Prof. Esp. Franciane Borges

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Transcrição:

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... religiosos, políticos e econômicos.

Autoridade passada por descendência. Seguem o alcorão e a sharia. Fiéis são independentes. Hoje: São os mais radicais, guiados por Alá. Seguem os califas, sendo dependentes deles por suas decisões. Utilizam o alcorão e a suna. Líderes (califas) são escolhidos pelo povo. Hoje: Possui várias ramificações.

Irã Grandes reservas de gás, petróleo, ferro e urânio. Setor industrial petrolífero, têxtil, automobilístico, eletrônicos e material de construção. Xiitas imperam Aiatolá Khomein ( 1902-1989) (Revolução Iraniana 1979). Formação de uma república islâmica. Jihad Guerra Santa

BBC. Brasil 2015/07/15 : Os pontos chave do acordo O Irã não produzirá urânio enriquecido por 15 anos. Também descartará 98% do material nuclear que possui. Potências poderão verificar "pela primeira vez" o nível de cumprimento do acordo. Em troca, a ONU suspenderá todas as sanções contra o Irã associadas ao programa nuclear, ainda que com limitações. Sanções se manterão por cinco anos, no caso da venda e compra de armas, e por oito anos, no caso de mísseis balísticos. Atualmente: EUA pressiona a Europa a aumentar as sanções contra o Irã, alegando o teste de novo míssil de médio alcance em teste em setembro. Hoje ameaça não certificar o acordo. BBC/Brasil 2017/10/13.

Iraque Grande produtor de petróleo. Grande maioria sunita. Liderado por Saddam Hussein de 1960 até 2011, que perseguia xiitas. (proibia a prática religiosa e confiscava terras). 1980 a 1988 Guerra Irã e Iraque pelas terras férteis da Mesopotâmia e medo de Sadam em perder a saída para o mar em virtude da expansão da Revolução Islâmica. 1991 Guerra do Kuwait (intervenção da ONU e EUA) 1ª Guerra do Golfo

2003 a 2011 (2ª Guerra do Golfo). Xiitas passam a governar com intervenção dos EUA. Estão no poder ainda hoje! 2012 Movimentos pacíficos sunitas não considerados e aproximação destes com o Estado Islâmico na fronteira com a Síria. Iraque: Uma guerra, três vozes Muitos iraquianos tiveram de deixar suas casas por causa dos confrontos no país Em uma série de ataques recentes no Iraque, militantes sunitas e jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isis, na sigla em inglês) tomaram o controle de cidades importantes, além de poços de petróleo e de fronteiras no norte do país. Os preços dos alimentos têm subido um pouco, já que não conseguimos trazer mantimentos do centro e do leste do Iraque. Emad, 51 anos, Sulaymaniyah, no Curdistão (...) Há alguns confrontos nas zonas sunitas, onde os xiitas têm medo de serem mortos por combatentes do Isis. Bagdá é de maioria xiita, mas existem algumas áreas sunitas na cidade. É preocupante, pois há muita gente armada e não sabemos quem são essas pessoas, nem quem são seus líderes, nem o Exército do qual fazem parte. Jaffar, 27 anos, Bagdá. Mamdouh Akbiek BBC News, 24 junho 2014

Turquia Imperam os sunitas Conflitos com os curdos Repressão aos Curdos que habitam majoritariamente o leste do país e são diariamente reprimidos - em um momento de trégua com o PKK (o Partido dos Trabalhadores Curdos), que dura cerca de 5 meses, mas é envolta em tensão -, com a negação aos direitos religiosos de minorias não-sunitas, como os Alevitas. Turquia x Síria (...) Os dois países se tornaram rivais desde outubro de 2011, quando teve início a guerra civil na Síria, e o governo da Turquia passou a dar apoio aos rebeldes que lutam contra o regime Assad. O medo do governo é de que a minoria curda local possa se aliar aos curdos sírios, que controlam diversas cidades fronteiriças, e mesmo que radicais sunitas possam usar a Turquia como base e espalhar o conflito. (Turquia abate avião militar da Síria. Fonte: BBC, 23 março de 2014) Primavera Turca ( 27 e maio a 19 de junho de 2013) Insatisfação de parcela da população, diante do primeiro ministro Erdogan, que comanda um partido islâmico, ainda que moderado, mas que tem imposto medidas de controle social que tem desagradado a população urbana e educada, feitas sob medida para agradar o eleitorado sunita conservador turco; além de preferir o uso da força e a repressão de passeatas de estudantes e trabalhadores.

Protesto na Praça Taksim, na parte europeia de Istambul, contra a destruição da área verde e a construção de um shopping center no lugar. Erdogan é acusado de promover um processo de gentrificação no espaço urbano.

Outras medidas de Erdogan tem consistido em promover políticas conservadoras, como restrição ainda maior ao aborto, dificuldades de vender bebida alcoólica, proibição de consumo de álcool entre 10 da noite e 6 de manhã e próximo a escolas e mesquitas e até interferência na cor dos batons das comissárias de bordo de uma empresa aérea. Ações que desagradam à parcela da população mais liberal: Eles temem uma islamização do país.

Síria Os números divergem: enquanto fontes oficiais sírias falam de até 130 mortos entre os milicianos da organização terrorista "Estado Islâmico" (EI), o Observatório Sírio de Direitos Humanos, independente e sediado em Londres, registra menos de 30 vítimas. Num ponto, porém, ambas as instâncias são unânimes: inicialmente conseguiu-se defender do EI a antiga cidade de Palmira um dos sítios histórico-culturais mais relevantes da Síria, situado no deserto central. Pelo menos no momento, as construções de importância universal parecem estar a salvo da destruição pelos jihadistas. Ele pode agora se autopromover como vanguarda na luta contra o terrorismo jihadista, que há mais de quatro anos assola não só o país, como vastas áreas do Oriente Médio.

Afeganistão e Paquistão Talibã O Talibã é um grupo político que atua no Afeganistão e no Paquistão. A milícia tem origem nas tribos que vivem na fronteira entre esses dois países e se formou em 1994, após a ocupação soviética do Afeganistão (que durou de 1979 a 1989) e durante o governo dos também rebeldes mujahedins. "Hoje, o objetivo do Talibã no Afeganistão é recuperar seu território e expulsar os invasores dos Estados Unidos e da OTAN. Utiliza táticas de guerrilha e ataques de homem-bomba, tem uma interpretação muito rígida dos textos islâmicos, incluindo proibição à cultura ocidental e a obrigação ao uso da burka pelas mulheres. Suspeitasse que o dinheiro para financiar as ações venha de tributos cobrados dos plantadores de ópio O Talibã é provincial, age apenas na sua região e não tem nada a ver com os ataques a países do ocidente.

Movimento fundamentalista islâmico de origem sunita deoband. Arábia Saudita Criada por Osama Bin Laden, em 1989, a Al-Qaeda ( A Base em árabe) tinha por objetivo expulsar as tropas russas do território do Afeganistão. Durante esse período os Estados Unidos realizavam ajuda financeira à organização para a compra de armas e realização de treinamentos. No entanto, com a Guerra do Golfo e a instalação de bases militares estadunidenses na península arábica, sede dos principais santuários do Islã, Bin Laden iniciou uma campanha contra os estadunidenses.

A Al-Qaeda passou a ser conhecida, mundialmente, após o maior atentado terrorista da história. No dia 11 de setembro de 2001, 19 integrantes dessa organização sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos, onde duas aeronaves foram lançadas contra as torres gêmeas do World Trade Center. Atualmente, a Al-Qaeda possui bases em vários países (Somália, Argélia, Líbia, Chade, etc.), suas ações terroristas ocorrem em nações ocidentais e em países muçulmanos que apoiam os Estados Unidos, como, a Arábia Saudita, a Turquia e a Indonésia. Conflito atual: Insurgência Islâmica. Conflito iniciado em 2003.

Primavera árabe

Ditaduras derrubadas A onde de protestos e revoltas já provocou a queda de quatro governantes na região. Enquanto os ditadores da Tunísia e do Egito deixaram o poder sem oferecer grande resistência, Muammar Kadafi, da Líbia, foi morto por uma rebelião interna com ação militar decisiva da Otan(10/2011). No Iêmen, o presidente Saleh resistiu às manifestações por vários meses, até transferir o poder a um governo provisório. A Síria foi o único país que até agora não conseguiu derrubar o governo do ditador Bashar al-assad. Transição para as novas democracias Tunísia e Egito realizaram eleições em 2011, vencidas por partidos islâmicos moderados. A Tunísia é apontada como o país com as melhores chances de adotar com sucesso um regime democrático. No Egito, os militares comandam o conturbado processo de transição, e a população pede a sua saída imediata do poder. Geopolítica árabe Os Estados Unidos eram aliados de ditaduras árabes, buscando garantir interesses geopolíticos e econômicos na região, que abriga as maiores reservas de petróleo do planeta. A Primavera Árabe põe em cheque a política externa de Washington para a região. A Liga Árabe, liderada pela Arábia Saudita e pelo Catar, assume um papel de destaque na mediação das crises e dos conflitos provocados pela Primavera Árabe. Guia do Estudante/Maio 2017

Agora é com você! 1. Em 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e anexou seu território, passando a dominar imensas reservas petrolíferas. A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, os EUA e alguns países europeus se opuseram a essa anexação. Em 1991, formou-se uma coalizão contra o Iraque, que culminou no episódio conhecido como: 2. Quais o motivos e consequências da primavera árabe?