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Transcrição:

TESTE Por Marcio Dottori Fotos Fernando Monteiro Teste810 Sterling Atlantic 41 STERLING Velocidade máxima 19 nós (a 3 550 rpm) Velocidade de cruzeiro 15,5 nós (a 3 000 rpm) Autonomia 315 milhas (a 3 000 rpm) Potência 359 hp (no hélice) O Sterling Atlantic é um trawler diferente, a começar pelo seu desempenho: com apenas um motor de 370 hp, chega a 19 nós Para quem não conhece bem esse tipo de embarcação, vale sempre explicar. Trawlers são barcos a motor bons de mar, com autonomia para longas distâncias, mas navegação lenta, em velocidade muitas vezes semelhante a dos veleiros, já que seu casco é deslocante (veja nas fotos como a proa não levanta), em vez de planante, como o das lanchas. Alguém já disse, em tom de ironia, que é a embarcação ideal para quem deseja ter um veleiro, mas não quer ter trabalho com cabos e velas. Não é porém o caso deste barco que, por outro lado, não deixa de ser um trawler no estilo. O Sterling Atlantic 41 (ou apenas SA41) é um trawler, no mínimo, diferente, que nem de longe lembra um barco desse tipo na hora de navegar. Mesmo equipado com um único motor de apenas 370 hp, acelera quase como uma lancha e, neste teste, chegou a 19 nós de velocidade máxima o dobro da média de um trawler convencional. Não por acaso, nos Estados Unidos, onde embarcações desse tipo não são novidade há tempos, barcos como o SA41 são chamados de fast trawlers. No Brasil, essa tendência está apenas começando, e este 41 pés é um de seus primeiros representantes, junto com os motor yachts da MCP. Projetado e construído em Indaiatuba, no interior de São Paulo, pelo estaleiro ML Boat Works, ele pode ser encomendado em duas versões: com um camarote, de casal, ou com dois, sendo o segundo com duas camas de solteiro. Um de seus segredos para navegar rápido está no casco, que tem núcleo de espuma de PVC rígida até abaixo da linha d água, tecnologia que deixa o barco bem mais leve que os trawlers de aço, sem, contudo, deixar de ser forte e resistente, o que é outra característica dos trawlers. 64 NÁUTICA

ATLANTIC 41 Diferente e atraente CONFORTO INCOMUM Além de ser bem iluminado, tanto pelo párabrisa quanto por grandes janelas laterais, o Sterling Atlantic tem acabamento caprichado. A poltrona mais sofisticada do piloto, porém, é opcional NÁUTICA 65

Sterling Atlantic 41 O segredo para navegar rápido está na leveza do casco, que tem Divinycell até abaixo da linha d água DICA DE QUEM TESTOU SENSAÇÃO DE ESPAÇO O cockpit acomoda quatro pessoas e tem espaço até para pescadores e mergulhadores na plataforma de popa, que tem quase um metro de comprimento. Por sua vez, o salão tem 2,08 metros de altura Embora o estaleiro ofereça a opção de dois motores, este barco tem melhor rendimento com apenas um. Mas, neste caso, encomende um bow thruster, para ajudar nas manobras Como ele é O Sterling Atlantic 41 é um trawler de proa alta, superestrutura grande e cockpit baixo. Tem capacidade para 11 pessoas (duas ou quatro dormindo a bordo, dependendo da versão escolhida), e cômodos internos decorados com madeira de tom agradável. O camarote principal fica na proa e é excepcionalmente confortável. Como convém a um tipo de barco que é quase sinônimo de casa flutuante, tem cama de casal king size e boa ventilação natural, garantida por uma grande gaiúta e nada menos que quatro vigias. No salão, dois sofás acomodam sete pessoas, com folga, enquanto outras três (ou quatro, se apertar um pouco) sentam em volta da mesa de centro. Com 2,08 metros de altura, mantém aquela sensação de espaço, e é iluminado tanto pelo pára-brisa de vidro quanto por grandes janelas laterais. Tem também, opcionalmente, ar-condicionado. Na versão com apenas um camarote, como a que testamos, a cozinha, localizada no convés inferior, não fica nada a dever à de um pequeno apartamento. Tem de geladeira vertical (com freezer separado) a um fogão elétrico ou a álcool, de duas bocas. Já na versão com dois camarotes, a cozinha é menor e fica integrada ao salão, pois seu lugar é ocupado justamente pelo segundo quarto. O banheiro é igualmente espaçoso e tem boxe. O comando é fechado, mas o estaleiro também oferece a opção de um segundo posto de pilotagem, no flybridge, que, no entanto, encarece o preço do barco, além de deixá-lo menos bonito. O assento do piloto é fixo e por isso não muito confortável, especialmente em travessias mais longas vale a pena encomendar a poltrona com regulagem, que é opcional. Falta também um suporte para os pés. No painel, cabem bem todos os relógios do motor e um eletrônico multifunção com tela de 12 polegadas, que é de bom tamanho para este barco. Por sua vez, o cockpit, com pouco mais de 3,50 metros de comprimento, tem um sofá em L para quatro pessoas, mesa de centro e muito espaço até para pescadores e mergulhadores, já que o SA41 tem também uma boa plataforma de popa com 82 centímetros de comprimento. Onde e como testamos O Sterling Atlantic 41 foi testado nas proximidades da Baía de Santos, em um dia de mar calmo, ondas de meio metro de altura e ventos de 10 nós. A bordo havia cinco pessoas, 400 litros de combustível e 600 de água. Estava equipado com um motor Volvo D6, de 370 hp, acoplado a reversor ZF 80A, com relação de transmissão de 2:1 e hélice de 4 pás da Andreoni, de nibral, de 21 x 21. 66 NÁUTICA

Giovanni Nejar CASA FLUTUANTE O camarote principal, na proa, vem com cama de casal king size. O banheiro é igualmente espaçoso e tem boxe fechado. O comando tem bom espaço para os eletrônicos. Tudo com impecável acabamento em madeira. Até no cockpit e na plataforma de popa NÁUTICA 67

Sterling Atlantic 41 COMPLETA Na versão com apenas um camarote, como a que testamos, a cozinha fica no convés inferior. O fogão elétrico de duas bocas também funciona a álcool. Já no cockpit, há uma pia com bancada Além desta versão com camarote único, há uma segunda, com dois camarotes. Neste caso, a cozinha fi ca no salão Quem faz? O Sterling Atlantic 41 é construído em Indaiatuba, no interior de São Paulo, pelo estaleiro ML Boat Works, especializado em barcos de alta tecnologia o mesmo que construiu o veleiro Brasil 1, que participou da regata Volta ao Mundo. O trawler testado foi a primeira unidade construída pelo estaleiro. Para saber mais, ligue 11/3726-3905 ou acesse www.sterlingyachts.com.br. Como navega Navegamos com o SA41 nas proximidades da Baía de Santos, num dia com mar calmo, ondas de meio metro de altura e ventos de 10 nós. Como sua borda-livre é bem alta (1,79 metros na proa), ele se saiu muito bem. Para começar, deixamos o barco propositalmente de lado para as marolas de uma grande lancha e ele mostrou boa estabilidade lateral. Nas manobras, as respostas rápidas do seu leme também agradaram bastante. Segundo o estaleiro, o SA41 tem condições de enfrentar mares com força 7 na escala Beaufort, o que significa ventos de até 35 nós. O motor, um Volvo D6 (diesel de seis cilindros e 370 hp) tinha um mancal com juntas homocinéticas Pythondrive, opcional que diminui bastante a vibração. Com isso, acelerou macio e silencioso. Em qualquer faixa de rotação, os cavalos responderam bem. O único senão foi um ruído que a propulsão emitia a 1 000 rpm, talvez por causa do tipo de hélice, mas a 1 400 rpm, o barulho desaparecia. Com esse motor, chegamos a 19 nós de velocidade máxima algo surpreendente para este tipo de barco. Pode-se também equipar o SA41 com um motor diesel de 260 hp, que, aliás, é o padrão do estaleiro. Nesse caso, porém, a velocidade cai para 15 nós. Uma terceira opção é o uso de dois motores diesel, com potências entre 140 e 190 hp cada. Com eles, ganha-se em segurança e em agilidade nas manobras, mas o custo e o consumo serão maiores. No barco testado havia um propulsor de manobra de proa, conhecido como bow thurster, com capacidade de 75 kgf. Nem é preciso dizer que ficou ainda mais fácil tirar e colocar o barco na vaga. Com quem concorre Neste porte, apenas um trawler nacional disputa compradores com o SA41: o Trawcat 40, que no entanto é um catamarã e não monocasco. Já a Kalmar, de Santa Catarina, também constrói um fast trawler muito bem acabado, o Lobster Yacht, mas ele mede apenas 35 pés e é feito de madeira. O SA41 é o único dos três que também pode ser usado como barco para pescarias ou mergulhos. 68 NÁUTICA

Resumo posição de pilotagem cockpité bem dimensionado para o tamanho do barco, com 3,67 metros de comprimento. Tem sofá em L para quatro pessoas e uma mesa de centro, além de uma bancada com pia e armário. Como opcional, pode-se forrar o piso com madeira teca. ferragens Há um amarrador único na proa, chamado de frade, como nos barcos de pesca, em vez de um par de cunhos, como seria desejável. O aço inox empregado é de boa qualidade, mas falta uma trava na corrente da âncora, para evitar esforço demasiado no guincho. banheiro Só há um, mas é bem grande e com muitos armários para objetos pessoais. Todas as paredes são revestidas de madeira. O boxe é fechado com porta e tem uma banqueta para quem quiser tomar banho sentado. A altura é de 1,97 m e a ventilação natural é feita por uma vigia. O comando é único e fica no salão, de onde o piloto tem boa visibilidade para os bordos. Já a visão da proa é um pouco prejudicada pela parte superior do painel. Há a opção de um segundo posto de pilotagem no flybridge, que, no entanto, encarece o preço do barco. cabine construção Um dos pontos fortes deste barco. É de fibra de vidro, com tecidos biaxiais e triaxiais e laminado em sanduíche, com núcleo de espuma de PVC rígido, que garante baixo peso e alta resistência. Não há madeira na parte estrutural, o que também é bom. paióis desempenho O SA41 tem o dobro da velocidade de um trawler convencional. No teste, sua velocidade de cruzeiro foi de 15,5 nós, a 3 000 rpm, com autonomia de 370 milhas com o tanque cheio. Já aliviando os manetes para 7 nós, é possível navegar mais de 1 000 milhas sem reabastecer o barco. O salão, bem decorado e com muita madeira, tem dois sofás para até sete pessoas e uma mesa de centro, para três. O camarote principal fica na proa e tem uma cama de casal king size. Para ventilá-lo, uma gaiúta de 60 x 60 centímetros e quatro vigias. O da âncora tem espaço de sobra para a amarra e para uma mangueira de água salgada. No cockpit, há lugar para guardar objetos que podem ser molhados, como defensas e espias. E ainda sobram espaços ao lado do motor e sob a escada para guardar uma mochila, por exemplo. motoro estaleiro recomenda um diesel, de 260 a 380 hp. O barco que testamos ficou muito bom com um Volvo D6 de 370 hp, já que chegou a 19 nós. Outra opção são dois motores de 140 e 190 hp cada, o que proporciona maior segurança, mas maior gasto de combustível. cozinhana versão com um só camarote, é bem grande e permite que sejam usados equipamentos domésticos comuns, como geladeira vertical com freezer. Já na versão com dois camarotes, a cozinha é menor e fica no próprio salão. elétricatoda a fiação é estanhada, com certificação UL, o que significa que pode ser usada, sem sustos, por cerca de 10 anos, prazo de garantia contra perda de carga nos cabos de energia. A chave geral e o quadro de disjuntores têm fácil acesso, dentro de um dos armários da sala. NÁUTICA 69

STERLING ATLANTIC 41 Pontos altos Vai bem com um só motor Sua cabine é bem espaçosa Bom desempenho para um trawler 3 4 5 6 7 2 1 0 RPM x 1000 Pontos baixos Faltam armários no camarote de proa Piloto não tem boa visão da popa Faltam cunhos na proa Melhor aproveitamento 30 40 20 50 10 0 70 NÓS 60 AUTONOMIA 1179 milhas CONSUMO 3,2 l/hora rpm vel. cons. rendimento rendimento autonomia (nós) (litros/h) (milhas/litro) (litros/milha) (milhas) 1 000 5,5 3,2 1,72 0,58 1779 1 400 7,1 6,2 1,15 0,87 1185 1 800 8,7 12,4 0,70 1,43 726 2 200 10,5 22,9 0,46 2,18 475 2 600 13 36,5 0,36 2,81 369 3 000 15,5 51 0,30 3,29 315 3 400 17,3 68,7 0,25 3,97 261 3 550 19 78 0,24 4,11 252 Principais equipamentos Guarda mancebo de aço inox seis vigias em alumínio três gaiútas um amarrador tipo frade na proa quatro cunhos párabrisa com vidro laminado de 10 mm selo mecânico mancal de apoio para o eixo com junta homocinética isolamento termoacústico no compartimento do motor guincho elétrico para âncora de 1 000 W três baterias de 180 Ah cada três bombas de porão de 1 100 galões por hora cada sistema de pressurização de água doce aquecedor de água (boiler) tomada de cais fogão elétrico e a álcool de duas bocas forno de microondas geladeira de 120 litros bússola de 5 limpador de pára-brisa home theater com TV de 17. Ele é assim Comprimento Boca Calado com propulsão Borda-livre na proa Borda-livre na popa Pé-direito na cabine Pé-direito no comando Pé-direito na cozinha Pé-direito no banheiro proa Pé-direito no camarote proa Combustível Água Peso sem motor Peso do motor Capacidade (diurno) Capacidade (pernoite) Projeto Dados fornecidos pelo fabricante, exceto as bordas-livres e os pés-direitos. Principais opcionais Poltrona de pilotagem com regulagem flybridge gerador de 5 kw eletrônicos para navegação sistema de ar-condicionado de 28 000 BTU material de salvatagem convés de teca propulsor de manobra de proa (bow thruster) carregador e inversor de bateria de 2 kw sistema de tratamento de combustível. 12,90 m 4,00 m 0,96 m 1,79 m 1,03 m 2,08 m 1,90 m 2,86 m 1,97 m 1,93 m 1 150 l 750 l 7 900 kg 700 kg 11 pessoas 2/4 pessoas Siwert Design LLC A autonomia (baseada em 90% da capacidade do tanque) é em milhas náuticas. As velocidades foram obtidas com GPS e o consumo, com instrumentação Volvo. 70 N ÁUTICA