Contra Incêndio, Explosão, Pânico e Desastres (Lei Estadual n. 15802, de 11 de setembro de 2006). 2 APLICAÇÃO 2.1 Esta Norma Técnica aplica-se às edificações e/ou áreas de risco que produzem, manipulam ou armazenam produtos perigosos, sendo que prevalecerão as disposições das Normas Técnicas n. 27, 28 e 29. 2.2 Esta Norma não se aplica aos locais em que todos produtos envolvidos, armazenados e estocados não ultrapassem a(s) quantidade(s) limitada(s) prevista(s) para qualquer produto, de acordo com o Item 3.2.4 Relação Numérica de produtos perigosos, da Resolução n. 420/2004 Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). 3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRÁFICAS Instrução Técnica n. 32/2004 CBPMESP. As normas relacionadas a seguir contêm disposições relacionadas com esta Norma Técnica: Decreto n. 96044, de 18 de maio de 1988 Regulamento federal para o transporte rodoviário de produtos Contran Resoluções n. 640/85 e n. 91/99 Dispõem sobre o currículo do Curso Mope (Movimentação de Produtos Especiais). Contran Resolução n. 38/98 Dispõe sobre a identificação de entradas e saídas de postos de abastecimento de combustíveis, oficinas, estacionamentos e garagens. Portaria n. 27, de 19 de setembro de 1996, do Departamento Nacional de Combustíveis (atual Agência Nacional do Petróleo ANP) Gás Liquefeito de Petróleo. Resolução n. 420 ANTT, de 12 de fevereiro de 2004, alterada pela Resolução n. 701, de 25 de agosto de 2004 Instruções complementares ao regulamento de transporte de produtos Norma Regulamentadora n. 5 Ministério do Trabalho Alterada pela Portaria n. 25, de 29 de dezembro de 1994 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Norma Regulamentadora n. 6 Ministério do Trabalho Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Norma Regulamentadora n. 9 Ministério do Trabalho Programa de prevenção de riscos ambientais. Norma Regulamentadora n. 15 Ministério do Trabalho Atividades e operações insalubres. Norma Regulamentadora n. 16 Ministério do Trabalho Alterada pelas Portarias n. 26, de 2 de agosto de 2000, e n. 545, de 10 de julho de 2000 Atividades e operações perigosas. Norma Regulamentadora n. 19 Ministério do Trabalho Explosivos. Norma Regulamentadora n. 20 Ministério do Trabalho Líquidos combustíveis e inflamáveis. Norma Regulamentadora n. 23 Ministério do Trabalho Proteção contra incêndios. Norma Regulamentadora n. 26 Ministério do Trabalho Sinalização de segurança. 3.2 Referências bibliográficas NBR 5382/1985 Verificação de iluminância de interiores. NBR 7501/1989 Transporte de produtos NBR 5413/1992 Iluminância de interiores. NBR 6493/1994 Emprego de cores para identificação de tubulações. NBR 7195/1995 Cores de segurança. NBR 14064/1998 Atendimento a emergência no transporte de produtos NBR 14095/1998 Área de estacionamento para veículo rodoviário de produtos NBR 7504/1999 Envelope de emergência. NBR 7500/2000 Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais 1

NBR 7503/2000 Ficha de emergência para o transporte de produtos NBR 8285/2000 Preenchimento da ficha de emergência. NBR 9734/2000 Conjunto de equipamentos para avaliação e fuga em emergência com produtos NBR 9735/2000 Conjunto de equipamentos para emergências no transporte de produtos NBR 10898/1999 Sistema de iluminação de emergência. NBR 12710/2000 Proteção por extintores contra incêndio envolvendo produtos CNEN NE 6.02 Licenciamento de instalações radiativas. CNEN NE 1.04 Licenciamento de instalações nucleares. CNEN NE 6.04 Funcionamento de instalações de radiografia industrial. CNEN NN 2.04 Proteção contra incêndio em instalações nucleares do ciclo do combustível. CNEN NN 2.03 Proteção contra incêndio em usinas nucleoelétricas. National Fire Protection Association NFPA 801 Fire Protection for Facilities Handling Radioativite Materials, 1998 edition. Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) Ministério do Trabalho Introdução à Engenharia de Segurança de Sistemas, 4ª edição, 1994. National Fire Protection Association Fire Protection Handbook, 18 th edition, 1997. 4 DEFINIÇÕES 4.1 Para efeito desta NT, aplicam-se as definições constantes da NT 03 Terminologia de segurança contra incêndio, os glossários das normas CNEN NN 2.03 e CNEN NN 2.04 e as definições do Capítulo 1.2 da Resolução n. 420/2004 ANTT. 4.2 São considerados produtos perigosos os listados no Item 3.2.4 da Resolução n. 420/2004 ANTT e, em caso de produtos, substâncias ou artigos novos é de responsabilidade do fabricante seu enquadramento, respeitando o previsto nos Itens 2.0.0.1. e 2.0.0.2. da Resolução. 5 PROCEDIMENTOS 5.1 Características gerais 5.1.1 O funcionamento das edificações com áreas reservadas para manipulação, estoque e movimentação interna de produtos perigosos fica condicionado à autorização e fiscalização dos órgãos competentes para expedição do alvará de funcionamento, após o projeto ter sido aprovado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás. 5.2 Instalação Para todas as classes de produtos perigosos devem ser previstas guaritas em área mais afastada junto ao perímetro externo, de fácil acesso, com equipamentos de proteção individual (EPI) para atuação de estancamento e resgate de pessoas em área contaminada, além de indicação do tipo de EPI mais adequado ao tratamento do produto, com a devida Ficha de Emergência (NBR 7503) dos produtos manipulados na edificação. Nas edificações que recebam caminhões-tanque ou contêineres-tanque em seus pátios internos, devem ser previstos pelo menos uma vaga para estacionamento de veículo com vazamento para controle e contenção do produto transportado. 5.3 Área identificada A área da edificação que contenha produtos perigosos deve ser identificada de tal forma que impeça o acesso de pessoas não-autorizadas, preferencialmente com qualquer obstáculo físico o qual impeça o ingresso. A brigada de incêndio deve também ser treinada nas primeiras ações emergenciais envolvendo produtos perigosos, sendo possuidores do Curso de Movimentação de Produtos Especiais (Mope). 5.4 Condições específicas para gases perigosos 5.4.1 As classes de armazenagem de gases perigosos devem possuir as mesmas proteções ativa e passiva determinadas pela NT 28 Manipulação, armazenamento, comercialização e utilização de gás liquefeito de petróleo (GLP), desde que tenham riscos primário ou subsidiário de inflamabilidade. 2

5.4.2 A classificação de áreas de armazenagem obedecem ao mesmo critério da NT 28. 5.4.3 Os locais que armazenem no mínimo 250 kg de gases infectantes, tóxicos ou corrosivos devem ser observados os seguintes requisitos: a) Possuir ventilação natural; b) Estar o recipiente protegido do sol, da chuva e da umidade; c) Estar o recipiente afastado de outros gases envasados a no mínimo 50 m, desde que não haja compatibilidade entre os mesmos; d) Estar afastado a no mínimo 1,5 m de ralos, caixas de gordura e de esgotos, bem como de galerias subterrâneas e similares, quando possuírem peso específico maior que 1. 5.4.4 Os locais de armazenamento classificados, de acordo com a NT 28, devem estar afastados a no mínimo 150 m de locais de reunião de público, escolas, hospitais e habitações unifamiliares, no caso de gases infectantes, tóxicos e corrosivos, com limite de tolerância abaixo de 500 mg/kg. 5.4.5 Para área de laboratório será exigido sistema de detecção e alarme para vazamentos, de forma a permitir leituras de no mínimo 10% do limite de tolerância das substâncias manipuladas, com acionamento em no máximo 3 segundos. 5.4.6 Em todas as classes de instalações fixas de gases deve-se adotar o painel de segurança e rótulo de risco especificados na NBR 7500, sendo as quantidades especificadas conforme abaixo: a) Uma placa, quando se tratar de área de armazenamento Classe I; b) Duas placas, quando se tratar de área de armazenamento Classe II; c) Quatro placas, quando se tratar de área de armazenamento Classe III; d) Seis placas, quando se tratar de área de armazenamento classe IV; e) Oito placas, quando se tratar de área de armazenamento de classe V ou VI. 5.5 Instalações nucleares ou radioativas 5.5.1 Estas instalações devem obedecer à Lei Estadual n. 15802/2006 no que couber, além das exigências específicas das normas do CNEN. 5.5.2 Na solicitação de Inspeção final do Corpo de Bombeiros, deverá ser apresentada a autorização de funcionamento expedida pelo CNEN, de acordo com as normas CNEN NE 1.04, 6.02 e 6.04. 5.6 Iluminação O sistema elétrico deve ser todo blindado e garantir uma boa visibilidade em toda a área, inclusive quando for acionada a iluminação de emergência, privilegiando os locais de guarda dos equipamentos de proteção individual, materiais de controle de vazamentos e rotas de fuga (NBR 5413, 5382 e 10898). 5.7 Equipamentos de proteção individual (EPI) O número de conjuntos de EPI deve ser igual ao número de pessoas habilitadas e credenciadas a lidar com os produtos. O conjunto EPI consiste em: a) Luvas para produtos perigosos em cano longo; b) Capacetes de boa resistência; c) Máscara panorâmica com filtro para o produto ou polivalente ou EPR, de acordo com o tipo de proteção exigido; d) Roupa encapsulada para ações de controle de vazamentos (nível A, B ou C), de acordo com os riscos do produto armazenado; e) Botas para uso em produtos Nota. O fabricante dos produtos perigosos deverá indicar o tecido e/ou material do EPI compatível com os produtos, visando melhor segurança dos usuários. Os EPIs deverão ser certificados com fé pública, por órgão de certificação nacional. 5.8 Sinalização 5.8.1 Além da sinalização de paredes e pilares para a fácil localização dos sistemas ativo e passivo de prevenção e combate a incêndio, o gerente de logística de produtos perigosos deve reunir todas as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação, a fim de serem expressas em um plano de intervenção de incêndio, sob a orientação do Comandante da Unidade do CBMGO mais próxima da edificação, contemplando: a) Identificação dos riscos existentes, conforme mapa de riscos físicos, químicos e biológicos expressos na Portaria n. 25, de 29 de dezembro de 1994 Ministério do Trabalho; b) Identificar com círculos coloridos os riscos físicos, químicos e biológicos, de acordo com sua grandeza; c) Indicar o número de trabalhadores expostos aos riscos, e o tempo de evasão da edificação; d) Anexar ao PPI os nomes apropriados para embarque (atentar para a Parte 3 Relação de produtos perigosos e exceções para quantidades limitadas), 3

apelidos comerciais dos produtos perigosos, com suas respectivas fichas de emergência (NBR 7503) e seu local de armazenamento e estoque; Seguir as orientações sobre sinalização e rotulagem de todas as embalagens, cofres de carga, contêineres-tanque, contendores intermediários para granéis (IBCs) para acondicionamento e armazenagem de produtos, de acordo com a Parte 4 Disposições relativas a embalagens e tanques, do Capítulo 5.1 Disposições gerais, e Capítulo 5.2 Marcação e rotulagem, e da Parte 6 Exigências para fabricação e ensaio de embalagens, contentores intermediários para granéis (IBCs), embalagens grandes e tanques portáteis (Fonte: Resolução n. 420/2004 da ANTT; e) É vedada a presença de animais, alimentos e medicamentos de consumo humano e animal junto aos produtos perigosos, salvo se houver compatibilidade entre os produtos; f) Pintar todas tubulações externas na edificação, de acordo com o produto na qual ela é utilizada (NBR 6493). 5.8.2 Nos tanques de armazenagem a granel de líquidos e sólidos considerados produtos perigosos, deverá ser adotada a sinalização do produto armazenado prevista no Item 5.4.6 e respectivas alíneas. 5.8.3 Nos depósitos e estocagem de produtos perigosos, as paredes externas deverão possuir sinalização (painéis de segurança e rótulos de risco) dos produtos ali contidos, superiores às quantidades limitadas, previstas no Item 3.2.4 Relação numérica de produtos perigosos, da Resolução n. 420/2004 ANTT, em locais de fácil visualização, de maneira que se possa identificar os produtos armazenados em qualquer face da edificação. 4