DESFIBRILADORES CARDIOVERSORES. Túlio Cunha. M. Sc. Engenharia Biomédica.
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1 DESFIBRILADORES E CARDIOVERSORES Túlio Cunha. M. Sc. Engenharia Biomédica.
2 INTRODUÇÃO : Este é um resumo de informações importantes sobre desfibriladores e cardioversores. Consta de dados técnicos sobre o funcionamento básico, filosofia de operação, características dos controles operacionais, critérios de qualidade de projeto e informações de como aferir os equipamentos. ENG. TÚLIO MARCOS DE PAULA CUNHA. Mestre em ENGENHARIA BIOMÉDICA (COPPE-UFRJ
3 DESFIBRILADOR E CARDIOVERSOR : O desfibrilador é um equipamento utilizado em casos onde o coração está parado ou fibrilando, situações em que o coração perde o a capacidade de bombear sangue através do corpo humano. O cardioversor é um equipamento utilizado quando o coração está funcionando, mas funcionado de forma pouco eficiente como bomba. Nestes casos, a descarga elétrica aplicada ao mesmo deve acontecer fora do chamado período refratário ou de repolarização ventricular( onda T). O aparelho reconhece o complexo QRS por nível de tensão, sincroniza com mesmo e aplica a descarga elétrica cerca de 30 a 40 milissegundos após a este reconhecimento. De outra forma, se a descarga fosse aplicada ao mesmo sem o correto sincronismo, o coração que estava funcionado, poderia fibrilar e assim deixaria de funcionar como bomba. DESFIBRILADOR AC: Os primeiros modelos de desfibriladores utilizavam corrente alternada de 60 Hz aplicando vários ciclos da corrente ao coração. A tensão era inicialmente elevada através de um transformador elevador. Em casos de desfibrilação interna a faixa de tensões aplicadas era de 80 a 300 Vrms.O transformador elevador deveria ser capaz de fornecer uma corrente de 4 a 6 ampéres durante o período do estímulo. A duração deste estímulo era de 250 milisegundos. Este tipo de desfibrilador tem sido largamente substituido por vários tipos de desfibriladores DC.
4 DESFIBRILADOR DC ( Descarga Capacitiva ): Foi observado que o sinal DC tem menos efeitos nocivos ao coração do que o pulso de corrente AC, e está menos sujeito a produzir fibrilação ventricular quando aplicado aleatoriamente durante o ciclo cardíaco. O pulso DC apresenta um efeito convulsivo bastante diminuido nos músculos esqueléticos. O pulso DC também pode ser usado na conversão de arritimias supraventriculares (atriais).
5 Um pulso de desfibrilação de curta duração e de alta intensidade pode ser obtido usando o circuito de descarga capacitiva. A figura acima ilustra um circuito desfibrilador por descarga capacitiva e a forma de onda típica gerada pelo pulso de descarga. A morfologia do pulso é fortemente dependente dos valores de L, C e da resitência do torso RL. Neste caso um retificador de meia onda alimentado por um transformador ajustável é usado para carregar o capacitor C. A resistência série Rs limita a corrente de carga para proteger os componentes do circuito. Este resistor também determina o tempo
6 de carga do capacitor. 99% da carga total do capacitor é adquirida em 5 vezes a constante de tempo RC. Esta constante de tempo RC deve ser menor que 2 segundos para que o tempo de carga seja menor que 10 segundos. Em operação, a descarga elétrica é transferida para o corpo do paciente quando os eletrodos são firmemente acoplados ao tórax e momentaneamente comutando a chave S da posição 1 para a posição 2.A presença do indutor L faz com que o pulso de descarga fique mais alongado.após completada a descarga, a chave S retorna a posição 1 automaticamente e o processo poderá ser repetido. A energia utilizada em processo de desfibrilação com eletrodos internos está na faixa entre 50 j e 100 joules.quando eletrodos são aplicados externamente, as energias envolvidas são tão elevadas quanto 400 joules. A relação entre a carga armazenada em um capacitor e a energia pode ser estabelecida pela seguinte fórmula : E = ½ (C. V.V) Onde C é a capacitancia em faradys e V é a tensão em volts. A faixa de capacitores utilizados está entre 10 uf e 50 uf. A faixa de tensão varia entre 2 KV e 9 KV. A energia armazenada no capacitor não é a mesma entregue ao paciente.perdas no circuito de descarga e nos eletrodos resultam em uma menor energia entregue ao paciente.até 40% de perdas podem ser encontradas nestes circuitos.dois outros tipos de desfibriladores podem ser encontrados como por exemplo o desfibrilador por descarga capacitiva com linha de retardo e o desfibrilador com onda quadrada. Todos procuram aumentar a duração do pico da descarga elétrica.
7 ELETRODOS PARA DESFIBRILADOR: É essencial que os eletrodos para desfibrilador mantenham um bom contato físico com o corpo para que a energia do desfibrilador alcance o coração e não apresente perdas por dissipação na interface eletrodo pele.se a energia é dissipada nesta interface, pode causar sérias queimaduras ao paciente. CARDIOVERSORES: A combinação de um desfibrilador com um monitor cardíaco resulta em um equipamento conhecido como cardioversor.o objetivo é aplicar a descarga elétrica fora do período de repolarização ventricular.o monitor deteta a ocorrência do complexo QRS (sincronismo), aguarda o período de retardo (30 ms) e logo a seguir produz a descarga para a cardioversão. Indicador de energia Botões de disparo ELETRODOS OU PÁS
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